EPICHURUS

Natação e cia.

Paquelet, Zequinha, olímpicos?

Escrevo esse post de supetão e sob forte emoção.

Ser ou não ser olímpico, para um esportista é um divisor de águas, é o PRINCIPAL objetivo de todo atleta. Sonhar com mais que isso só é possível para quem JÁ É olímpico.

Ontem ficamos sabendo do “caso Paquelet”, uma atleta que disse ter sido olímpica sem ser. O caso Christiane Paquelet já foi abordado pelo Blog do Daniel Brito e pelo Blog do Juca Kfouri. Não conheço o caso, e nem a Christiane, que mereceu ainda mais atenção por ela ser responsável pela área da memória do COB.

Mas o caso que me deixou com os nervos em pane foi o do meu amigo José Claudio dos Santos, o Zequinha, que não sei por que cargas d’água resolveu inventar que foi ao Pan de 1979 e aos Jogos Olímpicos de Moscou como reserva. Eu não precisei de nenhuma pesquisa para saber que ambas as participações do Zequinha (no Pan e nas olimpíadas) são FALSAS. Eu tenho por hábito reler as revistas da época, publiquei outro dia aqui no Epichurus os resultados completos do Pan de 1979, estou estudando Moscou 1980 por um outro motivo (que vocês vão saber em outubro) e sei que o Zequinha não passou nem perto de ser olímpico.

Primeiro eu fiquei na dúvida sobre se era verdade que ele tinha dito isso à autora do livro, Katia Rubio, e se está publicado isso mesmo. Não era possível! Depois, quando me mandaram o texto eu li e pensei que o assunto era muito sério para ser publicado por alguém que NÃO SEJA amigo do Zequinha, portanto resolvi publicar.

Trecho do livro de Katia Rubio com o “olímpico” Zequinha.

Zequinha, meu amigo. Ser olímpico é uma coisa muito séria, talvez a mais séria de todas do ponto de vista do esporte. Muitos queriam sê-lo. Poucos foram. Eu não fui. Eu queria ter sido. Quem foi, tem muito orgulho de ter sido e não gosta de ver sua participação olímpica banalizada. Repito, ISSO É MUITO SÉRIO!

Se conselho fosse bom a gente vendia, mas como estou sob forte emoção darei de graça mesmo: meu humilde conselho é que você peça desculpas à Katia Rubio, tire seu nome do livro e siga a vida como eu, como um não olímpico. Eu te juro que não dói!

OBS: não permitirei ataques pessoais, quem quiser comentar procure se ater à ideia do post e não à pessoa.

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

62 comentários em “Paquelet, Zequinha, olímpicos?

  1. Luiz Carvalho
    29 de setembro de 2015

    Assunto desagradavel, muito bem abordado. Parabens pelo furo!

  2. Coach Alex Pussieldi
    29 de setembro de 2015

    Hoje foi um dia triste para quem é amante do esporte, e em especial da natação. Só lamento pelo trabalho, pesquisa e dedicação da Katia Rubio.

    • Rogério Aoki Romero
      29 de setembro de 2015

      Fiquei abismado com esta notícia também. Nossa memória olímpica é fraca mesmo, imagine a esportiva (boa provocação do Lelo com os nomes de medalhistas de Toronto).

      Por outro lado, demonstra que a pesquisa não foi tão rigorosa assim, maculando a credibilidade do livro.

      E afinal, são apenas estes ou os primeiros a serem descobertos?

    • luizcarvalho1
      29 de setembro de 2015

      Criticar somente o autor do livro por nao verificar bem as fontes eh uma critica aceitavel mas um pouco injusta…seria como culpar o policial por nao impedir o assalto…a maior responsabilidade vem do atletas que passaram informacoes falsas

      • Patricia Angelica
        30 de setembro de 2015

        Com certeza. E aí a gente pensa: será pura má-fé ou os caras vivem n’algum tipo de delírio que os faz realmente acreditar naquilo que contaram?

  3. Joao Vitor Oliveira
    29 de setembro de 2015

    tenho pena da Katia Rubio …….

  4. Moacir zilbovicius
    29 de setembro de 2015

    realmente estas mentiras sao revoltantes, e penso que os Olimpicos devem ficar muito chateados. Ha um tempo atras uma pessoa que me foi apresentada comecou a falar de natacao, etc. Nao sabia que eu tinha sido nadador. A certa altura diz que tinha ido a um Panamericano. Eu perguntei em que Cidade. Ora, como foi um evento tao relevante na suposta carreira da falsa atleta, ele disse que nao lembrava a Cidade …enfim, tem muito maluco solto por ai.

  5. Fernando Cunha Magalhães
    29 de setembro de 2015

    Estou estarrecido.

    Fui ao blog do Juca para ler e algumas coisas não fecham… vi elogios ao trabalho da Katia Rubio no próprio blog, nos comentários do Coach e do João Vitor, mas será que ela sentou em frente, ou recebeu um email da Paquelet e sem nenhum documento comprovando o relato, publicou no belo livro que pretendia ser um registro histórico confiável? Ou a Paquelet foi além e falsificou registros para ludibriar Rubio?

    Com Zequinha teria sido a mesma coisa?

    Como o Juca contou que foi movida uma ação tentando impedir a utilização do termo OLÍMPICO, deve haver diferenças sérias entre as personagens dessa fraude, e aí, me vem a cabeça a hipótese que os dois tenham feito isso deliberadamente para provocar uma mácula irremediável na obra da rival.

    Nesse caso, jamais teremos as desculpas do Zequinha.

    Isso parece mais razoável do que o estranho objetivo de inventar uma mentira que seria, e foi, desmascarada no primeiro momento.

    Hipótese em que podemos vir a ter as desejáveis, mas não necessárias desculpas do Zequinha, uma vez que vai ser bem difícil ele recuperar a credibilidade perdida no episódio.

  6. Aécio Amaral
    29 de setembro de 2015

    Rapaz! Como terá sido feita essa pesquisa? Se num esporte só já temos dois casos….. nos perto de 40 esportes das Olimpíadas podemos estar falando de até 80 falhas….

  7. Aécio Amaral
    29 de setembro de 2015

    E até o texto do livro fica estranho….. pelas datas, nadou o Pan 1979, com 16 anos, Olímpico em 1980 com 18 e encerrou a carreira em 1998 aos 35 anos. Que motivação é essa hein?
    Me parece que não houve mesmo confirmação dos dados. Uma pessoa fala que esteve lá, dá uma entrevista e já é considerado atleta olímpico.

    • Jorge Fernandes
      1 de outubro de 2015

      Aécio… para se posicionar:
      fui ao Pan com 17.. (ele não estava)… Moscou 80, eu tinha 18 (Pradinho 16)…
      encerrar em 98, tb não… quando eu parei em 90 (Janeiro se não me engano) ele também já tinha parado…
      é que ele sempre ficou por perto, rondando… caía na água… social era e é com ele mesmo…

      quanto ao posicionamento com relação ao caso, publiquei um post no FB… longo… se dert tempo, transcrevo-o pra cá…
      abs.

      • rcordani
        1 de outubro de 2015

        Jorge, não achei o seu post no facebook, posta aqui sim, please.

  8. Patricia Angelica
    29 de setembro de 2015

    O mais triste disso, para além do fato da mentira em si (poucas coisas são mais lamentáveis do que mentira, em “rede nacional” fica pior ainda), é ver que mais um vez uma pesquisa acadêmica pode não obter da sociedade o respeito que mereceria.

    Aí, fica a pergunta que já fizeram aí em cima: será que a pesquisa foi mesmo feito com o rigor necessário? Principalmente se pensarmos que uma pesquisa desse porte pode e deve ter sido financiada com dinheiro público.

    Não há outro sentimento nesse momento, apenas tristeza e vergonha. Pelos mentirosos e pela pesquisa que foi involuntariamente (ou não) “furada”… 😦

  9. CEZAR BOLZAN
    29 de setembro de 2015

    OUTRA MENTIRA OLIMPICA DE NADADORA !

    Uma história roubada

    Juca Kfouri 29/09/2015 12:31

    O “Blog de Daniel Brito”, aqui no UOL, contou ontem uma história que honra uma intelectual e desonra uma cartola.

    A intelectual, Katia Rubio, depois de mais de uma década de pesquisas, gravou e publicou uma obra monumental sobre todos os brasileiros que participaram, como atletas, de Olimpíadas.

    Brito, é claro, deu o nome da pesquisadora, mas não a de quem tentou fraudar a obra dela, porque, provavelmente, a própria autora, constrangida, não autorizou.

    A história está AQUI, como Brito, com brilho, a publicou.

    O nome de quem falsificou a história é Cristiane Paquelet (foto), uma ex-nadadora do Fluminense que depôs como se tivesse participado da Olimpíada de Munique, em 1972, para indignação das nadadoras que, de fato, foram aos Jogos na Alemanha e tiveram suas histórias, de certa forma, furtadas pela farsa.

    Seria apenas um caso para os consultórios de psicologia não fosse o fato de a museóloga Paquelet ser simplesmente Diretora Cultural do Comitê Olímpico do Brasil, em tese uma guardiã de nossa memória olímpica, com sala ao lado de Carlos Nuzman, o cartola que preside o COB e o Rio-16.

    A ironia nisso tudo está em que quando Katia Rubio, a autora da magistral obra “Atletas Olímpicos Brasileiros”, anunciou sua pesquisa, Paquelet tentou impedir, na Justiça, a utilização da palavra “olímpicos”, ação que expôs o COB ao ridículo.

    É nessas mãos que estão os temas do olimpismo brasileiro.

    FONTE UOL !

  10. luizcarvalho1
    29 de setembro de 2015

    Apesar das obvias falhas na checagem dos dados, vejo a Katia Rubio como a principal vitima nesse caso. Me surpreende que alguns comentarios parecem dar mais importancia a falha da autora (falhas essas absolutamente normais em publicacoes desse tipo) do que as falsas declaracoes dadas pelos atletas mencionados, principais responsaveis pelo ocorrido…

    • Eduardo Hoffmann
      30 de setembro de 2015

      Exatamente. Especialmente no caso de uma museóloga, cuja posição no COB é, aparentemente, diretamente ligada à preservação da memória, fica facílimo entender como isso possa ter escapado às checagens. Inclusive, pelo Blog do Murray, essa mentira é antiga, e, já havia se tornado uma “verdade”, pela simples repetição, até mesmo entre pessoas do meio esportivo… o que comprometeria a possibilidade de verificação (haveria múltiplas confirmações dessa “verdade”.por parte de fontes adicionais). No outro caso, do ex-nadador, seria interessante saber mais detalhes, antes de se colocar qualquer culpa sobre a autora… pode haver um grau de sofisticação da fraude, ainda desconhecido.

      De qualquer forma, o fato é que, assim como em outras atividades, como na auditoria externa de demonstrativos financeiros de empresas de capital aberto, o escopo principal não é a descoberta de fraudes (apesar de muitos leigos acreditarem que sim). No caso da auditoria externa, é verificar a aderência às normas contábeis, e não fazer auditoria forense (investigação de fraude). O custo seria proibitivo. No caso do trabalho da autora, é escrever um trabalho, com razoável esforço de checagem de informações, atendendo a padrões mínimos, mas nunca seria possível garantir 100% de segurança. Inviabilizaria completamente o trabalho, tentar garantir tal grau de confiabilidade. E isso não é esperado, em termos de formalismo acadêmico, seja aqui, ou no exterior. Algum nível (limitado) de imprecisão/erro/fontes é aceitável, desde que não comprometa o todo, e as principais conclusões do trabalho (o que parece ser o caso).

      Em suma:

      (1) Salvo prova em contrário (evidência de negligência crassa, ou dolo, por parte da autora), isso não macula, em absoluto, o trabalho realizado.

      (2) Há, isso sim, clara evidência de dolo por parte dois dois implicados na fraude.

      No caso da ex-nadadora, pela posição que ocupa, há a necessidade de manifestação por parte de seu empregador, o COB. No outro caso, acho que fica na esfera da consciência/vergonha.

  11. DJAN MADRUGA
    30 de setembro de 2015

    Independente de tudo que foi aqui escrito e comentado, queria deixar meu testemunho de enorme respeito pela professora Katia Rubio, pessoa que conheco ha muitos anos e sempre me impressionou pela sua competencia , conhecimento e honestidade. Trata-se de uma historiadora que o esporte brasileiro deve muito pelos grandes servicos academicos prestados e tenho certeza que ainda ouviremos ou leremos bastante dela nos anos vindouros.

  12. Daniel Takata
    30 de setembro de 2015

    Em 1980 o 4x100m livre sequer foi disputado na Olimpíada.

  13. José Eduardo Moura Filho
    30 de setembro de 2015

    Como ex-nadador e amante do esporte, fico muito triste com toda essa estória.

  14. Lelo Menezes
    30 de setembro de 2015

    Fica agora a esperança que Paquelet se demita do COB

  15. Viviane Motti
    30 de setembro de 2015

    Não sou pesquisadora mas eu acho q se vou publicar um livro baseado em depoimentos sobre fatos históricos , aqui no caso os jogos olímpicos tenho por obrigação checar cada informação dada.no final bastsva ela fazer uma entrevista c o Fernando Magalhães e o Cordani para tirar qualquer duvida sobre os resultados da natação !Rsrs também sou uma das q tentou ou imaginou q tentou mas nunca conseguiu fazer parte desse seleto e respeitável time olímpico !!uma pena essa confusão !!

  16. Barros
    30 de setembro de 2015

    Parabéns Renato!
    Não conheço ninguém com mais credibilidade do que você para abordar este tema.

  17. Alexandre Lomonaco
    30 de setembro de 2015

    Muito corajoso o texto Cordani, Parabéns, Sinto pela falha na pesquisa da Katia Rubio que realmente me parece muito séria, mas para ser sincero acho que fazer um livro sobre atletas olímpicos e colocar nele pessoas que de fato não chegaram a disputar o evento, seja por qual motivo for , me parece o início do erro e infelizmente o que no final dificultou a busca de confirmação de dados.

  18. rcordani
    30 de setembro de 2015

    Diferentemente do tradicional, não vou responder os comentários um por um (desculpem), também não quero ficar esquentando esse post, o qual dedico a Maria Clara Matta (1980), Rojer Madruga (1984), Fernando Magalhães e Henrique de Freitas (1988), Edílson Silva Jr, Maurício Cunha (1992), e todos os outros que bateram na trave.

    • Cassiano
      30 de setembro de 2015

      Boa Renato. Ainda tem Carlos Pereira Lima Filho (Cacau), Pedro Monteiro, Alexandre Angelotti entre tantos outros que assistimos a chegarem muito perto do índice.

      • rcordani
        30 de setembro de 2015

        Boa, lembrei do Cheiroso (Leonardo Ribas Gomes) em 1992.

  19. MARCEL CHAVES
    30 de setembro de 2015

    Sobre o livro: sugiro a publicação de uma ERRATA, algo até comum em edições, dizendo atleta TAL, página XXX, modalidade XYZ não fez parte dos jogos olímpicos XXXX. A errata pode ser encartada nos livros e disponibilizada no site da editora para impressão de quem já tem o livro como eu. 😦
    E em 2017, com a versão atualizada do Rio 2016, espero que os “gatos” estejam fora.

    • Eduardo Hoffmann
      30 de setembro de 2015

      Concordo. Do ponto de vista da autora, uma errata, por ora, basta (e, como você disse, é algo relativamente comum, em obras similares/históricas). Para uma segunda edição, daria para corrigir a própria obra. E, se houver versão “ebook”, a correção seria ainda mais imediata.

  20. Luiz Alfredo Mäder
    30 de setembro de 2015

    Como me considero amigo do Zequinha, prefiro esperar que ele se manifeste a respeito.

  21. Rodrigo M. Munhoz
    30 de setembro de 2015

    Só posso dizer que fiquei bem chateado com toda essa história. Será que só na natação temos casos assim ou somos apenas uma audiência mais atenta aos times olímpicos que outras? Acho que os eventuais erros não desmerecem o trabalho corajoso empreendido pela autora, mas certamente joga uma sombra indesejável no tema. Espero que as correções (esperemos que não haja muitas mais) sejam feitas e o trabalho aprimorado para a posteridade.
    Explicações ? Sei lá. O interessante é que na entrevista que a autora deu ao OESP (http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,la-em-cima,1731717 ) ela menciona um considerável número de ex-olímpicos deprimidos… talvez encontremos algumas pistas por aí na psiquê dos ex-atletas – olímpicos ou não.

  22. Antonio Carlos Orselli
    30 de setembro de 2015

    Tem gente que é como a Viúva Porcina – “Aquela que foi sem nunca ter sido”. Uma pena esse tipo de ego insuflado.

    • athos procopio de oliveira junior
      30 de setembro de 2015

      São Paulo, 10 de Agosto de 2015

      Prezada Kátia,

      Ref.: sua entrevista de 28/07/2015

      Campeão paulista, brasileiro e sul americano nos 100 metros livres e nos 100 de costas, e dois Pans -Chicago 1959 e São Paulo – 1973- neste o único nadador que ganhou uma Medalha individual, 100 de costas 3º lugar, recorde Sul Americano, e medalha de bronze nos 4×200 livres.

      O único nadador brasileiro que ganhou, no Brasil, os 100 livres do Manoel dos Santos. Campeonato brasileiro de 1973, na piscina do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.

      ROMA- 1970 e TOQUIO -1974 – OLIMPÍADAS – PARTICIPEI

      Quanto ao Tetsuo, foi um grande nadador, sou de 1943, mas tenho sérias reservas contra ele.

      Quando os peixes voadores vieram ao Brasil, foram direto para Marília, interior de São \Paulo, e deixaram todo o treinamento que eles realizavam no Japão, com o Tetsuo.

      Enquanto os brasileiros nadavam 1.000 metros ele já estava na casa dos 5.000 à 7.000 metros.
      Ele na moita, com é próprio dos nipônicos, não repassou a ninguém, os ensinamentos recebidos, por isso estourou nas Olimpíadas de Helsinque e/ou Melbourne.

      Deixou os brasileiros a ver navios.

      O ILO FONSECA que participou das Olimpíadas de Melbourne pode te dar os detalhes.

      Eu estudei, fiz direito e fui Diretor Jurídico de um grande Banco.

      Atenciosamente,

      ATHOS PROCOPIO DE OLIVEIRA JUNIOR

      • alessandro
        2 de outubro de 2015

        Comentário desnecessário em relação ao Okamoto….gostando ou não, o nome dele já faz parte da história…e infelizmente não pode se defender…

  23. Marco Antonio de Viçoso Jardim
    30 de setembro de 2015

    O ocorrido é lamentável mas de maneira alguma tira o brilho do livro de Katia Rubia; alguma coisa pode ter ocorrido sem o seu consentimento e conhecimento, ainda assim só quem vai sofrer as consequencias, no minimo dos comentários de ex atletas, são os dois protsagonistas, que deram uma saia justa na Professora.

    Marco Jardim (México 68 e Pan em Cali 1971)

  24. Luis Eduardo Pinheiro Lima
    30 de setembro de 2015

    Infelizmente a história brasileira da convocação dos atletas para a participação de Jogos Olímpicos, nem sempre foi por merecimento e sim por “apadrinhamento”.

  25. Cicero Torteli
    1 de outubro de 2015

    Nadei nas Olimpíadas de Seul, em 88. Realmente chegar lá é uma conquista e um reconhecimento do esforço de uma vida toda. Meu, dos meus pais, dos meus amigos.
    Claro que o resultado interessa, e o meu não foi lá essas coisas, mas estar presente é uma história que guardo comigo e da qual tenho orgulho.
    Por outro lado, não fui entrevistado pela autora do livro, não li o livro e nem sei se eu estou lá. Mas honestamente, tanto faz. EU sei o que eu conquistei, EU sei os meus tempos, EU sei a que panamericanos, sul-americanos e mundial que fui.
    Se o meu amigo Zequinha disse que foi para qualquer lugar, prefiro, antes de julgar de ele mentiu ou não, dar para ele o benefício da dúvida se ele de fato falou qualquer coisa. Porque como eu disse, para mim ou sobre mim, ninguém perguntou nada.

    • Katia Rubio
      1 de outubro de 2015

      Cícero. Por mais que procurássemos, não encontramos aproximadamente 200 atletas. Para escrever o verbete biográfico desses fizemos uso dos documentos com as informações básicas presentes nas fontes que citei. Tendo agora o seu contato, aproveito para solicitar uma entrevista contigo. Desde já, obrigada.

  26. Katia Rubio
    1 de outubro de 2015

    Obrigada pelo texto Renato Cordani. Poucos sabem que precisei de 15 anos para fazer essa pesquisa. Comecei pelos medalhistas olímpicos, depois me dediquei às mulheres e por fim decidi buscar a todos os atletas. Todos? Essa era a pergunta que ouvia com maior frequência. E esse foi nosso maior desafio. De que fonte partir? Óbvio, dos documentos oficiais que estão no COI, COB e Confederações. E rapidamente vimos que essas fontes tinham problemas. Atletas que não pisaram na Vila Olímpica estão em vários deles e atletas que foram não constam dos registros. Recorremos a alguns sites internacionais considerados “fontes confiáveis” e descobrimos que os reservas que não chegaram a jogar não constam dos registros. Mas, eles não são olímpicos? Sim, claro que são. E então como inclui-los? As narrativas dos olímpicos nos levaram a outros olímpicos dentro da metodologia das narrativas biográficas e da história oral. E assim é.

    No caso da Christiane e do Zequinha eu mesma os entrevistei. A Christiane no COB e o Zequinha durante uma competição no Tijuca. Ela se apresentou a mim como olímpica no dia em que eu fui ao COB para outras entrevistas com Marcus Vinicius, Agberto, André Richer, Soraya e Bernard. Zequinha se apresentou como olímpico quando o procurei para ter informação de outros olímpicos do Flamengo, uma vez que ele faz parte de um grupo que cuida da memória desses atletas. Ambas as entrevistas estão gravadas em vídeo e, como exige toda pesquisa que passa por um Comitê de Ética (que é o caso dessa), guardadas com mais de uma cópia para o caso de haver alguma dúvida sobre a veracidade da informação publicada. Seguido os procedimentos de uma pesquisa criteriosa agora é hora de voltar aos sujeitos, ao que parece, tão invisíveis quanto outros tantos que foram e competiram e que o tempo se incumbiu de deixa-los à margem da memória de um país amnésico para o esporte.

    Talvez sejam necessários mais 15 anos de pesquisa para checarmos as imprecisões que deve haver num livro de 650 páginas e 1.796 histórias. Preferi correr o risco de cometer equívocos a deixar essas vidas escondidas, esquecidas ou hibernando por mais algumas décadas ou pela eternidade. Por que ser humano é ser imperfeito.

    • Luiz Carvalho
      1 de outubro de 2015

      Katia, o trabalho foi espetacular, unico no Brasil. Imagino mesmo que nao deva ter sido nada facil coletar todas essas informacoes num pais sem tradicao nessa area de pesquisa.
      As imprecisoes sao absolutamente naturais num trabalho dessa envergadura.
      O seu trabalho foi historico. Parabéns!

      • Eduardo Hoffmann
        1 de outubro de 2015

        Concordo plenamente!

    • rcordani
      1 de outubro de 2015

      Obrigado pelo comentário Katia. Perfeito, e siga em frente!

    • laurivalshita
      2 de outubro de 2015

      Cara Katia,

      Provavelmente eu sou o mais cri-cri deste site, te digo isto pois sinceramente adorei o seu trabalho e gostei muito das entrevistas suas que li nos jornais, MAS você sabe que cometeu um erro grave ao colocar um verbete de um suposto reserva de uma prova que não existia.

      Errar é humano e você certamente acertou infinitamente mais do que errou SÓ não acho justo com a nossa parca inteligência que você use como justificativa a falta de “fontes confiáveis” de uma prova que NÃO existiu…

      abs,

      Laurival

  27. anonimo
    1 de outubro de 2015

    15 anos… Imagine se um ciêntista fosse demorar 15 anos pra catalogar dados bibliográficos.

    Come diz o House: Todo mundo mente.

    • rcordani
      1 de outubro de 2015

      Querido anônimo, vamos combinar uma coisa?

      Você pode vir aqui no meu espaço anonimamente e se pronunciar como quiser (como sempre faz), inclusive pode me chamar de mentiroso (sério).

      Você pode vir aqui com seu nome real e chamar quaisquer terceiros de mentirosos.

      Mas você NÃO PODE vir aqui como anônimo e chamar terceiros de mentirosos, combinado?

      • anonimo
        2 de outubro de 2015

        combinado. mas não acho que você seja mentiroso. gostei da matéria.

  28. katioa Rubio
    1 de outubro de 2015

    Obrigada Marcus Mattioli, José Geraldo C Moreira, Cordani e todos que de alguma forma se envolveram com essa discussão, no sentido de promover o entendimento do que aconteceu. Gastei os últimos dois dias procurando entendimento para isso tudo. Logo mais publicarei minhas impressões e reflexões sobre o desejo de ser olímpico e a metodologia dessa pesquisa. Penso que é hora de virarmos essa página e seguir adiante. Meu foco permanece nas narrativas biográficas, nas memórias dos atletas olímpicos e na história do esporte brasileiro. E se algum olímpico dessa lista me escapou, peço desculpas antecipadas, e faço o convite para me conceder a entrevista que não fiz. Estamos recebendo as sugestões e alterações que forem necessárias para lapidar esse primeiros texto. E esse trabalho é assim. Ele estará sempre em aberto, enquanto existir Jogos Olímpicos. Obrigada a todos.

  29. Vladimilequinhentos
    1 de outubro de 2015

    Parem as prensas!!! Quidiabuéissomachu??? E olha quem tá dividindo a página com o Zequinha

  30. rcordani
    1 de outubro de 2015

    Fim de papo

    Fim de papo

    • Oscar Godói
      2 de outubro de 2015

      Comédia de erros e atitude de fracos tentando aparecer o que não são perante a uma comunidade fictícia online. Para quem lutou e não foi, como eu, e lidamos com a mesma pergunta toda a nossa vida, afirmo de minha parte que sim, me deixa puto e desapontado que atletas tentem re inventar a história com mentiras.

    • Luiz Alfredo Mäder
      2 de outubro de 2015

      R. por favor publique também as manifestações do Mattioli e do Zé Geraldo para ilustrar este post

  31. Pingback: White Lies… | Epichurus

  32. Roberto Veirano
    6 de outubro de 2015

    Como irmão de uma olímpica (esporte aquático ex-natação também vale neste espaço?):

    Katia, parabéns pela sua pesquisa. Concordo plenamente com as considerações do Luis Francisco Carvalho e do Hoffmann.

    Renato, mais uma vez ótimo artigo, fomentando uma discussão ampla e enriquecedora.

    É uma pena que tudo isso tenha acontecido, mas a maneira como as coisas estão tomando forma parece bem construtiva – a comunidade dos atletas, em sua maioria, se mostrou indignada; os nadadores que inventaram historias estão arrependidos e sofreram constrangimentos pelo mérito roubado; e finalmente acho que outros pensarão duas vezes antes de tentar algo parecido…

    Por ultimo, ainda não li o livro – minha irmã está lá?

    • Katia Rubio
      6 de outubro de 2015

      Está sim, Roberto. Nós a entrevistamos em uma das tantas visitas ao Rio. Espero poder entregar o livro dela o mais breve possível. Um abraço

  33. Katia Rubio
    6 de outubro de 2015

    Aliás, gostaria de solicitar ajuda aos olímpicos dos esportes aquáticos.
    Meu compromisso desde o princípio da pesquisa Memórias Olímpicas por Atletas Olímpicos Brasileiros foi devolver a vocês, no formato de um exemplar do livro, a colaboração pelo depoimento. Cada atleta olímpico tem direito a um exemplar do livro. Porém, não tenho verba para envia-los por correio. Estamos tentando organizar sessões de autógrafos nas cidades onde haja um grupo de atletas. Já estamos com agenda fechada para a próxima sexta-feira, dia 09, em Londrina. Também já está certa a agenda para o dia 30 de outubro em Belo Horizonte e dia 21 de novembro em Porto Alegre. Aguardo ainda a confirmação para Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e Recife. Quem estiver em São Paulo e Grande São Paulo e puder vir até a USP retirar o exemplar, eu agradeço imensamente. O Sesi está providenciando a logística para os atletas do interior do estado de SP. Muitos alteraram e-mails e telefone o que dificulta nosso contato, por isso solicito o envio desses dados para katrubio@usp.br. Seguimos daqui buscando cumprir nosso compromisso.

  34. Cristiano Michelena
    21 de outubro de 2015

    Aí… Eh fui…
    Só näo sei se estou no livro.
    Mas não muda em nada…acho.

    Abraço a todos!

    • Katia Rubio
      21 de outubro de 2015

      Olá Cristiano. Vc está sim no livro, na página 211. Ao que me consta vc mora fora do Brasil, o que dificulta um pouco a entrega do seu exemplar. Gostaria muito de lhe entregar o livro. Por favor, me diga como posso faze-lo.

      um abraço

      • Cristiano Michelena
        22 de outubro de 2015

        Legal.
        Muito obrigado mas morando em Londres fica meio dificil.
        Depois vejo com algum dos amigos.

        Abraço.

      • Katia
        22 de outubro de 2015

        Não algum familiar a quem eu possa entregar?

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Publicado às 29 de setembro de 2015 por em Natação, Olimpíadas e marcado , , .
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