EPICHURUS

Natação e cia.

Os “quases” de 1987

Copa Latina, Interfederativo, Universíades e PAN

Fita métrica na mão, minha mãe tirava as minhas medidas e dizia em voz alta para meu pai que preenchia o cadastro de pré-convocação do Comitê Olímpico Brasileiro para os Jogos Panamericanos, que seriam disputados no mês de agosto em Indianápolis nos EUA.

Foi uma surpresa receber aquela correspondência. Apesar dos títulos brasileiros juvenil e absoluto, precisaria outra grande evolução em poucos meses para alcançar o critério de convocação, mas eu estava no jogo, feliz em fazer parte daquela etapa e evidentemente, não iria ignorar a solicitação do COB  ou enviar uma resposta do tipo, “acho muito improvável que eu consiga o índice”. Enviei o documento e segui com minha dedicação em 110%.

COPA LATINA EM BUENOS AIRES

Com o ouro na prova dos 50m livre, saí do Troféu Brasil de Belo Horizonte pré-convocado para integrar a Seleção Brasileira que iria disputar a Copa Latina no início mês de maio. A Confederação Brasileira de Natação definiu que haveria outras duas oportunidades para os atletas tentarem melhorar os tempos dos vencedores do Troféu Brasil, para garantir uma vaga.

A primeira, para os juvenis no Campeonato Sul-americano. Fiz 24s44 e fui o melhor brasileiro, ou seja, os 24s30 do TB seguiam sendo a melhor marca.

A segunda, para os atletas mais velhos que não foram ao sul-americano juvenil, numa seletiva no Rio de Janeiro. Nesta, Otávio Pernambucano da Silva, o “gatinho”, que havia sido prata em BH, nadou em 24s27 e por 3 centésimos “roubou” minha vaga.

VELOCISTAS EM LONDRINA

Chateado, mas pronto para outra, segui com a delegação do Curitibano para o Campeonato Estadual de Velocistas, em piscina curta, disputado no Canadá Country Club em Londrina. Ali quebrei meu primeiro recorde estadual absoluto, na prova dos 100m livre, 52s27.

INTERFEDERATIVO

O primeiro campeonato brasileiro de seleções foi marcado para a segunda quinzena do mês de maio no Rio, mais uma vez no Parque Aquático Julio de Lamare. Proporcionou a possibilidade de atletas do Curitibano e Golfinho unirem forças e junto com reforços de Londrina, competirem em nome do Paraná.

Empresário Sérgio Prosdócimo, presidente da REFRIPAR, recebe a seleção paranaense. 1a fila: Cristiano Michelena, Cristiane Santos, Fernando Magalhães, Claudia Sprengel e Rogério Romero. 2a fila: Luiz Alfredo Mader, Renata Carneiro, Renato Ramalho, ?, Cezar Antunes e Marta Bonk. 3a fila: Joyce Wabeski, Celeste Moro, Leonardo Del Vescovo, ? e Patricia Koglin

Empresário Sérgio Prosdócimo, presidente da REFRIPAR, recebe a seleção paranaense. 1a fila: Cristiano Michelena, Cristiane Spieker dos Santos, Fernando Magalhães, Claudia Sprengel e Rogério Romero. 2a fila: Luiz Alfredo Mäder, Renata Carneiro, Renato Ramalho, Roberta Storelli, Cezar Antunes e Marta Bonk. 3a fila: Joyce Wabeski, Celeste Moro, Leonardo Del Vescovo, Flavio Gomel, Patricia Koglin e Ana Julia Borell. Um TIMAÇO!!!

A competição era a última seletiva para as Universíades de Zagreb, Iugoslávia e penúltima para o PAN dos EUA.

Com chances remotas de conquistar os índices, optei, junto com meu técnico, em não polir para essa competição. Já havia passado por três polimentos nos últimos seis meses e a ideia era fazer um ciclo preparatório completo para o Troféu José Finkel, cinco semanas depois em São Paulo.

Mesmo assim, fiz melhores tempos que sul-americano, nadando no mesmo décimo de segundo das minhas melhores marcas nos 50m e 100m livre.

Os resultados, olhando para o meu histórico, deveriam ser considerados ótimos, mas me sentia perdendo o trem da história, com a evolução fantástica do Castor, que nessa competição melhorou mais de 1s nos 200m livre, marcando 1m54s30, batendo Jorge Fernandes por 1 centésimo e 3s nos 400m livre. E vários colegas carimbando seus passaportes para os dois grandes torneios do ano.

O Paraná foi vice-campeão, atrás do Rio de Janeiro, e a frente de São Paulo e Minas Gerais, comprovando o grande momento da natação do estado.

Michelena, Ramalho, Magalhães e De Poli. Primeira competição em que usamos os novos uniformes do Projeto Mesbla, ainda com o patrocínio da Speedo. O movimento remete a abertura de camisa do Superman, uma vez que os tons do azul e do vermelho se assemelhavam muito aos da roupa do super-herói e o "S" de Mesbla ficava bem no meio.

Michelena, Ramalho, Magalhães e De Poli. Primeira competição em que usamos os novos uniformes do Projeto Mesbla, ainda com o patrocínio da Speedo. O movimento remete a abertura de camisa do Superman, uma vez que os tons do azul e do vermelho se assemelhavam muito aos da roupa do super-herói e o “S” de Mesbla ficava bem no meio.

CONVITE DO ESPORTE CLUBE PINHEIROS

Nas semanas que antecederam o Finkel, recebi uma ligação do Vicente Melo, peitista, colega de seleção brasileira, dizendo que viria a Curitiba com diretor de natação do Pinheiros de São Paulo, Miguel Cagnoni, e que queriam conversar comigo e com o LAM.

Na hora combinada, chegamos ao hotel próximo a praça Zacarias, e encontramos a Bele, animadíssima por lá.

Miguel contou que o Pinheiros fechara um excelente patrocínio com uma empresa muito conceituada, que iria investir alto na natação, estavam contratando um técnico cubano e queriam reforçar a equipe.

Fez uma proposta para nos mudarmos para São Paulo, morarmos numa república com outros atletas, com casa, comida e roupa lavada. Assistência médica e dentária. E uma bolsa que equivalia ao valor mensal que eu recebia do Projeto Mesbla.

Quando conversei com a minha mãe, ela me encorajou muito a ir. Queria que eu analisasse a fundo todos os pontos para que não houvesse arrependimento depois, e certamente, para não deixar nenhum resquício de sentimento de que houvesse colocado alguma barreira nas possibilidades de desenvolvimento do seu filho.

Em minha análise, abrir mão do projeto Mesbla, que eu havia alcançado poucos meses antes e que proporcionava uma integração com atletas de todo o país e oportunidades de intercâmbio internacional, para ficar restrito ao convívio de um clube, não parecia uma ideia muito atraente.

Também fiquei receoso por ter entrado na Engenharia Química da Federal do Paraná e ainda ter uma situação indefinida para os estudos em São Paulo. Iriam tentar uma transferência para uma faculdade de lá.

Mas o que mais pesou, foi o fato de perceber a evolução que o Paraná vinha conquistando, maior do que a de São Paulo nos anos anteriores, acreditar muito no potencial dos treinos ao lado da equipe do Curitibano, especialmente ao lado do amigo incansável – Renato Ramalho – e a enorme crença que eu tinha no trabalho do meu técnico Leonardo Del Vescovo.

LAM e eu ficamos. A Bele foi. Pouco tempo depois, a equipe do Pinheiros ganhou o sobrenome UNIÃO, da gigante de produtos alimentícios, e muitos reforços. O cubano não veio, mas o flamenguista Alberto Klar mudou de cidade para conduzir um trabalho de muitos anos, que culminou em grandes títulos e performances.

CLUBE DO GOLFINHO – A SAÍDA DO REINALDO

Do nosso arquirrival, a surpreendente notícia da saída do técnico Reinaldo Souza Dias, que há cinco anos fazia um trabalho que rendeu resultados espetaculares ao tricolor do Pilarzinho. Reinaldo foi para o Grêmio Náutico União de Porto Alegre e Carlos Alberto Chitão assumiu o comando da equipe curitibana.

Na mesma época, um grande número de craques das piscinas, como Flavio Gomel, Hilton Zattoni e Fabiano Costa, parou de nadar. Algumas campeãs como Roberta Storelli, Patricia Koglin e Ana Julia Borell se transferiram para o Pinheiros de Curitiba, hoje Paraná Clube.

Na sequência, os irmãos Michelena foram para o Rio de Janeiro treinar com Daltely Guimarães no Flamengo.

Os outros muitos craques liderados por Eduardo de Poli, Rogério Romero, Cristiane Santos e Claudia Sprengel continuou no Golfinho.

A equipe do Golfinho liderada por Chitão. Pintinho, Borracha, Poleta e Chico. Piu, Graczyk, Mike, Gugui e ... Alice, Claudinha, Garanha e Laura. Edu, Joyce e Tania.

A equipe do Golfinho liderada por Chitão.
Pintinho, Borracha, Polenta e Chico.
Piu, Graczyk, Mike, Gugui e …
Alice, Claudinha, Garanha, Laura e Moró.
Spika, Edu, Joyce, Tania e Miquim (acervo família De Poli).

O desmanche dessa equipe é um dos capítulos mais tristes da história da natação paranaense.

EFABULATIVO 1

No estadual velocistas disputado em Londrina, a equipe sênior do revezamento 4x100m livre, do Clube Curitibano conquistou, até o terceiro homem, uma larga vantagem sobre a equipe do Golfinho. Kaminski bateu na borda e Christian Carvalho, hoje técnico do Curitibano, caiu para fechar. Caiu, caído mesmo, ou seja, escorregou no bloco de partida e teve que se contorcer para não cair em cima do Kaminski.

Na raia ao lado, Garanha se animou todo esperando para ver o que ia acontecer, e viu o Christian afundando e saindo “de baixo”, mas ainda com boa vantagem. Colocou pressão, mas as posições ficaram inalteradas.

EFABULATIVO 2

Durante muito tempo foi praxe em nossa natação, abrir o programa ao final do último dia, da última seletiva para diversas competições, para últimas tentativas isoladas de índice. No Interfederativo que mencionei nesse texto, não foi diferente. Newton Kaminski, meu ídolo e colega do Curitibano, havia perdido a vaga nos 200m peito para Edson Terra, mas queria ir para Universíade de qualquer jeito. Pediu sua tentativa e sozinho nadou para 1m07s e um centésimo abaixo do tempo de Terra, e carimbou seu passaporte.

Ramalho e Kaminski foram os representantes do Curitibano nas Universíades.

Ramalho e Kaminski foram os representantes do Curitibano nas Universíades.

Essas são algumas das histórias do primeiro semestre de 1987.

Agradeço a leitura e conto com seu comentário. Voltarei no próximo post com o Troféu José Finkel.

Forte abraço,

Fernando Magalhães

Sobre Fernando Cunha Magalhães

Foi bi-campeão dos 50m livre no Troféu Brasil (87 e 89). Recordista brasileiro absoluto dos 100m livre e recordista sulamericano absoluto dos 4x100m livre. Competiu pelo Clube Curitibano (78 a 90) e pelo Pinheiros/SP (91 a 95). Defendeu o Brasil em duas Copas Latinas. Foi recordista sulamericano master. É conselheiro do Clube Curitibano.

26 comentários em “Os “quases” de 1987

  1. rcordani
    3 de novembro de 2015

    Ótimo Esmaga.

    Li o registro do Interfederativo e notei que o sr foi atropelado pelo Rebollal, realmente em 1987 o cidadão estava voando.

    No mesmo registro noto um Felipe no 4 estilos, imagino seja o Malburg, correto? Mas na minha memória o LAM tinha ganho os 100 e 200P, será que o 4 estilos foi antes da prova individual?

    Com relação ao meu ano de 1987, nesse primeiro semestre eu estava em uma política de nadar borbola, se me perguntassem acho que eu ia dizer que meu melhor estilo era esse, isso durou até o Finkel…

    • Fernando Cunha Magalhães
      3 de novembro de 2015

      Nadei em 53s2 e o Julinho me passou na volta como se eu estivesse parado. Foi duro!

      O titular do 4x100m medley era o Newton, que havia feito 1m07s na prova, mas como iria tentar a vaga para a Universíade em seguida, foi escalado o Felipe, sim, Malburg.

      O melhor do LAM nesta época era 1m08s90 que ele baixou para 1m07s79 no Finkel, semanas depois. O ano dos dois ouros foi outro.

      Para fechar esse mesmo revezamento o titular era o Castor, que havia nadado 53s6 na prova. Entretanto, como iria nadar os 1500m imediatamente antes do revezamento feminino, os técnicos optaram em me escalar. Vendo o que ele fez nas semanas seguintes, é de se imaginar que mesmo tendo nadado os 1500m, talvez ele segurasse o Rebollal na fechada.

      • rcordani
        3 de novembro de 2015

        Podicrê, o LAM ganhou os dois ouros em 1989.

      • Julio Rebollal
        3 de novembro de 2015

        Gostei do “Espero descontar em breve oportunidade.”

      • Fernando Cunha Magalhães
        4 de novembro de 2015

        rsrs… pois é Julinho, não rolou até hoje!

  2. Luiz Alfredo Mäder
    3 de novembro de 2015

    Ao lado do Gordo, com uma faixa prendendo os cabelos, pode ser a Robertinha Storeli, atualmente conhecida por Robs Santos? Atrás dele poderia ser o Flavio Gomel, não?

    • Fernando Cunha Magalhães
      3 de novembro de 2015

      Sim, LAM, é Robertinha. Ela já reivindicou a identificação no Facebook.
      Muito bem pensada a identificação do Flavio.
      Está ao lado da Pati, namorados na época, e aparece na foto do Superman.
      Acolhi e atualizei a leganda.
      Obrigado

  3. Rogério Rocha
    3 de novembro de 2015

    Boas lembranças de 1987. Eu tinha 13 anos nessa época e estava começando minha carreira de nadador. Foi uma lástima o Reinaldo e o Wolokita terem saído do Golfinho. (pelo menos para mim…)Eu fui para o Chile nesse ano e vi o Edu de Poli fazer 56´ no Borboleta. Era impressionante na época!!!!Fiquei em segundo lugar no infantil B com 1:04 e tinha essa galera toda como ídolos. Não consegui me adaptar com o Chitão e a grande maioria saiu do Golfinho, inclusive eu que estava apenas no começo.Concordo plenamente quando diz que é um dos capítulos mais tristes na história da natação paranaense. Estava lá (meio que despercebido) mas vi acontecer e sinto saudades da união dessa equipe.

    • Fernando Cunha Magalhães
      3 de novembro de 2015

      Oi Rogério,
      1:04 é uma bela marca para infantil B.
      A natação do Edu era fantástica, o domínio da técnica surpreendia e 56″ era mesmo um tempaço.
      Muito legal você trazer sua percepção sobre esse momento.
      Abraço

    • Mauricio Niwa
      5 de novembro de 2015

      Grande Rogério Rocha! Estávamos por lá nos últimos suspiros do Golfinho…

  4. Luiz Alfredo Mäder
    3 de novembro de 2015

    Smaga, nossas memórias já não estão mais tão parecidas…
    1. tenho uma idéia de que o Miguel e o Vicentão vieram falar com a gente em Ctba em Novembro de 87, não em Junho
    2. a. vaga dos 100 Pe era do Terra (atual diretor de natação do Flamengo) com 1’07″63 feito no TB
    2. b. vaga dos 100 Pe foi “roubada” pelo Kaminsxki com 1’07″62 na prova regular desta competição
    2. c. vaga dos 100 Pe foi retomada pelo Terra com 1’07″61 em tentativa ainda no Interferderativo (eu nadei junto para evitar que ele queimasse a largada, possivelmente no sábado à noite)
    2. d. vaga dos 100 Pe foi retomada pelo Tinho com 1’07″60 no último dia, após os revezamentos

    • Luiz Alfredo Mäder
      3 de novembro de 2015

      lembrei melhor destes tempos aí, os corretos são:
      1’07″67 do Terra no TB
      1’07″63 do Tinho na prova
      1’07″61 do Terra no sábado aa noite
      1’07″60 do Tinho no domingo aa tarde (neste momento vi o Edson largar a mala e articular um “vou tentar de novo” na cabeceira da piscina…

      • Fernando Cunha Magalhães
        3 de novembro de 2015

        Boa LAM,
        não encontrei no meu diário de nadador registro da data da nossa conversa com Miguel e Vicente.
        Não tenho qualquer dúvida em relação ao conteúdo que relatei, mas pode haver equívoco na cronologia dos fatos. Se você tem convicção, está corrigido.

        Sobre a seletiva para a Universíade, também não tenho registro, mas lembrava que havia sido incrível a situação, e que a diferença final havia sido de um centésimo. Tinha ideia do 1’07″60, mas ontem liguei para o Newtinho e ele estava em dúvida, então não quis cravar os centésimos.
        Que legal que você tem o registro.

        E também vi o Edson largar a mala, tirar a camisa, e fazer menção a tentar novamente. Não sei se poderia, mas como estava garantido nos 200m, relaxou e foram juntos para a Iugoslávia.

        Encontrei o Edson Terra numa competição que fui assistir ano passado no Curitibano, com a equipe do Flamengo. Fui falar com ele. Lembrou que eu era da época da natação, mas não lembrava meu nome.

      • Luiz Alfredo Mäder
        4 de novembro de 2015

        também encontrei o Edson Terra no Finkel do ECP 2015, ele também não lembrava de mim…
        quanto aos tempos, é óbvio que eu não tenho nenhum registro disso, inclusive só lembrei que tinha nadado junto c o Edson no sábado na hora de escrever, mas podem confiar na minha memória 😉

      • Edson Terra Cunha Júnior
        5 de dezembro de 2015

        Caramba, vcs me fizeram recordar o momento mais dramático da minha passagem como atleta. Fiquei louco com aquela situação e não adiantou secar o Newton, rsrs. Lembro exatamente no momento em que olhei para o placar e não acreditei. Realmente pensei em tentar de novo. O Daltely, nosso saudoso técnico, me orientou aguardar o resultado dos 200 m peito e, como o Newton não fez tempo melhor que o meu, fomos os 2 para Universidade de Zagreb. FINAL FELIZ PARA OS 2!!!!
        ABS aos amigos. Muito bom recordar estes momentos.

      • Fernando Cunha Magalhães
        1 de fevereiro de 2016

        Que legal que você chegou até o Epichurus, Edson, e pôde deixar sua percepção para nós. Abraços!

  5. Rodrigo M. Munhoz
    3 de novembro de 2015

    Muito interessante esse post. Fiquei entre saudoso e um pouco melancólico. Tinha 14 anos nessa época e estava muito feliz em Bauru. Não queria sair de lá de jeito nenhum, então entendo o dilema que vc viveu.
    Eu já era parte do projeto Kibon, com vários colegas de outros clubes no time da Mesbla. Observava com atenção os nadadores talentosos do Paraná e me sentia proximo do Golfinho em particular – o Sidão de Bauru e o Reinaldo (ex-Botucatuense) eram amigos e trocavam muita informação. Então, acompanhei de longe vários episódios desses seus “quases” e lembro de me sentir chateado pelo desmanche no Paraná.
    Uma nota legal é que lembro do Fabricio Oliveira Pedro conseguindo classificar e ir para a Universiade de Zagreb (acho que vendeu o Fusca que tinha) e retornou com muitas histórias e fotos, que nos mostrou em um campeonato regional no seu retorno. Uma verdadeira aventura e creio que o Piu estava junto. Fiquei sonhando em ir para uma dessas um dia, mas nunca rolou… Mas foram bons tempos esses!
    Valeu, Esmaga!

    • Fernando Cunha Magalhães
      3 de novembro de 2015

      Essa história da venda do Fusca do Fabricio Pedro percorreu o país.
      Lembro bem quando o Ramalho contou. Acredito que o Fabricio não guarde nenhum arrependimento do episódio. Seria legal se ele passasse por aqui para falar sobre isso.

      E sim, o Piu também foi a Zagreb. Encontrei ontem uma pérola num dos recortes de jornal do acervo da família Michelena, está impresso mais ou menos assim: “Rogerio Romero ganhou a medalha de ouro na final B da prova de 200m costas na Universíade de Zagreb com 2m05s09”. E ainda mencionava um 59s e fração e terceiro posto na final B dos 100m costas.
      A imprensa sempre teve dificuldade de entender a Final B… rsrs

  6. Odacir Júnior
    4 de novembro de 2015

    Magalhães, nadei no Golfinho de 1979 a 1985, fui um nadador médio, mas esses todos das fotos e que você falou, muito bem, eram meus amigos.Vieram muitas recordações e fiquei aqui lembrando com carinho desta época e lembro de todos esses fatos,que eu já acompanhava de longe.Como o Dado Borel fui para o vôlei.
    O desmanche dessa equipe “dourada” foi realmente muito triste.Assim como o fim do Clube do Golfinho.
    Em uma outra postagem você falava da rivalidade que existia entre Golfinho e Curitibano, mais de 25 anos depois de parar, fui assistir uma competição no Curitibano, quando cheguei lá me senti entrando na casa do “inimigo”.
    Parabéns por suas postagens, sempre que posso estou acompanhando.

    Abraço
    Odacir Júnior(Boca)

    • Fernando Cunha Magalhães
      4 de novembro de 2015

      Grande Boca,
      que bacana seu comentário.
      Depois de quase 3 décadas ter a sensação de estar entrando na casa do “inimigo” dá a real medida da intensidade de nossa rivalidade.
      Que nunca me canso de dizer, foi a força motriz de grandes conquistas.
      Forte abraço e volte sempre.

      • Odacir Júnior
        5 de novembro de 2015

        Exatamente,
        O mais importante era a rivalidade nas competições e as amizades fora dela.
        E com toda certeza cada lado se esforçava para vencer o outro.
        Forte Abraço

  7. Lelo Menezes
    4 de novembro de 2015

    Boa Esmaga. Eu nadei Interfederativo, só não lembro se foi esse de 1987. O uniforme de SP era horrível, cinza, parecendo um pijama. Universiade eu nunca sonhei em ir. Na seletiva de 1995 (talvez) eu fui para Fortaleza para tentar a vaga, mas de última hora decidi ficar tomando cerveja no calçadão da praia. Má influência do Dudu…

    • Fernando Cunha Magalhães
      4 de novembro de 2015

      Cerveja aqui ou cerveja lá, melhor garantir a que estava na mão num cenário maravilhoso… rsrs, esse Dudu.

    • rcordani
      4 de novembro de 2015

      O sr nadou o Interfederativo de 1988, no ECP, e ganhou a prata nos 100P.

  8. francisco
    24 de novembro de 2015

    gostaria de obter os resultas deste campeonato em 1987, pois nadei e nao tenho mais nada sobre os resultados

    • Fernando Cunha Magalhães
      29 de novembro de 2015

      Olá Francisco,
      São os resultados do Interfederativo que você gostaria?
      Infelizmente não conseguimos localizar.

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