Eu certamente não tenho a memória do Esmaga (Fernando Magalhães), nem acho possível alguém ter passado por um drama atlético tão impressionante como os cinco 4º lugares consecutivos do Renato (Cordani) nos 200m peito no Troféu Brasil, mas vou tentar contar, sem a mesma riqueza (e credibilidade) de detalhes do Esmaga, um drama bem mais light que o do Renato, mas que marcou negativamente meus anos de Juvenil A.
Depois de dois anos PEBAs no Infantil B (prova na foto abaixo) onde o highlight da carreira foi um bronze no Campeonato Paulista no 4x100m Medley já relatado aqui, finalmente chegou 1985 e com ele a puberdade, e com ela a primeira decisão difícil da minha vida.
Ranking Brasileiro Infantil B (1984), com vosso PEBA em 23º e nosso colunista Munhoz entre os primeiros
Depois de dois anos nadando pela Recreativa de Ribeirão Preto, eu estava voltando para São Paulo e a decisão de onde treinar foi delegada 100% a mim. Eu tinha 13 anos de idade e as opções eram voltar ao Pinheiros onde nadei desde mirim e lá treinavam meus amigos de infância (José Carlos Souza Junior, Leonel Mota Ribas, Cassiano Leal, Sergio Bretzel Martins, Mauricio Laterza Santos, Miguel Florestano, Henrique Brucolli, e outros tantos) ou ir para o Paulistano onde eu não conhecia praticamente ninguém mas teria o William como técnico. Eu queria treinar com o William, mas a decisão foi difícil. O Pinheiros estava numa entressafra de técnicos, mas o prospecto de “abandonar” meus amigos de infância me tiraram varias noites de sono. No final, a razão falou mais alto e em Fevereiro de 1985, eu me apresentava pela primeira vez no Paulistano.
Do ano de 1985 minhas melhores recordações são da inédita e espetacular sensação de nadar em uma equipe focada em objetivos coletivos. Já em termos de resultados individuais, nada expressivo, mas é importante ressaltar que eu nadei nesse ano, pela primeira vez, todos os campeonatos da Tríplice Coroa (Julio Delamare, José Finkel, e Troféu Brasil). Na época passou despercebido, mas hoje, em retrospecto, acho muito bacana ter conseguido índice para as três competições mais importantes do Brasil com apenas 14 anos de idade. Da Tríplice Coroa de 85, me recordo de um Finkel gelado com cobertores nas arquibancadas do Curitibano, um Troféu Brasil onde fiquei surpreso quando vi alguns “figurões” tomando cerveja na festa de encerramento, (era um moleque perdido no meio de tantos veteranos e ainda acreditava que os campeões de TB eram super atletas perfeitos), e de um Julio Delamare que vi o quase irmão Marcelo Grangeiro levar o Troféu de Melhor Índice Técnico e tive a oportunidade de segurar pela primeira vez na vida uma medalha de ouro de campeão Brasileiro (a dele) e com ela nas mãos, falei em voz alta no ônibus, talvez sem intenção, que um dia ganharia uma daquelas. Uma nadadora ao lado (o nome da moçoila não vem ao caso) tirou sarro, duvidando da minha “previsão”. Voltei pro hotel bastante chateado!
Nos meados de 1986 eu já era um nome forte no peito e no medley na esfera estadual, mas foi na inédita (pra mim) prova de 1500m que eu depositaria minhas maiores esperanças naquele ano. No Campeonato Paulista de Inverno eu ganharia minha primeira medalha de bronze individual desde o Infantil A, exatamente nessa prova. Já no Campeonato Paulista de Verão, o qual nadei sem polir e raspar (o foco era o Julio Delamare), levei o ouro com 17’19 (a prata foi 17’35) e nadei os últimos 50 metros no Constâncio Vaz Guimarães com peito estufado de orgulho. Lembro-me daqueles momentos como se fossem hoje. Esperando a prata (Adriano Yonezaki) chegar, debruçado na raia, eu não cabia em mim de felicidade. O céu era o limite! Ainda nadei os 200m peito para 2’37, o 400m Medley para 5’02 e os 100m peito para 1’12 e algumas semanas depois entrei no Julio Delamare balizado com esses tempos obtidos sem polimento e mesmo assim figurando no top 8 nos 200m peito e nos 1500m livre.
O meu objetivo era simples: Sair de Porto Alegre com uma medalha (e quem sabe esfregar na cara da “colega” que duvidou de mim no ano anterior). Eu sabia que o ouro seria praticamente impossível! Nos 200m peito, Márcio Santos e o Bena (Ricardo Benasayag) já nadavam na casa dos 2’30 – 2’31, embora eu sonhasse com 2’33 e o bronze. Nos 400m Medley, Luis Ganem nadava abaixo dos 4’50 e nessa faixa ainda tinha o Jaime Mitropoulos, o Mauricio Cunha e o nosso colunista PEBA Rodrigo Munhoz. Uma final já me deixaria satisfeito. Já nos 1500m, tirando o hors-concours Castor (Cristiano Michelena), a prata não tinha dono e uns três ou quatro nadadores lutariam por ela na casa dos 16’40 – 16’50. Foi nessa prova que depositei uma enorme esperança. Sonhei muito com essa prata, nadando pra 16’40.
Cheguei em Porto Alegre muito confiante. Estava voando nos treinos e psicologicamente estava muito bem! Minha primeira prova seria os 200m peito. Nadei as eliminatórias na raia 5, ao lado de Henrique Brucolli do ECP, um dos favoritos para o bronze. Passamos juntos nos 100 metros e vencíamos a série com certa facilidade. Eu nadava encaixando bem o estilo. Não queria tirar o coelho da cartola já nas eliminatórias. Forcei somente nos últimos 50 metros, mas o Brucolli teve a mesma ideia e me venceu na batida de mão. Tudo bem! Na final a história seria outra! Quando vi o tempo quase cai pra trás. Os mesmos 2’37 do Paulista! O medo tomou conta, mas a esperança não morreu! Assisti as últimas duas séries numa apreensão absoluta e digeri muito mal o início da tragédia: 1º Reserva! Fiquei acabado, mas ingenuo ainda esperava a improvável desistência de alguém. Não houve. Assisti das arquibancadas o ouro do Bena e tive dificuldades para dormir depois.
Acordei no dia seguinte de humor revigorado. Minha principal prova era no ultimo dia e não tinha nada a perder nos 400m Medley que nadaria em algumas horas. Me senti ótimo no aquecimento e não me poupei nas eliminatórias, evitando o erro do dia anterior. Nadei para 4’56 (6 segundos melhor que no Paulista) e terminada as eliminatórias, estava com o quinto tempo. Fiquei aguardando o balizamento oficial com certo ar de orgulho. Seria a primeira vez na vida que nadaria uma final de Brasileiro.
“Na raia 2, André Morgan de Godoy…”
Como assim?!?! Sera que fiz os cálculos errados? Ainda aguardei ansioso o anuncio da raia 6…nada do meu nome! raia 7…nada! Meu Deus! Algo tinha dado errado! William foi verificar e voltou cabisbaixo. Fui desclassificado por virada irregular no nado de peito! Voltei pro hotel incrédulo! Não e’ possível que aquilo estava acontecendo comigo! Não consegui assistir a final! Enquanto o Ganem nadava para o ouro, eu dava uma volta no clube pensando somente nos 1500m. Pensei em conversar com o William pra me tirar dos 100m peito onde eu não tinha chance alguma de medalha! A essa altura do campeonato uma improvável final não me serviria de consolo. Eu já estava na final dos 1500m! No final das contas não tive coragem de pedir pra não nadar. Decidi encarar os 100m peito no dia seguinte com o pensamento “o que vier e’ lucro”.
Fui dormir mais tranquilo, repetindo pra mim mesmo que minha principal prova ainda estava por vir e que uma medalha apagaria esses dois péssimos dias. Acordei de madrugada com mal estar e suando bicas. Fui ate o banheiro e pus as tripas pra fora! Achei que podia ser nervoso, mas os companheiros de quarto acharam melhor chamar o William! Ele já estava acordado e alerta! Eu não era a primeira vitima da noite! Uma infecção alimentar atacou praticamente a equipe inteira. Alguns, como eu, passaram a noite no hospital. Deitado ali na maca, olhando pra cara pálida e abatida do velocista Alberto Ambroggini, eu ainda sonhava com uma recuperação relâmpago para nadar os 1500m. Obviamente o milagre não ocorreu e grande parte da equipe passou o terceiro e quarto dias de competição “acampados” na casa da minha tia-avó, repousando e tomando soro! Não assisti as finais de 100m peito que se não me engano o Bena levou, garantindo a dobradinha dos 100m e 200m. Muito menos assisti a final dos 1500m que o Castor levou com surpreendentes 16’04 e com Carlos Becker e Fabio Costa levando a prata e o bronze, com 16’42 e 16’43 respectivamente. Não me lembro bem quem me contou sobre essa final, mas esses tempos ficaram guardados na minha (nem sempre boa) memoria!
Eu nunca mais nadaria uma prova de 1500m polido e raspado, um dos poucos arrependimentos da minha vida de nadador. Nos EUA, na década de 90, ainda arrisquei nadá-la durante a temporada uma ou duas vezes, mas quando o David Wharton me passou 100m num dual-meet na USC, acho que o Maglischo desistiu de vez de me inscrever nessa prova. Alias, esse “vexame” foi minha ultima tentativa de virar fundista.
Pensando hoje em retrospecto, acho que seria improvável caso eu tivesse nadado, ter tirado a prata do Becker, ou o bronze do Fábio Costa. Teria que abaixar muito meu tempo do Paulista. Se pudesse chutar, chutaria que teria nadado entre 16’50 e 17’00, embora a parte sonhadora e otimista do meu ser prefira concordar com meu amigo Guila (Guilherme Abbud) que gostava de me ver nadando os 1500m pela minha sádica técnica de “cozinhar” os adversários ate os 800m e aumentar o ritmo nos próximos 400m, causando um descontrole emocional na galera na parte da prova que é mais agonizante (quem já nadou 1500m sabe do que estou falando). Quem sabe o Becker e o Costa não tivessem se tornado vitimas dessa técnica? Quem sabe?!
O fato e’ que somente um trauma maior me fez superar o trauma do Julio Delamare de Porto Alegre – Um acidente em Maio de 1987 me deixaria meses fora das piscinas e colocaria um ponto de interrogação no meu futuro como atleta, mas os detalhes ficam para o próximo episodio: os meus anos de Juvenil B, onde finalmente me “vingaria” do deboche da colega de equipe!
Excelente Lelo. Boas histórias!
Eu lembro dos seus 1500 no Ibirapuera, e me lembro do desarranjo geral da equipe do CAP. A equipe do Paineiras era uma porção de meninas e dois meninos: eu e o Rodrigo de Camargo Barros, e esta seria a última competição de natação dele. Apesar de ele ter pego final nos 50L, os técnicos dos outros clubes pergutavam para o Pancho por que as meninas nadavam tão bem e nós éramos tão pebas (fui 13o nos 200P). O Pancho dizia não entender e perguntava “Eh Renato, por que ustedes son tan pêbas, eh?”.
No meu caso, eu já era JUV B (sou de 70, Lelo 71 e Munhoz 72) esse JD foi um divisor de águas para mim, o último antes das férias que iniciam a saga dos 200P. Inclusive tenho uma história muito boa sobre o aquecimento do terceiro dia, mas acho que vou reservá-la para um post.
Quem nadou muito nesse JD foi o Polaco (vice nos 200M e DQ nos 400M). Já o LAM protagonizou sua maior decepção na carreira, embora tenha obtido seu primeiro metal na tríplice coroa (de seis) nos 200P!
Boa! O Rodrigo C. Barros venceu os 50m livre no JD anterior (85) enquanto ainda Juv. A. Me lembro bem pois a prata foi pro Carioca (Sergio Bretzel Martins) e foi uma boa surpresa pra nós do CAP. Uma pena o RCB ter parado tão cedo! Você sabe dizer a razão dele ter parado? Em 1989 peguei seleção brasileira com ele, só que ele pelo polo aquático (esse sim um esporte 100% PEBA)!
Quanto ao nosso amigo Polaco, que retorna amanha pro Canadá, essa boa performance lhe rendeu, se não me engano, seleção brasileira juvenil já que esse JD era seletiva! O mesmo aconteceu com o Munhoz, que é deveras humilde e só foca no seu lado PEBA, mas enquanto nos sonhávamos com glorias futuras o mesmo conseguia a rara proeza de se manter entre os melhores nadadores do pais desde criancinha! I Off
Quanto a pergunta que o Pancho não conseguiu responder, de fato é um mistério: como era PEBA a equipe masculina do CPM! E já que não da pra escrever das conquistas dessa turma, espero ansioso a história do aquecimento do 3º dia!
Rodrigo parou pois foi para o Water Polo já a partir da temporada seguinte. Uma pena para a natação, o indivíduo tinha um grande potencial não totalmente utilizado. Se ele melhorasse o que eu melhorei a partir de 87, seria olímpico!
Mas o que o levou para o WP ainda novo e com um provável futuro brilhante? Foi o saco cheio?
Eu entendo o cara parar de nadar cedo. Os caras faziam a gente treinar 12/13 mil p nadar 50 e 100 L. Se fosse nos dias de hj muitos velocistas c talento nao tinham parado, eu inclusive.
Boa Lelo! Creio que a moçoila da chacota eventualmente tomaria uma bela lição!
Engraçado que não me lembro de te ver nadando 1500Liv… talvez por não ter muita paciencia para assistir prova acima de 400 ou talvez por te associar com um dos principais nadadores de peito da época.
Nessa época eu nadava pela Luso e me lembro dessa competição no Gremio Nautico Uniao (GNU) por um detalhe peculiar e não muito agradável: As privadas dos “reservados” no vestiário do GNU não tinham portas! Achei aquilo bem estranho da parte da gauchada e deve ter sido particularmente ruim para a equipe do CAP, que sofreu o desarranjo. Lembro também da forte torcida do pessoal de Curitiba, fazendo gozação de praticamente tudo e todos. Era hilário. Das provas, lembro pouco, mas acho que peguei um pódium pelo menos.
A vida já deu uma lição nela quando, ao nascer, a desproveu de beleza! Rsrsrsrs!
Quanto a me ver nadando 1500m, eu nadei inúmeras vezes em regionais e estaduais. Cheguei a nadar pra 16’24 na curta (sem polir ou raspar), mas principalmente a partir de 88 quando passei a ter reais chances de ser campeão brasileiro de peito, coloquei o 1500m de lado por ser uma prova muito desgastaste! Como você nunca foi PEBA só devia prestar atenção em JD, JF e TB e por isso nunca me viu como fundista!
Outro dia trocando emails c o Renato comentei sobre esta competicao q p mim acabou sendo uma das melhores q nadei. Fiquei em 3o nos 100 (1o Castor e 2o Jr) e 50L (1o Jr e 2o Moita) e 2o nos 4X100L (perdendo do Pinheiros). Mas o q mais me chamou atencao foi o desarranjo. Depois dos 100L em q eu estava obcecado pela medalha (tinha chegado tarde da noite no dia anterior pq fiz prova no colegio de manha e estava preocupado depois da eliminatoria em q fiquei em 6o) comi um pizza no hotel feliz da vida pela conquista. Acordei no dia seguinte me sentindo mal. e fui p prova dos 200L jah preocupado c a situacao. Mal acabei de nadar (onde acabei ficando como 2o reserva) e jah fui correndo p o banheiro passando mal. Soh me lembro de achar longe p caramba, nao chegava nunca e acabei botando p fora na porta do banheiro. Tinha um faxineiro limpando o banheiro q assistiu incredulo a cena. Me desculpei e voltei p a piscina onde permaneci deitado ateh o fim da competicao. Voltamos a tarde e eu soh pedi ao Eleandro p nao me colocar p fechar o revezamento. Acabou q nadei mal novamente mas ainda fiz o melhor tempo do revez, q foi uma tragedia p os padroes do Fla (ficamos em 4o). Nao me lembro se os 50 eram no 3o ou 4o dia na epoca mas gracas a Deus ainda me recuperei a tempo de nadar outras vezes.
gr ab
Boa Vreco! Não sabia que a “epidemia” tinha atacado mais gente! Que bom que você se recuperou e perder do Castor + Júnior vale ouro hein, porque esses dois eram quase imbativeis!
Abs
E não é que o Becker apareceu por aqui também? Grande Becker, cara focado. Lembro-me dele naqueles invernos intermináveis do Clube do Golfinho, terminando todas as séries antes de todo mundo.
Sem dúvida Niwa, muito focado.
No ano seguinte ele deu um show e ganhou dos 100 aos 1500 livre no JD87.
Não sabia disso, Maga… Eu treinava na raia A e ele na 1, lá no finado Golfinho. E fazíamos praticamente o mesmo treino… Não é à toa que eu não fui muito longe…
O Becker (hoje Mathias) não era do CC?
Era!
Becker foi do CC até 90.
Após a ruptura que houve em nossa equipe, foi para o Golfinho.
Acredito que nadou lá até encerrar a carreira de nadador.
Hoje é presidente da Renova Energia.
O Becker foi comigo e com o Munhoz para o Sulamericano de 1989 em Rosário, Argentina! Passou mal (acho que foi uma virose) e acabou sem nadar a competição! O encontrei a alguns anos aqui em SP, na casa do LAM!
Espera aí, pessoal. O Becker nadou muito tempo no Curitibano, mas pelo menos em 92 ele nadou pelo Golfinho com o Daniel Wolokita, o famoso Véio, como técnico. Mais confiança nos meus comentários!
Lelo,
A caneta estava rolando solta em POA. Na equipe do Curitibano a vítima foi Cezar Antunes. Foi desclassificado nas eliminatórias dos 200 borboleta, prova em que muito provavelmente teria tirado o ouro do Mauricio Cunha, que venceu com 2.11.92.
Sobre os 1500, enorme sua pretensão de melhorar aí, uns 39 segundinhos no polimento, sua análise atual é bem mais realista. Agora, dói na alma essas histórias de quem não pode competir por causa de vômitos e desarranjos.
Sobre os reservados sem porta dos vestiários do GNU, nunca entendi. Lembro de entrar no vestiário com os colegas de clube e um deles exclamar: “Como pode um esfíncter relaxar nessa situação?!” – passei a usar o bwc do Óbito’s – apelido atribuído por outro colega a lanchonete do clube.
Boa Esmaga! Vocês acham que o Cezar foi canetado injustamente? Eu não tenho como confirmar se fui desclassificado com justiça! Na minha cabeça eu não tinha cometido infração nenhuma. Foi minha única desclassificação da vida, salve uma queimada do Hawilla que desclassificou o 4x100m Medley onde nadei o peito, na final de um TB.
E concordo contigo! Muito provavelmente se eu tivesse nadado dentro das expectativas racionais, teria saído do JD de 86 com três finais e nenhuma medalha! Só que é fácil ver isso hoje. Acho que com 15 anos pensamos diferente e o fato de ter sido campeão paulista sem polir ou raspar, na cabeça de um adolescente, já me credenciava pra brigar por medalha! Acho que na época não me passava pela cabeça fazer cálculos de melhora. Era percepção pura! Se eu achasse que dava, então dava!
E não lembro dos banheiros do GNU, talvez por causa da minha fobia a banheiros públicos!
Abs
Acredito que tenha sido injusta, mas não dá pra afirmar. Lembro que o Joelzão (Joel Ramalho, então Diretor de natação do CC) relatou que foi falar com a juiza de virada e pediu pra ela reproduzir o que tinha visto. Ela fez o movimento de um toque não simultaneo com diferença de 2 cm entre as mãos, ele chamou o arbitro geral e ela mudou a simulação pra 20 cm de diferença. Apresentou recurso em vão. Uma pena.
Eu também só tive uma desclassificação na carreira. Ainda falarei sobre ela.
E também, em inúmeras vezes achei que melhoraria mais do que melhorei.
Abraços.
Vcs sao muito mala!!
Anônimo, de facto, como a gente fala muito, pode ser que de vez em quando fiquemos um pouco chatos. Foi mal. Ao contrário de você, que deve ser sensacional sempre, correto?
A proposta do blog está parecendo um bate papo para quem não se vê à tempo.Cadê o Hall da Fama? e as preocupações iniciais com o esporte? Pebas virando face aquático?”A vida conduz o homem responsável por caminhos tortuosos e mutáveis.”Confúcio.
Roseli, a proposta do blog é um mix de experiências passadas e temas atuais! Muita gente que lê agente aqui nadou naquela época e esses “bate papos” muitas vezes trazem de volta boas lembranças e geram boas “conversas”. Certamente novos temas com assuntos atuais e controversos virão em breve, mas são textos que demandam pesquisa e nem sempre temos tempo pra isso, afinal o Epichurus ainda não deixou ninguém rico e o fim do ano é sempre corrido entre fechamentos nos nossos day jobs e festas!
Guenta aí que coisas boas já estão na prancheta!
Grande abraço
Parabéns ao Esmaga!
E aproveitando: As preocupações filosóficas e quanto ao futuro do esporte permanecem täo importantes neste blog como a memória e o estímulo a amizade, mas é sempre bom dar um relax…
Pessoal, hoje é aniversário do novo colunista Fernando Magalhães! Abraço e felicidades!
Ooopa… registro por aqui. Valeu Niwa, obrigado.
Grande Lelo,
Finkel de Porto Alegre…
Talvez uma das melhores competições da minha carreira que ocorreu, ironicamente, no clube onde aprendi a nadar. Mas a coincidência continua pois neste palco passei pela minha maior decepção na natação durante o troféu Mauricio Beckenn de 1980, onde afundei o 4×100 medley no qual os companheiros Felipe (meu irmão), Dado Borell e Dr. Jose Gustavo Parreira me entregaram com mais de 10 metros de vantagem. Nunca mais afundaria um revezamento depois (talvez apenas numa tal de olimpíada onde o termo PEBA se faz mais presente).
Lembro ter sido aplaudido de pe após a quebra do recorde brasileiro juvenil A, que veio a ser superado poucos anos atras. Perdendo o quesito longevidade para o recorde dos 100 borbo de nossa querida amiga Dani Lavagnino do flamengo.
Isso sem contar a sensacional participação do clube do golfinho. Na real, este Finkel foi o inicio do final do sonho chamado Golfinho.
Castorzinho,
Sobre o reveza de 80, assisti. E de fato vc saiu muito na frente. Mas será que “mais de 10 metros…” não estaria por conta da percepção do garoto de 9 anos em relação àquela distância?
Foi Julio Delamare em 86 e não Finkel. Realmente o Golfinho deu outro show naquela competição. Sobre “o inicio do final” uma pena que tenha ocorrido e que o final tenha mesmo chegado.
Abração.
Júlio Delamare… claro. Na verdade a memória do garoto de 9 anos clama uma distância de 1/2 piscina.
Sensacional Castor! Vencer um JD pondo quase 40 segundos no 2º colocado deve ser uma experiência surreal! Agora, cá entre nós, o grupo PEBA nao vai aceitar sua inscrição. Seu lugar é mais VIP! 😉
Abração!
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