As lições do Troféu Maurício Bekenn de Porto Alegre em 1980
O voo da Transbrasil pousou no aeroporto Salgado Filho na tarde de 5ª feira, 4 de dezembro, levando a delegação do Clube Curitibano para o Campeonato Brasileiro Infantil de natação.
O técnico Jaime Pacheco liderava uma equipe de 6 atletas – 5 meninas e eu:
Desiree Meister |
Infantil A |
Christiane Thá |
Infantil A |
Ana Cristina Moraes |
Infantil A |
Hue Lin Alegretti |
Infantil A |
Theresa Cristina Chaves |
Infantil B |
Theresa era cotada para disputar uma medalha na prova de 100m costas. Desiree, Christiane e Ana Cristina disputariam provas individuais e Hue Lin completava o revezamento que havia quebrado o recorde estadual em Londrina.
Estávamos bem animados aguardando as bagagens e comecei a brincar de colocar a mão na esteira no intervalo entre as malas. À minha esquerda estava a Chris, que me acompanhou na brincadeira e depois de repetir o movimento algumas vezes, deu um vacilo e deixou a mão entrar no vão que existia na esteira. A mão ficou presa e ela não conseguia tirar. Deu-me um desespero e levei as mãos ao rosto ao invés de ajudar. Ela puxava e não saia. Gritaram, os responsáveis pararam a esteira e ela tirou – os machucados eram bem feios no dorso da mão, muita pele arrancada e os 3 ossos centrais aparentes e queimados. Ela foi socorrida e levada para fazer curativos e nesse clima saímos do aeroporto em direção ao hotel.
GNU
O táxi primeiramente nos levou a outra sede e chegamos apressados a rua Quintino Bocaiúva. Caminhei em direção a escada que levava a piscina e de repente vi à esquerda uma espécie de vitrine. Estavam expostos os troféus que premiariam os vencedores das provas. Era o máximo: ao invés de medalhas, troféus. Se a empolgação era muita, cresceu ainda mais e eu tinha como certo que dois deles seriam meus.
Chegando ao Parque Aquático me deparei com o pódio que a diretoria do Grêmio Náutico União havia construído para a competição – era enorme – e eu já me visualizava com os dois pés fincados ali.
100m livre
Lembrando, eu e o Dado Borell tínhamos o mesmo tempo de balizamento – 1m07s80 – apenas 5 centésimos acima do recorde brasileiro e eu tinha certeza absoluta que nós dois disputaríamos a prova.
Eliminatória
Havia somente duas séries e eu estava balizado na segunda.
Levei um susto enorme ao ver um carioca chamado Adherbal Oliveira, da Gama Filho, ganhar a 1ª série mais de meio corpo à frente do Dado, com 1m07s00 e quebrar o recorde do campeonato. Minha cabeça se encheu de dúvidas, nadei mal, travei muito antes do fim, fiz 1m09s00 e me classifiquei em 5º para a final.
Quando fui falar com meu técnico, Jaime Pacheco, conversamos um pouco sobre a prova e o que eu poderia melhorar para a tarde. No final dessa conversa ele me disse que a Christiane precisava voltar para Curitiba para tratar a mão, ficar com a família e que ele teria que acompanhá-la. Orientou-me em relação ao aquecimento, me incentivou em busca da vitória e disse que estaria de volta no dia seguinte.
Concentração para o desfile de abertura. O amigo Marco Túlio Fumis ainda no Paulistano.
Curitibano à esquerda: Desiree, Ana Cristina e Hue Lin. À direita: Theresa, eu e meu irmão Ricardo. Golfinho mais atrás: Claudia Sprengel, Ana Cecília Moraes, Susana Borer, Alexandre Busato, José Gustavo Parreira, esse grandão deve ser o Pedrão, Betina Kleiner, Andrea Rodacki e Cristiano Michelena. Depois da equipe do Mauri Fonseca, Pancho, técnico do Paineiras do Morumby.
Aquecimento para a final
Cheguei à piscina, troquei de roupa e estava indo me aquecer. Pela 1ª vez faria isso sozinho, mas antes de cair na água o técnico do Golfinho, Leonardo Del Vescovo, veio falar comigo. Nunca tinha falado com ele embora o houvesse visto em muitas competições. Tinha a impressão de que fosse autoritário, mas ele foi absolutamente cortês. Disse-me que soubera que o Jaime tivera que viajar e me convidou para que eu fizesse o aquecimento com ele.
Fiquei surpreso, achei muito bacana, aceitei e senti-me desconfortável com a situação. Eu e o Dado ali, companheiros de aquecimento, pouco antes da grande final. Léo propôs um tiro de 25m. No meio daquele monte de gente não vi marca nenhuma, nadei mais de 30m e fiquei constrangido. Soltei, agradeci e fui me trocar.
A final
A verdade é que eu sabia que iria melhorar o tempo que fiz pela manhã, mas daí a acreditar que conseguiria baixar mais de 2 segundos para ganhar do Adherbal, era muito difícil.
Cronometro disparado: (1) Rodrigo de Camargo Barros (citado no post A lição de Felipe Muñoz), (2) Fernando Magalhães, (3) João Ricardo Borell, (4) Adherbal Oliveira, (5) Marcelo Gonzalez, (6) George Carvano.
Saí nadando forte, respirava para o lado do Dado e passei um pouco na frente dele, mas logo após a virada ele imprimiu um ritmo alucinante que não consegui acompanhar, não parava de abrir distância por mais força que eu fizesse e abriu mais de um corpo. Um pouco antes de bater na borda ainda pensei: “placar eletrônico?! Pra que placar eletrônico?!” e quando bati na borda tive a resposta – pra escancarar na minha frente o que meu arquirrival acabara de fazer:
lane | place | time |
3 |
1 |
01:06:19 |
Agarrei na raia exausto, ainda com um confusão mental e a voz do alto falante veio logo esclarecer: “João Ricardo Tramujas Von Borell Du Vernay acaba de estabelecer um novo recorde para a prova: um minuto, seis segundos e dezenove centésimos”.
Quando o placar começou a mudar vieram mais vários 1:06 até chegar a 1m08s26, tempo que que me deixou na 5ª colocação. A prova havia sido fortíssima.
Acompanhem que forma estranha de divulgar os resultados. Eliminatórias acima, finais abaixo com os nomes na sequência do balizamento. O tempo do Dado saiu errado.
Mas foi corrigido na errata publicada no resultado do dia seguinte. Esses resultados são do acervo de Renato Cordani.
Ao comentar o post Um rival pra chamar de seu, o Dado descreveu assim aquele momento:
“Confesso que lembro daquela final de brasileiro em 1980, no GNU em POA, 100m livre, virei em sétimo, queria guardar gás para volta. Depois de chegar o suspense para ouvir o resultado, no placar 1´06″19. O figura falou meu nome inteiro, era amigo de meu pai. Vc me deu um abraço fora da piscina, naquela época vivíamos a rivalidade. Nunca te disse isto, mas aquele seu sorriso sincero está marcado na memória, mudou meu jeito de pensar no “arquirrival””.
2º dia – sábado, 6 de dezembro de 1980
Quando o Jaime chegou de volta ao GNU eu já havia nadado a eliminatória dos 100m borboleta em que piorei 4s, fiz 1m22s e fiquei fora da final.
À tarde vi o Dado subir novamente ao pódio, agora como terceiro colocado na prova vencida por George Carvano, do Fluminense.
3º dia – domingo, 7 de dezembro de 1980
O desafio do Jaime era devolver minha confiança, trabalho que ele fez muito bem.
Nadei os 100m costas, repeti meu melhor tempo na eliminatória e classifiquei-me em 5º.
À tarde, estava muito confiante.
Raia 1 – Fabrizio Perricone, (2) – Fernando Magalhães, (3) – Marcos Lazzarini, (4) – George Carvano. Olha que bacana minha apresentação.
Fiz uma prova excepcional, lembro-me de segurar o ritmo até o final e chegar forte. Melhorei quase dois segundos, marquei 1m17s96 e fiquei a apenas 4 centésimos do troféu de bronze conquistado por Daniel Sperb, na época, atleta do Mauri Fonseca.
Segurando o diploma que mostro abaixo e lamentando os 4 centésimos de diferença. 1o – Luiz Otávio Rego Silva, do Clube do Remo. 2o – George Carvano. 3o – Daniel Sperb. 5o – Rui Candeia (citado no post Nas Raias do Sr Barão). 6o – Fabrizio Perricone. 7o – Marcos Lazzarini. 8o – Iuri Fragoso Maia
Índice técnico
Embora George Carvano tenha ganho dois ouros, uma prata e um bronze, o melhor índice técnico da competição foi para João Ricardo Borell.
Maria Suni Luz do Jequiá, Dadão, a fenomenal Cristiane Pereira, da Gama Filho, que conquistou o melhor índice técnico no 1o ano como Infantil B e Jean Shinzato, do Fluminense.
Uma nota interessante é que a natação paranaense conseguiu vários pódios nessa competição com os atletas de Londrina, Maurício Imagawa e Luiz Fernando Queiroz. Theresa ficou em 6o nos 100m costas e o Curitibano terminou a competição sem conquistar nenhum troféu/medalha.
No apagar das luzes, um fato bem marcante. O revezamento do Clube do Golfinho formado por José Gustavo Parreira, Felipe Michelena e Dado Borell abrira uns cinco metros de vantagem sobre o segundo colocado quando o jovem Cristiano Michelena caiu para fechar. Ele foi atropelado pelos adversários e o Golfinho foi parar em 4º.
Não tenho dúvidas que a dor, o constrangimento e a raiva que ele sentiu foram fundamentais para aumentar a garra e a determinação para que ele se tornasse um dos maiores atletas brasileiros da sua geração. Mas isso é outra história.
Deixei Porto Alegre frustrado, com as mãos abanando e com uma grande lição de que é preciso ter humildade em todos os desafios da vida e jamais acreditar que se ganha algo por antecedência.
Um forte abraço a todos os leitores,
Fernando Magalhães
Muito bom Esmaga! Trauma semelhante eu sentiria 6 anos depois na mesma piscina, no Júlio Delamare de 86, relatado aqui: https://epichurus.com/2012/12/06/o-desastre-de-porto-alegre/
Curiosidade: Na foto do desfile você menciona Alexandre Busato do Golfinho. A competição que nadei algumas vezes com esse nome no próprio Golfinho tem a ver com ele?
Sim, Lelo. O Alexandre é aquele menino loiro, o primeiro atrás da bandeira do Golfinho. Ele nadava peito, como você. Faleceu pouco tempo depois, não sei ao certo o ano, vítima de problemas cardíacos. Também nadei os torneios em homenagem a ele. Pena que não se perpetuaram, como o Troféu José Finkel.
Caramba! Que triste! Não sabia!
Boa noite Fernando!!!
Nossa!! Fui surpreendido pelos elogios a minha pessoa.
Bem, apesar da minha memória não ser muito boa, lembro-me com muita clareza desta prova.
Havia quebrado o recorde pela manhã e estava bem focado para a final. Eu fui para a final muito preocupado com o George Carvano que estava do lado oposto do Borell. Nossas provas aqui no Rio de Janeiro eram sempre muito disputadas.
Como planejado, sai bem forte, virei muito a frente de todos, quase um corpo. Na volta, vim controlando a prova olhando para o Carvano, foi quando, quase na bandeirola de chegada, eu percebi uma espuma do meu outro lado (lado direito). Tarde demais para reagir. O Borell estava forte e não tive tempo para reagir.
Foi uma dura derrota para um menino de 11 anos. Lembro-me que custei a acreditar no que havia acontecido. Havia perdido a prova e o recorde brasileiro.
Depois deste momento, eu e o Borell nos tornamos amigos e, em uma competição amistosa no Curitibano, tive a oportunidade de ficar na casa dele e conhecer seus familiares.
Nesta competição amistosa teve mais um evento interessante. Apesar de ter ganho do Borell, por ser de uma equipe visitante, acabei não ganhando o melhor índice técnico da competição e mais uma vez o Borell levou o troféu. Rsrsrs… Muito bom poder recordar tudo isso!!
Neste momento, estou focado para me tornar o primeiro nadador carioca a atravessar a nado o Canal da Mancha (página do face https://www.facebook.com/pages/Travessia-Canal-da-Mancha-2015/1435275873387806?ref=bookmarks). A travessia ocorrerá em setembro de 2015. Curte lá e fique na torcida ai meu amigo!!! Caso tenha contato com o Borell, mande um grande abraço para ele.
Valeu Fernando e sucesso!!!
Alô Adherbal!
Olha só… estou muito feliz com seu comentário.
O Dadão (como eu chamo o Borell), já passou por aqui e deixou as impressões dele.
E assim vamos revivendo um dia especial em nossas vidas acontecido há mais de 30 anos, sob as percepções de cada um – muito legal!
O Sedda passou aqui por Curitiba e havia me falado do seu desafio no Canal da Mancha.
Baita desafio! Já curti a página e estou na torcida.
E assim que encontrar o Borell darei o seu abraço.
Capricha nos treinos.
Abração.
Adherbal, outra coisa:
Assim como você teve a rivalidade com o Carvano no Rio, Borell, foi meu grande rival aqui no Paraná. Há um post sobre isso: “Um rival para chamar de seu” – inclusive, a foto que ilustra a publicação é uma foto atual nossa.
Dá uma passadinha por lá.
Abraços
Esmaga, muito bom ! As grandes derrotas ensinam mais que as grandes vitórias vc foi referência na natação brasileira e seus relatos seguem a altura.
Isso mesmo, Danilo. Muito obrigado pela leitura e pelos elogios.
Que texto , Maga! Emocionante, empolgante e sincero. Melhor ainda ao perceber o quanto vc marcou nos amigos e supostos “arquirivais”. Essas memórias são preciosas! Adorei!
Oi Ju, obrigado pela leitura e comentário. E de fato, memórias preciosas.
Fora o fato de ser emocionante por si, o texto é muito especial para mim pois além de eu estar lá também tive (de forma totalmente independente) várias das sensações experimentadas pelo Esmaga. Obrigado.
Eu também tinha 10 anos e foi a primeira competição não-muito-peba da minha vida. A equipe do Paineiras tinha além de mim e o Rodrigo C. Barros: a Adriana Maretti (que foi bronze), a futura integrante da seleção brasileira Adriana Ruggeri (que foi quinto), o Jorge Taiar, o Caporalli e o Luís Pinho (Salsa).
Igualzinho ao Esmaga, a gente TAMBÉM se surpreendeu e sonhou com os trofeuzinhos expostos! (e passamos por pouco no 4×100 livre que ficamos em quarto). Eu fui quinto nos 100 Peito, mas não vou contar os detalhes, vou deixar para um possível futuro post 🙂 .
Lembro-me da prova dos 100 livre (estávamos torcendo pelo Rodrigo), e do espanto com o tempo do Borell. Outro que parecia craque, mas não vingou, foi o George Carvano, o que será que aconteceu com ele?
Dentre os nossos adversários no Infantil A de 1980 vários chegaram como nadadores à idade adulta com medalhas em TBs: Perricone, você, eu e o Daniel Sperb (além do grande craque Castor). Quanto à Cristiane Pereira, estou preparando um post onde ela aparecerá bastante.
Último comentário: essa forma de apresentar os resultados deve ser pelo fato de eles usarem o tempo entre a eliminatória e a final para datilografarem os resultados, de forma que após as finais bastava colocar o tempo e colocação no final dos nomes pré-impressos, para que o resultado pudesse sair logo após a etapa. É, amigos, o Esmaga é muito velho, em 1980 não havia computadores pessoais!
De nada, meu caro.
Uma das coisas mais legais de contar essas histórias são as diferentes emoções que o texto provoca em cada leitor. E quando recebo um relato sobre isso, é super gratificante.
Boa interpretação sobre o porque do resultado ser apresentado dessa forma.
Renato Cordani, Maga…
Eu fico admirado com a memória que todos voces tem .
As unicas palavras que eu tenho para falar é que tudo isto que nós passamos na vida é inesquecível,
Tenho nas minhas lembrancas uma unica coisa, O Pancho fazia nós Paineirenses se matar na raia 1 de treino, eramos Renato Cordani, Carlos Dudorenko,Andre Fernandes, Alexandre Steinberg , Jorge Taiar entre outros.Treinava sonhando em chegar ao pódio de brasileiro . Mas tinham alguns caras que esmagavam mesmo como voce MAGA(Desculpe a intimidade pois nunca fomos proximos)Mas sei que meu irmao Renato Cordani se tornou um grande amigo seu..
Abraco a todos..
Fala Rodigest, foram grandes momentos mesmo. E apesar de agora existir a piscina olímpica lá no CPM, eu sempre que vou lá procuro nadar na raia 1 da piscina de cima! Grande abraço
Meu caro, Rodigest,
é claro que perdoo a intimidade.
Sonhos e objetivos comuns, alta dedicação e persistência.
Só não somos mais próximos por falta de oportunidade.
Forte abraço
Legal “Magalhães”!!! Gostaria de ver um relato de algum “miliquina”. Abraço… Biro
Wagner Moreira, meu amigo.
1981 passei para infantil B e havia o hábito dos atletas dessa categoria também participarem dos regionais juvenis. Com isso, nadávamos provas que não existiam na programação infantil, dentre elas, os 1500m.
Acho que em 1982 nadei pela primeira vez essa prova. A série fraca foi liderada de ponta a ponta por Rodrigo Mira, metros atrás eu disputava a 2a colocação com João Lauro Amaral.
Após a virada dos 1475m ele colocou uma impressionante perna 6 tempos, que não consegui acompanhar, mas gostei muito do meu 19m14s.
Lembro de depois da prova ter ficado com dor nas palmas das mãos e de ter achado a experiência menos assustadora do que eu imaginava que seria.
Bem, acho que não era bem esse tipo de relato que você estava imaginando, mas já foi um começo.
Forte abraço.
Maga,
fantástica as descrições. A equipe do GEC estava presente naquele vôo da transbrasil rumo a PA, meu primeiro brasileiro e primeira viagem de avião. Dois fatos me marcaram muito aquele início de campeonato: 1-Sua ansiedade antes de voar, sendo que uma das mães que nos acompanhava lhe forneceu um ” remédio” para não passsar mal. 2- o acidente da Cris na esteira de bagagem, até hoje quando chego em um aeroporto para pegar as malas me lembro daquilo.
Grande abraço
Ismail
Hum, não lembrava desse “remedinho”, será que o efeito foi prolongado?
Esse foi meu 2o voo e a passagem da esteira foi realmente assustadora.
Abraço
Acredito que foi o meu primeiro campeonato fora do Rio. Adorei a história, a narrativa e espero que venham mais histórias com esta emoção. Abçs e parabéns
Olá Fabrizio, bem vindo ao Epichurus.
Achei muito bacana seu compartilhamento e interação no Facebook.
A hora que estiver tranquilo, dá uma olhada nos outros posts já publicados… tem muita coisa legal por aí.
Obrigado pela leitura e comentários.
Abraço.
Galera…
Enterramos meu pai há poucos dias, estas são as minhas primeiras palavras digitadas, sem contar com comunicação de velário e missa. Pensar em piscina, lembrar Golfinho é lembrar do meu velhinho.
Esta prova, se não me engano, foi no primeiro dia. Antes de sairmos do GNU eu já havia quebrado o troféu, de tão ansioso e radiante que fiquei.
Aquele revezamento foi muito complicado. 2 anos mais tarde, trocando o Parreira pelo China (Ivan Ziolkovski) num brasileiro no Ibirapuera em SP, ficamos em terceiro, sem pretensão nenhuma, até pq eu tinha nadado 3 provas, 100/200/400, e levei três quartos todos por batidas de mão. O Rienaldo me intimou perguntando se eu não podia ter dado um pouco mais no final de cada prova. “animador”…
Lembro do Gilberto Silva tirando onda de meu bigodinho de pré adolescente, que hoje vejo em meu filho mais velho.
Decidimos que treinaríamos para ganhar esta prova no ano seguinte. Dito e feito, só nestes dois anos o “animal” castor nadando borboleta e eu fechando.
Maga um beijão no seu coração, amigo querido.
Viva o Borellzão!!!
Dado
Sim Dadão,
100m livre no 1o dia – e que pecado o troféu quebrado. Colou? Você ainda tem?
1983 eu já era juvenil e não acompanhei as vitórias do reveza de vocês.
Esse post homenageia sua brilhante conquista e certamente, indiretamente, tudo o que seu pai fez por você e pela natação paranaense.
Forte abraço,
Maga
Esmaga, acabo de ver que na prova dos 100m Costas infantil B feminino como primeira reserva uma Monica dos Anjos do Remo do Para. Quase com certeza trata-se da Monica dos Anjos Rezende, que posteriormente bateria vários recordes sulamericanos absolutos (e até um recorde olímpico em Seul -1988)!
A participação da Mônica me passou despercebida ao analisar os resultados, mas é ela com certeza. Muito bacana.
Hei Smaga.. acho que lá na casa dos meus Pais em Porto Alegre ainda tenho aquele triféuzinho dos 100 Costas… Abraço.
Espero que sim, Daniel.
Aproveite para relembrar aos familiares que não deve ser descartado em hipótese alguma.
Abraços.
Muito legal estas histórias. Quanto ao George Carvano mandei o link para ele. Treinei com ele, e realmente foi o melhor nadador que vi . Também me lembro de um paulista de 82 com um tri-empate do Rodrigo Munhoz, Passarini e o Mauro Tozzi nos 100 m livre.
Opa, valeu Sergio. E o George Carvano, chegou a lhe responder?
Sim, disse que isso foi a um loooongo tempo, rs. Ele sumiu porque foi fazer a escola de cadetes do exército, onde nadamos juntos. Depois foi para o pólo. Também encontrei com ele em Campinas em 2009. Ele havia voltado a nadar para o máster no Rio.
Então ficamos na expectativa de uma passagem de Carvano por aqui.
Obrigado Sérgio pelo comentários. Um abraço.
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