Para finalizar nossa saga epichuriana futebolística, dado que segunda-feira teremos o sempre sensacional relato do Campeonato Brasileiro Master de Ribeirão Preto, afirmo com todas as letras que a culpa do maior vexame da nossa história em Copas do Mundo é do Adriano.
A mídia esportiva, sempre fiel ao conceito do engenheiro de obra pronta, para justificar o enorme fiasco, vem formulando suas mil teorias que vão desde a completa incompetência da comissão técnica, falta de treino dos jogadores, despreparo psicológico, até as sensacionais teorias de conspiração que envolvem venda de jogos e manipulação de resultados, mas ninguém botou a culpa no pinguço, o que é um grande equívoco.
o braço sem tatuagem é claro indício que ali na maca estava um dublê. Neymar fingiu lesão depois de ter vendido a Copa.
Sim, o Zuniga arrebentou nosso craque, moleque de 22 anos, e com a responsabilidade de ser a única esperança de trazer o caneco do hexa pro Brasil. Sim porque não tinha um só brasileiro que antes da Copa não tinha convicção absoluta que para ganha-la precisaríamos do Neymar em plena forma e jogando bem, tanto que nossa torcida nos jogos contra Camarões, Chile e Colômbia foi pela vitória, mas também e tão forte quanto, pro Neymar não tomar cartão amarelo e ficar fora do próximo jogo.
Sim, deve ser foda pros jogadores perderem o companheiro numa entrada violenta e desleal, até porque é o cara que você deposita todas as suas esperanças. O Brasil sabia e obviamente os caras lá dentro de campo também, que sem Neymar, a Copa tinha alta probabilidade de ir pro saco. O que seria do Brasil sem Romário em 1994 ou sem Ronaldo em 2002? Porque o exemplo de jogar com um Ronaldo quase morto, quase Fred, em 1998, foi catastrófico. A reação do cone no vídeo abaixo foi claro indicador que tudo estava perdido. Mas o que fazer quando se perde a referência?
Ahh, o negócio é buscar apoio no experiente capitão. Putz, mais o capitão é aquele que entrou em prantos no jogo contra o Chile e ainda por cima foi suspenso por falta boba contra a Colômbia e não vai jogar contra a Alemanha. Vamos lá nos veteranos buscar apoio então. Cadê o Júlio César? Tá emocionado choramingando também, dizendo que a vida é linda, que o grupo é lindo, que tem uma família linda e que ter uma 2ª chance depois de frango épico é lindo…. Putz, ferrou! Cadê o outro veterano?? É o Fred! Ahh tá, uhmmm, o cara tá sentado na mesma posição, imóvel há algumas horas, olhando pro infinito… melhor deixar pra lá. Sobrou bater um papo com a psicóloga Regina, aquela que é amigona do Felipão e que foi no Roda Viva e com toda sua ética profissional, expos os problemas psicológicos dos garotos: “Eles não souberam lidar com o turbilhão de emoções que surgiu”. Melhor não né?! Será que vale ligar pro Cafu e pedir pra ele vir bater um papo? O cara foi capitão do penta e jogou três finais de copa seguidas. Seria um boa, mas o “doutor” Zé das Medalhas Marin disse que Cafu é pessoa estranha e que ele não pode fazer visita.
O negócio é treinar então. Já que nosso craque atacante tá fora da Copa e nosso craque da defesa não vai jogar, nada melhor que aprimorar a tática e jogar fechadinho contra a forte Alemanha. O Roque Júnior e o Gallo já deram um toque no Felipão. Vamos tirar o poste do time e jogar com um homem a mais no meio campo, outro volante, e vamos tentar ganhar de 1×0 no contra-ataque.
“Bah tchê, aqui é Brasil! Que treinar que nada! Vamos botar o menino Bernard que tem sorriso nas pernas, tchê, que tenho certeza que ele cruza na medida pro craque Fred desencantar! Vamos pra cima desses pernas de pau que sofreram pra ganhar da Argélia, bah, difícil era o Chile, vai ser tri-fácil esse jogo!”
E o Adriano enchendo a lata…