EPICHURUS

Natação e cia.

AP e DP: a natação brasileira antes e depois de Ricardo Prado.

É claro que eu esperava dar um bom resultado, já que tinha 4.22 e estava próximo do recorde. Mas, para ser sincero, o meu objetivo mesmo era sair da piscina com a certeza de ter feito o meu melhor”.

Ricardo Prado declarou essas belas palavras ao jornal Aquática (n10 de agosto de 1982, pg 8), logo após a sua espetacular vitória com recorde mundial nos 400 medley do Mundial de Guayaquil – 1982.

Entretanto, o Epichurus teve acesso exclusivo ao depoimento de seu companheiro de quarto na ocasião, o peitista Luiz Francisco Teixeira de Carvalho. Chicão, que nesse mundial finalmente bateria o lendário recorde brasileiro de Fiolo nos 100 Peito (1:05.77), disse aos PEBAS Pacheco e Fralda que Prado teria dito a ele na ocasião que “qualquer resultado menor do que ouro com recorde mundial será uma decepção”.

Qualquer que tenha sido a real meta de Prado em Guayaquil, seja “fazer o meu melhor”, seja “ganhar o ouro com recorde mundial”, o fato é que a natação brasileira nunca mais foi a mesma depois do dia 02 de agosto de 1982, quando Prado subiu na raia 4 do mundial de longa e ganhou a prova com recorde mundial, 4:19.78.

Mas como era possível um atleta do interior paulista com apenas 17 anos ter tanta confiança? Só pode ser por causa da evolução espetacular que Prado estava impondo desde 1979. Neste ano, Prado (então com 14 anos) bateria seu primeiro recorde sulamericano absoluto nesta prova, 4:36.55. Em 1980, Prado (15) melhoraria o tempo para 4:30.97, e veria seu RS ser batido por Djan em Moscou com 4:26.81. Em 1981, Prado (16) alcançava o segundo tempo do ranking mundial, 4:22.06, atrás apenas do recordista mundial Jesse Vassalo (4:20.33). Acompanhem a evolução ano a ano:

1979 – 14 anos – 4:36.55 (Recorde Sulamericano)
1980 – 15 anos – 4:30.97 (32o do mundo)
1981 – 16 anos – 4.22.06  (2o do mundo)
1982 – 17 anos – 4:19.78 (Recorde Mundial)

Eu sei, eu sei, recorde mundial não era inédito para o Brasil, era o quarto. Mas os três recordes anteriores foram batidos no Brasil, em tentativas próprias e sem a presença de competidores estrangeiros. Além disso, os recordistas anteriores (Lenk, dos Santos e Fiolo) não puderam ou não conseguiram ratificar sua superioridade em um mundial ou olimpíadas. Já Ricardo Prado não deixou dúvidas nem ao mais cético dos norte-americanos, ao obtê-lo NO mundial e abrir intermináveis 3.24 do vice-campeão Jens-Peter Berndt. Assista essa prova aqui.

Infelizmente a imprensa brasileira ignorou o evento, a não ser o Jornal Aquática, que cobriu o mundial do Equador e postou esta bela foto na capa.

Prado, 17, campeão mundial com recorde. Só a Aquatica estava lá.

No ano seguinte (1983), Prado debutaria para o grande público e gravaria seu nome entre os grandes desportistas brasileiros de todos os tempos, desta vez em rede nacional ao vivo na TV, ao ganhar dois ouros e duas pratas no Pan de Caracas, competindo contra os melhores americanos e canadenses (coisa que, como sabemos, não ocorre hoje em dia). O impacto desse Pan ao vivo na TV somado à vigência do Recorde Mundial foi fulminante na nossa geração: era o início da época da “pradomania”. Empresas patrocinaram o “Torneio Ricardo Prado”, o revezamento gigante com a presença dele entrava para o Guiness Book, jovens atletas de 400 medley (Julio Rebollal, Fabrício Pedro, Fernanda Feitosa e Verônica Rodrigues) foram levados para assistir a Olimpíada de Los Angeles, crianças se aglomeravam para pedir um autógrafo nos clubes e centenas de nadadores (como por exemplo eu) botavam a cabeça na água para treinar e tentar SER o Prado. Até quem não era nadador lembra do dia em que Prado visitou seu clube.

Pradomania em Bauru – 1987, fotografado pelo fã Rodrigo Munhoz.

400 medley juv B em 1984. Julio Rebollal (1), Fabrício Pedro (2) e Luis Osorio Anchieta Neto (3). Os dois primeiros foram “na faixa” para Los Angeles assistir o Prado.

A coisa estava mais ou menos nesse pé quando a Swimming World fez uma reportagem de CAPA para nosso nadador, apenas um mês antes dos Jogos Olímpicos que seriam em território americano. Reparem bem: a melhor natação do mundo bota na capa da sua principal revista de natação um nadador brasileiro, e no mês anterior às olimpíadas que seriam em território americano! Na reportagem ainda não estava claro que haveria o boicote, e provavelmente a edição “fechou” antes de o alemão oriental Jens-Peter Berndt bater o recorde do Prado no dia 23 de maio com 4:19.61, pois esse recorde não é citado. No entanto, apesar da capa, a revista prevê um 400 medley dificílimo nas olimpíadas, com a presença de Prado, de Berndt (que não iria aos jogos, mas a revista ainda não sabia), Baumman (que havia feito 4:19.80 nas universíades de 1983), o italiano Franceschi (campeão europeu com 4:20.41) e as possíveis surpresas americanas Jeff Kostoff e Mike O’Brian. Ou seja, Prado era UM dos favoritos, mas longe de ser barbada.

No Brasil, no entanto, a imprensa ufanista dava a vitória de Prado como favas contadas. A pressão sobre o nadador, então com 19 anos, beirava o insuportável. A cobrança não era apenas da imprensa ignorante, mas também dos então diretores da CBN. Diz Prado sobre esses últimos “They don’t mean to put pressure on me, but they remind me all the time that they’re expecting me to win”. Veja a reportagem na galeria abaixo.

Só que em 17 de junho, no mesmo mês que saía a revista, Alex Baumman faria 4:17.53 nas eliminatórias canadenses, nadando mais de dois segundos abaixo do tempo de Prado e estabelecendo novo recorde mundial. Agora, para todos os efeitos, Baumman é que era favorito ao ouro.

É nesse estado de espírito que Ricardo Prado chega a Los Angeles. De um quase desconhecido em Guayaquil, sem nem imprensa nem TV, para um ultra-mega-blaster-favorito de uma nação sedenta do ouro olímpico em 1984. Sendo que, como dissera a Swimming World, o ouro seria disputadíssimo, e, desde 17 de junho o favoritismo pendia fortemente para o canadense.

Capa da Veja em abril 1984 – thanks to Lelo.

Los Angeles, 30 de julho de 1984, calor de quase 40o. Prado não sente a pressão, ou melhor, se é que sentiu, conseguiu superá-la, e melhorou seu tempo em mais de um segundo, fazendo excelentes 4:18.45. Infelizmente o canadense Alex Baumman em excepcional forma ainda melhoraria seu tempo para 4:17.41 e levaria o ouro olímpico conforme as expectativas do mundo inteiro, menos dos brasileiros. Assista aqui

Daí a infeliz manchete da Folha no dia 31/07/1984, que cito de memória: “Prado decepciona”. Decepciona quem, irmão? Só se forem os ignorantes e idiotas, não necessariamente nessa ordem. Pior ainda seria a manchete do dia seguinte. Prado faria um excelente 200m costas, no qual ficaria em quarto lugar com 2:03.05, a apenas 68 centésimos do bronze, para obter a seguinte manchete da Folha: “Prado decepciona novamente”.  Um primor de ignorância!

Ricardo Prado ainda ganharia com recorde as Universíades de 1985, obteria mais uma prata e dois bronzes no Pan de Indianápolis -1987, e teria ido a Seul – 1988 com alguma chance de medalha nos 200 Costas, mas foi impedido por uma hepatite, terminando sua brilhante carreira de forma precoce e melancólica.

Não obstante, seus feitos de 1982 a 1985 transformaram a natação brasileira para sempre.  A partir de Ricardo, já era possível sonhar com o topo. Gustavo, Fernando, Cesar e Thiago, dentre outros milhares, sonharam.

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

92 comentários em “AP e DP: a natação brasileira antes e depois de Ricardo Prado.

  1. Anônimo
    26 de novembro de 2012

    Ótimo artigo, como todos os anteriores. Apenas gostaria de ressaltar que além do Julinho e do Fabrício Pedro, Fernanda Feitosa e Verônica Rodrigues – também jovens nadadoras de 400 medley e primeira e segunda colocadas na mesma prova da competição, foram assistir aos Jogos de Los Angeles.

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Opa, valeu JMR, engraçado que na matéria da Aquatica a ida das moças não ficou muito clara, por isso não coloquei! A minha irmã Marina nadava 400 medley, tinha sido quarta no JD de janeiro e nadou essa prova de 400M que a Feitosa (para variar) ganhou. Obrigado pelo acréscimo!

      • Marina Cordani
        26 de novembro de 2012

        Pois é, que esquisito esse jeito de incentivar a natação. Levar o primeiro e segundo de uma prova só…

  2. Fernando Cunha Magalhães
    26 de novembro de 2012

    Embora absolutamente infeliz a manchete da Folha (adorei o “Decepciona a quem, irmão?”) e o evidente otimismo exacerbado que certamente minimizou a excepcional conquista da prata olímpica, a mídia teve importante papel no maior fenômeno de impulso da natação que presenciei em minha vida. A capa da VEJA com o Pradinho nadando borboleta (que espero que alguém disponibilize para enriquecer este post histórico) também ajudou muito. Na época eu era Juvenil A e os torneios regionais aqui no Paraná tiveram que passar a ser divididos em dois finais de semana, por conta do número de atletas que passaram a se dedicar a natação. Lembro de nadar a 13a série de um 100m livre da minha categoria. Era muita gente nadando e Pradinho, o ídolo de todos.

    Seu enfoque em relação a publicação da Swimming World dá a dimensão do fenômeno que foi este craque da nossa natação.

    Parabéns Cordani pelo trabalho e ao Pradinho pela brilhante carreira!

    Abraços!

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Valeu Esmaga. Lelo me mandou a capa da Veja e eu atualizei o post, junto com as correções do JMR. Realmente, capa da SW em junho de 1984 não é coisa para PEBAS.

  3. rmmunhoz
    26 de novembro de 2012

    O Ricardo Prado foi realmente um ícone da natação da minha época e um ídolo para muitas crianças da minha idade. Eu tinha 12 anos e já treinava bem, imaginando poder detonar no Medley, uma vez que nadava bem todos estilos, com exceção do costas. Talvez nunca tenha me concentrado exclusivamente em nadar peito por conta dessa influência inicial. Além disso, alguns fatores ajudavam a me identificar com ele: O cara era baixinho, de Andradina – na época eu estava em Bauru, também no interior de SP – e “só” 7 anos mais velho que eu.
    O artigo traz memórias interessantes: Com exceção do revezamento 4×200 de Moscou (evento do qual não lembrava tão bem), nunca tinha visto um nadador brasileiro num podium olímpico. Matérias na Veja e nos jornais falavam de natação por conta do Prado. Parentes e amigos puxavam assunto comigo para falar de natação. Aquilo era muito legal!
    Me lembro também de ficar chateado quando ele não ganhou os 400 Medley em LA, mas fiquei ainda mais triste quando notei que a imprensa (e consequentemente meus amigos de escola, que não manjavam nada de natação) não estava valorizando devidamente a prata obtida… acho que nesta época comecei a notar a mecânica típica de criar altas expectativas (muitas vezes exageradas) para depois valorizar uma “derrocada” do eventual esportista da vez. Tento evitar me contaminar com isso, usando de objetividade, mas nem sempre é fácil… Gostei muito do artigo. Obrigado e um abraço, Renato.

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Pois é, mas como você bem sabe objetividade não vende revista, Munhoz…

      E você campeoníssimo em Bauru deve ter tido a oportunidade de ter sido comparado com o menino de Andradina um par de vezes, correto?

    • ricardo prado
      26 de novembro de 2012

      Renato, gostei muito do artigo.
      Obrigado pela lembrança!
      Lembro que inicialmente estava muito preocupado com a maneira em que a imprensa estava encarando a minha medalha…. parte de mim tinha receio de ser hostilizado, ter a minha atuação avaliada como tendo sido um fracasso…penso nisso hoje e é quase revoltante…porem, a partir da hora em que desembarquei no Brasil senti somente admiração e gratidão pelo meu esforço.
      Mesmo hoje….depois de tantas águas e décadas passadas, embora o meu “feito” não seja lembrado e/ou valorizado pela grande mídia (ajudaria se nossas próprias entidades de natação se esforçassem um pouco), as pessoas ainda se lembram com muito carinho da prova, que acompanharam ao vivo pela TV….
      Aprendi ao longo dos anos na natação, que, apesar de ser um esporte individual, os melhores resultados vem através de um trabalho de equipe (hoje isso é muito mais aparente). Senti que naquela olimpíada eu infelizmente não tinha equipe nenhuma, para se ter uma ideia, durante aquelas horas entre as eliminatórias e a final, como estávamos alojados na outra Vila Olimpica (UCLA) e não dava tempo para ir até lá e voltar. Fui descansar para a minha final olímpica no quarto de nadadores do Mexico…lembro de estar deitado, tentando dormir para aquela que seria a prova mais importante de minha vida, e um dos atletas mexicanos (um desavisado) entrar no seu próprio quarto berrando alguma bobagem e um outro sussurrar “Quieto, cabron…Prado esta descansando!”.
      Algumas horas depois nadei a final do 400 medley…
      Como vocês podem ver…desde então as coisas melhoraram muito para os nossos nadadores! Ainda bem, né?

      • rcordani
        26 de novembro de 2012

        Ricardo, que espetáculo de comentário! Sinto tristeza pela falta de estrutura e vontade de dar uns pescotapas nesse mexicano!

        De qualquer forma, como nadador só temos a te agradecer, você abriu caminho para todos nós. Uma honra sua presença aqui.

        Grande abraço e volte sempre!

      • Alvaro Pires
        27 de novembro de 2012

        Bacana o depoimento Ricardo, nos brindou c sua visao daquele momento. Engracado q hj em dia existem alguns excessos, como nadadores q nao podem nem subir escada e tb nao podem nadar 2 provas numa mesma competicao … novos tempos. ab gr Alvaro

  4. Ruy
    26 de novembro de 2012

    Em 1984 tinha 13 anos e me lembro da “decepção” do apenas prata do Ricardo Prado (engraçado de ter na memória uma lembrança positiva do quarto lugar nos 200m costas). Acho que existia uma expectativa muito grande na época em relação a vitória dele. Pouco se falava dos adversários e o recorde do Alex Baumman um pouco antes não era motivo de tanta preocupação. Pegando um pouco a evolução dos tempos do Prado, na minha cabeça de 13 anos de idade, achava que seria “fácil” ele melhorar a marca em 2 a 3 segundos ainda mais nessa prova tão longa de 400m medley e superar esse canadense desconhecido. Naquele momento, falou mais alto a cultura de brasileiro de não valorizar o segundo lugar (como se tivessemos tantos primeiros assim). Com o tempo, a conquista foi ganhando o status que sempre mereceu (sensacional) e o Prado virou ídolo nacional. Ainda guardo na memória a lembrança de olhar nos programas de competição (campeonato paulista) os recordes que eram do Ricardo Prado. Tempos absurdos em termos absolutos e irrealistas para a categoria. Se bobear, ele ainda pode ter recordes em infantil B e juvenil A (cade os estatísticos para levantar isso?).
    Uma última lembrança, já no master, foi uma prova de 50m costas que tive o prazer de nadar ao lado dele numa competição no Hebraica. Quer dizer, nadar ao lado da canela dele.

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Eu me lembro de achar que “dava para pegar o Baumman no crawl”, e assistindo hoje a prova tem uma hora que parece que o Prado vai buscar o ouro mesmo, não? Mas mesmo assim, na época eu já tinha informação de que o Prado não era favorito.

    • Lelo Menezes
      26 de novembro de 2012

      Pô Ruy! Ao lado da canela do Prado ta bom pra casseta! Uma vez o David Wharton me passou 100 mts numa prova de 1500 que, coincidentemente, nadei na piscina da USC, onde foram as Olimpíadas de 84! Tava chovendo e um baita frio e passei vergonha virando os 1400 com o cara já parado na borda!

      • Ruy
        26 de novembro de 2012

        Isso que eu tinha aquecido, polido e raspado e ele só pulou na água para nadar essa prova de 50 metros…
        Provavelmente anunciaram na competição: “Na raia 4, após 15 anos sem entrar numa piscina, o lendário nadador Ricardo Prado…”

      • rcordani
        26 de novembro de 2012

        Vocês dois são muito pebas, impressionante!

  5. Lelo Menezes
    26 de novembro de 2012

    Excelente o texto e impressionante que pra mim foi uma surpresa absoluta saber que o Baumann tinha batido o WR antes das Olimpíadas de 84. Até agora eu acreditava que o Prado era barbada e o Baumann foi quase uma zebra!
    Nada justifica a infeliz manchete da Folha, mas o sentimento de decepção veio do próprio Prado, não?! Pelo menos eu sempre tive essa sensação de que ele nunca “engoliu” aquela prata! Talvez, até pela espetacular progressão ano a ano ele tivesse a expectativa de nadar pra 4’16! Sei lá! Quem sabe ele não da uma passadinha aqui pra deixar o seu relato!
    De qualquer forma ele foi um ícone! Foi ele que me fez acreditar que pra ser campeão mundial só bastava treinar como um louco! Seus treinos em Mission Viejo eram lendários! Tive a honra de nadar uma competição com ele antes da sua aposentadoria…o TB de Minas (talvez 85 ou 86)! O domínio dele nas provas que nadava era impressionante e me espelhei muito nela no inicio da carreira! Alias, meu sonho de ir treinar nos EUA desde cedo teve muita influencia dele!

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Lelo, eu concordo que o Prado ficou de certa forma decepcionado, afinal, ele corretamente estava focado em tentar o ouro. Eu até escrevi isso no post “Um resumo da história da natação brasileira” (https://epichurus.wordpress.com/2012/05/16/um-resumo-da-historia-da-natacao-brasileira/). Mesmo assim, o massacre foi injustificável, mesmo por que PRATA OLÍMPICA é excepcional sob QUALQUER ponto de vista, ainda mais com melhora de tempo!

      Mas muito me admira de um sujeito informado como o sr. não saber que o Baumman já estava girando para 4:17! Se você não sabia, imagine o resto!

      • Lelo Menezes
        26 de novembro de 2012

        Pois é! De fato eu não sabia! Faz muito pouco tempo que especialistas em natação tem comentado as Olimpíadas (Coach, William, Alberto, etc). Em 84 éramos dinamitados com as baboseiras dos especialistas em futebol! Tenho as Olimpíadas de 84 inteira gravada em fita! Podemos marcar um churras em casa e assistir! Eu só tinha 13 anos e era fã animal do Prado! Talvez o coração falou mais alto e na torcida pelo ouro esqueci do tempo prévio do Baumann!

  6. Ruy
    26 de novembro de 2012

    Outro comentário. Isso se refere à influência de ter um ídolo na prática de esporte. O simples fato de fazer natação competitiva dava mais “moral” para mim nos ambientes fora da piscina. Escola, família, amigos, todos de repente, se interessavam mais por natação e perguntavam sobre o Ricardo Prado. E eu alimentava o sonho de algum dia ter um desempenho próximo ao dele.
    Hoje em dia, quando leio sobre as “escorregadas” do Phelps e minimizo o impacto negativo de sua imagem, não levo em consideração os milhares de nadadores com 13 anos que se espelham e admiram ele assim como eu adimirava o Prado.

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Verdade, o ídolo é fundamental para a massificação. Hoje, Cielo e Thiago fazem esse papel que o Gustavo já fez. Para nós, foi o Prado.

  7. Rodrigo Tocalino
    26 de novembro de 2012

    Renato. Excelente texto e também me lembro com raiva da manchete dos jornais no dia seguinte à prova dos 400 medley. Mas para nós, nadadores em início de carreira naquela época, a prata olímpica do Ricardo Prado era uma conquista e tanto. Eu me lembro de ir assistir a um Trofeu Brasil que aconteceu no Circulo Militar de Campinas em janeiro de 1985, salvo engano. Eu tinha 12 anos e seguia os nadadores famosos com meu caderno de autografos. Até hoje tenho os autografos de Djan Madruga, Jorge Fernandes, Marcelo Jucá, Ciro Delgado, e outros nadadores espetaculares da época. Mas o único a quem pedi dois autógrafos foi o Ricardo Prado. E me lembro que tremia de nervosismo ao chegar perto dele. Ele realmente foi o divisor de águas na natação brasileira.

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Valeu Tocalino. Divisor de águas é um termo preciso!

  8. Marina Cordani
    26 de novembro de 2012

    Assistimos essa medalha de prata em Los Angeles, dentro de algum magazine, na seção de TVs, pois não tínhamos conseguido ingresso para esse dia na natação. Lembro que eu achava que ele tinha grandes chances de ouro, mas fiquei muito feliz com a prata. Comemorávamos eu, Renato e meus pais. Ficamos tão contentes que alguns clientes da loja vieram ver quem estava nadando e acharam legal ser um brasileiro. Espero que o Renato não venha dizer que não foi nada disso, que minha memória guardou tudo errado…

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Correto, me lembro da mesma forma, como se fosse ontem! E se nao estou enganado vocë encontrou um ou mais dos quatro que foram ver a prova (Julio, Fabricio, Fernanda, Veronica).

      • Marina Cordani
        27 de novembro de 2012

        Pois é, isso eu já não lembro… Se for verdade, só poderia ser a Fernanda ou o Fabrício, os únicos que eu conhecia na época. Depois soube reconhecer o Julio, também, mas na ocasião não teria sabido.

      • rcordani
        28 de novembro de 2012

        Mas a outra nadadora (Veronica) foi finalista contigo no JD alguns meses antes!

  9. Barros
    26 de novembro de 2012

    Sensacional e texto Renatão,
    Eu me lembro que cheguei a uma final de um Torneio Kibon que aconteceria após algumas semanas da semi-final.
    Meu pai prontamente nos levou para passear em Maceió.
    A organização prometeu a presença do Prado nas finais e eu fiquei tão nervoso com este fato que passei as férias em Maceió treinando no mar para não fazer feio quando o Prado estivesse assistindo a competição.
    Realmente ele é um marco na história da natação e um ídolo da nossa geração.
    Abs

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Valeu Barrão, se não me engano o Prado deu uma entrevista na época criticando um nadador de costas meio careca que estava fora de forma, era você? hehe

  10. Alemao
    26 de novembro de 2012

    Parabens pelo artigo Renato. Que honra receber um comentario do proprio Ricardo, hein?
    Parabens a todos pelos comentarios enriquecedores e pelos posts anteriores. Sou fa e seguidor do blog a partir de ja.

  11. Luiz F Carvalho
    26 de novembro de 2012

    Otimas recordacoes!! Estive la, nadando a provasa de peito e o revesamento medley! Eu era o colega de quarto do Prado, com muito orgulho! Lembro bem da prova. Eu achava que o ouro seria do Prado se ele nadasse abaixo de 4.17 e baixo… Ainda assim, sempre achei a prata espetacular. O Prado foi o grande nome da natacao na epoca, sem duvida. O apoio na epoca era tambem bem mais fraco. Porem, acho que o Prado continua sendo lembrado e querido por todos no Brasil. Temos a falsa impressao no Brasil que nao valorizamos os atletas olimpicos…Na minhas visao, isso nao eh verdade. Vejo varios atletas de destaque envolvidos na organizacao da, Olimpiada, etc. Nao podemos esquecer que muitos dos jogadores de futebol tri-campeoes mundiais em 1970 no Mexico passam dificuldades…e isso eh futebol!
    Quanto a imprensa brasileira (os grandes jornais), ai sim, acho que a cobertura continua fraquissima!! O que vale sao os bons blogs de natacao.
    Abraco a todos!

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Chicão, obrigado pelo comentário que muito nos honra. Principalmente aqui no Epichurus, em que a prova nobre é os 200 Peito – hehe. Mas conta detalhes sobre o comentário do Prado, foi antes ou depois da prova de Guayaquil? Ou foi em LA? Abraços e volte sempre!

      • Alexandre Lomonaco
        8 de março de 2013

        Provas nobres são 200 p (fundo), 100 p (meio-fundo) e 50 p (velocidade). Aliás se no século passado, qdo eu nadava, se o 50 p fosse prova oficial, eu teria me elevado de super-peba para peba.
        Parabéns por mais esse post Renato e parabéns aos comentaristas Olímpicos do blog.

      • rcordani
        8 de março de 2013

        Lolô, os revezamentos deviam ser 4×100 peito e 4×200 peito! E acabar com essa mamata do nado livre! hehe

  12. Eduardo Hoffmann
    26 de novembro de 2012

    Essa Olimpíada de 84 foi realmente memorável… eu ainda não havia descoberto que meus talentos para o esporte eram limitados, e, com 15 anos de idade, e ainda hiper-motivado, simplesmente memorizei a cobertura da natação… Eu havia gravado tudo numa fita VHS TDK comprada na Rua Santa Efigênia (com todos os tributos pagos, é claro…rs…), mas, infelizmente, ao retornar ao Brasil em 2003, após longa estadia no exterior, descobri que a fita, arquivada cuidadosamente na casa de minha mãe, havia sido jogada no lixo!!! Lelo, saber que você tem isso em fita, é, possivelmente, a cura para o trauma… Será que posso fazer uma cópia?

    Se não me engano, a cobertura foi da TV Manchete, com comentários de Guilherme De Lamare. Além de lembrar das provas do Prado, se eu não estiver enganado, me lembro que o Chico nadou a eliminatória dos 100 Peito na série do raquítico Steve Lundqvist (que viria a ganhar a prova). O outro Americano dos 100 Peito era uma cara igualmente raquítico, se bem que um pouco mais baixo, chamado John Moffett. Os 200 peito foram ganhos por um Canadense, Victor Davies, que, se não me engano, viria a morrer poucos anos depois, num estranho acidente (acho que atropelamento), após uma briga de bar em Montreal…

    Em suma Lelo: sua idéia de um churrasco “Back to the 80s”, com video de LA ´84 é supimpa!

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Boa memória Hoffman! Se não me engano o chicão foi DQ nos 100P. O John Moffet entrou como recordista mundial e contundiu a coxa de manhã, acabou em quinto e ainda amargou o Lundquist como recorde, o primeiro a baixar de 1.02. Eu fecho o churrasco anos 80, se bem que esses vídeos aí do Lelo não são muito confiáveis não, ele anda escondendo o jogo ultimamente!

      • Luiz F Carvalho
        27 de novembro de 2012

        Boa memoria, mas fui DQ nos 200m, nao nos 100m. Razao: primeira bracada submersa depois da filipina… A contusao do Moffet foi o grande acontecimento das provas de peito pois ele havia batido o Lundquist nos trials… Voltei a encontrar o Moffet em 1991 em Stanford, CA quando nadei o Challenge for Charity pela UCLA (estava la fazendo o meu MBA)…Abraco

      • Lelo Menezes
        27 de novembro de 2012

        Nunca saberemos mas acredito que o Moffet não faria abaixo do 1’01’65 (WR) do Lundquist mesmo estando 110%. Acho que ele brigaria pela prata com o Victor Daves que também nadou pra baixo de 1’02!

      • rcordani
        28 de novembro de 2012

        Eu tenho uma reportagem ufanista sentimentalóide do LATimes, com a história de que na banqueta antes da prova, contundido, Moffet teria dito ao Lundquist “to quebrado, mas vai lá e traz o ouro pro USA”. Presumivelmente, tal comentário provocou a simpatia de milhões de americanos!

    • Lelo Menezes
      27 de novembro de 2012

      Claro! Vou passar tudo pra DVD e te empresto! Isso se o Renato deixar porque toda vez que vou passar pra DVD ele inventa algum empecilho e acabo adiando a transferencia!

      • rcordani
        28 de novembro de 2012

        Calúnia! Mas e aí, já levou aqueles VHS podres para ripar?

  13. Polaco
    26 de novembro de 2012

    Parabéns pelo texto Renato, realmente o Pradinho foi um icone da Natação brasileria. Ele foi inspirador na minha carreira ” se é que podemos dizer que foi uma” de nadador.

    Recordo de algumas passagens legais, quando quebrei o recorde Paulista de 200medley ( Renato pode lembrar melhor o ano, não lembro se foi junenil A …) na famosa piscina do Baby Barione, recorde que era do Prado por um bom tempo (Felizmente o recorde durou um ano, e foi batido pelo Rodrigo Munhoz).

    Eu indo para meu primeiro trofeu Brasil, treinando ao lado dele no pinheiros, e muito tranquilamente, ele dando algumas dicas durante o treino. Lembro muito bem ele dizendo ” Polaco, voce precisa ter foco na eficiencia da braçada dentro da agua”.

    Neste mesmo Trofeu Brasil (Minas Tenis Clube – não sei o ano…Renato, lembra ai!!!!), fiquei no quarto com ele e Jose Luiz Viana, apesar de calouro, não sofri muito com eles, mas eu realmente me divertia com as historias dos dois. Como minha memoria e bem fraquinha, não lembro de nenhuma destas histórias, mas lembro que gargalhava muito com o besteirol dos dois.

    Otimas recordações !!!!

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Boa Polacão, bater recorde do Prado não é para qualquer um! Não tenho certeza, pois 200M é prova irrelevante, mas deve ter sido no paulista de 85 JUV A, e o Munhoz pode tê-lo batido em 86 no Água Branca ou em 87 em Santos. Em 86 o Munhoz era primeiro ano, mas como o Munhoz batia recordes até no primeiro ano pode ser sim. Agora, prova relevante mesmo era 400 medley, aí sim!

      • Polaco
        27 de novembro de 2012

        Prova de peroba era 200 peito!!!! Com relação ao munhoz,ele realmente batia recorde toda hora, era praticamente impossivel vê-lo sem quebrar recordes em campeonatos….

    • Rogério Aoki Romero
      11 de setembro de 2019

      TB no Minas foi 1987. Lembro bem, pois foi meu primeiro e peguei o Prado nas provas de costas, levando toco nas duas, claro.

  14. Mauricio Niwa
    26 de novembro de 2012

    Sensacional! Eu tinha apenas seis anos, mas me lembro bem que estava sentado ao lado do meu irmão mais velho acompanhando a prova. Parecia Copa do Mundo!
    Pensando bem, talvez tenha sido o Ricardo Prado que me fez nadar em vez de seguir em outro esporte. Ainda mais que a minha altura é parecida com a dele. Ele sempre foi o contra-argumento para quem ousava insinuar que o baixinho não daria certo na natação. Só que, pensando bem, ele nunca serviu de exemplo, porque era fora de série.

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      Obrigado Niwa. Bom depoimento! Você nadava medley? Abraços

      • Mauricio Niwa
        27 de novembro de 2012

        Não nadava medley não, Cordani. Nadava um borboletinha bem mais ou menos.
        Abraços!

  15. Fabiano(GB)
    26 de novembro de 2012

    Não sei o que é melhor, o artigo ou os posts da galera! Sensacional!
    Desta prova do R.Prado, eu me lembro de meu pai me colocar em frente à TV para assistí- la ao vivo ( eu com 9 anos) e vibrarmos com a medalha( não interessava a cor, interessava o pódio). Mas, entra ano e sai ano, e continuamos com a ” futedependência” neste país, pois temos um ou dois ídolos/ícones/medalhistas olímpicos, tal qual há 28 anos…

    • rcordani
      26 de novembro de 2012

      As respostas, com certeza! Dois protagonistas da história apareceram e comentaram, isso foi especialmente legal, né? Mas os comentários dos PEBAS como nós valem muito também, afinal, se a gente não existisse, de quem eles iam ganhar? hehe

      • Mauricio Niwa
        27 de novembro de 2012

        Verdade. E as inúmeras séries a que o Maga fez referência são o grande exemplo disso. Hoje a gente vê alguns atletas excepcionais, mas parece que parte da graça se perdeu.

  16. Julio Rebollal
    27 de novembro de 2012

    Em 1982 fui convocado pela 1ª vez para a Seleção Brasileira de Natação. Foram os Jogos Mundiais Estudantis (Gymnasiade) em Lille, na França. A competição foi em maio e eu tinha somente 14 anos. Por motivos de economia, ficamos hospedados em um Holliday Inn, sendo 04 atletas por quarto (os quartos eram só para duas pessoas!). No quarto estávamos eu, Cicero Torteli, Éden Barros Dias e aguardavamos o Ricardo Prado. Lembro quando o Pradinho chegou de LA. Eram 09 horas de fuso! No meio da noite o Pradinho me acordou e perguntou: “Como eles fazem para acordar vôces pela manhã?” Eu respondi: “Alguém liga e diz: Bom dia! Está na hora do café!” Eram 03 horas da manhã e o Prado ligou para todos os quartos dos brasileiros! Os homens ignoraram o aviso, porém quase toda a equipe feminina foi para o suposto café da manhã! Erro fatal: ele também ligou para o chefe da delegação, Fernando Tovar, que, obviamente, descobriu quem era e nos passou uma bronca. Isso mesmo, todos do quarto levaram uma bronca! Valeu a pena, foi divertido pacas! Apesar de algumas reclamações, ninguém ficou magoado. O Ricardo ganhou os 200 medley e eu fiquei em quarto. Esse foi o primeiro de muitos contatos que tive com o Prado. Alguns meses depois ele se tornaria Campeão e Recordista Mundial dos 400 Medley.

    Em 1984, tive a honra de assitir ao vivo a prova dos 400 medley em LA graças ao Projeto Ricardo Prado das Casas Pernambucanas. A competição foi na Sociedade Hípica em Campinas e eles levariam os dois primeiros colocados dos 400 medley (masculino e feminino) para assitir as Olímpiadas de Los Angeles com tudo pago. Apesar da prova polêmica (essa fica para uma outra oportunidade) fomos eu, o Fabrício Pedro, a Fernanda Feitosa e a Verônica Rodrigues. O técnico responsável pelos menores de idade foi o Sidão. Pode ter sido esquisito Marina Cordani, mas era o que tinhamos na época.

    Lembro que a Patrícia Amorim e a Danielle Ribeiro também estavam em Los Angeles. Ficamos na arquibancada oposta a da filmagem. Torcemos muito e comemoramos muito também. Foi uma Prata que valeu Ouro!! Você lutou como um Leão camarada!! Apesar de não ter o seu talento, o seu exemplo me ajudou a suportar diversos treinos. Os seus Feitos não devem ser escrito entre aspas e sim com letra maiúscula!! Foram Feitos sim, meu amigo!! Feitos que inspiraram centenas de nadadores Brasil a fora!! Feitos que ajudaram a criar uma geração de nadadores!! Feitos que foram a incubadora dos nossos campeões de hoje!! Jamais serão esquecidos.
    Obrigado Ricardo Prado!
    Obrigado Cordani pelo excelente texto, mas o que quer dizer “na faixa”?

    • Fernando Cunha Magalhães
      27 de novembro de 2012

      Julinho, “na faixa” – de SP pra baixo – é de grátis.
      Belíssimo comentário. Abraços.

      • Julio Rebollal
        28 de novembro de 2012

        Obrigado pelo esclarecimento Maga! Foi “na faixa” total!! E ainda ganhamos mil doletas para gastar! Abs.

    • rcordani
      28 de novembro de 2012

      Excelente comentário Rebollal! Você tem muitas histórias na natação brasileira, tenho certeza que com o decorrer do tempo você terá oportunidade de contá-las aqui para a gente. Aqueles revezamentos do Vasco que você fechava ficaram marcados para quem teve oportunidade de ver. O Pacheco (colunista aqui do blog) tem certeza que se você tivesse 10m atrás, você pegava o adversário no 4×200!

  17. Fernando Cunha Magalhães
    27 de novembro de 2012

    Vamos combinar que mandar 4.36 de 400 medley com 14 anos é outstanding total.
    E aí, no ano seguinte melhora mais 6s, depois mais 8s e chega no ouro e recorde mundial… é realmente de derrubar o queixo de qualquer um que tenha a mínima noção de tudo que envolve a evolução de um atleta. Que craque!!!

    • rcordani
      28 de novembro de 2012

      Exato Exmaga, como você disse um talento completamente fora de série. Com o adicional de ter a coragem de bancar o talento e fazer o máximo possível para atingir seu limite, diferencial que nem todos os talentosos tem!

  18. Fabiano Polloni
    27 de novembro de 2012

    Realmente Ricardo Prado mudou a natação brasilera em definitivo. Muito bem lembrada a nossa história, Renato! Obrigado Ricardo Prado pela inspiração das gerações futuras!

    • rcordani
      28 de novembro de 2012

      Valeu Popô! Vivemos essa história, precisamos registrar para os que não tiveram essa felicidade.

  19. Alvaro Pires
    27 de novembro de 2012

    Caramba sensacional o texto e os depoimentos da galera, incluindo o Chico e o proprio Pradinho !!! O Pradinho chegou a dar treinos por alguns meses no Fla em 1991 e ouvimos muitas historias dele. Treinos absurdos em q todos iam parando e soh o ele conseguia continuar a serie e outras historias. Fiquei impressionado de quanta gente assistiu in loco a medalha do Pradinho ! E teve ainda o quase in loco da familia Cordani. O Julinho tb nos brindando c depoimentos bacanas. Ele q minha mae ficava mostrando como exemplo de natacao (todos os estilos mas principalmente o nado de costas !) das arquibancadas do Fluminense qdo acabava meu treino e comecava o dele. Saudosismo puro !!!!!!!!!!!!

    • rcordani
      28 de novembro de 2012

      Obrigado Vreco. A presença do Prado e do Chico aqui abrilhantaram em muito o post. Internet às vezes pode ser sensacional, né?

  20. Héracles
    27 de novembro de 2012

    Oi, Renato
    Parabéns pelo texto.
    Eu comecei a nadar por causa do Ricardo Prado.
    Abraços.

    • rcordani
      28 de novembro de 2012

      Grande Heracles, bom te ver por aqui! Mas como foi isso, você viu o Prado na TV e resolveu ser nadador?

  21. eduardoestefano
    27 de novembro de 2012

    Sensacional Post. O Prado também era meu ídolo e tive a oportunidade de conhece-lo pessoalmente em Mission Bay ba Flórida. Lembro de uma dica do mesmo pra fazer 2’00 de 200 borboleta (acho que o meu melhor era uns 2’09 ou algo assim – esmaga help). “Passa com 59 e volta com 1,01”. Facil pra ele….nunca cheguei perto…rs

    • Fernando Cunha Magalhães
      27 de novembro de 2012

      Gente, ninguém comentou, mas: “Quieto, cabron…Prado esta descansando!” foi sensacional. Furo do blog não revelado em outras mídias…hehe.

      Dudu, acredito que seu melhor tempo tenha sido naquela prata do TB em BH no melhor estilo “comendo pelas beiradas” – não foi isso?

      • Eduardo Estefano
        27 de julho de 2013

        Está atrasadissimo a resposta mas acho que foi isso mesmo. Outside smoker total, raia 8 e prata. Foi presente de fim de carreira.

    • rcordani
      28 de novembro de 2012

      Tão simples, Dudu, como você não fez isso aí? hehe

      Esmaga, veja lá em cima que eu já encomendei uns pescotapas ao mexicano!

  22. Marcelo Abdo
    28 de novembro de 2012

    Excelente texto Renato.

    Comecei a nadar no Ibirapuera e minha técnica era a Denise Prado, irmã de Pradinho. Ficava muito orgulhoso do feito dele e de ser treinado por sua irmã. Tenho certeza que seu resultado e os treinos da família Prado foram os maiores incentivadores da minha vida nas piscinas.

    Sensacional os comentários de grandes nomes da natação. valeu a leitura.

    Abs
    Abdo

    • rcordani
      29 de novembro de 2012

      Valeu Abdo. A Denise hoje está no CAP e é professora do meu filho!

  23. Luiz Claudio Toledo
    28 de novembro de 2012

    Parabens pelo texto Renato. Sensacional o texto e os depoimentos da galera. Não vou falar o óbvio que é o quanto o Pradinho foi inspirador para todos nós, mas sim de experiências que vivi com este atleta do olimpo. Tive o prazer de bater um recorde de campeonato paulista seu nos 200 medley, juvenil A, na piscina do Baby Barione, em 1984, o que me rendeu um troféu de melhor indice técnico da competição, e um orgulho incomensurável. Depois disto me transferi para o Pinheiros e passei a conviver com amigos do Pradinho (Chicão, Luis Osório, Ogatinha, Fiore, etc.) e logo como relatado pelo Polaco houve o prazer de nadar a seu lado em treinos, aos quais de chatos e entediantes se tornaram sonhos realizados. Já treinando pelo Pinheiros, em uma festa de final de ano e amigo-secreto, que por uma reforma na casa do Frauda acabou sendo realizada na minha casa, surpreendi-me com a presença ilustre do Pradinho. Que honra!!!
    Em 1986, à convite do Cicero Torteli, mudei-me para Mission Viejo, tentando perseguir meu sonho de atleta olímpico, inspirado por nosso herói olimpico, Ricardo Prado. Lá, o que posso falar, e que pode ser confirmado pelo Cicero, Julinho Rebollal e Glaucão (Glauco Azevedo Casimiro) que também moravam lá nesta epoca, é que o Pradinho era reverenciado com um verdadeiro fenomeno e campeão, tais seus feitos nas piscinas do mundo.
    Tive o prazer também em Mission Viejo, durante um meeting em 1986, de conhecer o Alex Baumman e o falecido Victor Davis, os quais, simpaticíssimos, após saberem que era brasileiro, teceram elogios enaltecendo muito nosso campeão.
    Abraços,
    Toledo

    Ps.: Lelo, não esquenta não com os 100 metros que você tomou do David Wharton nos 1.500 livres, pois eu tomei 50 jardas do Jeff Kostoff nos 400 jd Medley, posso falar que nãi vi canela, caneta, rastro, bolhas, não vi nada. Imagine se fosse o Pradinho.

    • rcordani
      29 de novembro de 2012

      Boa Toledo. O Prado treinou no ECP regularmente em que ano, 1987? Nesse ano ele nadou o TB em janeiro e o Finkel em julho pelo ECP, mas não sei se ele treinava aqui em São Paulo ou só vinha perto das competições.

      • Luiz Claudio Toledo
        29 de novembro de 2012

        Renatão, não me lembro exatamente o ano, acho que foi 1987, o Polaco pode confirmar. O que lembro foi que o Chicão foi o responsável pela vinda do Pradinho ao ECP, e que houveram varios treinos em que ele nos brindou com sua presença marcante e inspiradora.
        Abraço,
        Toledo

    • Polaco
      29 de novembro de 2012

      Toledão, perguntou para o cara errado. Não lembro o ano não, mas me lembro de treinos com o Prado com certeza e que foram marcantes para mim.

      • Luiz Claudio Toledo
        29 de novembro de 2012

        Polacão, achei que só eu tinha a memória falhando. è a idade chegando…Abs

    • Augusto Uchida
      2 de agosto de 2014

      Toledo
      Eu tinha acabado de quebrar o recorde do Ricardo prado na série anterior com 2:19:00. Um dos recordes mais antigos da natação brasileira. Logo depois vc caiu na água e cravou 2:18 na ultima série surpreendendo a todos. O favorito na época era o Marcelo predolin que fazia 2:21 – um tempo assombroso na época. Eu tinha nadado ao lado do Eduardo de poli e tinha deixado ele bem para trás. O baby barione veio abaixo com a distância que eu tinha colocado no edu que era um animal naqueles tempos e metia medo em qq um.
      Lembra disso?

  24. Iara Scarpelli
    30 de novembro de 2012

    Em 1984 ou 1985 assisti a uma palestra com o Ricardo Prado e o Alex Baumann no Tiête ou Espéria ( eu acho) porque minha memória é falha como a do Polaco , e lá depois de muito ensaio , criei coragem e pedi para o Ricardo Prado assinar uma camiseta do Snoopy ,felicidade total . Chegando em casa escrevi por cima com tinta de tecido e pincel ( naquela época não existiam canetas de tecido) , para a assinatura não sair . Dia sim,dia não ,estava eu com a camiseta , uma briga com minha mãe para que a tirasse ( afinal ela tinha que ser lavada) . Guardei por uns 10 anos , só doei ( com muita dor no coração) quando mudei para Curitiba em 1994.
    Com certeza Ricardo Prado foi a grande inspiração para minha carreira de natação!
    Renato , mais uma vez parabéns pelo texto excelente e a memória invejável!

    • rcordani
      30 de novembro de 2012

      Valeu Iara, obrigado pelo comentário! Eu desconnhecia essa visita do Baumman no Brasil, será que ele e o Prado são amigos? Mas se você se inspirou no Prado, ao menos podemos garantir que você não se especializou nos 400 medley! 🙂

  25. Pingback: Rômulo 1979, Borges 1990, e os objetivos. | Epichurus

  26. Pingback: Melhorando “que nem criança” | Epichurus

  27. Pingback: Um resumo da história da natação brasileira | Epichurus

  28. Pingback: Retrospectiva de um ano de Epichurus | Epichurus

  29. Pingback: Até 2014. « Epichurus

  30. Alessandro
    30 de julho de 2014

    Caramba como faz tempo!!! Parabéns pelo texto Cordani! Realmente a natação brasileira começou depois do Ricardo Prado, eu na época tinha 14 anos e era fã do Prado, tanto que fui aprender a nadar com a irmã dele e Denise Prado no Constâncio Vaz Guimaraes, e depois fui para o COTP (Padote) e terminei no E.C. Pinheiros. Um grande abraço!

    • rcordani
      31 de julho de 2014

      Valeu Koizumi, mas acho que você exagerou no “a natação brasileira começou depois do Ricardo Prado”, tivemos excelentes atletas antes disso (inclusive 3 medalhas olímpicas), mas o impulso do Prado em virtude das mídias existentes na década de 80 é que foi o divisor de águas.

      Agora, você só começou a nadar com 14 anos?

      Grande abraço

  31. Toledo
    31 de julho de 2014

    Não posso passar em branco e deixar de confessar uma coisa: quando comecei a nadar, após a querida técnica Marina Cordani ter dito “sim”, para que eu me tornasse atleta e militante do clube. Natação era um vício sem limites, mas ao mesmo tempo era tão carente de informações, jornalísticas, televisivas, etc, que qualquer coisa que aparecesse lá estávamos todos do time comprando para devorar.

    Assim que saiu o DVD do Prado, óbvio, comprei. Não só comprei, como assistia todos os dias, durante anos a fio. Algumas vezes mais de uma vez por dia. Não foi a toa que acabei decorando todas as narrações do DVD.

    Tudo isso para dizer que o Prado foi uma influência tremenda e que infelizmente, pela falta de cobertura da época ele não foi um dos grandes ídolos da massa Brasileira, mas isso não faz muito diferença, pois ele foi para muitas pessoas que assim como eu, ainda se arrepiam de assistir suas provas e ler a seu respeito.

    Cordani,

    Assisti o epichurus nascer timidamente e a agora me surpreendo com artigos de primeira qualidade e uma enxurrada de comentários de pessoas muito engajadas. Que evolução meu amigo, está simplesmente sensacional, meus sinceros parabéns e para o alto e avante!

    Forte abraço!

    ps: Beijo para minha eterna técnica Marina Cordani 🙂

    • rcordani
      31 de julho de 2014

      Marcelo, obrigado pelos elogios, e vou mandar o beijo para a Marina (apesar de que ela é uma leitora assídua daqui).

      Grande abraço

  32. Paulo Vital
    2 de agosto de 2014

    Ricardo Prado é o mais ilustre esportista e representante da nossa cidade Andradina. Brilhante, dedicado e exemplo para todos. Orgulho de Andradina. (Paulinho Vital)

  33. Pingback: 100 | Epichurus

  34. Pingback: Top 3 do Pan de 1983 | Epichurus

  35. gaetano
    31 de maio de 2016

    muito louco

  36. Pingback: É criança na água, estúpido! | Epichurus

  37. Pingback: A despedida | Epichurus

Deixe um comentário

Informação

Publicado às 26 de novembro de 2012 por em Natação, Olimpíadas e marcado , , , , , .
Follow EPICHURUS on WordPress.com
novembro 2012
S T Q Q S S D
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
2627282930