Em matemática, ponto de inflexão é quando a primeira derivada da curva é zero, e a segunda derivada troca de sinal, portanto uma curva descendente vira ascendente (ou vice versa)(*). O termo é usado em outras áreas, significando um momento a partir do qual tudo muda. Por exemplo, a vitória da Itália contra o Brasil na Copa de 1982, que mudou a maneira de se jogar futebol por muitos anos, e o lançamento em 1958 de “Chega de Saudade“, por João Gilberto, que transformou a música brasileira para sempre.
Já a natação brasileira nunca mais seria a mesma depois do Finkel de 1990.
Contextualizo: na era pós Ricardo Prado, a natação brasileira patinava. Só o Rogério Romero havia pego final em Seul – 1988, e o segundo melhor nadador brasileiro tinha sido o Cristiano Michelena em 23° nos 400 livre. Nenhum revezamento chegou perto de pegar final. O recorde brasileiro dos 100m livre em longa ainda era do Jorge Fernandes (51:21), medalhista olímpico há 10 anos, que ainda nadava, mas se aposentaria no final do ano.
A mudança em 1989 do brasileiro absoluto de inverno – Troféu José Finkel – para a raia curta tinha sido uma medida positiva, mas naquele ano ninguém ainda estava acostumado a nadar polido e raspado em curta. O resultado é que o Finkel de 1989 teve um bom nível, mas nada extraordinário, e como sabemos, infelizmente não terminou.
Já em 1990 o pessoal foi se acostumando a nadar em curta, e além disso pela primeira vez os tempos (convertidos, obviamente) valeriam para pegar o índice do mundial de longa em Perth – 1991. A piscina do Inter de Santos já era considerada a piscina mais rápida do Brasil, e a expectativa de bons resultados era muito grande.
O ponto de inflexão.
E afinal chegou o dia a partir do qual nada seria como antes, o dia 5 de julho de 1990, Clube Internacional de Regatas de Santos, Troféu José Finkel. A primeira prova do programa eram os 200 medley feminino, e Fernanda Santos ganhou pulverizando o recorde brasileiro: 2:21.71.
Na segunda prova, o clima que já estava quente entrou em ebulição, e as pessoas começaram a suspeitar que aquela competição não seria normal…
A prova era os 200 medley masculino, eu nadei essa final na raia 8, e mesmo antes de chegar comecei a ouvir a voz de um ultra-empolgado Mario Xavier que anunciava. “E podemos pré-anunciar que o nadador José Carlos Ferreira de Souza Jr acaba de bater o recorde de campeonato (pausa) o recorde brasileiro (pausa) o recorde sulamericano (pausa) e acaba de estabelecer o segundo melhor tempo do mundo para a prova! Vamos aplaudir o nadador! (aplausos efusivos) O tempo de José Carlos foi (pausa) dois (pausa) zero zero (pausa) e noventa e três centésimos (pausa) vamos aplaudir o excelente tempo conseguido pelo nadador!”. Na premiação todos estavam perplexos (incluindo o próprio JR), e eu me lembro de comentar com o Polaco algo como “que mundo era esse em que o JR fazia 2:00 de medley”?
(OBS: não havia recorde mundial de curta para os 200 medley na ocasião, mas em longa o WR era 2:00:11. O RB anterior de curta era 2:05:28!).
Terceira prova, 200m Livre feminino, a competição segue no rumo dos recordes, e Paolette Filippini bate o brasileiro com 2:03.70. Era um tal de pré anunciar recorde atrás de recorde.
Chegou a hora dos 100m livre masculino, que era possivelmente a maior expectativa do dia, e talvez de todo o campeonato. O recorde brasileiro de curta era de Fernando Magalhães com sua vitória nos 100m livre do Finkel do ano anterior, 50.67. Os recordistas da prova em longa (Jorge Fernandes) e curta (Magalhães) estavam lá, mas os olhos da platéia se voltavam para outro nadador, o jovem Gustavo Borges, que além de ter ganho os 100 Livre no último Troféu Brasil (51.57), havia batido extra-oficialmente e sem raspar o recorde brasileiro de curta na Copa Vermelhinha, com 50.29 (mas como não tinha placar eletrônico o tempo não foi homologado).
A torcida que lotava as arquibancadas do Internacional sentia que estava prestes a acontecer algo nunca antes visto, e afinal, depois daqueles 2:00 do JR tudo parecia possível, até mesmo um inacreditável “49” nos 100 Livre. Será que veríamos pela primeira vez um “49” em território nacional? A empolgação estava em níveis inimagináveis.
Sim, Gustavo já tinha vencido um TB na batida de mão e já tinha batido o recorde brasileiro não homologado na Vermelhinha, mas não é exagero afirmar que quem estava lá no dia 05 de julho de 1990 teve a honra de presenciar nada mais nada menos do que o início da “Era Borges”. Dada a partida, praticamente só havia um nadador na piscina, o tempo parecia parado, e Gustavo Borges nadou de uma forma que veríamos depois muitas vezes, mas que até então ninguém tinha visto. Não é que os adversários tenham ido mal: a prata ficou com Emmanuel Nascimento (50:23), tempo melhor do que o recorde brasileiro anterior, e o bronze ficou com o Luis Osorio Anchieta Neto (50:89), tempo que lhe daria a prata em 1989. Mas quando Gustavo bateu na borda, o segundo colocado ainda estava na bandeirinha! Todos estavam de pé. Borges chegou e o estádio ficou paralisado, e quem marcou o tempo no relógio não acreditou no que viu. Não havia display público do placar eletrônico, e alguns segundos se passaram em silêncio sepulcral até que Mario Xavier pré-anunciou o tempo de Borges: 48.59. Independente da disputa clubística, a totalidade da arquibancada explodiu e vibrou com o privilégio de presenciar o que parecia impossível.
Pois é, não foi desta vez que vimos sair um “49”, mas por outro lado pudemos ver bem ali na nossa frente um QUARENTA E OITO. O recorde mundial era do Albatroz Michael Gross, 48:20, e em longa, fora o Matt Biondi, nenhum nadador do mundo inteiro fazia menos de 49 (e em 1990 Biondi e Gross tinham juntos 9 ouros olímpicos). OK, o Gustavo ainda não era o melhor do mundo, mas nesse dia se aproximou do topo de uma forma que não se via no Brasil desde Ricardo Prado!
O Finkel estava apenas no início do primeiro dia e nas provas seguintes vimos uma sucessão inacreditável de recordes e índices para o mundial. Foram poucas as provas em que o campeão não bateu o recorde brasileiro, um total de 22 RBs em 30 provas. E como nos exemplos acima, os recordes caíam por 2.1s (100L), 4.5s (200M), 6.3s (400M), margens desse tipo. O Mario Xavier tirou da manga um ranking mundial de curta, e os vencedores das provas iam sendo classificados segundo esse ranking, e invariavelmente estavam entre os top 5 do mundo, com pré-anúncios para todo o lado. Pela primeira vez em muito tempo a gente teve a sensação de que competir contra o resto do mundo era possível! Destaco como tempaços dessa competição além dos já citados acima os 4:19.20 do Ramalho nos 400 medley, os 3:51.35 do Michelena nos 400 Livre e os 1:04.34 da Cristiane Santos nos 100 costas. (OBS: eu sei, esses tempos hoje, 23 anos depois, não parecem tão sensacionais assim se compararmos com os de hoje, mas na época, acreditem, eram muito bons, sobretudo para um país cuja auto estima natatória estava tão baixa.)
Acompanhem abaixo os três primeiros de cada prova, nos resultados publicados pela Revista Nadar.
Particularmente a competição também foi muito especial para a minha pessoa: na mesma prova de 400 medley em que o Ramalho meteu 4:19.20, o Daniel Sperb foi prata (4:31.20), e eu consegui um suado bronze (4:31.92), minha única medalha de Finkel, ganhando na batida de mão do Lelo, que ficou em quarto, com Polaco em quinto e Rogério Romero em sexto. O melhor de tudo não foi nem o bronze, mas sim me sentir incluído em uma competição em que o nosso país começava a se aproximar do topo do mundo de novo. Ou seja, tudo bem, eu não nadava como o JR, mas ao menos nadava a mesma final do que ele!
Diretamente do baú do JG, veja a reportagem da TV Cultura sobre essa competição (as etiquetas brancas em cima são minhas – perdoem e corrijam se errei ou omiti alguém). Interessante que a reportagem investe na polêmica da suposta queimada da Daniela Lavagnino, mas não mostra em vídeo a transição Glycia-Daniela, preferindo mostrar em câmera lenta a partida certamente não queimada da Patrícia. O Flamengo ganhou a competição por boa margem (1726), e as imagens mostram a empolgação da nação rubro-negra. Pinheiros (1523) e Minas (1082) completaram o pódium por equipes.
Em 1991 o Finkel seria em longa no JD (eliminatória para o Pan), e em 1992 em Londrina. A competição só retornou para Santos em 1993, quando Gustavo (100L) e o 4x100L (Gustavo, JR, Tetê e Xuxa) bateram no próprio Finkel o recorde mundial, mas aí já era diferente. Em 1993, Gustavo já tinha ganho a prata em Barcelona, os revezamentos 4×100 e 4×200 (Borges, Manú, JR, Michelena e Tetê) eram finalistas olímpicos, Romero, JR e Picinini eram semifinalistas olímpicos individuais, enfim, a natação brasileira já estava em outro patamar, e vivia plenamente a “Era Borges”.
Mas em 1990, antes desse Finkel, a natação brasileira estava com a primeira derivada negativa, e o astral no chão. E quem esteve no inesquecível Finkel de 1990 teve o priviégio de assistir a estreia de uma nova era, o verdadeiro ponto de inflexão da natação brasileira.
E você, leitor, estava lá? Concorda comigo? Comente!
Muito bom o artigo, mas espero que os videos fiquem melhores, eles estão verdes,existem processos de aperfeiçoamento de imagem, a qualidade tá medonha !
Obrigado pelo elogio, Celso.
Quanto ao video, foi mal, não sei fazer isso aí, mas se você puder indicar alguém que faça eu agradeço. De qualquer forma, o vídeo verde ou meio ruim leva a gente para aquela época da mesma forma, não?
Quanto ao vídeo respondendo a afirmação acima, qualquer lugar de fotografia pode indicar aonde se faz esse filtro de imagem,não é caro, pelo que vejo é questão de transformar NTSC em formato atual,procurem ver isso amigos !
Obrigado pela dica, Roberto. Grande abraço.
Para boa literatura, muitas boas cabeças…
Para boas imagens, bastam uns técnicos
LAM, obrigado, mas explica aí, o senhor estava rindo do que naquela cena?
Não assisti ainda pois estou em uma reunião, mas certamente estava rindo pois algum adversário direto havia sido eliminado.
Cordani,
Certamente este Finkel marcou todos que puderam presenciar os excelentes tempos. Eu pessoalmente não tive uma competição muito boa, mas os resultados do demais, independente do clube, acabaram aliviando um pouco a decepção. Parabéns pelo post.
Valeu Piu. Os 400M fiz questão de mencionar o seu nome, uma pois você estava na 1 e eu na 2, outra pois foi a última vez que ganhei de você :-)!
ha. Esta eu não lembro. Esta prova sempre foi difícil, especialmente com os peitistas vindo atrás de mim, o que não era o caso do Ramalho, que já estava na frente.
Foi neste que o Castor nadou fissurado?
Acho que o Castor começou aí o problema no ombro, pois em dezembro ele já estava com tipóia e nem nadou o TB.
Quanto aos 400M, se não me falha a memória você acertou a mão a partir do Finkel de 1991, e passou não só a ganhar de mim como de todo mundo nessa prova por vários anos.
Espetacular essa aridade me senti lá no campeonata parabéns pela iniciativa!!!Forte abraço!!
Obrigado Marcelo, grande abraço para você também.
Melhor Epichurus ate o momento!
Pacheco, espere até o dia 16 então, nunca antes neste site…
Valeu Pachecão. Mas realmente, o do dia 16 quando realmente vamos tratar apenas da prova nobre, os 200P, aí sim vai arrebentar 🙂
Mais uma vez um texto brilhante!!!!!!!
Se não me engano, quem bateu esse tempo dos 200 medley foi um nadador aqui de Campinas, chamado CAIO MORETZSOHN, numa etapa da Copa do Mundo na Russia, quando pela primeira vez um Sul Americano nadou a prova abaixo de 2:00. Acho que foi em 2001 ou 2002, mais de dez anos depois do “ponto de inflexão”.
Depois do Caio, vários outros nadaram mais rápido (…Lucas Salatta, Diogo Yabe(?), Thiago Pereira…). Então o “ponto de inflexão” do nado medley brasileiro aconteceu uns anos depois, e o do nado peito masculino mais tarde ainda, só em 2008.
Mas é inegável que a natação brasileira mudou de status com Gustavo Borges.
E com o Epichurus podemos estar vivendo o início de um ponto de inflexão na memória esportiva nacional.
Abraços a todos!
Aécio,
O recorde do Caio foi em 17/11/02, com 1’59″61, na etapa da copa do mundo no RJ.
Abs.
Fabiano.
Aécio e Fabiano, obrigado pelos comentários. Como vocês bem sabem, é um pouco difícil comparar tempos de diferentes épocas, mas se esse recorde do JR durou 12 anos foi animal mesmo (e já que estamos comparando, o do JR foi obtido de sunga, batendo a mão na virada de costas e sem golfinhadas no peito). O Moretzsohn, Salata, Yabe e (sobretudo) Pereira realmente são fenomenais, sem dúvida nenhuma, e levaram muito bem a bandeira ainda mais além.
O mais surpreendente desse Finkel foi ter caído a ficha que não era impossível competir contra os melhores do mundo, sentimento que não havia desde Djan, Prado, Rômulo e cia.
Muito bom Renato. Realmente foi um divisor de águas. Pra mim então! Minha primeira medalha de Finkel e nos anos seguintes faria tempos espetaculares que deixaria 1990 no chinelo. Fiz 4.24 nos 400 medley , 3.50 nos 440 livre, 1.48 nos 200, poucos anos depois. Foi uma competição realmente empolgante. Quando vi o JR fazendo 2 min compartilho da sua idéia que seria uma competição diferente e que eu tinha que fazer parte daquilo. Valeu pelas recordações. Abraço
Grande Cassiano, eu infelizmente estava do seu lado em 1993 quando você meteu os 4:24 nos 400 medley, a gente passou quase junto em peito, aí eu fechei com 1:02 e você fechou com 56! Deve ter sido bom para você, mas para mim não foi! hahaha.
Não estive nesse Finkel. Entretanto, nos Jogos Abertos do Interior, em 1987, entre eliminatórias e finais, naquela piscina fantástica para tempos, foram melhoradas 107 marcas dos Jogos. E Paulo Batisti, nadando o 4×100 livre de Santos, baixou os 50″.
Parabéns pela matéria, como sempre muito bem escrita.
Orselli, eu estava nesses Abertos de 1987 e me lembro dessa do Batisti. Tinha 12 anos, era a primeira vez que nadava os Abertos e esse tempo dele me assustou bastante! abraço
Muito obrigado Orselli, essa piscina é sensacional mesmo, e o Batistti nadava muito! Grande abraço.
como sempre, surpreendente as histórias e seu nível de detalhamento… parabéns…
Elogio, e olha que eu ainda chamei você de velho! hahaha
Eu (com meus 10/11 aninhos, e participação de tapa-buraco no revezamento) não me dei conta de mtos dos fatos que vc mencionou Cordani. Mas me avisaram que era A PROVA de se assistir, e já custava a acreditar no que via antes de iniciar a prova – nunca tinha visto uma pessoa com a envergadura dele. Presenciar ele nadando, aquela emoção uníssona de todos os presentes, foi de arrepiar, me marcou muito…. obrigada por reviver a recordação, agora com maiores detalhes despercebidos! ABs
Obrigado pelo comentário Marina, realmente a gente ver o Gustavo Borges sendo o Gustavo Borges antes dele ser o Gustavo Borges foi indescritível, se é que me fiz entender. Abraços
Não só se fez entender como isso é de uma poesia ímpar! Parabéns!
Lembro de ter dito algo assim (não tenho memória epicuriana): “Acabou o Finkel já. Não importa qual clube vai ganhar.” Realmente marcante.
Sensacional!! Nem no site da CBDA dá pra achar esses resultados, o que você está fazendo, Renato, é muito importante para a memória da nossa natação.
A narrativa foi muito boa também, me senti empolgada como se estivesse lá e fiquei bem feliz de pensar que esse clube tão importante para nossa história fica na minha cidade.
Ótimo texto, ótima sacada. Parabéns! Espero que chegue ao Gustavo Borges
Valeu Beatriz, na época a gente ia para Santos quase todo mês, era muito bom, não sei se hoje em dia ainda é assim (acho que não). E sim, o Gustavo nos leu e comentou abaixo!
Mais um texto espetacular, Cordani. Me lembro bem desse Finkel. Eu ainda nadava em Araçatuba e, até pela distância, não nadávamos muitos brasileiros absolutos. Acompanhei esse Finkel pela TV (acho que a Cultura passou ele inteiro) e fui me espantando mais a mais a cada prova, mas realmente esse 2’00 do Jr e os 48 do Gustavo foram inesquecíveis. Acho que ainda tenho esse Finkel gravado na casa dos meus pais.
O que vc descreveu foi exatamente o que senti na época: “caramba, vamos nadar para esses tempos agora?” Foi ao mesmo tempo assustador e inspirador.
O vídeo também é impagável, com direito a Mauro Castro (e, e, e…) e outras figuraças aparecendo na reportagem.
Abração,
Fábio
Opa, Yamada, bota ao menos os 200M e os 100L no youtube para a gente relembrar! (e claro, os 400M…)
E o vídeo é muito bom, quando eu o vi é que tive a ideia de escrever o post. A gente se transporta para a época, né?
Vou procurar neste fim-de-semana.
Me lembrei de outra coisa desse Finkel: o evento foi tão absurdo que a Ranc produziu uma touca com os nomes, autógrafos e tempos dos ganhadores de cada prova. Se bobear, ainda tenho ela lá em casa – meu pai é um alucinado e guarda tudo… Se eu achar, enviarei uma foto para vcs.
Boa, ficamos no aguardo ansiosos.
Cordani, excelente. Bela lembrança de uma época marcada por varais emoções. Tanto o Finkel de 90 como o de 89 foram marcantes e decisivos para minha carreira. Sem duvida todos que estavam ali contribuíram para o crescimento da natação brasileira. Abs
Grande Gustavo, muito obrigado pelo comentário. Eu imagino que no dia você já sabia que ia dar um bom resultado, mas acho que na ocasião nem mesmo você achava que sairia um 48! Ou achava?
Eu sabia que estava muito bem. Não sabia direito qual o tempo faria mas estava num momento que tudo funcionava e nada atrapalhava. Bons tempos em que o corpo respondia a qualquer estimulo e tudo parecia fácil… Vou postar na minha pagina do face…
:-). Incrível a audiência da sua página do face!
Eu já tinha aposentado na época mas lembro de ver o Gustavo Borges esmerilhando nos treinos do pinheiros nas vésperas dessa competição. Eu fui para santos só para assistir os 100 livre e fui um dos privilegiados a testemunhar o desempenho assombroso do pírula.
Não vamos esquecer do técnico chorando na arquibancada.
Técnico chorando era o Alberto?
Claro! Não viu/lembra???
Augusto, certeza que você não se arrependeu de ir.
Rogério, eu não lembro das lágrimas, mas lembro que ele disse algo como “alguém ainda duvida que podemos treinar um nadador no Brasil para ser destaque mundial?”; Depois daqueles 48, acho que ninguém mais duvidava.
Aliás, se não me engano foi logo depois desse Finkel que o Gustavo foi para os EUA.
Renato, Obrigado por manter viva e interessante a historia da natacao. Como voce pediu, aqui posto tambem minha recordacao sobre esta 1a prova ’90. Eu nao sei porque, mas uma das coisas que mais me marcou neste 200IM foi uma historia que o Renato Ramalho me contou depois da prova. Como voce disse, o recorde brasileiro era 2.05 de Ricardo Prado. Acho que nadei pra 2.07 de manha mas classifiquei na raia 4. Anoite fiz os 2.00. A plateia estava alucinada, e todos gritando muito. Ao terminar, o Renato ficava perguntado o tempo dele repetitivamente, e houvia 2.03. E ele, crendo que este era meu tempo, continuava perguntado. Isso se repetiu 2-3 vezes. Finalmente alguem disse a ele; “NAO, 2.03 foi o SEU tempo”. 2.03 ja era um absurdo. Menos que isso fazia pouco sentido. Eu nao lembro se ele me disse isso naquela epoca, ou anos depois, mas me marcou. Forte abraco a todos, JR
JR, sensacional o comentário, e parabéns pela prova.
E com relação ao comentário do Ramalho, coloque-se na posição dele. Ele fez uma das melhores competições da sua vida, além dos 4:19 de 400M ele ganhou do Romero em 200C (lembrem-se que Romero era finalista olímpico nesta prova!) e ainda fez frente ao Michelena nos 400L, perdendo por pouco e metendo 3:52.
Aí ele pensa, “como é possível eu ter ficado tanto para trás? Impossível eu ter feito 2:03, se eu tiver feito 2:03 o JR fez quanto, uns 2:00? Isso é impossível! Quanto eu fiz, fala logo!”
Belas lembranças. Bela competição.
200m MEDLEY José Carlos Ferreira de Souza Júnior 2.00.93
Gente, isso aí foi inacreditável. O Renato chegou como favorito para a prova. Era sua 1a competição pelo Flamengo mas a mente já estava tão habituada que ele chegava na borda e olhava para galera do Curitibano que estava na lateral oposta. E sempre, quem mostrava o resultado para ele, era eu.
Confirmo. O que aconteceu foi isso aí mesmo que o JR contou, eu mostrava 3 com os dedos e ele olhava com uma cara “não quero saber o tempo do cara, quanto EU fiz, pô?” E veio o anúncio do Xavier.
Opa, olha eu de novo aqui. Só levei pancada neste Finkel. Gostaria de ficar com a memória das provas do Michelena e do Gustavo!
É muito legal ver o Ramalho, o Romero e o Esmaga confessando o sentimento ruim de se sentir peba só para variar um pouco! hehehe.
A ideia de se fazer o Finkel em piscina curta veio dos nadadores. Na edição de 88 no ECP decidimos o programa de 3 dias, a sequencia de provas, a retirada do 4×200 numa reunião da UNN conduzida pelo Cícero. Foi uma ótima ideia.
Em 89 todos os recordes brasileiros foram batidos e se em 90 não foram, foi porque também surgiu (ou nossos atletas começaram a participar) a Copa do Mundo. E o Castor (Cristiano Michelena) já havia feito os impressionantes 1.46 e 3.46.
O formato do Parque Aquático, a proximidade dos atletas e a característica do público santista que ia assistir a competição deixavam as arquibancadas lotadas e o clima ficava muito diferente de uma competição em piscina longa.
Pra mim, essa 6a feira foi um dia duro, aliás, duríssimo. Dia de tomar uma ducha fria do destino e sintonizar minhas perspectivas de até onde eu poderia ir em minha carreira.
Como vc disse eu venci os 100m livre na edição anterior, sofrera uma lesão no tornozelo e fui mal até o TB, peguei reveza na Copa Latina e quebramos o recorde sulamericano de 4×100 e fiz o 2o tempo da equipe. Estava fazendo séries bem mais fortes que no ano anterior. Nadei a Vermelhinha ao lado do Gustavo, óculos cheios d’água, mais forte no percurso, ele abria nas viradas que eu não enxergava direito. Ele fez 50.29 e eu 51.10. Não estava raspado, não senti bem, não enxergava a virada direito e fiz 51.1??? Eu tinha certeza que faria 49s no Finkel.
O polimento não deu certo, nadei a eliminatória pesadíssimo, classifiquei em 6o. Na final caí pra ganhar, mas quando fiz a virada dos 50 e vi a perna do Gustavo lá na frente, não acreditei. O Manu estava meia braçada a minha frente mas eu já sentia que havia forçado muito no parcial e sofri muito, nos metros finais o Luiz Osório me atropelou e fiquei em 4o com 51.16. Não dava pra acreditar. Fiquei envergonhado.
Também senti o peso do momento do JR naquele dia. Abrimos o reveza juntos. Geralmente chegávamos no mesmo décimo de segundo. Ele fez 50.2 e eu 51.2 – a chinelada foi de mais de um corpo, pra completar a equipe do CC completada por Tite, Becker e Cheiroso, ficou a 4 centésimos do bronze que ficou para o Minas.
No dia seguinte, fiz 9o nos 200 livre e nos 100 borbo. E pra fechar a competição o bronze nos 50 livre 1.2s atrás do Gustavo e a frente do Tite que chegou em 4o. Aquela medalhinha afagou um pouco minhas angústias e apesar de ter saído de protagonista para coadjuvante, fiquei com a sensação de ter participado daquela festa maravilhosa.
Certeza meu caro, Finkel de 90 – um ponto de inflexão na história da natação brasileira.
Parabéns pelo post. Ficou sensacional!
Pude presenciar ambas marcas do Castor citadas, uma em cada etapa da Copa do Mundo que ainda não tinha este circuito de hoje.
Aliás, a Mesbla dava um bônus por recorde batido, não? Hoje os patrocinadores fazem isso?
Hoje, não sei, mas a Mesbla dava sim.
Valeu Esmaga. Aproveito para divulgar que o tempo do Pirula na Vermelhinha (50.29) não está publicado em nenhum lugar e veio diretamente da cabeça do Esmaga.
Puxa, e eu, fora do Brasil em 1990, não vi nada disso…
hehe, parece aquela canção do Zé Geraldo: “Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça, dando milho aos pombos”
Bom, no seu caso estar em Londres não estava mau também…
Cordani.. Ótimas Lembranças. Mais uma vez, Parabéns pelo texto e pela farta documentação. Obrigado pela deferência a minha pessoa. Grande Abraço!
Daniel, fazíamos bons duelos nos 400 medley, mas tanto eu quanto você tínhamos outra prova como principal: você os 200B e eu os 200P. Se um dia surgir o vídeo dessa prova (o do Lelo desmagnetizou 😦 ) veremos se você me passou no crawl (provável) ou não, se bem que acho que eu estava na raia 2 e você lá na 6 ou 7.
Excelente texto, relato perfeito, muito bom para conhecermos um pouco mais da evolução da natação brasileira. Um dos melhores que já li!
Em tempo: realmente em 1990 não havia recorde mundial dos 200m medley em piscina de 25 metros (e de nenhuma prova, pois a FINA só passou a reconhecer os recordes na curta em 1993). Mas havia os “world bests”. E na época, a melhor marca da história era de Pablo Morales, com 1:58.18, de 1988.
Valeu Takata, seu elogio tem muito valor para nós.
E interessante que nos 100L aparece o recorde do Gross como WR. E uma coisa que eu não disse até agora, mas se não me engano o Xavier “barrigou” e pré-anunciou os 48:59 como recorde mundial na hora.
Renatão, mais uma vez parabéns ! Belo texto e muito boa edição do vídeo ,sua iniciativa está virando um acervo muito rico para a natação, fico feliz em poder participar.
Grande abraço Danilão.
Na prova dos 800m livre Pela primeira vez e talvez a única vi uma arquibancada torcer e ficar em pé por mim em um campeonato brasileiro.Na verdade nao sabia que era para mim e so dei conta do motivo apos chegar e ver que tinha ganho da Chirica por centesimos e a torcida no final das contas era para o flamengo perder alguns pontinhos…..mas até que ajudou.E sinceramente eu nao lembrava que tinha nadado os 400m livre com a Patrícia Amorim .Só lembrava de ter tirado uma foto com ela apos a medalha para guardar de recordação.
Um abraço
Hehe, a moçada do MTC e ECP devem ter torcido bastante para você. E se você tiver essa foto aí manda para mim que eu publico! Abraços
Excelente o post! Nenhuma outra prova na minha vida me deixou tão surpreso como os 2’00 do Júnior nesse Finkel. Eu me sinto privilegiado de ter estado lá e ter visto essa prova. Alias, me lembro muito bem do Júnior meio acanhado agradecendo as palmas da arquibancada. O 48′ do Gustavo então foi assombroso! Pra mim ali caiu a ficha que o Gustavo iria nos dar muitas alegrias olímpicas futuras. Essas provas me marcaram tanto que não lembro da minha propria performance nos 100m e 200m Peito, embora me lembre que o Mitropoulos me espantou com a prata numa prova que ele tinha ficado em 1º reserva e entrou na final pela desistência de alguém se não me falha a memória. Acho que foi os 100m Peito. E se o Renato não me mencionasse no texto, não saberia dizer que tinha sido nesse Finkel que amarguei o 4º lugar nos 400m Medley. O que lembro mesmo desse Finkel são os 100m Livre e os 200m Medley!
Lelo, nos 100 peito o que ocorreu foi o seguinte: o Hermeto se machucou na chegada da final dos 200 medley, e saiu dos 100peito, abrindo a brecha para o mitropoulos entrar e pegar a prata na raia 8. Aliás, essa machucada do Hermeto o tirou dos 400 medley, o que foi providencial para a minha medalhinha.
O sr. estava na final dos 100P e dos 200P, esta última junto comigo. Inclusive eu fui DQ na final e o miserável do LAM deu gargalhadas soltas ao saber disso, ele que (peba) não tinha pego final.
Parabens pelo post! Sensacional! Me transportei novamente para aquela competicao e senti a adrenalina daqueles dias. Ver o video, mesmo sem ser em HD, me fez lembrar ate dos gritos de guerra e do famoso: get out! quando alguem queimava. Abraco!
Valeu Saboia, como você bem sabe na época podia queimar até duas vezes, só era DQ na terceira ou antes se o juiz decidisse que a queimada tinha sido de propósito, por isso quando alguém caía os outros clubes gritavam get out!
Hoje em dia, caiu = get out direto.
Animal esse post, hein?! Só tive tempo de ver o video completo agora e muitas memórias da competição vieram a tona. Lembro da voz do Mario Xavier fazendo pequenos comentários ‘sobre nadadores e pre anunciando os recordes nas finais absurdas… nem todas as memórias são boas, porém, pois não fui bem neste Finkel… Fico até acanhado, mas numa competição tão forte e em uma piscina tão rápida eu só lembro de piorar tempos. Não lembro a razão, mas quando não dava certo em geral tinha a ver com polimento… tinha poucas chances de resultados no ano e a falha me desapontava bastante.
De qualquer forma, lembro bem de notar uma grande evolução na natação neste evento. E, pelos comentários, estou vendo que são muitos nadadores da ápoca que sentem o mesmo. Dava orgulho alheio! Lembro de contar as braçadas do Gustavo na final e ficar impressionado como o nado dele rendia. Lembro do resultado incrível do JR. Incrível sendo a palavra certa…
Abraços e obrigado, Renatão!
Grande Munhoz, o sr treinava comigo no CPM em 1990, estudava na FEA e morava no Projeto Futuro.
E eu sei por que o sr foi mal, o sr roubava muito nos treinos.
Calúnia! Você tá me confundindo com outro cara… Acho que inclusive devo ter tido um overtraining… 🙂
Nota dez pelo texto Renato! Estava lá como um verdadeiro PEBA, mas também fiquei impressionado com os tempos. Tenho alguns vídeos em casa que vou tentar recuperar.
Valeu Abdo. Ficamos no aguardo dos vídeos!
Importante registrar o pódio dos 100m costas feminino: ouro para Spieker do Golfinho, prata e bronze para Renata e Celeste do Curitibano. Um ótimo momento para lembrar do post “Um rival para chamar de seu”.
E falando nisso, você se lembra da tal massagem que está no vídeo? Esse massagista era do CC? Isso foi antes dos 100L?
Sim, lembro da massagem e da luz entrando antes da equipe de gravação na salinha que ficava embaixo da arquibancada.
Fiquei um pouco constrangido mas deixei rolar. Acredito que tenha sido depois da final dos 100m livre e antes do reveza, mas não é certeza.
Lembro do CC ter levado massagista para duas competições: o JD de 1987 e esse Finkel.
Excelente texto. Um pequeno complemento. O Finkel nasceu em piscina curta. As duas primeiras edições foram no Centro Israelita do Paraná. Passamos a véspera do 1o dia montando as raias.
Boa história essa do início do Finkel, isso está publicado em algum lugar? Em que ano foi isso?
Obrigado pelo comentário, abraços
A 1a edição aconteceu em 1972, poucos meses depois do falecimento do Zé (Finkel). A Wikipédia tem a lista dos campeões de cada ano: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trof%C3%A9u_Jos%C3%A9_Finkel. Já tem aqui uma pequena correção ao que escrevi. As primeiras cinco edições foram no CIP. A ideia era que fosse sempre lá, mas a piscina não comportava. Eram apenas 6 raias. O clube era pequeno e o evento cresceu.
Tinha um vídeo no blog da Mariana Brochado, com depoimentos bem interessantes: http://sportv.globo.com/platb/marianabrochado/2011/08/30/voce-sabe-quem-foi-jose-finkel/. Estive lá agora, mas o vídeo não está mais. Talvez falando com ela, consiga-se recuperá-lo.
Uma versão da história você encontra em http://www.educacaofisica.com.br/index.php/blogs-ef/entry/o-trofeu-jose-finkel. Cabe corrigir um pouco (o que não tira o valor do artigo). A natação do Centro Israelita sobreviveu ao falecimento do Finkel. Ele era um bom nadador e um ótimo sujeito, mas no nado de peito na época, o Celso Jugend e o Ratto eram os melhores. Todos apareceram para reinar e a natação do Paraná, capitaneada pelo Curitibano e pelo Israelita, com destaque também para os clubes de Londrina e Maringá, estava apenas começando a bombar. A equipe do CIP teve que se mudar alguns anos depois, porque os sócios do clube reclamavam que a equipe – que tinha crescido muito – ocupava a piscina inteira por muito tempo.
As melhores pessoas para contar tudo são o Joel Kriger, o Celso e o Ratto. Só precisa esperar que o Joel volte do Everest :-).
Sensacional esses links, sobretudo o terceiro, muito legal mesmo!
Quanto ao Everest, de vez em quando o LAM manda uns links sobre ela, estou torcendo e invejando a expedição, mesmo que não alcance o cume.
Abraços
Oops. Treinar e não reinar.
Mais um sensacional post! Com excelentes comentários! Esse blog sem dúvida traz uma contribuição enorme (mesmo fora das piscinas) à natação brasileira. Resgatando o passado e projetando o futuro. Parabéns!
Obrigado Pedro, os comentários são realmente sensacionais, e dão motivo para a gente continuar. Grande abraço.
Emocionante. Um evento histórico, que era desconhecido para mim. Parabéns!
Valeu, Sabino. Histórico mesmo.
Abraços
Excelente Cordani…
Muito bom lembrar de tudo isso!
Realmente nesse FInkel a minha carreira ja tinha sido afetada! O ombro ja tinha dando muito problema e estava nadando o que podia pra ajudar o Flamengo na competicao.
Lembro que bati o recorde brasileiro dos 800 na virada dos 1500 e que a dor estava insuportavel.
Valeu Maga e Piu pela por lembrar dos 1:46.50 e 3:46.39, pois foram grandes marcas que muitos brasileiros nem ficaram sabendo na epoca. Sera que a nova geracao segue Epichurus por falar nisso?
Grande Abraco,
Castor (Se bote Michelena ninguem da epoca vai lembrar)
Caro Castor, realmente uma pena o estouro do seu ombro.
Esses 1:46 e 3:46 que a gente só ouvia falar nos enchia de esperanças de vê-lo disputando as medalhas em Barcelona, mas, de qualquer forma, mesmo sem ombro você ainda conseguiu pegar final olímpica nos 4×100 e 4×200. (OBS: O Esmaga está escalado para contar a sua história tim tim por tim tim um dia desses.)
E eu nunca tinha notado o exagero do sotaque gaúcho que você tinha em 1990. Barbaridade, tchê.
Grande abraço
Lembro dessa competição.
Como você disse, hoje os tempos não parecem expressivos, mas na época eram.
Até com o meu tempo fiquei satisfeito, 2:07:00 na final B dos 200 costas garantiria acho que o 5º ou 6º lugar. Não me lembro agora. Prova vencida pelo Piu acho que com 1:58 ou algo parecido.
Um grande abraço a todos e ao Cordani por lembrar do feito do Pirula e tantos outros.
Valeu Flávio pelo comentário, mas os resultados estão aí em cima, o Ramalho ganhou os 200 Costas com 2:02.88, e o Piu ficou com a prata.
Mas você treinava no CIR, correto? A piscina era boa sempre? Tipo, vocês faziam tempaços no treino e depois sofriam quando competiam fora? Sempre tive essa curiosidade.
Aliás, não custa repetir. Em 1990, era preciso bater a mão na virada de costas, essa regra só mudou em 1991. Uma diferença de mais de 0.5s por virada.
E como Cordani.
Até em dias ruins a piscina era boa.
Sofríamos em outras piscinas, mas fazer o quê.
Bem lembrado pelos tempos. Realmente o Ramalho levou, então meu tempo não ficou tão longe assim.
Quanto a mão na virada, realmente fez muita diferença, mas aí eu já estava parando, mesmo que um pouco cedo, de nadar.
Mas já estávamos virando, mesmo batendo a mão na parede, já virávamos igual ao craw.
Particularmente para mim foi uma desvantagem, pois eu era rápido nas viradas. Característica comum para quem treina na raia curta, mas eu utilizava a mesma técnica que o ex-recordista mundial John Naber. (agradeço ao João por mostrar os vídeos que ele trazia dos EUA, quando ele conheceu Mark Schubert.
A técnica consistia em virar com os pés fora da água, o que dava bastante velocidade devido a redução do atrito.
Um grande abraço e voto para esse blog ser a maior publicação da história da natação brasileira.
Valeu Flavio, obrigado pelo elogio, grande abraço.
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Que maravilha! tive o grande prazer e o privilégio de trabalhar como assistente técnico do grande Leonardo Del Vescovo em 1990 naquela equipe fenomenal do Clube Curitibano. e fiquei surpreso ao me ver no vídeo atrás dele na entrevista, mas muito mais emocionado em poder rever essas imagens que eu nem sonhava que existiam! sensacional!!
Valeu Celso existem sim, aqui estão. E veja que deste extraordinário Finkel eu ainda publiquei mais três vídeos, nos seguintes links:
100 Livre: https://epichurus.com/2013/12/23/ate-2014/
200 Medley: https://epichurus.com/2014/05/16/dois-anos-em-dois-minutos/
400 Medley: https://epichurus.com/2013/10/21/meus-400-medley-do-nada-para-lugar-nenhum-mas-com-algum-recheio/
Abraços
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Awesome blogg you have here