EPICHURUS

Natação e cia.

Ao meu irmão e ídolo Henrique, com um grande abraço. Ou: sim, você ganhou!

“E aí, ganhou?”

A odiosa pergunta era feita quase toda segunda feira pós-competição pelos colegas da classe, e a minha resposta quase sempre era algo como “não, fiquei em sexto, poxa, é muito difícil ganhar!”. O problema é que eles (os colegas) não deviam achar tão difícil assim ganhar, já que nosso outro colega nadador quase sempre respondia encabulado “sim”.

Henrique Americano Carvalho de Freitas, o Banana, só não era mais vencedor do que humilde. Por exemplo, quando voltamos do JD de Juiz de Fora em 1984, no qual ele amealhou quatro medalhas e eu obtive um honroso 11º lugar, ambos ficamos com rubéola (possivelmente contraída no seu sítio de Atibaia na semana anterior). Como resultado, no Paulista da semana seguinte eu fiquei em casa de cama, já o Henrique tomou uma aspirina e bateu o recorde paulista. Na mesma noite, me ligou para perguntar como eu estava.

Saída ao lado do Pradinho.

Saída ao lado do Pradinho.

Em 1985, Banana obteve algumas medalhas de Finkel (incluindo a prata nos 200 Costas) e ganhou o apelido supracitado em função da estatura avantajada (1m98) e de um pijama amarelo. Já o período entre meados de 1986 e setembro de 1987 foi mágico. No JD de Porto Alegre (dez 1986) foi prata nos 100 costas (atrás do Rogério Romero) e bronze nos 200 medley, classificando-se para o Sulamericano Juvenil em Maldonado. Em franca ascensão, obteve dois ouros no Sulamericano, passeou no Brasileiro de Inverno no Botafogo e seguiu ganhando tudo até chegarmos ao Finkel de 1987, competição marco na sua carreira. A maioria das fotos a seguir são de Fernando Magalhães (pois ele mesmo não é de guardar foto).

Finkel 1987: a um centésimo da Olimpíada.

Nesse lendário Finkel de 1987 no ECP, Henrique nadou na raia 5 na final de 100 costas, ao lado do então melhor nadador brasileiro de todos os tempos Ricardo Prado. Os 100 costas como todos sabem não era a principal prova do Pradinho, mas mesmo assim ele (Prado) meteu o segundo melhor tempo all time do Brasil nessa prova, 58.03. Henrique foi o segundo colocado, com 59.05. Guarde bem esse tempo e assista abaixo o filme da prova (que estava no Baú do JGM).

100C_Finkel_1987

Resultado final dos 100m Costas

Em janeiro de 1988 saíram os índices olímpicos para Seul: o de 100 costas era 59.04. Hã? Isso mesmo que o leitor atento acaba de perceber: Henrique de Freitas com dezessete anos fez no Finkel do ECP-87 um tempo que ficou a UM CENTÉSIMO do índice olímpico, faltando mais de um ano para os Jogos de Seul (e se você reparou bem no filme, ele saiu um corpo atrás do Ricardo Prado que tem quase 30cm a menos de estatura, ou seja, só aí já era um amplo campo para melhorar o tempo!).

Sobre isso Henrique diria muitos anos depois:

Não sei precisar quando fiquei sabendo que faltava tão pouco para o índice olímpico. Lembro-me que o Coaracy me falou pessoalmente que eu estava na lista dos ‘pré-convocados’. Acho que foi entre o Finkel e o final do ano. Minha sensação na época era que eu tinha acabado de entrar em uma fase de progressão dos tempos. Eu tinha crescido bastante e estava ganhando força. Tinha ido bem no Delamare de POA, ganho o Sulamericano e melhorado no Finkel. Eu acreditava que poderia melhorar bastante o tempo em 6 meses e mais ainda em 12, mas obviamente que os outros poderiam melhorar ainda mais.

Animado com a perspectiva olímpica e com a ‘pré-convocação’, Banana intensificou os treinos. Estudávamos juntos no terceiro ano colegial do Colégio Santa Cruz e eu estava treinando para a primeira parte da saga, ou seja, eu também estava mandando bem, mas os treinos que ele reportava na escola eram incríveis, sensacionais, muito melhores do que aqueles que ele fazia antes da prata no Finkel. Para mim era uma coisa assim do outro mundo, um craque.

Infelizmente essa fase iluminada durou muito pouco por causa de uma lesão. Em setembro de 1987 Henrique sentiu o ombro esquerdo e parou temporariamente de treinar ou competir, e a parada que era para ser transitória virou aos poucos definitiva: Banana só cairia na água de novo mais de um ano depois, em novembro de 1988, com a tocha olímpica coreana apagada há tempos. E mesmo assim “caiu na água” meia-bomba, sem braço, pois treinar adequadamente Henrique nunca mais conseguiria. Repito: em setembro de 1987 Banana então com 17 anos e a exatamente 0.01s das olimpíadas parou de treinar para sempre! Mas nesse novembro de 1988 a gente não sabia disso, ficamos esperançosos com o seu retorno, e daí até fevereiro de 1989 ele botou a perna para funcionar e no TB (dezenove meses depois do Finkel do filminho acima) ele incrivelmente ainda melhorou seu tempo e levou o bronze. Mas sem treinar, como isso era possível? Ele conta:

Operei o ombro nos EUA em Maio de 1988. Fiquei fora d’água (nem colocava o pé) de Set 87 até Nov 88. Fiquei absolutamente feliz com o terceiro lugar no troféu. Lembro-me do momento que subi no pódio e da felicidade. Lembro-me da torcida. Legal mesmo. Não sei exatamente como melhorei o tempo. Tenho algumas suposições:
a) fiz muita fisio e fiquei mais forte;
b) fiz bastante bicicleta ergométrica;
c) como estava contratado como auxiliar técnico do infantil B, eu observava bastante os nadadores e consegui ver vários erros que eu fazia tanto na água como na preparação psicológica.
Minha mãe que não entendia de técnicas, viu uma competição após minha volta e falou “o que aconteceu que agora você bate perna e em vez de ficar bocejando antes da prova, você fica dando risadas ?”
Nesse troféu eu fiquei contente, mas logo depois o ombro já estava doendo igual. A partir daí, eu ficava muito bravo, triste e frustrado de não conseguir desenvolver o potencial. Os bons tempos vinham, as vitórias aconteciam, mas eu ficava mais frustrado.

TB Fevereiro de 1989. Melhorando o tempo e ficando atrás apenas dos dois olímpicos.

TB Fevereiro de 1989. Melhorando o tempo e ficando atrás apenas dos dois olímpicos.

Vitórias? Sim, exatamente, mesmo sem treinar o indivíduo continuava em progressão. Inacreditavelmente, em julho de 1989 Henrique de Freitas já sem treinar há quase dois anos bateria o recorde brasileiro no hoje famoso Finkel que não terminou, além de pegar o bronze nos 200C e nos 4x100L. Henrique lembra:

Lembro-me perfeitamente desse Finkel. Ali foi provavelmente o nível máximo de ficar bravo. Obviamente que fiquei feliz pelo recorde, mas era angustiante ver que sem treino saiam aqueles resultados, mas que, em paralelo, os ombros estavam cada vez piores. Era como se os 57 fossem ruins, pois o “tempo certo” deveria ser melhor. Nessa época eu não dava nenhuma braçada há muito tempo, só perna e corrida. As únicas braçadas eram no aquecimento da competição, algo como 400 a 800 metros.

Para quem olhava de fora tudo parecia bem, afinal ninguém poderia bater um recorde brasileiro sem estar em ótima forma. Mas eu e os outros amigos próximos sabíamos que as coisas não iam bem. O ombro dele doía mais em nós do que nele, que parecia relativamente indiferente a toda a nossa agonia. Parecia! Mas era muito difícil esconder o fato óbvio ululante de que se ele era recordista brasileiro sem treinar NADA, como seria se treinasse UM POUCO? A gente ficava na torcida para o tormento acabar e ele poder finalmente iniciar os treinos visando Barcelona – 1992. Já o ombro esquerdo tinha outros planos, e o inevitável mais cedo ou mais tarde aconteceria.

E em outubro de 1989, com 19 anos e ostentando o recorde brasileiro, caiu a ficha: acabou.

Na verdade eu fiz a decisão de parar de nadar em definitivo em Outubro de 1989. Foi após uma copa Mesbla, que por coincidência foi em Piracicaba. Acho que fiz 58 e tenho a impressão que o Cristiano Azevedo participou.
A decisão de parar veio porque, apesar de ter ganho a prova e ter feito um tempo relativamente bom, eu senti no meio daquela prova que havia passado do meu limite físico. Eu perdi o controle dos dois braços durante os últimos 25 metros. Os ombros luxavam a cada braçada e eu só queria chegar para acabar com aquilo. Acho que era um domingo e mesmo assim voltei para SP para ir ao médico e comunicar que iria parar.
Falei com meus pais, com o médico, e com os técnicos. Combinei de ir até o troféu Brasil para ajudar a equipe, mas não espalhei a notícia.
Nesse último TB (janeiro de 1990) fui desclassificado, mas fora o prejuízo de não poder ter feito uns pontinhos pelo Pinheiros, nadar já não fazia sentido. Tinha parado de gostar. Nadei o TB e parei para sempre.

Desde o início deste Blog eu já sabia que faria um post de honra para esse que é um dos meus melhores amigos e meu maior ídolo no esporte, era só uma questão de recrutar material (e isso demorou um pouco porque ele mesmo não tem quase nada dessa época em casa). Henrique é uma espécie de Gustavo Borges, aquele tipo de nadador que até nada na mesma piscina que você, mas que pertence a outra esfera desportiva, e tudo isso sem perder o lado humano e a humildade. Na água, quase impossível de bater, mas fora dela um lord (menos na mesa, é necessário informar que na época o sujeito comia como se não houvesse amanhã). Infelizmente, Banana passou longe de atingir seu potencial. Sobre não ter atingido o seu máximo ele conta:

Acho que no fundo eu entendi que todo o caminho foi muito legal. Os ganhos foram enormes e que o suposto “lado ruim” ficou bom também, pois aprendi muito. A disciplina da fisioterapia foi em alguns momentos até maior que a dos treinos. Não guardo sequelas de tristeza e pelo contrário, o espírito ficou mais forte.
Como falei acima, a natação, e tudo que ela significou, marcou na carne, foi introduzido no DNA e me acompanha em todos os momentos.
Me afastei inconscientemente da natação quando parei, pois precisava achar novos desafios e me engajar em atividades que fizessem também sentido pra mim. Isso foi muito importante.
Comecei a focar na agronomia. Um ano e meio depois comecei a namorar a Dani e hoje tenho uma família e uma vida maravilhosa.
Comecei a me aproximar novamente da natação pelos meus filhos. Estou gostando de me aproximar, já vi vários campeonatos importantes pela TV com eles e daí quando vejo estou contando histórias de quando nadava. Me reprimo achando que estou falando demais do assunto, mas logo me pego falando de natação novamente.
Procuro ser um bom pai de nadador, como meus pais foram pra mim e espero não estar me metendo muito na fase que agora é deles e não minha. A minha está na memória, no coração.. Aliás queria agradecer essa oportunidade de poder me abrir um pouco e por toda força que você me deu na vida e em especial nos dias que você inventava que precisava fazer borrachinha comigo

Olha, não sei vocês, mas eu mesmo fiquei com lágrimas nos olhos ao escrever esse post (coisa muito rara para a minha pessoa). Enquanto enxugo as mesmas, aproveito para postar umas fotos mais recentes e finalizar dizendo que sim, irmão, a resposta da pergunta inicial continua a mesma: para variar você ganhou!

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

95 comentários em “Ao meu irmão e ídolo Henrique, com um grande abraço. Ou: sim, você ganhou!

  1. Fabiano Polloni
    16 de setembro de 2013

    Banana, realmente vc ganhou! Ganharam também seus amigos, que puderam participar de perto sua tragetória de nadador e tem o privilégio de tê-la como exemplo.. Realmente emocionante o relato do meu irmão Renato, sobre meu outro irmão. Abraços.

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      É nóis, Popô. E o sr. saiu bem nas fotos!

  2. Eduardo Estefano
    16 de setembro de 2013

    Lembro de uma competição no Ibirapuera de assistir o Banana nadando e o pessoal do GUS de boca aberta. Nessa época meu forte era o 100C e o Banana era o ídolo de quem nadava essa prova.

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Exato Dudu, o Banana nadando no auge era impressionante.

  3. Márcio Sprengle
    16 de setembro de 2013

    Galera, abraços e parabéns pelo site, como posso entrar em contato com o banana ? nadamos juntos no Pinheiros e nunca mais tive contato com ele, ele tem face, email ?
    Abraços turma
    Márcio Sprengle

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Obrigado Márcio. Haha, que facebook nada, o Henrique é da época do telefone fixo ainda!

  4. Daniel Sperb
    16 de setembro de 2013

    Muito Bom! Parabéns Cordani pelas belas lembranças!! Um grande abraço pro Banana!

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Valeu Daniel, grande abraço para você também.

  5. Alvaro Pires Vreco
    16 de setembro de 2013

    Bacana o relato e bonita homenagem. A unica oportunidade q o vi de perto foi no citado bras de inverno do botafogo em q ele fechou o 4X100L do pinheiros e ganhou na batida do Fabrizio (Fla) por 0,09. Nunca entendi o pq do sumico dele. Me deu uma unica curiosidade q talvez sirva ateh p alertar outros atletas. Ele chegou a sentir a contusao antes de out 87 ? Treinou forte jah sentindo o ombro ? Pq nos atletas de uma maneira geral nos acostumamos a sentir dor e por conta disso, as vezes, exageramos na dose e temos dificuldade de aceitar as pequenas paradas obrigatorias. gr ab

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Oi Vreco, não sei dizer se ele “forçou demais”, mas acho que não. Provavelmente a constituição do ombro não aguentava tanta explosão. E sim, a gente se acostuma a sentir dor, isso pode causar problemas, mas acho que não foi o caso aqui, ainda mais por que ele parou com 17 anos, daí operou, fez milhares de horas de fisioterapia, fez tudo que o médico mandou mas infelizmente não funcionou.

  6. Lelo Menezes
    16 de setembro de 2013

    Muito bonito o texto. Tenho certeza que o Banana vai se emocionar ao lê-lo.

    O Banana era com certeza diferenciado. Tinha um biótipo, a quase 30 anos atrás, dos grandes nadadores de hoje em dia. Era muito alto, mas não era um palito. Parecia ser forte pra época! Ouso dizer que se não fosse o ombro teríamos ali um finalista olímpico (e olha que estou chutando baixo, pra não abusar do “se”).

    Realmente uma pena que um problema médico tenha acabado com uma carreira tão promissora.

    Interessante é que o Banana aparentemente não ficou com sequelas psicológicas como outros que chegaram tão próximo do sonho olímpico e por um motivo ou outro, falharam e hoje não podem nem ouvir falar de natação, inclusive abandonando amizades de longa data.

    E é exatamente nesse ponto que eu acho que ele se destaca. Porque falhar de ir aos jogos é dolorido e temos vários exemplos de gente que se acabou por isso, mas o caso do Banana é mais sério, porque ir para os jogos seria “fácil”. Ele tinha era talento pra ir longe nos jogos e isso com certeza é bem mais complicado do que perder um carimbo de nadador olímpico.

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      É Lelo, o exercício do “se” é complicado, mas nesse caso dá uma coceira mesmo.

  7. marilia
    16 de setembro de 2013

    que memória, Re!!! Muito legal!! beijos em todo mundo!

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Oi Marilia, eu lembro um pouco, mas tenho bastante material também! bjs

  8. afranio affonso ferreira
    16 de setembro de 2013

    Desconhecia seus dotes literários, Renato! Ótimo texto, para uma excelente história! Congrats!

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Valeu Afranio, o sr estava lá e deve lembrar de alguma coisa disso tudo. Mas pera só um minuto, não era você que sempre perguntava se eu tinha ganho? hahaha.

  9. Eduardo Britto
    16 de setembro de 2013

    Parabéns pelo texto e pelos feitos aquáticos dos dois!

  10. Cristiano Viotti de Azevedo
    16 de setembro de 2013

    Grande (mesmo) Banana!! Tenho saudade de muitos amigos que fiz e que estão muito bem guardados na minha memória, que de antiga se tornou seletiva, para não assumir os esquecimentos. O grande Banana, que também me emocionou ao lembrar que, sim, nadamos juntos em seu depoimento, está na gaveta das amizades gratuitas. Daquelas entre as mais legais, que nasceram da rivalidade, transbordaram em respeito e admiração pela personalidade e hoje, tantos anos depois, se confirmam, como um flash pós leitura deste merecido post, como certeza de serem fruto de pura afinidade. Eu simplesmente gostava de conversar com ele. E pelas fotos de hoje, vejo que a simpatia é a mesma. Peço licença para dizer que meu maior orgulho do período de atleta foram as amizades com os meus principais adversários. Este post – me sinto também homenageado, Cordani, muito obrigado – relaciona alguns dos que nunca sairão da tal gaveta: Wladimir Ribeiro, amigo-irmão, que não obstante ter “me tirado” a vaga de Seul nos 200ms costas, recebeu na última tentativa que eu tinha, na hoje demolida Fonte Nova, meu melhor abraço de parabéns e boa sorte. Tudo filmado pelo Globo Esporte, os dois felizes como se dividissemos o passaporte carimbado. Rogério Romero, que dispensa comentários pela elegância e gentileza com que disputou, ops, ou melhor, disparou na frente de todos nós, ensinou tão bem como flutuar de costas e sempre buscar o melhor resultado. Não vou esquecer jamais sua rotina na república do MTC, sempre descansado, curtindo um som e se cuidando, quase sempre com o gelinho amigo nos ombros. São três dos costistas de grande estirpe da minha geração.

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Bela geração essa do costas década de 80 (se bem que o Romero foi até 2004!). Espírito esportivo 100% em todos os citados. Grande abraço!

    • Rogério Aoki Romero (@rogeromero)
      17 de setembro de 2013

      Grande homenagem, grande atleta, grande adversário. Não gosto muito de lembrar que perdi não apenas um, mas dois ouros com a derrota no meu primeiro sul-americano (obviamente a vaga do revezamento). Conforta ter sido para o Banana e não para um argentino. As fotos são boas e trazem grandes recordações (Mirinda com arroz seria a primeira).
      Correção para o Cristiano: Vlad pegou a vaga nos 100m costas, que tiveram 4 com índice olímpico.
      Grande abraço Banana. Valeu pela memória, Cordani.

      • rcordani
        18 de setembro de 2013

        Valeu Piu. Abraços

  11. Túlio Fumis
    16 de setembro de 2013

    Sensacional o post R.!

    Acompanhei de perto todos os desafios e a luta do Banana para prolongar um pouco sua carreira. Dor, muita dor, disciplina, determinação e garra. Levou para vida os “ganhos” do período (sim…sempre há ganhos … temos que aprender a enxergá-los) e colhe frutos bacanas até hoje. Tenho muito orgulho de ser amigo e cunhado de um cara como ele. Ainda mais depois que ele me apresentou a irmã caçula e que virou a Sra.Túlio Fumis 🙂
    Banana, você é um phusta exemplo para todo mundo!!!!

    Túlio

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Boa Tulião, o sr se deu muito bem, já a Sra Túlio nem tanto! hahaha.

      Mas falando sério, a capacidade do cidadão em “pensar positivo” é realmente ímpar.

  12. ANTONIO CARLOS ORSELLI
    16 de setembro de 2013

    Lindo!

  13. ANTONIO CARLOS ORSELLI
    16 de setembro de 2013

    Gostaria de registrar uma curiosidade sobre o post. O paraense Edinho (Edilson
    Oliveira Silva Jr) que em 87 fizera 1.01.65 nos 100 costas para ser oitavo no Finkel, 23 anos depois (05.08.2010) estabeleceu o recorde sul-americano máster, para os de 40+, com 1.00.62 na mesma prova.

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Valeu Orselli, obrigado. O Edílson nadava com o Banana, em 1984 ele ganhou o tal JD de Juiz de Fora, em 1987 estava um pouco para trás mas em 1990 ganhou o Finkel, enfim, estava sempre por perto! Bela geração do nado costas, os “filhos” do Romulo e Prado.

  14. Ruy Araujo
    16 de setembro de 2013

    Excelente texto. Como ex-nadador de costas, o Banana era a referência de atleta que gostaria de ser mas sabia que ele estava num patamar (bem) superior. Restava a admiração e sempre a torcida para que melhorasse o ombro e pudesse exercer todo o seu potencial. Como pessoa, como o Renato colocou, é um lord na melhor concepção da palavra e sempre com boas histórias para contar. Imagino que o Renato e Popo quase deveriam se sentir ídolos e tentar tirar uma casquinha no colegial mas não podiam ficar cantando muito de galo pois tinha “um tal de Banana” que os punha no chinelo (não só eles como todos) e não ficava se gabando. Se o Banana era humilde, deveriam ser humildes ao cubo para não parecerem os babacas do colégio.
    Parabéns e que o Banana apareça por aqui também.

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Sim, uma lição prática de humildade. O pessoal da escola nem sabia direito quão bom ele era, alguns estão aprendendo isso hoje aqui.

      • Théo
        16 de setembro de 2013

        Fiquei emocionado ao ler essa “biografia” maravilhosa do meu filhão!!!! Abração ao Renato tão amigo e tão legal. Tio Théo.

      • rcordani
        17 de setembro de 2013

        Valeo tio Théo, grande abraço pra toda família!

  15. Ronaldo
    16 de setembro de 2013

    Renatão, Henrique, muito legal tudo isso! Pensar que eu estava tão perto e ao mesmo tempo tão longe desta história na época! Parabéns por tudo, mas o maior ganho é essa amizade até hj! Aproveitem e mantenham isso para muito mais histórias! abração,
    Preto

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Fala pretão, sim, isso é o mais importante, grande abraço!

  16. Marina Cordani
    16 de setembro de 2013

    Bonito! E eu me lembro que quando eu era técnica, a partir de 1991, os exercícios de borrachinha para fortalecimento das articulações já eram feitos, mas não seriamente. Eu ficava muito apreensiva quando algum atleta me dizia que estava com dores nos ombros, brigava com os atletas para que eles levassem a sério a borrachinha, e contava a história do Henrique. Hoje em dia essa prevenção é levada mais a sério, espero! Lembro que a Luciana Fleury também teve que parar por causa do ombro, e hoje em dia não pode dar nenhuma braçada! Minha filha mesmo tem uma lesão no ombro que contribuiu com a decisão dela de parar de jogar tênis. No caso da minha filha, a prevenção com exercícios não era cobrada pelos técnicos, e ela achava que eu não sabia nada de tênis e não deveria opinar…

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Oi Marina, acho que da época que você era técnica muita coisa evoluiu, imagino que hoje em dia um nadador não seja tão penalizado pelo ombro quanto nós e seus atletas eram.

      Já o tenis é um esporte um pouco mais perverso, muito mais sujeito a contusões do que a natação.

    • Luciana
      17 de setembro de 2013

      Oi Marina! Eu parei pelo o ombro sim. E os dois. O esquerdo mais que o direito…
      Na época optei por não operar pois sabia que seria quase um ano entre cirurgias e a verdade é que um ombro operado nunca mais é o mesmo…
      Decisão difícil, mas uma vez tomada tirei uma tonelada das costas…
      Meu ombro hoje em dia não agüenta nadar muito, mas se eu tiver com ele fortalecido ( borrachinha mesmo ), eu não tenho limitações no dia a dia. Sem fortalecimento atividades que envolvam o braço em extenção sem apoio no cotovelo são difíceis, dolorosas (digitar sem apoio, segurar mascara no rosto de paciente, alcançar a bolsa no banco de tras do carro, etc..). Portanto borrachinha faz parte da minha rotina diária até hoje.

  17. Ricardo Prado
    16 de setembro de 2013

    Renato, que homenagem bacana.
    Não sabia que vocês eram irmãos….me lembro muito bem do Henrique durante o ano de 87 quando treinei diariamente no Pinheiros,
    Alem de ser um atleta talentoso e capaz, também demonstrava ser uma pessoa interessante, bondosa e inteligente. Lembro bem uma ocasião onde eu estava traduzindo a palestra de um treinador americano que veio visitar o Pinheiros (uma pessoa que eu conhecia bem!) e esse seu irmãozinho me corrigiu diversas vezes….parece bem engraçado, agora!
    Mais tarde vim a saber que deixou a natação por causa de uma lesão…
    Parabéns pela justa homenagem! Grande atleta e grande pessoa!

    • rcordani
      16 de setembro de 2013

      Valeu Pradinho, grande honra a sua presença por aqui. E a gente não é irmão, é só uma expressão idiomática… 🙂 Grande abraço!

  18. Guilherme Spina
    16 de setembro de 2013

    Sensacional! Saudades de vocês! Abração!

  19. Fernando Cunha Magalhães
    16 de setembro de 2013

    Caro Cordani,

    Surpreendeu a forma como você, o racional dos racionais, deixou a emoção fluir.

    A expressão “ídolo maior” no título é uma homenagem maravilhosa ao Banana.
    Será muito especial para ele ler isso. (parece que o Henrique é para vc o que o Kaminski é para mim).

    Banana é um amigo querido, conheci na época do juvenil A e foi um prazer pegar a seleção junto com ele. Torci muito para que a lesão se resolvesse e sinto pena até hoje que ele não tenha tido a oportunidade de viver a experiência aquática em todo seu potencial.

    A homenagem é bela e justíssima.

    Um forte abraço ao autor e ao homenageado.

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Esmaga, suas fotos ajudaram muito o post. E você precisa nos contar essa do Kaminski. Grande abraço.

  20. Cassiano Leal
    16 de setembro de 2013

    Justíssima homenagem. Vivenciei essa época e gostava muito de ver o Banana treinar. Um belíssimo estilo e uma garra absurda. me espelhei muito nele no nado costas. Coincidentemente quando ele parou eu mudei de estilo e fui nadar as provas de livre. O costas tinha perdido um pouco a graça por não ter a quem me espelhar dentro de “casa”. Acho muito legal quando ele ainda joje aparece uma vez por mês para dar umas braçadas no pinheiros na piscina de fora às 6h30 da manhã. Um cara humilde de um talento incrível, tenho certeza que ele faria aquele índice. E principalmente um grande amigo e incentivador.

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Boa Cassiano, outro dia quando fui no ECP para o duelo com o Fralda, o Banana caiu com a gente no aquecimento, e bateu aquele flashback “PQP não vai dar para ganhar desse cara”! O detalhe é que o duelo era só eu e o Fralda, ele nem ia competir!

  21. Anna Paula Tulipa
    16 de setembro de 2013

    Também me emocionei, chorei até… Muito legal, Cordani. O Banana merece. Acompanhei de perto, como outros, toda a luta, a garra, e o fim, e foi duro prá toda equipe. Parecia que tínhamos perdido uns 20 nadadores, mas era só o Banana…

    Nem sei se ele sabe o quanto o resultado dele era importante em competições importantes: se ele começava bem, ânimo total na equipe; se ele ía meio mal, dava um medo enorme na equipe… Hoje vejo isso como um respeito gigante, mas nem sei se, se ele tivesse noção, não seria um peso meio grande. Mas acontecia! (será que ele sabia?!?)
    Enfim, ele foi em frente na sua humildade e grandiosidade de alma e soube superar, parece, de uma maneira incrível e rara.
    Admiro o Henrique até hoje, ainda com certo contato pelos laços familiares que o Túlio fez, e ele realmente é grande, não só no tamanho.
    (Ah, e ainda foi um dos poucos ex-nadadores a se manter em forma! Mais admiração ainda!)

    Parabéns pelo texto!

    Tulipa

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Valeu Tulipa, realmente uma rara e enorme figura. Eu era do CPM e não necessariamente torcia pelo ECP, óbvio, mas pelo Banana eu evidentemente torcia, e quase nunca me decepcionava.

  22. Licinio
    16 de setembro de 2013

    Renatao, sensacional texto.
    Acompanhei de fora da piscina a paixao de voces pela piscina.
    Podia ser inverno, 5 hs da manha e estavam la para treinar. Sem nunca ter sido um fardo. Sem nunca ter atrapalhado a vida escolar.
    O grandao realmente nasceu com talento extraordinario. Ja contei varias vezes essa historia do quase olimpico. Mas a humildade dele sempre foi impar. Todos queriam saber, perguntavam e ele sorria envergonhado. E um ser humano sensacional.
    Lembrei me hoje mesmo do grandao, quando uma cliente nossa em sao jose dos campos veio me contar com um orgulho maximo que o filho ficou em 4 lugar no mundial juvenil em Dubai -50 metros.
    Abracos a voces
    Licinio

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Obrigado, Licinio, você acompanhou de perto por muitos anos isso aí! Grande abraço.

  23. Luiz Henrique Otero Mello
    16 de setembro de 2013

    Fala Renato!
    Que puta relato bacana!
    Parabéns p o Henrique também.
    Um dia voce tem que fazer o relato das partidas de futebol de botão sempre tensas entre a quinta e a sexta serie.
    Abraços
    Mello

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Haha, lembro de um torneio de botão na segunda série (1978), se não me engano você ou o LH Fontana ganharam!

  24. Luiz Alfredo Mader
    17 de setembro de 2013

    nossa, ouvi dizer que o povo tinha gostado deste post…
    vejo que o povo “não gostaram”, o povo “amaram”
    😉

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Realmente, a repercussão foi recorde, do tamanho do protagonista.

  25. pacheco
    17 de setembro de 2013

    Realmente o Banana tinha a maior razao “desempenho / treino” do universo. Muita gente achava que ele treinava escondido. Eu mesmo nao entendi ate hoje como aquilo era possivel.

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Incrível. Mas é sério que tinha gente que achava que ele treinava escondido?

  26. Rodrigo M. Munhoz
    17 de setembro de 2013

    Sensacional homenagem ao amigo, Renato! E sua memória realmente não pára de me espantar… Não conhecia muitos detalhes da história, mas conheci bem o Banana em competições que fomos juntos e fiquei chateado (assim como muitos) quando parou de nadar.
    Fiquei particularmente feliz de saber que ele está de volta envolvido na natação através dos filhos – que pelo que ouvi falar estão indo muito bem! Abraços aos dois!

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Valeu Munhoz. Poderia explicar a razão do (merecido) pescotapa que você tomou?

      • Rodrigo M. Munhoz
        18 de setembro de 2013

        Infelizmente, não tenho a sua memória, então não lembro da exata situação da foto do pescotapa… Mas provavelmente invadi a foto na hora errada 🙂 mas a despeito disso, esse sulamericano de Maldonado traz boas lembranças.

  27. Iara Coutinho
    17 de setembro de 2013

    novamente um texto sensacional e emocionante, sem dúvida!
    Banana era um ídolo para as equipes mais novas, um modelo a ser seguido e muito bacana saber que tantos outros o admiravam e admiram. Adorei ver as fotos e saber que ele está de volta acompanhando os filhos… 🙂 Muito muito bom o relato, obrigada 🙂

    (minhas filhas não quiseram nem saber de natação..ahahahahah adoram piscina, sabem nadar mas passaram longe da prática esportiva..preferem handboll e futebol )

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Valeu Iara. Minha filha é mais para dançarina e o meu filho prefere basquete! bjs

  28. henrique
    17 de setembro de 2013

    Pessoal, bom dia !
    Não dá para não reagir a essa homenagem que me deixou muito emocionado pelas lembranças e pelas manifestações de todos os amigos.

    Renato você exagerou ! É impossível agradecer um negócio desses com palavras, fica então um grande abraço. Responder a suas perguntas semanas atrás foi um exercício que me fez um bem danado. Desenterrei muitas emoções. Obrigado de coração. Esse vídeo do Finkel foi uma surpresa incrível !

    Seguem respostas a alguns questionamentos feitos acima:
    (i) não tenho Facebook, aliás esse é a primeira vez que escrevo em um blog, o que é surpreendente pra mim. Meu email é: henriqueamericano.freitas@gmail.com.
    (ii) sim, fiz o erro de ignorar a dor e treinei sentindo bastante, mas fico contente de notar que hoje existe um conhecimento do exercício muito maior e uma consciência entre os atletas de se cuidarem, mas ainda é preciso muita atenção, porque o limite é muito tênue !
    (iii) o fato de ter feito em algumas épocas de 4 a 5 h de exercício para os ombros por dia, 7 dias por semana, com certeza deve ter ajudado a melhorar a força e os tempos durante o período sem treino, portanto, não existe milagre.
    (iv) sempre me senti muito acolhido pela equipe do ECP – era minha segunda casa (minha mãe acha que era a primeira…). A equipe era bem unida, por isso sentia a performance de cada um.
    (v) compartilho com o Cristiano do mesmo orgulho de ter criado amizades com os adversários. É o respeito que faz isso. Agradeço a todos que me faziam tentar me superar.

    Um grande abraço e muito obrigado a todos pelos comentários. Henrique

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      🙂

    • Cristiano Michelena
      17 de setembro de 2013

      Grande Garoto…
      Bom ter noticias suas e desta super turma paulista.
      Ninguém comentou o que pra mim foi sempre uma das suas principais características… Teu carisma.
      Grande abraço,
      Castor

      • rcordani
        18 de setembro de 2013

        Grande abraço, Castor.

  29. Miyahara
    17 de setembro de 2013

    Na época que o Banana dava treino pro Infantil B, eu era um dos atletas, e o que o R. falou é verdade, logo virou uma referência pra todos na equipe, com sua humildade, caráter e um tato para lidar com todos, tanto nas brincadeiras quanto nos momentos mais sérios.

    Nunca me esqueço a viagem que fizemos pro “Sítio do Banana” !!!

    E na água, o bicho era um monstro, ele tem um jeito meio desengonçado, 2 metros de altura, era peba no futebol, menos que o pirula, é verdade, mas dentro da água, os 2 mts de altura cabiam perfeitamente…

    Parabéns pelo texto R.!

    Mais que merecido post!

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Realmente muito peba no futebol, aí era a hora de ganhar dele! Eu e o Popô (CPM) cansamos de bater na dupla Banana / Leal (ECP) no futebol!

  30. charlaodudo
    17 de setembro de 2013

    Acho que essa dorzinha no ombro era psicológica. O Henrique ia sempre para o INTERUSP, tomava umas cervejinhas antes das provas e nadava o 100 medley sem reclamar de dor no ombro.
    Excelente homenagem Renato!!!

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      E você lembra das provas do Interusp? Há controvérsias!

  31. Franco Luciano Polloni
    17 de setembro de 2013

    Que moçada bonita,em todos os sentidos!!!!!
    Fiquei emocionado pois,à distancia,acompanhei toda essa Odisseia.
    parabéns do Franco (popo).

  32. Cassiano Leal
    17 de setembro de 2013

    Lembro de outra passagem com o Banana. Troféu Chico piscina em Mococa, eu com 10 anos veterano (tinha ido no ano anterior) e o Banana calouro. Ficou me carregando nas costas do alojamento para a piscina todos os dias, kkkkkkkk. Isso sem eu pedir, tudo bem que tinha uma pressão dos veteranos mais velhos, rs. O pior é que teve revanche e no meu primeiro troféu brasil anos depois, lá estava ele, Sr. Banana veterano me esperando para levá-lo em minhas costas. Taí, descobri de onde veio minha hernia de disco que operei em 2006. Kkkkkkkk. Valeu galera!

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      hehe, parece que ele foi um calouro exemplar na Esalq, batendo vários recordes de tomar trote.

  33. Luciana
    17 de setembro de 2013

    Show! Amei!

  34. Dani
    17 de setembro de 2013

    Fala, Renato! Você fez um lindo trabalho sendo porta-voz desta história tão bonita e emocionante que é o percurso do Henrique pela natação! Imagino que tenha sido difícil para você, como grande amigo e irmão que é do Henrique, colocar em palavras seu testemunho daquele tempo passado, renovado pelos ares do presente. Não é preciso dizer que eu também me emocionei, e muito! Entretanto, como esposa, mãe dos nossos 3 filhotes que o fizeram pai, amiga, companheira e namorada apaixonada do Henrique há mais de 22 anos, estou achando muito difícil me pronunciar… Mas talvez seja impossível calar… Por isso, aqui estou eu escrevendo em um blog, também como o Henrique, pela primeira vez.

    Realmente este período da história de vida do Henrique traz consigo episódios que emocionam não apenas aqueles que o conhecem de perto, mas também os mais distantes e até aqueles que nunca o encontraram. Talvez isso aconteça porque todo mundo que é gente de carne, osso e coração, é tocado fundo ao reconhecer a beleza, a grandeza e a virtuosidade dos gestos de um verdadeiro campeão – aquele que se sabe humano e portanto limitado, mas que não desiste de se dedicar com garra todos os dias para ser amanhã melhor do que é hoje, não se deixando congelar pelas inúmeras conquistas que alcança, nem pelas inevitáveis derrotas.

    Renato, compartilho com você a admiração e emoção por reconhecer no Henrique as virtudes de um verdadeiro campeão! O que eu acho que posso acentuar nesta história é o fato de que essa alma de campeão ainda o acompanha pela vida a fora! Talvez seja esta a herança mais valiosa destes tempos de natação que você recorda com tanta propriedade e beleza! Passou-se o tempo, mudaram os cenários, os personagens, mudaram os sonhos, mas o espírito de campeão o acompanha sempre, em tudo que se dispõe a dedicar-se. Nunca deixou de dar raça por aquilo que preza, e até hoje tem vivo e ativo o gesto virtuoso de quem se esforça para ser amanhã melhor do que é hoje. Foi um nadador campeão! É um marido campeão! Um pai campeão! Um amigo campeão! Um profissional campeão! É filho, irmão e primo campeão! Pode parecer exagero ou cegueira apaixonada, mas quem convive atualmente com ele, sabe que eu não estou mentindo!

    Você diz que o Henrique só não é mais vencedor que humilde…. Eu diria que ele só não é mais vencedor que humano: homem que se sabe, ao mesmo tempo, incompleto e finito, e que a cada dia se dispõe a viver da melhor forma que pode, cuidando com amor daquilo que sonha e daqueles que ama! É esse o meu amor da vida!

    Bom, acho que é isso…
    Falei!

    • Maria Isabel Lopes da Cunha Soares
      17 de setembro de 2013

      Linda Dani!! Esse casal se merece! E além de tudo o que vc escreveu, o Henrique sempre foi nosso apoiador! Um mecenas!! Não fosse o suporte dele, a gente não cantava!! Beijos pro casal

    • rcordani
      17 de setembro de 2013

      Olha, escrever tudo isso não foi difícil não, foi até fácil. A história é que é boa! O mais difícil foi achar material (fotos), e se dependesse do indivíduo em questão até hoje o post não sairia…

      Você é testemunha de que eu fui na sua casa pedir umas fotos, qualquer coisa, e ele me apresentou uma pastinha com meia dúzia de resultados da década de 70 e UMA foto desfocada e meio longe nadando borboleta. Ele não mostrou medalha, foto de podium, foto de seleção, recorte de jornal com foto, nada. Por sorte no baú do JGM tinha essa prova do Finkel de 1987, aí finalmente consegui escrever.

      Beijos a todos por aí.

  35. Maria Isabel Lopes da Cunha Soares
    17 de setembro de 2013

    Carreira nova, hein, Renato? Mandou muito bem! Adorei o texto, a leveza, a fluência… E a homenagem também! Não conhecia os detalhes dessa epopéia, mas sabia que tinha mistério e sofrimento por trás! Obrigada por dividi-la com a gente! Bjo

  36. Eric Klug
    18 de setembro de 2013

    Grande Banana! Grande post, Cordani!

    Abraços e tudo de bom,

  37. Otávio Fumis Tulinho
    18 de setembro de 2013

    Duas semanas atrás tive o privilégio de ouvir boa parte dos relatos da boca do próprio homenageado em uma festa de aniversário de nosso sobrinho querido ( André – filho do Túlio)…mas ai vem a questão da humildade e simplicidade…em nenhum momento comentou dos feitos…é a cara dele mesmo .ainda bem que o Renato está ai pra não deixar passar…Depois de tudo isso colocado nesse espaço tão bacana, acho que não resta muito a ser falado….mas não da pra passar batido ….” POST SENSACIONAL ” …. Parabéns MEGA …pro ” falado ” e pro ” falador ” …..INCRÍVEL !!!!

    • rcordani
      18 de setembro de 2013

      Valeu Otávio, agora temos os três Tulios nos comentários. Grande abraço.

  38. Ludmilla Kojin Guimaraes
    18 de setembro de 2013

    Cordani, AAAAMMMMEEEIIII! Fiquei emocionada, o Banana realmente merece toda essa homenagem!
    Fui lendo e lembrando que estava em muitas das competicoes citadas, sempre ficando em 12, 13, final B, revesamento B, mas sempre feliz, foi uma epoca maravilhosa. Lembrei tambem como era fa do Banana, tinha uns 13, 14 anos quando ele estava no auge, era fa do nadador e achava ele lindo….naquele brasileiro no Pinheiros, (eh claro que eu nao tinha indice) fui para assistir e tirei uma foto, com meu idolo lindo e fofo!!! Ahaha, voce nao sabia disso ne Banana? Dani, eu nunca me esqueco que ele sempre dizia que so gostava de loira e queria casar com uma loira linda de cabelo comprido e dito e feito, voce apareceu!!!
    Bom, foi uma delicia ler esse texto que me trouxeram muitas lembrancas! Ah, esqueci de dizer que voce Cordani, mesmo chegando em sexto fazia o maior sucesso entre as meninas no Pinheiros com seus lindos olhos azuis!! Voces dois eram e parece que ainda sao uma dupla muito especial!!!! Beijos a todos. Lud

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