Um pouco da história da Travessia do Lago do Círculo Militar de Campinas
Abril foi por muito tempo o mês da tradicional Travessia do Lago do Círculo Militar de Campinas. Em abril o CMC comemora o seu aniversário e no ano de 1973, durante essas comemorações foi realizada a 1a. travessia do Lago. Foram realizadas 21 edições da prova, movimentando muito as águas do lago e a natação paulista.
A cada ano a prova atraia mais e mais competidores, que batalhavam nas águas do lago por uma melhor posição de largada e por uma entrada mais rápida no funil de chegada. Glauco Casemiro, vencedor da prova em 4 ocasiões, relembra como foi a sua primeira prova nessa travessia: “Me lembro do medo que tive da primeira vez que nadei! Era muito assustador aquela água escura e o som que os motores dos barcos de apoio faziam! A única estratégia era tentar nadar em linha reta sem levantar a cabeça!!! Eu me lembro que meu técnico ficava bravo e dizia que eu parecia o Tarzan. Eu adorava aquela competição, o local era muito bonito e após a competição ficávamos curtindo o local. E não fui um nadador de águas abertas, para mim a maior dificuldade desta prova era a saída… aquela bagunça de um trombando no outro, morria de medo de levar um chute ou uma cotovelada na cara.”
Nesse mesmo recorte de jornal temos também a estréia de Shirley Rosa Falbo, nadadora que faturou a prova no mirim em 1978, e que venceu também a prova mais 4 vezes na década de 80. Shirley travava freqüentemente uma batalha nas águas do lago com Zezé Moreira. Zezé lembra com saudades daquela época: “Nooossaaaa você me fez lembrar da travessia de Campinas…..Esperava ansiosa para essa prova, pois depois da travessia fazíamos churrasco e passávamos um dia maravilhoso!!!!! Eu ficava bem no final da ponte,saia bem forte e ia fechando para o lado esquerdo porque tinha uma curva no final e era só mirar o funíl da chegada. Eu gostava de rever meus amigos dos outros clubes antes e após a prova e era uma travessia bem rápida. Ah, eu também adorava o churrasco depois!!! Uma vez fui da largada até a chegada lado a lado com a atleta Shirley Rosa Falbo mas no final bati na faixa antes e fiquei muito feliz.“
Essa vitória de Zezé no ano de 1986 ficou registrada no jornal Correio Popular, conforme o trecho abaixo:
Em minha primeira prova na travessia do lago eu lembro que tentei sair no meio da plataforma de madeira e levei várias puxadas no pé, tentativas de arrancada de óculos e até tentaram arrebentar a minha sunga. Nos anos seguintes, usei estratégia similar à da Zezé, saindo bem para o lado direito da plataforma e nadando bem forte para tentar passar o pessoal na curva de chegada ao funil. A minha lembrança da largada é bem parecida com essa foto que saiu no jornal Correio Popular em 1985:
Em 1985 Marco Tulio Fúmis do Pinheiros venceu a minha categoria e eu cheguei em 5o. lugar. Túlio revela a sua estratégia: “Se vacilasse na saída estava morto. 600 m é pouco para recuperar. Preferia sair mais para o canto do que ficar na briga para sair no meio e arriscar ser pisoteado e afundar. Deu certo três vezes. A tática era dar um mega tiro de 200 metros e administrar depois (para os velocistas era impossível fazer isto)”.
A prova de 1987 na categoria juvenil A foi marcada por uma boa confusão no final. Ricardo Minguez revela como foi a largada: “Eu estava do lado do Mané Veloso Carneiro. Ele olhou para mim e disse: troca de lugar, Ricardinho, que o cara do meu lado é pequeno e o do seu lado é maior. Na largada, rolou aquele “impulso involuntário” utilizando o ombro do adversário vizinho, tanto da minha parte quanto da do Mané. Saímos na frente, mas o Mané nadou torto e chegou em terceiro, atrás de mim e do Tocalino”, porém na chegada, segundo o Ricardo Minguez, ele chegou na frente e inverteram a posição, mas os técnicos do Pinheiros Edson e Latuf reclamaram e devolveram o 1o. lugar para o Ricardo Minguez. Mas segundo Rodrigo Tocalino, ele foi ultrapassado por Minguez depois da entrada no funil, mas o juiz não devolveu a posição para Tocalino, gerando uma baita confusão. As mães dos nadadores campineiros inclusive organizaram um coro de “Marmelada! Marmelada!” durante a premiação. Rodrigo Tocalino ganhou dois anos depois, estabelecendo o recorde da categoria Juvenil B.
Ricardo Bonotti, que venceu em 1988 revela outra curiosidade sobre as largadas, onde era comum alguns atletas tentarem queimar em algumas baterias: “Foi a única travessia que fiz. Experiência traumática, uns 5 moleques queimaram a largada e como não tinha como pará-los, o juiz de largada mandou um “vai, que tá valendo” pra galera que ficou parada (incluindo eu) esperando o tiro”. A foto abaixo tem uma saída parecida com essa relatada por Bonotti, onde podemos ver alguns nadadores voltando, outros pulando e alguns ainda não acreditando que foi dada a largada.
Erika Gimenez era mais uma das fortes meninas das equipes de Santos que encaravam a longa viagem para participar da prova. Erika venceu a prova 4 vezes consecutivas e as lembranças dela também são ótimas da prova: “Eu lembro da Travessia do Lago de Campinas com muita saudade. Lembrança boa da minha infância. Gostava mais da bagunça, do churrasco e do lugar lindo do que propriamente o resultado da competição. Quem é da praia adora o campo! Ainda existe a Travessia do Lago? Eu me recordo que a estratégia era sair nadando muito forte porque na saída havia muito alvoroço e uma disputa de socos e pontapés, como em qualquer travessia. Depois, o ritmo deveria continuar intenso porque o percurso era razoavelmente curto para mim, já que eu era fundista. O que eu mais gostava era a chegada. Era encantador na cabeça de uma menina! Minha lembrança mais engraçada era nadar junto com peixes, que de vez em quando nos faziam companhia. Lembro que ganhei o troféu definitivo, que está na casa dos meus pais, assim como as fotos. Eu era muito pequena e adorava a Travessia do Lago de Campinas. Realmente uma prova muito bem organizada, aguardada sempre por nós como uma oportunidade de diversão e competitividade. A abertura do evento já era um espetáculo!”
Ao revirar as reportagens sobre a travessia a equipe do Epichurus acabou descobrindo que um dos maiores nadadores da história do Brasil foi PEBA um dia. É isso mesmo, RIcardo Prado, ao fazer a travessia em 1974 terminou em 3o. lugar na categoria Mirim. Bom, no ano seguinte ele ganhou e continuou ganhando quase tudo em sua carreira, mas pelo menos o Rogério Martins e o Sidney Rodrigues podem dizer que foram uns dos poucos que já ganharam do Ricardo Prado!
A premiação da travessia era uma cerimônia muito legal também, e era comum o Círculo Militar convidar esportistas de renome para entregar as medalhas para os atletas e também realizar a abertura da prova, nadando o percurso em uma primeira bateria de demonstração.
A última prova realizada no Lago foi em 1994 e nós do Epichurus – e com certeza mais centenas de nadadores que já competiram nas águas do lago do Círculo – torcem para que essa tradição volte em breve para o calendário esportivo da natação paulista e que novas histórias possam ser contadas.
Em conversas que tive com o Major Rebelo, diretor de Patrimônio do Circulo Militar e com a Débora SIlva, diretora de Relações Públicas, senti que existe uma vontade de retomar atividades competitivas no lago. Espero que nesse mês em que o Circulo Militar de Campinas completa 53 anos, a natação ganhe como presente a retomada dessa deliciosa travessia. No dia 17 de abril o Major Rabelo fará uma palestra no CMC, contando bastante sobre a história do lago, sobre a travessia de natação, as provas de jet ski que agitavam Campinas e as provas de vela que eram realizadas por lá.
Acompanhe abaixo uma compilação com os vencedores da travessia na década de 80 e os recordes da prova. Como vocês podem ver por esses resultados, já triunfaram no lago alguns nadadores que representaram o Brasil em Olimpíadas e Mundiais, como Claudio Kestener, José Carlos Ferreira Júnior, Luis Osório Anchieta Neto, Maurício Buczmiejuck e David Castro, o rei do lago, que venceu a prova 5 vezes na categoria masculina. A rainha do lago segundo o Epichurus foi Zezé Moreira, que também venceu 5 vezes na década de 80.
Aproveitem agora uma galeria de fotos atuais do lago, gentilmente cedidas pelo Circulo Militar de Campinas:
Agradecemos ao apoio do Circulo Militar de Campinas, representado pelos seus diretores de Relações Públicas e Patrimônio, Débora Silva e Major Rebelo, e também para a Juliana, do departamento de patrimônio que contribuiu bastante com nosso post.
Convidamos agora os nossos leitores a compartilhar conosco as suas lembranças da travessia do lago.
Boa Charlão! O CPM participou se não me engano entre 1980 e 1984. Em 1985 acho que coincidiu com uma outra competição e a partir daí não fomos mais.
Em 1981 eu fui vice, perdi para o Serginho Soares, que era um nadador extremamente talentoso mas infelizmente parou de nadar neste mesmo ano.
Já por ocasião da vitória do Charlão, o mesmo na época dominava as provas de 400L no estado e portanto era favorito, eu estava do lado do Pancho e este olhava o “bolo” e dizia: “mas donde está o Carlón, jo tengo certessa que ele deveria estar bien nesta prova”, reclamou uns dois ou três minutos, quando de repente a gente vê o Charlão despontando lá em cima, com aquele estilo de morsa manca, longe do bolo mas abrindo liderança, liderança esta que levou até o final!
Em 85 coincidiu com o revezamento gigante do Ricardo Prado e em alguns anos coincidia com competições da FAP. Em 85 parte dos nadadores do Paineiras ainda foram na Travessia do Lago e eu lembro que eu sai correndo para nadar o revezamento no Ibirapuera após a prova. Como a prova não era oficial, os calendários da FAP e da Travessia do Lago não eram unificados.
Eu achava que o Pancho é que tinha sugerido que eu nadasse mais aberto para evitar o bolo. Ainda bem que consegui ganhar, senão eu acho que iria tomar uma boa dura do Pancho.
Nadei algumas provas da famosa Travessia do Circulo Militar de Campinas, e vi meu nome aí nos recortes, ganhei umas também…rsrsrs… Bons tempos , passávamos o dia todo no clube churrasco, futebol e tudo mais…saudades…
Caramba Battisti, estou achando que quando tinha travessia os bois começavam a fugir nos pastos! Esse pessoal de Santos só pensava no churrasco pós-prova!
O local da travessia é muito gostoso mesmo e por sorte nós não tinhamos o costume de pescar na época, pois os peixes do lago iam acabar nesses churrascos.
verdade…Paulo Battisti ganhou somente 1 ano, lembro vendo a prova na ocasião que ele todo espertinho gritou valeu e queimou a prova, assim qualquer um ganha, aliás ele só foi nadador de verão, campeonatos de inverno alegava alguma coisa e nem ia, pena, poderia ser um nadador de grande nome internacional se levasse a sério os treinos e buscado um grande técnico e de renome ,se tivesse buscado equipes de ponta como Pinheiros ou Minas, mas ficando onde ficou estagnou a carreira virando nadador de região,mas deixou seu nome a meu ver desse modo, é assim que lembro dele,digo tudo isso como um relato de curiosidade a voces que talvez muitos não saibam.
Abs a todos
Jonas
Sair bem era fundamental para ter uma boa posição na Travessia do Lago. Se você ficasse no bolo, era puxão para todo lado. Em vários anos o pessoal queimava, aí mandavam voltar, mas era impossível subir novamente na plataforma e davam a largada. Para essas que tinham queimado era pior do que ficar no pelotão intermediário.
Eu não gostava dessa prova, não… Gostava da viagem de ônibus, do almoço com os amigos, do lugar bonito. Mas a prova era horrível! Travessia, para mim que nunca fui uma promessa, era uma prova de ritmo, não de velocidade! Em travessia de verdade dava para dar uma paradinha para olhar a direção, ninguém nadava tão grudado, a gente comia e bebia chá, era gostoso. Essa do lago chamava travessia, mas era um tiro de velocidade que demorava muito para chegar! E um monte de gente se estapeando, clima ruim, tenso da largada ao funil. Eu tinha uma vaga lembrança de que havia ganho em algum ano. Qual não foi minha surpresa ao constatar pelos resultados postados pelo Carlão de que eu ganhei em duas ocasiões: 1983 e 1984! Acho que foi tão traumático que eu deletei… nem me lembro se era medalha ou troféu…
Marina,
Na verdade você ganhou a travessia 3 vezes, porém no jubileu do Circulo Militar em 1985 você ganhou na categoria Universitária, que não teve os resultados publicados onde eu me baseei para montar a tabela de vencedores. Eu sei que você ganhou em 1985 pois saiu na revista do Paineiras: http://www.clubepaineiras.com.br/acervo/Hemeroteca/RevistaPaineiras_1985_04e05.pdf
Eu também considerava essa prova como uma prova de velocidade, mas eu gostava bastante de nadar no lago, mesmo com toda a tensão da largada e da chegada.
hahahaha! Deletei mesmo! Me lembro agora, vagamente, de ter escolhido nadar a categoria universitária porque era mais fraca que a adulta, mais fácil de ganhar! E também porque eu estava mega orgulhosa de ser universitária!
Nadei varias veses entre na decada de 70 fui 3x campeao
Ricardo, infelizmente eu não consegui os resultados da década de 70 e nem os da década de 90, mas por coincidência um dos jornais que estavam no departamento de Patrimônio tinham a sua foto no podium.
https://epichurus.com/?attachment_id=3245
Ainda continuo a busca por mais resultados!
Nadei pelo Circulo Militar de Campinas entre 1985 e 1987. Me lembro que esperávamos ansiosamente a semana da Travessia do Lago pois treinávamos lá durante os dias que antecediam a competição. O pior de tudo era fazer o percurso do lago de perna, sem ter a borda para descansar um pouco. Sem falar a pressão que tinha no dia da competição. Mas era uma festa muito gostosa e encontrávamos vários amigos. É um grande orgulho ter vencido lá.
O Tocalino foi um dos grandes responsáveis por esse artigo. O pai dele é que conseguiu a tabela com os vencedores da década de 80, um dos poucos resultados que temos das provas.
Essa vantagem que o pessoal do Círculo Militar tinha era excelente, pois em travessias é muito bom reconhecer o local da prova antes, para definir o melhor trajeto e identificar os pontos de referência para evitar nadar mais do que o necessário.
Agora, fazer o percurso de perna realmente devia ser uma tortura mesmo!
Muito bacana o artigo, Charles! Vários Epichuristas entre os ganhadores… surpreendente!
Infelizmente, nunca participei dessa prova… Em Bauru costumávamos ir a uma travessia similar no Clube Nautico de Araraquara, se bem me recordo… Mas o que o pessoal (especialmente o pessoal PEBA) curtia MESMO era o churrasco / confraternização no fim, ou não? Abraços!
É verdade Munhoz, o pessoal de Santos acabava com a carne da cidade pelo visto.
Como era essa travessia em Araraquara?
Era assim mesmo. A gente de Santos ia para churrasco. Que era o ponto alto da viagem.
Tem que considerar para que nós era um camping. Coisa que não temos em Santos.
Eu tinha fama de violento, e cheguei a derrubar nadadores para o outro lado da plataforma na saída. Sempre avisei para não ficar do meu lado.
Tem que entender que a travessia do Lago era light em relação a travessia do canal aqui de Santos, onde infantil A largava junto com os adultos e a porrada rolava solta na água.
Por categoria e eu sendo maior, não tinha como não tirar vantagem.
Peguei dois 3º lugares. Um como infantil A e outro como Infantil B, porém um dos 3º, eu estava em primeiro, já fazendo a curva próximo ao meio, onde tinha aquelas armações de arame, quando vi um nadador se aproximando.
Não pensei duas vez
Dei um tapa nele. (um chega pra lá)
Ele devolveu um tapa.
Dei um soco na cabeça
Tomei um soco na lateral do corpo.
Não pensei duas vez, enfiei a mão na nuca e dei-lhe um belo caldo, estilo polo aquático.
Ele reagiu, começamos nos bater, quando levantamos a cabeça, era o Capelinha (Rodrigo Capela) do Inter tb.
Eu berrei: – porra é tu!!!
Paramos de nos bater e fomos em direção a chegada.
Rodrigo que vinha pelo meio, longe da gente, passou e levou o primeiro.
Capelinha em segundo e eu em terceiro.
Bons tempos!!!
Acontece.
Era uma prova muito legal mesmo. Tenho boas lembranças.
É engraçado que muita gente que nada hoje nunca ouviu falar dela. Quem sabe o Charlão consegue motivar o CMC a organizá-la novamente – incluindo a categoria master, é claro…
Alê, a última foi em 94, ou seja, já passaram quase 19 anos. Estamos aqui na torcida para termos uma retomada do uso do lago para competições e se eu tiver novidades eu publico por aqui.
Muito legal trazer de volta essa prova tão famosa. Mas tenho a mesma opinião da Marina Cordani: detestava a prova! Ganhei dois bronzes nem sei como, fiquei no pódium com nadadoras muito fortes (Shirley Falbo, Mara Hoffenbauch, Maria Cecília Giacaglia), e eu perdida lá… Tenho uma foto muito engraçada que mostra o tamanho dessas meninas na época e o meu… o antebraço delas dava meu bíceps e tríceps, contraídos, juntos!
Detestava a espera (não tinha um senhor que nadava antes de tudo, e demorava horas prá atravessar?), detestava a saída, tinha medo de morrer afogada, juro por Deus! Tinha umas nadadoras que eram orientadas a dar pancada na saída, pontapé, dar caldo, o que fosse preciso prá sair na frente. Detestava a chegada tb., que poderia ter outra disputa no tapa! Acho que meu irmão teve uma história de caldo e puxão na chegada, que os juízes viram e trocaram as posições (ele tinha sido o puxado e afundado).
Mas a melhor história minha foi dos meus pais numa posição estratégica de boa visão da chegada, mas não a chegada mesmo, contando as posições e quando chegaram no 33, 34, 35, começaram a pensar no que falar prá me consolar, pq. esse ano eu tava bem e queria chegar entre as 10… 36, 37, 38, eles esperando um escândalo e muito choro (típico meu na época Infantil A/B. Ok, talvez um pouco no Juvenil… ), aí alguém pergunta o que eles tavam fazendo, pq. íam perder o pódium e eu tava em terceiro!
Muito legal relembrar, Carlão! Valeu!
Tulipa,
A largada da prova realmente não era fácil. Eu lembro que tinham vários puxões mesmo, mas eu acho que isso era parte da disputa mesmo e a grande maioria só estava tentando sair do lugar e não tinha a intenção de machucar ninguém.
No início da prova era comum memso ter uma bateria com homenageados nadando e tinham alguns veteranos que faziam o percurso mesmo.
Agora essa dos seus pais não está bem clara não. Será que eles não aproveitaram a tranquilidade do lugar e aproveitaram para dar uma cochilada no campo?
O caso do Tulio, segundo ele lembra, foi com o Atílio na chegada de uma das provas que ele venceu, ou seja, pelo visto a familia Huffenbaecher nunca gostou muito da família Lima Fumis.
Segue abaixo uma foto da Mara na época (só não vá ter pesadelos!)
https://epichurus.com/?attachment_id=3246
Boa Charlão! Por incrível que pareça eu nunca nadei nem nunca tinha ouvido falar dessa travessia. A única que nadei na vida, umas três vezes inclusive, era aquela de Santos, também bem curta, que saiamos da balsa e chegávamos na praia. Tenho boas lembranças daquela travessia de Santos! Agora, impressionante ver que até o Ricardo Prado foi PEBA um dia!
A largada da Travessia da Tribuna de Santos era mais tensa que a da Travessia do Lago. Um monte de gente pulando do alto de uma balsa de uns 5 metros realmente era perigoso. Vamos ver se no futuro eu consigo material sobre essa travessia para escrever um pouco por aqui.
Agora, eu também não acreditei quando vi que no mirim o Ricardo Prado era PEBA, mas aposto que ele já detonava no churrasco pós-prova.
Parabéns pelo trabalho Charles!
Eu nadei a travessia do lago em 1991.
Estava fazendo estágio na Petroquímica União e nadava na Academia TEM Esportes de SBC. Fui em dois carros com meus amigos Luiz Augustus Soares (Filhinho), Davi Sanfilippo (Patinho) e Luiz Fernando, além de outros colegas da academia.
A espera foi longa e eu acreditava na vitória, mas não cheguei nem perto disso.
Os adversários estavam bem melhores condicionados do que eu.
Se não me engano, cheguei em 9o.
Mesmo assim, tenho ótimas lembranças daquele dia.
Caramba Smaga, como você foi PEBA!!!!
O que aconteceu nesse dia, você foi engolido pelo bolo na largada?
Não Charles, até dei umas trombadas mas certamente não comprometeu meu resultado. Os adversários estavam melhor condicionados do que eu mesmo. PEBA!
PEBA mesmo foi o Lelo que nem venceu as eliminatórias internas do seu próprio clube para IR à travessia!
Mas se a travessia fosse de peito eu tenho forte convicção que eu passava na seletiva!
Carlos parabéns pelo seu trabalho, ficou otimo, eu e o meu Dir. Maj. Rabelo gostamos muito.
Juliana,
Obrigado a vocês pelo excelente trabalho de manter e divulgar o patrimônio do Circulo Militar de Campinas.
Boa Charles!!!!
Eu me lembro de ter ido algumas vezes, mas não me lembrava de ter ganho…. minha memoria está quase igual ao do Nono….dureza.
A parte mais legal da viagem era a zona que fazíamos e o churras. Da prova em si, gostava da saída, mesmo tomando braçada e pernada era bem engraçada.
Parabéns pelo artigo e por relembrar estes momentos….
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Travessia do Lago! Campinas. Inesquecível! Categoria militares da ativa, fui Medalha de Ouro em 1991 e Nono Lugar em 1992. Grande abraço!
Muito boa matéria, eu participei da travessia pelo Aquarius , de São Bernardo do Campo. Aliás tomei trote pois era calouro… ótimas lembranças..
Fui Medalha de Ouro em 1991. Categoria militares da ativa.