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Natação e cia.

Seleção Masculina da História da Natação

Na seleção feminina os Estados Unidos predominaram, mas a equipe é até bem heterogênea.  No masculino, o domínio americano foi um pouco mais gritante.  Segue para vossa discussão.

MASCULINO:

50 Livre:  Alexander Popov (Rússia)

Tom Jager quebrou o WR 6 vezes, mas nas Olimpíadas de 1988, a 1ª que rolou a prova de 50m, ele era favorito, mas perdeu pro Biondi e ficou com a prata, e em Barcelona, já em fim de carreira conseguiu “somente” o bronze.  Cielo, caso vença no Rio de Janeiro em 2016 pode até desbancar a todos aqui, mas Popov é o único bicampeão olímpico da prova além de bicampeão mundial.  Então fico com o russo.

100 Livre: Johnny Weissmuller (Estados Unidos)

Muito difícil essa prova.  Os lendários Duke Kahanamoku e Johnny Weissmuller dominaram na década de 10 e 20, respectivamente.  Weissmuller é bicampeão olímpico da prova (1924 e 1928) e o 1º homem a quebrar a barreira do 1’00.  Mark Spitz quebrou o WR 3 vezes e foi ouro em 1972.  Jim Montgomery também quebrou o WR 3 vezes, foi ouro em 1976 e 1º homem a quebrar a barreira do 50’.  Matt Biondi quebrou o WR 4 vezes e dominou a prova por muito tempo, além obviamente do ouro nas olimpíadas de 1988, e bicampeonato mundial na prova, mas Popov, além de bicampeão olímpico, é tricampeão mundial.  Dificílima a escolha!  Como já escalei Popov nos 50m, vou puxar a sardinha pro mito Johnny Weissmuller, que tem 5 ouros olímpicos na carreira, além de 7 WR.

200 Livre: Don Schollander (Estados Unidos)

Tsuyoshi Yamanaka dominou a prova de 1958 a 1962, com 5 WR nesse período.  Infelizmente a prova não era olímpica nessa época e Yamanaka “amargou” duas pratas nos jogos de 1956 e 1960, nos 400m Livre.  Mark Spitz, Bruce Furniss e Michael Gross tem 4 WRs cada um.     Ian Thorpe tem 6.  Mas Don Schollander foi o maior recordista mundial da prova, com 11 WR.  Com certeza levaria o ouro nas Olimpíadas de 1964, caso a prova existisse, pois levou ouro nos 100m e nos 400m Livre.   Em 1968, já no fim da carreira, ficou somente com a prata.  Então aqui vou de Schollander.

400 Livre: Ian Thorpe (Austrália)

O sueco Arne Borg dominou a prova no final na década de 20, e tem 3 WR na prova, mas sua especialidade mesmo era o 1500m, onde foi ouro olímpico.  Vladimir Salnikov tem 6 WR na prova, campeão olímpico em 1980 e seria bi em 1984, se não fosse o boicote.  Só que temos dois bicampeões olímpicos disputando a vaga, O australiano Murray Rose (1956 e 1960) dominou a prova de 1956 a 1962, com 3 WR nesse período.  Ian Thorpe (2000 e 2004) dominou a prova de 1998 a 2004, mas tem 5 WR nesse período.  Isso tudo sem contar o novo fenômeno da prova, o chinês Sun Yang.  Enfim, difícil decisão entre os dois australianos, mas vou ficar com o Torpedo.

1500 Livre: Vladimir Salnikov (Rússia)

Embora a prova tenha vários bicampeões olímpicos como Mike Burton (1968 e 1972), Kieren Perkins (1992 e 1996), Grant Hackett (2000 e 2004) e Vladimir Salnikov (1980 e 1988), esse último é praticamente um mito.  Com certeza seria tricampeão olímpico se não fosse o boicote, além de ter sido o 1º homem a quebrar a lendária barreira dos 15 minutos.

100 Costas: Roland Matthes (Alemanha)

O americano Warren Paoa Kealoha foi bicampeão olímpico da prova (1920 e 1924).  O australiano David Thale também (1956 e 1960).  Mas foram os bicampeões olímpicos Roland Matthes (1968 e 1972) e Aaron Peirsol (2004 e 2008) que mais dominaram a prova.  O primeiro com 7 WR e o segundo com 6.  Matthes, além de 1 WR a mais, tem um bronze nessa prova em 1976, então fico com o alemão.

200 Costas: Aaron Peirsol (Estados Unidos)

Roland Matthes é o único bicampeão olímpico da prova (1968 e 1972) e tem 2 WR.  John Naber é um mito americano e foi ouro em 1976, tanto nos 100m quanto nos 200m.  Ryan Lochte é o campeão olímpico de 2008, embora tenha sido apenas bronze em 2012. Mas embora Aaron Peirsol tenha ficado com a prata em 2008, seu domínio da prova na carreira foi impressionante, vencendo as olimpíadas de 2004 com quase 3 segundos de vantagem, além de ter quebrando o WR da prova 7 vezes.

100 Peito: Steve Lundquist (Estados Unidos)

O 100 peito não era uma prova olímpica até 1968, sempre na sombra da prova nobre da natação, os 200 peito, que fez parte de todos os jogos olímpicos.  Chet Jastremski dominou a prova no início da década de 60, estabelecendo 6 WR em 1961. O americano John Hencken foi ouro olímpico em 1976, com um tempo que venceria as olimpíadas de 1980, embora já tivesse aposentado na época.  Kosuke Kitajima é o único bicampeão olímpico da prova, mas Steve Lundquist só não conseguiu o bicampeonato por causa do boicote americano, e seu domínio da prova foi absoluto no início dos anos 80, com 5 WR na prova, contra 2 do japonês.

200 Peito: Kosuke Kitajima (Japão)

O japonês Yoshiyuki Tsuruta foi o 1º bicampeão olímpico da prova (1928 e 1932), mas bateu o WR uma única vez.  Joseph Verdeur quebrou o WR da prova 6 vezes e foi campeão olímpico em 1948 e provavelmente teria vencido a prova em 1944 caso os jogos não tivessem sido cancelados por causa da WWII.  Me mata não poder escalar Mike Barrowman, campeão olímpico de 1992 e WR da prova 6 vezes, mas não dá pra não convocar o japonês Kosuke Kitajima, bicampeão olímpico da prova (2004 e 2008) e 3 vezes recordista mundial.

100 Borboleta: Michael Phelps (Estados Unidos)

A prova de 100 borboleta também passou a ser olímpica apenas em 1968.  Na década de 50 a prova foi dominada pelo japonês Takashi Ishimoto com um total de 5 WR.  Mark Spitz era barbada em 1968, mas tomou pau do compatriota Douglas Russell, vencendo a prova somente em 1972.  Pablo Morales era favoritismo ao ouro em 1988, mas na maior zebra da história não conseguiu se classificar para o time americano, embora tenha dado a volta por cima e vencido os jogos de 1992, numa história de superação que merece um post por si só.  A prova não tem nenhum bicampeão olímpico, mas tem um tri – Michael Phelps, o primeiro homem a quebrar a barreira dos 50’.  Não tem como não escala-lo, embora correto mesmo seria colocá-lo como hours concour, tamanho seu domínio na natação.

200 Borboleta: Michael Phelps (Estados Unidos)

A prova virou olímpica em 1956.  O americano Michael Troy foi o 1º grande nadador da prova, com 6 WR e ouro nos jogos de 1960.  Michael Gross chocou o mundo ao perder para o australiano Jon Sieben nos jogos de 1984, embora tenha dado a volta por cima e vencido com propriedade os jogos de 1988.  Mas Michael Phelps é o único bicampeão olímpico, e embora também tenha chocado a todos quando perdeu o tricampeonato em 2012, para Chad LeClos, é ele o escolhido de novo.

200 Medley: Michael Phelps (Estados Unidos)

Ted Stickles dominou no início dos anos 60 com 5 WR.  Alex Baumann venceu com muita facilidade em 84, mas o primeiro bicampeão olímpico foi o grande Tamás Darnyi (1988 e 1992), e sua escolha seria uma barbada, se não fosse ele de novo, Michael Phelps, tricampeão olímpico da prova, com 8 WR.

400 Medley: Tamás Darnyi (Hungria)

Ted Stickles e Gary Hall tem 4 e 5 WR respectivamente na década de 60, mas a prova só se tornou Olímpica em 1964, quando Stickles já havia aposentado e Hall conseguiu somente a prata em 1968.  Novamente tem Alex Baumann em 1984, mas o primeiro bicampeão olímpico foi Tamás Darnyi (1988 e 1992).  Tom Dolan veio em seguida e também levou o bicampeonato (1996 e 2000) e logo depois foi a vez do campeoníssimo Michael Phelps (2004 e 2008).  Darnyi tem 3 WRs na prova e foi bicampeão mundial.  Dolan tem 2 WRs e também é bicampeão mundial.  Além de 1 WR a mais, Darnyi tem 4 ouros olímpicos e Dolan tem “apenas” 2, então entre os 2 fico com Darnyi.  Só que tem Phelps que também é bicampeão mundial e tem 8 WRs.  Dado que já o escalei em 3 provas e o cara meio que abandonou os 400 Medley nos últimos anos, vou dar uma chance pro Darnyi aqui!

4×100 Livre: Alexander Popov (Rússia), Jim Montgomery (Estados Unidos), Matt Biondi (Estados Unidos), Johnny Weissmuller (Estados Unidos)

A minha única dúvida aqui foi o 4º homem.  Fiquei dividido entre Spitz e Montgomery, mas no final optei por Montgomery e poupei Spitz pro 4×200.

4×200 Livre: Mark Spitz (Estados Unidos), Michael Gross (Alemanha), Ian Thorpe (Austrália), Don Schollander (Estados Unidos)

Não tive muitas dúvidas pra escalar o 4×200.  Cogitei o Bruce Furniss, o Tsuyoshi Yamanaka, o Pieter van den Hoogenband e o próprio Michael Phelps, mas acho que esses 4 convocados aí são os melhores representantes da prova.

4×100 Medley: Roland Matthes (Alemanha), Steve Lundquist (Estados Unidos), Michael Phelps (Estados Unidos), Johnny Weissmuller (Estados Unidos)

Aqui o famoso “no brainer”.  Peguei o melhor de cada prova!

Bom, no feminino a grande polemica foi a não convocação da tricampeã olímpica nos 200m costas Krisztina Egerszegi, em detrimento da Satoko Tanaka.  Tanaka provavelmente teria vencido as olimpíadas de 1960 e 1964, caso a prova de 200 costas fosse olímpica.  E ela tem 10 WR nessa prova, contra apenas 1 da Krisztina.  De qualquer forma, como o mundo não vive de “se”, acho que Egerszegi seria a mais sensata opção.  Mea Culpa!

E no masculino, será que vai rolar alguma polemica ?

16 comentários em “Seleção Masculina da História da Natação

  1. rcordani
    12 de setembro de 2013

    Eu só discordo dos 200 Livre, no qual acho que Ian Thorpe foi o maior de todos. Eu o escalaria nos 200L, deixando o Don Scholander apenas no revezamento.

    • Lelo Menezes
      12 de setembro de 2013

      Não foi uma decisão fácil deixar o Thorpe no banco. Nessa prova foi ouro nos jogos de 2004 e prata em 2000. Schollander seria ouro com facilidade nos jogos de 1964 (foi ouro nos 100 e 400) e foi prata na primeira vez que os 200 foi nadado em Olimpíadas em 1968. Ou seja, empate! Só que o Schollander tem 11 WR nessa prova e o Thorpe tem 6. Além disso o Schollander foi o primeiro homem a quebrar a barreira dos 2 minutos e num período de 6 anos, abaixou o WR de 2’00’4 para 1’54’3. Algo absolutamente fenomenal! Então continuo achando que o Schollander foi uma “gota” superior ao Thorpe.

      • Fernando Cunha Magalhães
        13 de setembro de 2013

        É, essa evolução de recordes me convenceu.
        Aprovo o Schollander.

      • rcordani
        13 de setembro de 2013

        OK, bons argumentos, mas só um ultimo comment. Se tivesse tido um problema qualquer e as olimpíadas de 2000 não tivessem acontecido, hoje diríamos que o Thorpe “seria ouro com facilidade” nos 200L dessa olimpíada, ou não?

        I.é, esse negócio de “levaria com facilidade” nem sempre funciona.

      • Lelo Menezes
        15 de setembro de 2013

        Sim, o exercício do “se” é muito perigoso, embora no caso do Schollander não foi uma Olimpíada que não ocorreu, mas sim uma prova. A sua principal prova era os 200m Livre, que não era olímpica. Nas Olimpíadas de 1964 ele levou o ouro nos 100 e nos 400 e apenas 9 dias antes das Olimpíadas, mais precisamente em 01/08/1964, ele quebrou o WR dos 200m Livre pela 5ª vez.

        Ou seja, somente uma tragédia muito enorme lhe tiraria o ouro dos 200m Livre nos jogos.

  2. Daniel Takata
    13 de setembro de 2013

    Excelente seleção! Acho que escalaria os mesmos nadadores. Mas eu não acharia difícil a escolha do nadador para os 100m livre. Pelo contrário, acharia uma das mais fáceis: Johnny Weissmuller na cabeça. 12 anos como recordista mundial, o maior período de alguém na prova, em uma época que a natação evoluia rápido (técnica, viradas), é de se admirar. Além disso, ele nunca perdeu a prova em sua vida, e provavelmente teria sido tri olímpico se em 1930 não tivesse sido chamado por Hollywood para ser o Tarzã. Pode soar heresia, mas para mim ele está ali com Mark Spitz como segundo melhor nadador da história.

    Também concordo com Schollander nos 200m livre, e também escolheria Ian Thorpe no lugar do recém falecido Murray Rose nos 400m livre. Acho impressionante que ele tenha nadado para 3min40s em 2000, e até hoje ninguém conseguiu quebrar essa barreira. E para quem fala que o traje o ajudava, é bom lembrar que em 1999 ele fez 3min41s de sunga.

    Acho que em um futuro próximo Kosuke Kitajima perde esse posto nos 200m peito. Daniel Gyurta é impressionante, tri mundial, prata em Atenas-2004 (aos 15 anos!) e ouro em Londres-2012, e talvez até pudesse ter sido citado entre os pretendentes a vaga.

    Para finalizar, talvez a única mudança que proponho. Provavelmente eu colocaria Pieter van den Hoogenband fechando esse 4x100m livre. Além de ter sido grande nadador em provas individuais, foi um dos melhores nadadores de revezamento da história. É impressionante como ele se superava. No Europeu de 1999, nadou os 100m livre para 48s47 e fechou o 4x100m livre para 47s20. No Mundial de Fukuoka-2001, fez 48s43 na prova individual, e 47s02 no revezamento. No Mundial de Barcelona-2003, fez 48s39 nos 100m livre, e fechou o 4x100m medley para 46s70! Na Olimpíada de Atenas em 2004, venceu com 48s17, e no 4x100m livre fez 46s79. Como bicampeão olímpico dos 100m, com certeza ele não é um nadador que podemos dizer que nadava aquém de seu potencial na prova individual. O fato é que ele dava mesmo o sangue nos revezamentos, o que rendeu algumas boas medalhas para a Holanda.

    • Fernando Cunha Magalhães
      13 de setembro de 2013

      Lembro bem do Hoogenband atropelando o Mr Relay e levando a Holanda a prata em Atenas.
      Foi impressionante. Estou com o Daniel.

    • DDias
      13 de setembro de 2013

      Weissmuller jamais perdeu uma prova de nado livre na vida(e não apenas os 100 livres). Isso para mim, já é um fato impressionante.Ele é o que eu chamo de Mito histórico.

      • Lelo Menezes
        15 de setembro de 2013

        Sem duvida, além de ter sido o 1º nadador a fazer fama fora das piscinas!

    • Sidney N
      15 de setembro de 2013

      Muito legal Lelo. Concordo com o Takata, Hoogenband merece um lugar no revezamento, deixando o Jim Montgomery para nadar a eliminatória junto com o Spitz.

      A lista deve permanecer sem mudanças por algum tempo, só seria uma pena deixar Lochte, o segundo nadador mais versátil da história, de fora no futuro.

      Vamos torcer para o Cielo tomar o lugar do czar!

      • Lelo Menezes
        15 de setembro de 2013

        Valeu Sidney! Lochte tem mais uma Olimpíada no sangue. Quem sabe não fique com a vaga nos 200 Medley

        Abs

    • Lelo Menezes
      15 de setembro de 2013

      Valeu Daniel e obrigado por essas informações do holandês. Eu sabia que o cara mandava bem nos revezas, mas não tinha ideia do quanto ele se superava. Sabendo disso, fica difícil não bota-lo no time.

  3. Rodrigo M. Munhoz
    13 de setembro de 2013

    Boa Lelo! Não discordo dos crítérios ou dos nomes. mas nos exercícios do “se”, acho que o Duke Kahanamoku poderia ter sido maior que qualquer um nos 100 Livre. A WWI não deixou. Ficou no teria mesmo. Parabéns por mais essa compilação. Acho que o Cielo tem boas chances de entrar na próxima, pelos 50 Livre…. Veremos!
    Abraços,

    • Lelo Menezes
      15 de setembro de 2013

      Sem duvida Munhoz. O Duke foi talvez o 1º grande nadador de 100m livre, mas o Weissmuller o superou logo em seguida e o Tarzan foi muito superior ao Duke!

      Quanto ao Cielo, nos resta torcer…

      Abs

  4. Fernando Cunha Magalhães
    13 de setembro de 2013

    Lelo,
    muito bacana!
    Eu iria de Mark Spitz nos 100 m borboleta.
    Nos 50m livre, se a época o mundial fosse de 2 em 2 anos, acredito que o Popov também seria tri.
    Por isso, acho correto o maior peso para os feitos Olímpicos.
    Fico na torcida para o ouro do Cielo em 2016, aí ele desbanca o russo eliminando qualquer discussão.

    • Lelo Menezes
      15 de setembro de 2013

      Valeu Esmaga. O Spitz foi um monstro, mas seu domínio foi curto comparado com outros fenômenos. Ele só nadou 2 Olimpíadas e na primeira “amarelou”. Na 2ª fez história, mas difícil escala-lo numa prova onde o principal competidor é tri campeão olímpico e 1º homem a quebrar a barreira dos 50′. Eu inclusive acho que escolheria Pablo Morales como 2º homem da prova, muito pela sua história espetacular, embora aceitaria o Spitz também!

      Abs

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Publicado em 12 de setembro de 2013 por em Natação.
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