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Galeria de fotos e breve relato da Travessia do Leme ao Pontal de 30-01-2024

MOTIVAÇÃO

Quando eu saí da CBDA no final de agosto de 2023 (veja aqui) eu sabia que ia sobrar muito tempo livre na minha rotina, e eu precisava usar esse tempo de forma útil. Não poderia haver melhor momento para desengavetar o velho sonho de treinar para tentar a travessia do Leme ao Pontal.

OS TREINOS

Eu queria fazer uma boa preparação, então precisava de tempo no dia a dia e uma boa quantidade de semanas para o treino fazer efeito. Combinei com o meu novo treinador, o Samir Barel, que eu iniciaria os treinos em setembro e faria a tentativa em março. Segui à risca o planejado (exceto na semana 09, que testei positivo para covid).

Também contratei a Flavia Delaroli (nutri) para dar conta de tanto esforço. Fato é que em meados de dezembro eu já estava nadando tão bem (comparando comigo mesmo nos últimos anos) que pedi ao Samir para anteciparmos a prova, e assim marcamos para o final de janeiro.

A ESPERA

Talvez a parte mais difícil: esperar pelas melhores condições possíveis de uma mistura de correntes marítimas, ondulação, vento, maré e clima dentro da janela possível de tentativas, e sabendo que a cada dia de treino em modo “manutenção” o condicionamento pode eventualmente se perder.

Esperando, esperando, esperando, esperando

A PROVA

E finalmente chegou o grande dia, 30-01-2024. A saída foi marcada para 04:30, portanto eu tinha que estar no Quadrado da Urca às 03:30, e acordar 02:30. Por experiência própria, eu SABIA que não iria conseguir dormir praticamente nada, então eu parti do princípio que eu não iria dormir, e o que viesse de sono era lucro. A Beatriz Nantes, por exemplo, disse que não dormiu na véspera da prova dela (aqui). Consegui dormir duas horas, e quando acordei já considerei essa uma pequena vitória.

Arrumamos toda a tralha e partimos para a Urca, onde seria a preleção e a saída para o Leme de barco.

Preleção Foto © Eduardo Martino

Conversa, últimos preparativos, vaselina, protetor solar, pasta d’água, e às 04:46 o observador Ricardinho da LPSA disse que eu podia cair na água e esperar a buzina de partida. A ideia era fazer uma prova tranquila, prazerosa, chegar inteiro e não me preocupar muito com o tempo. Será que eu conseguiria?

PÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ (buzina de partida)

Arrumado o oclinhos, vamos de primeiras braçadas. Temperatura da água estava boa (25 graus), ao ponto que não deu nem aquela esfriadinha na hora que caí. Estava noite escura ainda, mas toda a orla de Copacabana estava iluminada, e no fim das luzes, lá na frente, eu conseguia visualizar o Forte de Copacabana. A ponta do Forte é para onde eu passei a mirar.

O Leme. Foto © Eduardo Martino

Todo nadador conhece essa sensação: treinou forte, poliu, raspou (*) e as primeiras braçadas parecem um passeio no Éden. Eu estava me sentindo muito bem, empolgado, feliz de ter chegado a hora, mas também sabia que não adiantava estar bem na primeira, na segunda, na terceira hora, como me alertara o Matheus Evangelista, um dos melhores ultramaratonistas do Brasil. Tinha que estar bem a partir da sexta, sétima hora.

(*) não, não raspei, mas vocês entenderam o que eu quis dizer

Passados 32minutos, ou seja, às 05:18, a maré virou e passou a vazar, me jogando  na direção do Pontal. Voando e com maré a favor, deixei o nado fluir naturalmente, mas sem colocar intensidade. Modo automático. O horizonte atrás de mim ficou rosa, depois laranja, e às 05:31 o SOL apareceu, e me acompanhou até o final da prova, praticamente me cozinhando vivo.

Sol nasceu e me acompanhou até o fim. Foto © Eduardo Martino

Passando o Forte de Copacabana, eu estava em casa, já que a maior parte dos meus treinos de mar (24%) foi ali mesmo entre o Arpoador e o Leblon.

Segui firme em direção aos Dois Irmãos cantando “Pro dia Nascer Feliz” (veja aqui), sem deixar de observar os prédios que serviram de referência nos treinos, em especial o do ex-Cesar Park, minha maior referência nos treinos, o Hotel Marina no Leblon, as ilhas Cagarras do outro lado, e claro, a maior referência da praia, da cidade e talvez até do país, o Cristo Redentor no topo do Corcovado.

Arpoador, já com o Redentor despontando. Foto © Eduardo Martino

Passando o Sheraton, nadei ao largo da Niemayer que já percorri milhões de vezes de carro, mas pela água era a primeira vez, e atingi o hotel Transamérica, onde participei e organizei vários Congressos de Geofísica. Sempre me referenciando na Pedra da Gávea (que já subi), vi a praia do Pepino, onde pegávamos jacaré na década de 80, e olhei para ver se tinha asa delta descendo (não tinha). Olhei para as casas no morro do Joá, pensei que uma delas era a que a Elis Regina jogou os discos do Ronaldo Bôscoli pela janela. E logo depois já aparece o Elevado do Joá, os viadutos suspensos de cuja vista do mar é lindíssima. Quantas vezes olhei lá da estrada e desejei estar no mar!

Dessa vez, eu estava.

Minhas alimentações eram de 30 em 30minutos, e nesse início de prova elas chegavam bem rápido.

Alimentação. Foto © Eduardo Martino

Divagando e olhando a paisagem enquanto as braçadas saíam no piloto automático, fui levando, e quando me toquei, estava praticamente entrando na Barra da Tijuca e com apenas 3:30 de prova.

Choquei!

Nessa hora, tive certeza de que estava bem, no sentido de boa performance mesmo, e comecei a fazer contas. Mas ao mesmo tempo os braços começaram a pesar, nada de extraordinário, mas já não era um passeio no parque. Combinei comigo mesmo que ia nadar mais meia hora para comunicar ao Samir.

“Samir, meu aeróbico tá zerado, fisiologia ótima, mas os braços estão um pouco pesados”, ele disse “normal, 4:00 de prova, braço pesa mesmo, mas você está muito bem, ritmo ótimo, não precisa aumentar, segue no ritmo”.

Segue o plano. Foto © Eduardo Martino

Conversando comigo mesmo, combinei com a minha pessoa de levar na “picardia” (*) até as 06:00 de prova, quando provavelmente avistaria o Pontal, este me animaria, e eu seguiria em frente apenas na adrenalina da visão da chegada. A essa altura da prova, eu já não queria “me divertir”, queria chegar no menor tempo possível. Ou seja, eu traí a mim mesmo e passei a competir. Pau na máquina.

(*) termo do Pancho, claro

Travessia Leme ao Pontal, no Rio de Janeiro, realizada pelo nadador Renato Cordani.
Foto © Eduardo Martino

O período das 04:00 às 06:00 exigiu muita concentração e luta mental. Os braços estavam pesados, mas o ritmo estava muito bom, e dava para seguir. Meus objetivos passaram a ser “nadar mais meia hora até a próxima alimentação”, só que o tempo, que estava passando rápido, começou a demorar. Comecei a olhar mais o relógio, o tempo não passava, mas quando chegava a alimentação, era uma delícia, e logo passava para a próxima meia hora, e assim por diante.

Aos trancos e barrancos, e ajudado pelas ondulações francamente favoráveis, cheguei às 06:00 e me permiti tentar avistar o Pontal. Avistei, mas (soube depois) era o sósia do Pontal, a denominada Ilha das Palmas. Faltou “prática de Barra da Tijuca”, era território novo para mim, então mirei na pedra errada e mandei bala. Demorou um pouco para o pessoal do barco me convencer que eu estava abrindo muito e indo no caminho errado, mas finalmente o Samir me explicou com calma durante uma alimentação e eu vi o “novo” pontal, que estava até mais próximo, e pensei “to chegando”.

Estúpido.

Parecia perto, mas estava longe. Foto © Eduardo Martino

Esse “to chegando” foi o maior erro que cometi na prova. Para vocês terem uma ideia, do “to chegando” (06:30) até efetivamente eu chegar ao contorno do Pontal (08:00), foram mais 90minutos de um interminável nado que não chegava nunca.

A mistura do cansaço com a vontade de chegar rápido, com o desconhecimento do terreno, com a confusão mental, com o cozimento pelo sol inclemente, com a derrocada dos braços, com uma nova correnteza contra miserável montou o cenário que me fez sofrer bastante para me aproximar da pedra.

Chegou! Agora é reta final. Foto © Eduardo Martino

Não obstante, ela (a pedra) chegou. Aí era só contornar e chegar. Não cheguei a “sprintar”, até acho que poderia, mas segui no ritmo que estava mais do que bom.

Essa visão todo nadador de águas abertas conhece: em provas que chegam na praia, a sensação de ver o fundo de areia é a visão do paraíso. Vi o fundo, nadei mais um pouco, pisei na praia e concluí a prova em 08h24min.

08h24min depois eu pisava a areia branca. Foto © Eduardo Martino

Cheguei inteirão na parte aeróbica, não tendo subido a pulsação nem respirado ofegante nenhuma vez. Já os braços… moídos. Olho inchado do oclinhos (que não tirei nenhuma vez), mas no geral, inteiro e feliz.

Em casa, depois, fui ver os resultados históricos da prova (aqui), e descobri que na versão sem Neoprene (ou raiz) eu fiz a quarta melhor marca da história, e a primeira entre os maiores de 50 anos. Foi realmente um resultado inesperado, muito melhor do que o previsto e imaginado, mas muito bem-vindo.

Adorei!

Acompanhem na galeria abaixo as fotos sensacionais do meu amigo fotógrafo profissional Edê (@emartinophoto), que mora no Rio e estava no barco comigo, assim como meu filho Rafael, o LAM, o Samir, a Carol Morelli, o Ricardinho e os dois barqueiros.

Eduardo Martino e sua câmera, na chegada

Grande abraço a todos, e que venham as próximas, que essa tá feita! Gostou? Comente!

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

31 comentários em “Galeria de fotos e breve relato da Travessia do Leme ao Pontal de 30-01-2024

  1. Roberto Veirano
    6 de fevereiro de 2024

    Sensacional! Parabéns pela conquista!!

    • rcordani
      6 de fevereiro de 2024

      Obrigado, Veirano, e que cidade linda essa sua

  2. Dora
    6 de fevereiro de 2024

    Texto bacana e projeto muito bem executado, a travessia foi simplesmente fantástica! Agora, fica a pergunta: quem acreditou que o Renato só começou a competir com ele mesmo a partir de 3:30 de prova? 🧐🧐

    • LAM
      6 de fevereiro de 2024

      Não sei, até chegar na Barra eu estava distraído com a paisagem, só comecei a prestar atenção no nadador na reta final 😺

      • rcordani
        6 de fevereiro de 2024

        De facto, no início houve momentos em que eu estranhei não vê-lo no barco. Dormiu?

    • rcordani
      6 de fevereiro de 2024

      Olha, a sra deveria reconhecer que eu TENTEI, e fiz 40% da prova no modo curtição, ademais, RECONHECI que falhei nesse sentido nos 60% finais, acredito que tirei boa nota no quesito geral

      • Rodrigo M. Munhoz
        7 de fevereiro de 2024

        Dado seu histórico, uma nota 4/10 nesse quesito “curtição de prova” foi boa mesmo… Boa!

  3. JucaRibeiro
    6 de fevereiro de 2024

    Fabuloso! O peixão pai da Mabel e do Rafael!
    Parabéns!

  4. ANTONIO CARLOS ORSELLI
    6 de fevereiro de 2024

    Grande abraço pelo brilhante feito, Cordani!

    • rcordani
      6 de fevereiro de 2024

      Orselli, estamos formando uma turma que almeja um dia chegar à sua idade com o vigor físico e mental que você ostenta. Grande abraço a você e toda a turma da Morada do Sol. Falando em sol, olha, o mesmo estava bem animadinho no dia da prova.

      • ANTONIO CARLOS ORSELLI
        7 de fevereiro de 2024

        Continuem cuidando-se bem e chegarão aqui. O advérbio de lugar é esse mesmo, né? E, pelo seu relato, deu pra perceber que a canícula imperou.

      • rcordani
        7 de fevereiro de 2024

        Exatamente, olha ele aí aparecendo

  5. Fernando Cunha Magalhães
    6 de fevereiro de 2024

    Amigo, vou te contar que a distância máxima que eu corri a pé na vida, foi 21 km. E não foi mole, não 😳

    Seu feito de NADAR 36km em 8h24, aos 53 anos de idade, é ESPETACULAR!

    Meus aplausos, respeito e admiração por mais essa conquista.

    Sobre o post, é sabido que havendo mote interessante, o Sr. deita e rola. E, dessa vez não foi diferente.

    Brilhante!

    Forte abraço.

    • rcordani
      6 de fevereiro de 2024

      Obrigado, amigo Magalhães. Ainda estou na torcida para que um dia o sr complete sua saga, cujo mote é interessantíssimo.

  6. Rodrigo M. Munhoz
    6 de fevereiro de 2024

    Muito legal! Parabéns pela conquista em tempo excelente!
    Agora tem umas perguntas aí…
    a. Você foi cantarolando Cazuza, Tim Maia e Elis Regina ali do Leme até o Pontal ou tinha uma musiquinha vinda do barco?
    b. O LAM gritou “VAI PEBA!” do barco, conforme lhe foi pedido inúmeras vezes? c. E o suprimento de Gatorade no barco foi suficiente pra você e pra ele?
    d. Oclinhos zuado esse pra nadar 36Km, hein? Podia trocar por um mais confortável, aproveitando para aposentar o Timex em troca por um Garmin…
    e. Você achou mesmo que iria nadar só pra completar uma prova prazeirosa e só começou a prestar atenção no tempo ali pela metade? (eu concordo com a Dora nessa 🙂 )
    Com o tanto que você tava treinando eu tinha certeza não apenas que você só não completaria a prova em caso de tufão no mar, mas que você daria um bom tempo se as condições estivessem razoáveis. E o dia estava muito bom.
    Meus parabéns novamente. Qual a próxima? Vamos fazer uma 14 Bis com noix?
    Abraços!

    • rcordani
      6 de fevereiro de 2024

      Vamos lá:
      a) não tinha música no barco (que eu saiba). Em 08:24 houve tempo para cantarolar bastante, “Pro dia nascer feliz” foi uma delas, lembro de pensar em “Enquanto engomo a calça” também

      b) LAM interagiu duas vezes, uma para dizer que “o Esmaga achou que sua braçada encurtou, mas que isso não tem problema, siga firme sem se preocupar” e outra para dizer que eu estava BEEEEM adiantado em relação ao tempo de inscrição (10h).

      c) suprimento de gatorade deu sim, até sobrou e tem uns na geladeira de casa ainda. Mas considere que a gente tinha suprimento para até 12h.

      d) oclinhos foi o seguinte. Em dezembro, eu esqueci meu tradicional sueco aqui em São Paulo, estava no Rio e precisava treinar. Fui na decatlon e comprei um sueco novo que tem uma película branca no contato com o olho. Fiz um simulado de 4h (no Rio em dezembro), o oclinhos se comportou bem, decidi ir com ele mesmo. Acho que oclinhos nenhum sairia ileso de 36km de qualquer forma…

      Sobre o Garmin, reconheço que é útil para nadar no mar, mas é ridículo ver o sr com ele na piscina…

      e) vide resposta à mesma, e parabenize-me pelos 40% ao menos

      14 Bis… SIM, está nos planos. Fechado.

      Convido-o a postar suas experiências com suas duas 14 bis muito bem executadas.

      Abração

  7. Lelo Menezes
    6 de fevereiro de 2024

    Excelente relato. Uma pena não ter aparecido uma orca pra dar um pouco de emoção a travessia. Próximo passo ida e volta no canal da Mancha??

    • rcordani
      6 de fevereiro de 2024

      Em novembro, durante os treinos para essa prova, tive a oportunidade de nadar em um mar gelado, 16 graus, temperatura similar à Mancha, e olha, estava muito sofrido. Sei que a habilidade de nadar na água fria é treinável, mas vou precisar de muito treino disso aí…

      Mas está nos planos sim se houver uma oportunidade futura, embora apenas ida. Ida e volta não está nos planos nem mais remotos…

      • LAM
        7 de fevereiro de 2024

        na Mancha deve ter umas Guiness no barco, acho que vai ser um bom programa

  8. charlaodudo
    6 de fevereiro de 2024

    Caramba, água quentinha, correnteza a favor e bem treinado…..isso não é desafio, foi mais um passeio no mar. Tinha que ser com água gelada, vento contra e de ressaca para contar como desafio.

    • rcordani
      7 de fevereiro de 2024

      Mas o LAM estava no barco…

      • LAM
        7 de fevereiro de 2024

        mantendo os PEBAs informados

  9. Felipe
    7 de fevereiro de 2024

    Super parabéns pela travessia e pelo relato, senti nadando com vc, muito 10!!!
    Impensável fazer uma desta…
    Rafael e Alfredo mereciam um (mini) troféu pelas 8hs de barco 🙂

    • rcordani
      7 de fevereiro de 2024

      Obrigado pelas palavras Felipe, e tanto LAM quanto o Rafael e até o Edê (fotógrafo) não se arrependeram da travessia, segundo eles, muito bonita (e eles viram a paisagem bem mais do que eu…)

  10. Moacir Zilbovicius
    7 de fevereiro de 2024

    Lindo texto. Conquista sensacional.

  11. Sidney N
    9 de fevereiro de 2024

    Parabéns, fantástica proeza e bastante inspiradora a história também! Não sei se já escreveu em algum outro lugar, mas seria legal saber um pouco mais da preparação dentro e fora da água, incluindo alimentação e parte mental.

    • rcordani
      9 de fevereiro de 2024

      Obrigado Sidney.

      Dentro da água já publiquei as metragens semanais, posso acrescentar que os treinos mesclavam treinos mais nadados com treinos bem fortes, e muita variação de material, especialmente palmar, flutuador e pé de pato.

      Fora da água fiz manutenção da musculatura dos ombros, como prevenção a lesões. Mas não fiz musculação, não havia energia para isso, eu deixei toda a minha energia para a natação mesmo, e os treinos eram duros o suficiente para não sobrar muita coisa.

      Em relação à alimentação, a Flavia Delaroli passou dieta e suplementação tanto para os treinos quanto para a prova. É muito importante que no dia a alimentação esteja totalmente integrada na prova, e testada anteriormente nos simulados.

      Por fim, a parte mental para mim foi a mais fácil, eu queria muito fazer e tinha experiências anteriores desde a primeira Ilhabela-Caraguá que fiz com 13 anos em 1984 até o Ironman, que foi até mais longo do que a travessia (10:42). Então, mentalmente foi só me preparar para curtir a prova, o que acabou sendo boicotado pela minha competitividade no meio da prova quando vi que estava bem.

      Mas a verdade é que como qualquer prova de qualquer distância, os desafios são conquistados nos treinos, no dia a gente só concretiza.

  12. Ludmila Grammont
    9 de fevereiro de 2024

    Parabéns Cordani! Belíssimo desafio pessoal. Muito bacana sua disciplina e coragem. confesso que sou medrosa e embora tenha muita vontade de fazer Leme ao Pontal o medo ainda ganha. Mas vc é muita inspiração e vou começar a considerar essa travessia um pouco mais.

    • rcordani
      9 de fevereiro de 2024

      Ludmila, você tem o perfil perfeito para fazer esse desafio. A única coisa que você precisa é treinar, treinar, treinar, o resto sai. Força! E conta pra nós.

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Informação

Publicado às 5 de fevereiro de 2024 por em Natação, Natação master, PEBAs, Travessia e marcado , , , .

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