Ocorreu um probleminha nessa semana com os colunistas do Epichurus. Empolgados com a concentração de ovos de Páscoa em suas residências, eles acabaram surrupiando os ovos das crianças e com o excesso de glicose no sangue começaram a ter uns sonhos esquisitos e em alguns casos até pesadelos.
Renato Cordani, por exemplo, teve o seguinte sonho:
“Eu estava bastante preocupado com a prova de 200 peito no parque aquático Julio de Lamare que ia rolar na piscina de saltos (pois a olímpica tinha virado estacionamento). O Jorge Fernandes estava voando, eu perguntei, “mas como, esse cara não nadava crawl?”, mas me responderam que agora ele nadava peito. Minha tensão aumentou.
Por sorte, olhei de lado e vi que o Lelo estava bem fora de forma, no entanto o Cacá parecia um triatleta, polido, raspado e com roupa completa. “Vale esta roupa?”- pensei. A prova estava para começar, logo depois do recorde que a Patricia Amorim (que tinha voltado às piscinas) acabava de bater, narrado pelo Coaracy.
Fui falar com o Pancho para pegar algumas dicas pré-prova, e foi aí que o argentino de barba branca virou para mim e disse:
“- O que voxê ta faxendo aqui? No te ligaran? te cortê carajo!!!”
Já Rodrigo Munhoz, sonhou que era outro colunista do Epichurus, conforme o sonho abaixo:
Ironia Off, eu tive um sonho beeem estranho outro dia… Sonhei que era o Lelo e morava no Jardim Lambreta. Eu chegava do meu trabalho de carrasco-marajá (essa era a parte boa) com uma imensa vontade de treinar para nadar com os Pebas a competição de Ribeirão Preto.
Saí correndo para o Conjunto Aquático L F Baroni, mas chegando lá, levei um susto: O Jorge Taiar estava treinando com o Bonotti havia meses e estava nadando muito! Saindo do treino veio a pior parte… Fomos jogar XBOX em casa e todos os caras tinham um ranking superior ao meu no Call of Duty , até o mega peba do Cordani era General! E de repente surgiu o Carlão, falando que tinha encontrado com fantasmas aquáticos de um passado distante… Uma revelação bombástica iria acontecer, mas o Pacheco apareceu no meio da sala gritando que o Brasil ia cair pra Final C
Acordei suando frio, mas com a sensação de que precisava reavivar alguma velha tradição … O que será que isso quer dizer, doutor Epichurus?
Fernando Magalhães ficou saudosista novamente e teve o seguinte pesadelo:
“A disputa era acirrada. Equipe comprometida em dar o máximo, tirar energia até da ponta do último fio de cabelo e arriscar as saídas para potencializar nossas chances em busca do metal. Estava dando certo: Cabrine melhorara quase 2s, LAM fizera uma saída espetacular seguida do comentário da cronometrista – “foi a melhor saída que já vi” – e Cézar já havia ultrapassado o terceiro antes da virada, e atacava o segundo. “É nóis!” – vibrei eufórico avaliando que poderíamos chegar até o ouro – foi quando me dei conta que estava totalmente vestido, agasalho do Curitibano, tênis. Óculos e touca sobre a bolsa no chão. E menos de 30 metros pro Cezinha chegar. A calça emperrou no tênis antes de sair – estratégia errada – e vi o sonho tornando-se pesadelo, suava angustiado, uma confusão mental e a questão: “é imaginário ou real”, tratei como real segui com pressa e quando Cezar chegou eu estava a 2m da borda ainda de camiseta. Tirei-a. Vi os adversários saindo, corri de sunga, sem touca, sem óculos e saltei longe, pensando “vou pegar!”. Quando caí na água despertei e me indignei – “que mente é essa que transforma um sonho tão perfeito em pesadelo? E o mesmo pesadelo já sonhado outras vezes?” – e depois me distrai lembrando do Cabrine, pensando onde o LAM teria chegado com aquela saída e desencanei de me dedicar a um novo post.
Apesar de ter ficado com um pouco de insônia, Marcelo Menezes teve um sonho que revolucionou a natação brasileira:
“O presidente da CBDA, Ricardo Teixeira, chegou de helicóptero na Baixada Fluminense para inaugurar o Complexo Aquático Coaracy Nunes, sede do Troféu Maria Lenk de 2017. Teixeira, que assumiu a CBDA em Janeiro, após aposentadoria do homenageado, até ia de carro (blindado), mas a estrada estava interditada devido aos deslizamentos de terra que desabrigaram milhares de pessoas. As chuvas foram fortes nesse ano. A piscina ficou linda e só custou aos cofres públicos a bagatela de 320 milhões de reais. Dinheiro bem empregado, afinal o antigo parque aquático Julio Delamare virou estacionamento para o Maracanã e o parque aquático Maria Lenk era muito longe e virou um bosque. Teixeira começou de forma polêmica a sua gestão. Por causa de um acordo com a Rede Globo, o Troféu Maria Lenk terá somente as provas de 50m (de cada estilo) e o 4x50m Medley. “Prova mais longa que 50m é chata pô!, o público não tem paciência pra assistir. Por isso teremos só os cinquentinhas e olha só que coincidência, cinquentinhas tem 13 letras”, indagou o porta-voz da CBDA, Mário Jorge Zagallo. Os clubes aceitaram quietos a decisão, até porque em 2014 entraram com uma petição para abolir de competições oficiais as provas de 400m, 800m e 1500m devido a falta de atletas brasileiros interessados em nada-las. Fundista tem que nadar no mar, é pra isso que inventaram as provas de águas abertas. A competição acabou sendo um sucesso. Apenas um dia de provas e tudo televisionado pela Globo, no Domingo a tarde, um pouco antes do Faustão. Narração emocionante do Galvão Bueno com comentários sempre precisos do Caio e do Casagrande. Chegou a bater em audiência o Domingo no Parque do Gugu, mas só enquanto rolava a final dos 50m peito, a nova prova nobre da competição. Acordei sem saber se era sonho ou pesadelo, mas com uma vontade estranha de assistir a prova dos 4x50m Medley!“
Eu tive um sonho um pouco mais futurista, e tive o seguinte fast forward:
“São Paulo, 02 de janeiro de 2030, Gustavo Borges cumpriu o que ele prometeu quando assumiu a presidência da CBDA em 2028, ao receber a cadeira do eterno Coaracy Nunes. Gustavo prometeu eleições diretas para a presidência da CBDA e dirigentes, técnicos e nadadores elegeram Alexandre Indiani para assumir o cargo. Surpreendendo todos no dia de posse, Indiani chegou para o discurso de posse com os peitos, braços e pernas raspados e vestindo apenas a sunga de papel da Ranc que ele usou em seu primeiro Troféu Brasil. Após um discurso inflamado, todos choraram juntos e cantaram o hino brasileiro. Na semana seguinte, Gustavo Borges assumiu um novo desafio, o de comandar a FINA por 4 anos e logo na primeira semana ele anunciou mudanças polêmicas que dariam novos rumos para a natação mundial: o nado de peito deixa de ser considerado um estilo competitivo e passa a ser um estilo recreativo, juntamente com o nado de cachorrinho e o nado parafuso. A medida contou com o apoio da imprensa especializada e a revista Swim Channel publicou a novidade em sua primeira página e o site Swim it Up apoiou fortemente a decisão. Alguns nadadores protestaram um pouco, pois teriam menos tempo para descansar entre as provas fortes, mas o sucesso obtido após a primeira competição não deixou dúvidas sobre o acerto da nova medida. O revezamento 4×100 medley passou a ser o 3×100 medley, foi incluído o revezamento 3×200 medley e as provas de 100, 200 e 400 medley tiveram uma alteração importante, pois ao invés de nadar peito no 3o. estilo, os nadadores podiam escolher qualquer um dos estilos recreativos para cumprir essa perna da prova, valorizando muito os nados de parafuso e cachorrinho, que andavam esquecidos. Eu acordei torcendo para que um dia esse sonho se realize, mas achei melhor evitar um post nessa semana.”
Como a situação não estava boa, decidimos dar um tempo para os colunistas do Epichurus recuperarem o bom senso e não vamos publicar nada nessa sexta-feira, deixando o próximo post para o dia 1o. de abril.
Enquanto isso, fiquem com uma galeria de fotos de (quase) todas as imagens que já foram publicadas no Epichurus. Clique nas fotos para ampliar.
Só faltou dizer que o Charlão está preparando um post sensacional sobre a saudosa Travessia do Lago do Círculo Militar de Campinas para segunda feira 01/04.
Isso se a taxa de glicose no sangue baixar.
Pelo amor de Deus, me mandem alguns desses ovos de páscoa,…, Será que não tem nada “extra” nesta formulação ovípara não??? Abraços à todos
Luiz,
Até onde eu sei os caras estavam com muita fome e não deixaram nenhum pedaço sobrando. Parece que o Renato inclusive comeu um dos brinquedinhos que vieram de brinde.
Carlão, acho que o problema deve ter sido que eles mataram a sede, depois desta energética orgia ovípara, com suquinho Ades sabor maça.
Não quero nem imaginar o tamanho do brinquedinho consumido pelo Renato, e por onde deverá sair.
Boa Carlao, mas natação sem o nado peito nada mais é do que nado sincronizado em alta rotação! Imagino que deva ter sido um pesadelo terrível esse seu!
Lelo, na verdade eu acordei torcendo para esse sonho virar realidade logo. Imagina só como as provas de medley ficarão mais rápidas se todo mundo começar a nadar parafuso ao invés de peito.
Carlão, esse post é seu? Não diz quem escreveu, como os outros… Mas é hilário!!!! Gostei de todos os sonhos, principalmente o último!
Marina, cada um escreveu um sonho e eu juntei tudo e postei. Por isso saiu no meu nome.
Carlão, não sei onde você tem nadado, mas é melhor parar de engolir essa água… Mas que seu sonho tem fundamento, tem! 😉
Alê,
Eu também suspeitei da água e mandei analisar, porém o PH e o cloro estavam normais, por isso a suspeita voltou para os ovos de chocolate.
Só fiquei triste pois vamos ter que esperar muito tempo para deixar de ver as provas de peito. Espero que em um próximo sonho isso ocorra em 2014.
Hahahaha! Vamos que vamos! Pesadelo agora para mim e’ achar o pneu da bike furado no meio da prova! Mas polido, raspado e com roupa especial ate’ que o Cordani acertou! hahaha!
Hehe, já pensou competir na piscina com aquela roupa?
O melhor é quando está todo mundo alinhado para a largada na praia e você escuta aquele típico pssssss na área de transição… Não tem um que mergulhe sem pensar “será que é a minha”???
Muito bom!
🙂
rapaz… rachei de vez… o pior é que tive diversos sonhos (na época em q nadava) doidos como os falados… tipo, eu normalmente fechava os revezamentos em clube, e saía correndo de uma distancia de 10m, sincronizado com quem estava batendo na borda , e quando pulava, eu tipo “voava uns 15m”, e saía na frente, recuperando a distancia que estava atrás… teve uma vez que pulei tão forte que quase caio fora da piscina do outro lado… nunca mais brinquei de ser super-homem (ou seria Nacional Kid ???)…
sem contar as diversas cãimbras que tinha durante o sono, pois sonhava com competições nadando outros estilos, e diversas vezes dava até virada olímpica na cama…
tudo isso até meus 10 anos…
excelente o post… parabéns…
Jorge, o que o sr. estava fazendo nadando peito? Sacanagem!