EPICHURUS

Natação e cia.

No palitinho

Às vezes, a tarefa de escalar revezamentos, é bastante difícil

No post anterior, Dias de glória para o Clube do Golfinho, contei algumas histórias sobre o Troféu Julio de Lamare disputado em dezembro de 1985 em Curitiba.

Aos 16 anos de idade, e sete anos após começar a disputar campeonatos brasileiros, foi a primeira vez que participei das finais de revezamentos junto com a equipe do Clube Curitibano.

Éramos seis atletas inscritos na competição na categoria Juvenil B – masculino: Christian Carvalho, Felipe Malburg, Gustavo Pinto, Luiz Alfredo Mader, Renato Ramalho e eu.

Para o 4x100m medley – tudo tranquilo – a prova sempre fechava o programa. O cartão de inscrição seria preenchido depois de todas as provas realizadas e a única dúvida – Malburg ou LAM no nado de peito, foi sanada com o resultado da prova de 100m. Nadou o Felipe. Fizemos 4m08s70, ficamos em 5º lugar na prova vencida pelo Minas Tênis Clube com recorde de campeonato.

No 4x200m livre – nenhuma dúvida – o quarteto era sempre o mesmo. Christian, Gustavão, Ramalho e eu. Também ficamos em 5º lugar, com 8m10s70, na prova vencida pelo Clube do Golfinho.

Já para o 4x100m livre havia dúvida. LAM só nadava peito e estava fora, mas os outros 5 queriam participar. A prova de 100m livre era antes do revezamento, mas apenas eu participaria dela. Uma semana antes da competição, numa daquelas reuniões da equipe, foi colocado em discussão pelo nosso técnico Leonardo Del Vescovo, o critério que utilizaríamos para decidir quem nadaria.

A primeira opção, fazer uma eliminatória ao final de uma das etapas da competição, que me parecia a mais coerente, foi negada pelo Felipe, que tinha várias provas individuais durante o certame e não queria gastar energia além da estritamente necessária.

O Léo propôs então, fazer uma eliminatória no domingo de manhã – 4 dias antes do início da competição – um confronto direto entre os pretendentes, todos não raspados e antes do término do polimento, período em que muita coisa muda. Após discussões, a proposta ganhou força e o Felipe disparou: “… mas o Maga vai junto!” – apresentou os argumentos dele, concordei e até gostei para fazer ajustes na estratégia de prova para a competição. Em consenso decidimos que seria assim.

Chegou o domingo, dia encoberto que não combinava com o mês de dezembro. Cada um fez seu aquecimento e caímos para a eliminatória. Passei firme, acelerei ao passar da bandeirinha e após a virada, já tinha uma vantagem confortável de mais de meio corpo. Fiz 56s5, Ramalho, Felipe e Gustavão – não lembro a ordem, nadaram entre 57s e alto e 58s baixo e o Christian chegou em último com 59s. Tudo definido. Aparentemente.

No sábado seguinte, terceiro dia de competição, todos polidos, raspados e com sensações muito diferentes do domingo anterior. Era o dia da prova de 200m medley em que Ramalho e Malburg duelariam pela prata na final – já que Julio Rebollal reinava soberano na distância. O Léo optou em poupar o Renato, que tinha nadado uma metragem bem maior que os colegas na competição, da eliminatória do revezamento. Escalou o Christian. Malburg, avisou que nadaria tranquilo, e assim fez – se não me engano foi para 57s e alto. Gustavão abriu bem, eu fechei forte e no meio, Christian deu tudo e nadou para 56s e fração – segundo melhor tempo da equipe naquela eliminatória. Classificamos.

Após o aquecimento na parte da tarde, o Léo reuniu os cinco e reabriu a conversa sobre quem seria escalado para a tarde. Naquele momento, confesso, acreditava que o Christian nadaria melhor que o Felipe e, também influenciado pelo fato de apesar de sermos todos amigos, ter torcido para que o Christian conquistasse uma vaga, falhei em me omitir e não ter dito o que devia ter dito – a defesa do critério definido anteriormente em consenso.

Não me lembro das palavras de cada um, mas lembro-me claramente do desconforto que senti com a situação. O impasse seguiu até que o Léo deixou a roda e disparou – “decidam e me avisem” – fiquei incrédulo, esperava que ele “batesse o martelo” – e de repente, estávamos nós cinco nos olhando e tendo que decidir. Nova chance de manifestação, nova omissão. Alguém questionou – “como vamos fazer?” – e o constrangimento foi nas alturas quando veio a proposta acolhida pelo grupo – “vamos decidir no palitinho”. De repente, o grupo estava empenhado em conseguir os palitos para o sorteio. Com o resultado da prova de 100m livre, fiquei de fora dessa disputa. As 3 vagas foram sorteadas entre os 4 amigos. Ramalho ficou de fora.

Ficamos em 6º lugar, com 3m42s80, na prova vencida pela equipe do Vasco da Gama. Felipe nadou muito bem e fez o segundo melhor tempo da equipe com 55s3.

Classificação da prova (fonte: Jornal Aquática)

Vasco da Gama

3m37s37

Minas Tênis Clube

3m39s56

Clube do Golfinho

3m40s24

Flamengo

3m41s27

Pinheiros

3m42s49

Clube Curitibano

3m42s80

Clube do Remo

3m47s86

8o Paulistano

3m50s23

 

Foi um episódio marcante, com equívocos de conduta, mas que serviu para enriquecer as experiências daqueles jovens e demonstrar a importância de nos posicionarmos, na devida hora, nas mais diversas situações em que nos deparamos na vida.

Não significa que não erramos depois, mas fortalece a percepção de que os aprendizados do esporte, auxiliam no desenvolvimento da personalidade e caráter dos praticantes.

E você – caro leitor epichureano – passou por situação semelhante na escalação de algum revezamento? Registre abaixo sua experiência.

Forte abraço,

Fernando Magalhães

 

Sobre Fernando Cunha Magalhães

Foi bi-campeão dos 50m livre no Troféu Brasil (87 e 89). Recordista brasileiro absoluto dos 100m livre e recordista sulamericano absoluto dos 4x100m livre. Competiu pelo Clube Curitibano (78 a 90) e pelo Pinheiros/SP (91 a 95). Defendeu o Brasil em duas Copas Latinas. Foi recordista sulamericano master. É conselheiro do Clube Curitibano.

26 comentários em “No palitinho

  1. Ricardo Firpo
    8 de dezembro de 2014

    A minha experiência ruim não chegou a ser com o palitinho, mas também envolveu algo de “novo” para a mim. Foi o seguinte:
    Fui trabalhar em Campos, cidade distante 280km do Rio. Lá, a academia mais cara da cidade tinha uma piscina olímpica! Era quase um clube, com quadras de futsal, tênis, sauna e várias outras instalações. Mas o que era caro para a cidade, eu pagava o equivalente no Rio de Janeiro, perto de casa, somente para musculação. Como tinha os finais de tarde livre, resolvi me inscrever na natação e na musculação.
    Na inscrição, fui perguntado: “Sabe nadar?”. “Sei!”. “Amanhã, fala com professor fulano, que ele te ensina mais coisa.”. Legal.
    No outro dia, apareci para falar com o professor fulano, e ele me olhou, e me fez a mesma pergunta, não me deixando dar maiores explicações.
    Acontece que sempre tive problemas com peso. Durante as temporadas da natação, sempre havia uma natural perda de peso, chegando ao brasileiro no meu peso ideal ou bem próximo disso. Nunca fui um cara leve ou pequeno. E tendo parado de nadar há vários anos, eu estava pesando mais de 100kg – bem mais dos meus 80-85kg da minha época.
    E o professor: “Você cai agora, e faz oito voltinhas….”. Oito voltinhas? Como assim? Acostumado desde criança a trabalhar com metragem, “oito voltinhas” foi interessante.
    Com a piscina em 25m, na virada dos 100, o cara botou uma prancha no meu pé, fazendo sinal para parar. “Pq você não disse que já tinha nadado?”. “você não deixou!”. “Vc já nadou? Competia? Quer nadar o master?”. E disse que ia falar com o dono, para me dar um desconto de 10%, para nadar pela academia.
    Treinava quase à noite, depois do trabalho, e a piscina quase vazia. Uns quatro meses depois, tinha um campeonato de inverno master em Petrópolis, e EU tive que fazer e pagar a minha inscrição para nadar por lá. Não ganhei nem uma camisa para representar.
    Fui apresentado aos outros integrantes da equipe no dia da competição, e conheci o “dirigente” que também nadava e montava os revezas da equipe. O problema é que o cara tinha sido jogador de basquete, mesmo com a altura de 1,70 ou pouco menos. Fora o excesso de peso…..
    Na chamada da prova dos 50m, eu ouvia as perguntas do pessoal: “o que esse gordo tá fazendo aqui?”. Mesmo com pouco tempo de treino, meti um 29’1. Horrível para mim, mas suficiente para ser o quarto ou quinto da prova naquele dia, e o melhor tempo da academia.
    Como tinha um outro malandro que meteu um 29’9, pensei em fazer um reveza para “morder” uma medalinha e levar pra casa para mostrar para as crianças. Fui no tal dirigente: “E aí, vamos fazer o reveza?”. “Olha, não vai ter, o pessoal não vai nadar mais, e se vc quiser, tá liberado.” O que ia fazer? Voltei para o Rio.
    Na segunda, olhei na internet, e tava lá. A Academia tinha nadado o reveza, e tinha tirado o quinto! Fiquei uma fera, e questionei o tal dirigente. Resposta: “Olha, tinha um pessoal que veio de Campos só para nadar o revezamento, e eu não tirar nenhum deles. O que eles iam pensar?”. “mas se eu tivesse nadado, tínhamos tirado o terceiro, e chegado em cima do segundo!”. “Podia até ser, mas eu não ia tirar o cara que foi lá só para isso.” Acabou ali minha participação no master da cidade. Depois, só musculação.

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de dezembro de 2014

      Alô Firpo,
      No master é normal cada um pagar pela sua inscrição, mesmo representando um clube ou academia.
      Fora esse detalhe, fica evidente que faltou muita habilidade desta turma para te acolher, integrá-lo com a equipe e aproveitar seus talentos para agregar ao grupo.
      Uma pena, pois te deixou essa marca e perderam uma bela oportunidade.
      Se cuida.
      Abraços

      • LAM
        8 de dezembro de 2014

        Nos últimos 3-4 anos eu estava trabalhando para uma empresa em São José dos Campos, depois de muito tempo de bate-e-volta diário, resolvi me inscrever na Cia Athlética para ter uma diversão à noite.
        Meu primeiro dia foi igualzinho: “Você sabe nadar os quatro estilos?”
        e ao sair engatinhando da piscina: “Por que você não me disse que era nadador?”

        Pena que não estou mais prestando serviços no Vale do Paraíba, me diverti muito com os amigos que fiz nestes últimos dois anos

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de dezembro de 2014

        Não estava sabendo do fim do projeto em SJC.

  2. rcordani
    8 de dezembro de 2014

    Boa Esmaga.

    Em primeiro lugar, o óbvio: concordo contigo que o critério deveria ser mantido e o Christian devia ficar fora do reveza. Não acho que os 56 dele de manhã fosse um “fato novo” marcante o suficiente para alterar os planos.

    No Paineiras, eliminatórias SEMPRE, participei das mesmas desde 1979 com 9 anos, quando ganhei a vaga para o MB de Curitiba, e fui só para nadar o reveza. Tinha eliminatória até para nadar o reveza em torneio regional. E não tinha essa de “montar o revezamento com os nadadores que já estavam na competição”, se um atleta sem índice individual estivesse entre os quatro melhores na eliminatória, ia para o brasileiro.

    Nesse Julio de Lamare de 1985 nadamos o 4×100 L juvenil A com Rodrigo Camargo Barros, eu, Fabio Mello (Arara) e Jorge T. Taiar. Na eliminatória efetuada no São Paulo uma semana antes do JD foram eliminados André Fernandes e Rodrigo Griesi.

    A eliminatória interna mais marcante para mim foi a do brasileiro de Recife 1981, que perdi e não fui, e chorei muito ali nos degraus da piscina de cima. Foi o único brasileiro de categoria de verão que deixei de ir.

    Outra eliminatória marcante foi a do JUBS de 1995, eu tinha várias medalhas dessa competição mas nunca tinha ganho um ouro em JUBS (na verdade eu tinha ganho um em 1989 que foi roubado e acabei ficando com a prata mas isso é outra história), e queria nadar o reveza 4×200, que era favorito ao ouro. O Marronzinho e o Oscar Hogemboon já estavam garantidos, mas as outras duas vagas estavam em aberto, e como eu não nadava crawl, eu jamais seria escalado diretamente. A comissão técnica era “minha”, Indiani, Amendoim e Charlão, então se me escalassem pareceria proteção ao amigo, então pedi uma eliminatória, a moçada aceitou, eu ganhei a vaga, nadei o reveza e ganhei meu primeiro e único ouro de JUBS. Tá lá na parede.

    Grande abraço ao Esmaga, que atiça essas lembranças.

  3. Fernando Cunha Magalhães
    8 de dezembro de 2014

    Pera aí… JUBs de 95?!?!
    Essa turma não estava formada nessa época?
    De qualquer forma, muito legal você não ativar o pistolão e conduzir o processo de escalação para o 4x200m de forma ética.

    • rcordani
      8 de dezembro de 2014

      Em 1995 eu fazia mestrado na USP e tinha 25 anos, o limite do JUBs é 28 anos. Marronzinho e Oscar são de 75 e 74, e tinham 20-21 anos, e eram da graduação.

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de dezembro de 2014

        Hum… ok. Estranhei pois não havia encontrado nenhum mestrando em minha trajetória de JUBs.

  4. Lelo Menezes
    8 de dezembro de 2014

    Boa Esmaga. Pra mim a pior experiência de revezamento foi no Sul americano Absoluto de 1990. Eu fui o melhor brasileiro colocado na prova de 100m Peito. No último dia, o dia do revezamento 4x100m Medley, aqueci normalmente e fui para as arquibancadas para me concentrar para a final (não teve eliminatórias pois haviam menos de 9 equipes). Coisa de uma hora antes da prova fui pedir a bênção do Reinaldo (técnico) e fui informado ali que eu não nadaria o revezamento pois o mesmo foi montado levando em consideração os tempos do Troféu Brasil, 3 meses antes. Pena que eu era muito ingênuo na época e deixei passar esse fim da picada. O correto seria eu ter metido a boca no trombone. Foi um dos piores dias da minha carreira de nadador…

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de dezembro de 2014

      Mas Lelo, a comissão técnica foi forçada a decidir antes do resultado da prova porque havia alguma regra que era preciso entregar o cartão preenchido com antecedência ou foi uma decisão incoerente, e sua boca no trombone poderia ter mudado a escalação?

      • Lelo Menezes
        15 de dezembro de 2014

        A desculpa que me foi dada foi exatamente essa, ou seja, que já tinham inscrito o revezamento. Acontece que a prova de 100m Peito foi no 2o dia e o revezamento no ultimo e eu nunca tinha visto essa “obrigatoriedade” de inscrição da equipe de revezamento antes desse Sulamericano e nunca vi depois. Inclusive nessa própria competição alguém não pode nadar o 4x100m Livre (não lembro porque, mas foi uma contusão) e o Grangeiro acabou sendo escalado de última hora. Talvez houvesse alguma brecha no caso de doença ou contusão, mas essa história sempre me pareceu muito estranha…

      • Fernando Cunha Magalhães
        16 de dezembro de 2014

        É Lelo, pelo jeito alguém não gostava de você.
        Absurdo!

  5. LAM
    8 de dezembro de 2014

    Malburguinho é um ano mais velho que o Christian e o Gordo, hoje em dia não há diferença, mas na época ele era o único a adotar o discurso direto, tanto com o técnico quanto com os colegas. Além disso a estratégia de “poupar” alguém na eliminatória do reveza era totalmente nova para uma equipe pequena, que raríssimas ocasiões dispunha de reservas. Particularmente não me lembro se nadei a eliminatória do 4 estilos, mas bem que poderia, em prol do time.
    Eu mesmo errei no JUB´s de 87, quando deveria ter cedido minha vaga para o Petito voltar tbém com uma medalha de Belém, espero que ele me perdôe um dia 😉

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de dezembro de 2014

      Boa LAM, é isso aí mesmo. Em todas as experiências anteriores, nadando com força máxima, não passamos pelas eliminatórias, e de repente, no segundo revezamento da vida que vai para a final, um é poupado e outro diz que vai nadar tranquilo… muita novidade.

      E de fato, o Felipe sempre foi muito bom nessas argumentações. Depois de um tempo também percebemos que ele lia muito melhor que nós, o impacto de cada tipo de treino para a evolução pessoal. Tanto que, quando devido a faculdade ou estágio, passou a fazer treino simples, e chegar mais tarde e treinar sozinho, podendo fazer seus próprios ajustes, alcançou seu grande resultado no 100m peito.

      Também não lembro se você nadou a eliminatória dos 4x100m medley.

  6. vreco
    9 de dezembro de 2014

    Maga, bacana o tema revezamento, inclusive c a recente polemica do mundial de curta agora. Eu q sempre nadava os revezamentos jah vi de tudo. Jah vi muito cara no Flamengo q n tinha nadado a prova ser colocado no revezamento em detrimento de gente q tinha nadado a prova. Jah vi casos de gente colocada no revez depois de perder do companheiro na prova. Um caso interessante q vi foi o Jorge q no ultimo TB dele jah s treinar foi superado pelo Berendonk na elim. Na final B o Jorge ganhou do Bere mas c tempo pior do q na elim e foi escalado p o revez A. Pesou obviamente a experiencia do Jorge mas lembro da grande chateacao do Bere tb. Jah vi o Manu avisando q n iria a final do revez a tarde depois de nadar mal pela manha e o Alberto me chamar no dia p a final sendo q eu nem nadaria a competicao. Jah vi o Fabrizio abrindo mao de fazer uma tomada de tempo no dia do 4X100 L. Eu era o quarto tempo dos 100 L no meu 1o ano de juv B e qdo soube disso fiquei muito empolgado e ainda batemos ou recorde bras. Jah vi numa elim apos o treino uma semana antes do JD de 89 um amigo superar outro q era era claramente melhor nos 100 L. Depois esse amigo q entrou nadou muito mal e o revez em vez de ficar em 2o ficou em 4o. Jah soube de um caso no mundial de master de polo aquatico na italia ha pouco tempo atras q 2 atletas da categoria 45 q tinham sido eliminados foram integrados ao time da categoria 40 jah na semi final, tirando 2 caras q vinham desde o inicio e ficaram P da vida. Essas descisoes sao sempre delicadas pro tecnico. E a situacao piora muito qdo a equipe tem chance real de medalha. Interessante a postura do seu tec em 85. Gr ab

    • Fernando Cunha Magalhães
      9 de dezembro de 2014

      Valeu Vreco,
      boas ilustrações.
      Bere que me perdoe mas nessa tinha que ir o Jorge mesmo.
      Agora, essa dos caras do Pólo Aquático, foi demais.Grande sacanagem.

      • vreco
        9 de dezembro de 2014

        Concordo c vc nos dois casos. Mas qdo a regra eh definida antes fica sempre melhor. Discute-se bastante bem antes da competicao colocando todas as possibilidades. Ai o choro serah sempre pela perda da vaga nunca pela injustica. Gr abs

      • Fernando Cunha Magalhães
        9 de dezembro de 2014

        É isso aí!

  7. Rodrigo M. Munhoz
    9 de dezembro de 2014

    Sensacional – como sempre – sua história , Esmaga! Mas achei absurdo deixar a decisão na mão dos atletas… Poderia ter causado uma cisão desnecessária no time… Sorte que todos eram maduros e muito amigos. Nunca passei por uma dessas e sou grato por isso. Sempre que precisávamos, fazia-se uma eliminatória uma semana antes da competição ou algo parecido. Abraços!

    • Fernando Cunha Magalhães
      9 de dezembro de 2014

      De fato, Munhoz – um risco grande.

      Hoje vejo que o o ideal seria chamar o Christian no fim do dia anterior e dizer: “Christian, amanhã é o dia do 4x100m e vou precisar de você para poupar o Renato para a final dos 200m medley – ele está bem cansado depois dos 400m medley. Você topa nadar a eliminatória?” – e a resposta seria “sim”. “Só preciso deixar claro que independente do resultado, não poderei mudar a escalação para a tarde, pois isso já ficou definido no domingo… tudo bem?”

      Christian nadaria com a mesma garra, ficaria satisfeito com o tempo e todo aquele constrangimento não teria acontecido.

      Mas também não teríamos esse post para refletir… rsrs

  8. rcordani
    9 de dezembro de 2014

    Outro caso que lembrei. Em 1984 o Luís Cláudio Toledo era o melhor nadador do CPM no JUV A, e mesmo sem ser especialista era o melhor de 100L do clube também. Nessa época, o Pancho resolveu que ele e o Rodrigo C. Barros não precisavam fazer eliminatória e estariam garantidos no reveza.

    Uma semana antes de um regional o Toledo disse que queria fazer a eliminatória, o Pancho relutou, o Toledo insistiu, o Pancho disse: “ok, mas se você perder, está fora”. Aí na eliminatória o Toledo queimou 3 vezes e ficou de fora, e o Pancho (que era inclusive o juiz de partida) ficou uma vara verde!

    • Fernando Cunha Magalhães
      9 de dezembro de 2014

      Nesse caso, ele merecia um “prestatenção” – vexame total.

  9. Tite Clausi
    9 de dezembro de 2014

    Boa Magalha!!! Sempre achei um contra senso decidir algo a 1 semana de uma competição. Todos sabemos que cada atleta reage de uam amneira aos treinos, polimento e competição… Eu em grande maioria dos anos aquáticos tomava pau a toda hora em treinos e na hora da competição importante me superava. E em competições sem polimento então, eu era um fiasco.
    Sei como é difícil tomar certas decisões na vida, e não achoq alguém tenha q se culpar por estas. Afinal pelo q entendi, os 5 aceitaram a proposta final e no final das contas, pela grande amizade entre vcs e o grande caráter de cada um, nada ficou abalado…. (claro que talvez um dia isto venha a ser desmistificado) rsrsrsrsr.
    Como diziamos lá atrás, mas não sei escrever em latim,, me parece ser algo assim…. Ad Vacilorum Enrabatum Est!

    Grande abraço!!
    Tite Clausi

    • LAM
      9 de dezembro de 2014

      tsc, tsc, tsc… Poliana… espere até o Jacózinho voltar das arábias prá saber o que ele acha desta sua proposta de isenção de culpa

    • Fernando Cunha Magalhães
      9 de dezembro de 2014

      Lembro Queridaço,
      muitas dificuldades para chegar ao indice no estadual, precisando raspar em algumas vezes e desempenhos brilhantes no brasileiro.

      Quanto a culpas – qualquer um dos 6 poderia ter mudado o rumo dos acontecimentos antes de chegar onde chegou – as condutas escolhidas por todos, impediu que acontecesse.

      De fato, sem Polianismos, a amizade não abalou, mas entender o que aconteceu, refletir sobre isso e preparar-se para agir “melhor” em outras situações semelhantes faz parte do aprendizado da vida.

      • Ricardo Firpo
        10 de dezembro de 2014

        Nos casos dos campeonatos de JUV B, ficava mais fácil, pois, geralmente, a prova era naquinta e a última do dia…. mas, para JUV A, os 100L era no domingo, e quase a última. Sempre achei que a melhor opção era mesmo a eliminatória uma semana antes. Já vi casos até de um dos nadadores pedir por isso! Não estava na primeira relação, e entrar depois de uma eliminatória destas. E tb não sei se o não estar raspado seria A influência – acredito mais no início-durante a competição que fariam alguém render mais ou menos.

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