Nesse episódio, as três coisas mais legais do Pan de 1983 (com ênfase não exclusiva na natação). Os resultados (completíssimos) estão aqui.
Top 3 vai para… A boa atuação da natação brasileira masculina, destaque especial para alguns dos melhores tempos da vida de: Marcelo Jucá: 3:55.66 nos 400L – bronze e 15:33.01 nos 1500L – prata (e 1:52.81 nos 200L e 56.44 nos 100B dos revezas). Foi a competição da vida do Jucá. Maviael Sampaio Neto: 2:24.79 nos 200P (aliás empatando com o Luiz F. Carvalho em quinto lugar). 51.09 do Jorge Fernandes e 50.96 do Cyro Delgado saindo respectivamente em segundo e em quarto no revezamento 4×100 Livre que pegou a prata (não sei se são os melhores tempos deles, mas foram muito bons para a época). Ricardo Prado: 1:59.00 nos 200B, 2:02.85 nos 200C. Mais detalhes no top 1.
Top 2 vai para… O Pan de Caracas foi o último em que os Estados Unidos levaram sua seleção A (* ver comentário do D. Takata), e a última edição em que um recorde mundial foi batido. Essa foi a principal competição do ano para os americanos, que bateram três: Steve Lundquist nos 100P (1:02.28), Rick Carey nos 100C (55.19) e o reveza americano no 4×100 4 estilos (Carey, Lundquist, Gribble e Gaines) 3:40.42.
Top 1 vai para… A atuação espetacular do Ricardo Prado, fazendo seus melhores tempos da vida em 200B e 200C (prata-prata), e obtendo os ouros de 200M e 400M, esta última prova em que era o recordista mundial vigente e que ganhou por mais de 6s do segundo colocado. Foi o maior medalhista individual da competição. Essas provas passaram ao vivo na TV e, somado ao fato de que a equipe americana estava com uma seleção excelente (inclusive batendo recordes mundiais), alçaram Ricardo Prado a ídolo máximo do esporte brasileiro, a Pradomania (detalhes aqui).
E como 1987 já foi (aqui), o próximo é o de 1991, nesta sexta feira.
Boa! Além da confirmação do Ricardo Prado como ídolo da natação, eu lembro do Steve Lundquist metendo 1’02 … Aquele recorde era muito impressionante e havia até uma piadinha em Bauru que envolvia um versão do nome do cidadão (“estive longe do recorde…”). Infame, porém memorável pra um cara de 11 anos.
Munhoz, obséquio esclarecer a piadinha pois não entendi.
Renato, me chamou a atencao tb a atuacao de outros sulamericanos. Excelentes tempos do Alberto Mestre, Vidal e Restrepo. Pradinho fenomenal, Juca excelente. Competicao muito forte. Bacana.
Sim, Vreco, lembrando que esses três pegaram final em Los Angeles, e o Vidal inclusive foi bronze nos 200B.
Eu estava olhando os resultados e vi que o Jucá descontou mais de 1s do Vidal nos últimos 100m do 400L. Deve ter sido sensacional como o do Michelena. O Jucá para mim é uma incógnita, ele atingiu o auge nessa competição mas nunca fez nada parecido nem antes, nem depois. Gostaria de saber mais sobre a história aquática do cidadão.
Marquei o Juca no FB. Lembro bem da boa fase dele e de conversar c o Pedro da expectativa em relacao a Los Angeles. Nao sei o q aconteceu, acho q ele encheu o saco rapido depois disso. Lembro muito dele treinando no Fla mais velho soh p manter a forma. Nadava muuuito. ab
Renato, palavras do Juca p engrandecer o seu post
“Fala Álvaro
Td bem ?
Obg pela lembrança !
Não consegui fazer comentário na Msg q vc mandou .
O Pan 83 foi marcante pra mim e como o texto fala; o último em q os Eua levou sua equipe principal .
No ano seguinte; nas olimpíadas de 84; muitos nadadores daquela equipe americana foram campeões olímpicos mesmo sem ter ganho o Pan; e outros confirmaram o favoritismo .
Tive uma relação Mto legal com a torcida Venezuelana q apoiava os nadadores brasileiros com paixão.
E eu tive quase dois técnicos ao nosso dispor ; o Dalty e o Gambril; q era técnico dos Eua e ja era meu técnico no Alabama….
E o Gambril me deu instruções de estratégia nos 1500 pra cima do Jeff Kostoff; q ganhou os 15oo e o Michael Obrien; q foi bronze atrás de mim é campeão olímpico no ano seguinte ….
Foi Mto legal a torcida venezuelana gritando nosso nome ao longo das provas ….
O final da prova apareceu no Jornal Nacional qdo eu nos 1500 vim de trás e quase bati o Kostoff no final…
Das competições do ciclo olímpico; essa foi uma inesquecível !
Valeu!!!forte abraço”
Muito legal o comentário do Jucá, enriqueceu o post mesmo! Abraços
Além do Prado, lembro muito dos americanos Rick Carey, Steve Lundquist e Rowdy Gaines.
Eu tinha a prova dos 100 livre do Rowdy Gaines gravada. Foi emocionante.
Eu gostava do John Naber. Usei o estilo de virada de costas dele até liberarem de botar a mão na parede. Fui muito útil.
John Naber, um daqueles que está bem acima da sua época. Nas olimpíadas de Los Angeles o Rick Carey piorou esse tempo do Pan e ganhou o ouro mas não bateu o recorde olímpico do Naber na prova de 100C. Daí ele (Carey) acabou batendo o RO no 4×100 medley.
Vc tem a prova do Gaines do Pan? Acha aí pra nóis!
Pô Cordani, agora pegou pesado. Essa gravação estava numa das minha antigas fitas Betamax. (sim, eu tive esse VC). Essa fita provavelmente não existe mais, e se foi convertida está no meu depósito no BR. Será difícil de buscar.
Dei uma procurada no youtube e achei a prova dele que eu tinha gravada. Foi de Los Angeles.
Vou dar uma procurada nas viradas de costas que o John Naber utilizava.
Abs
Valeu Flavio, abração
Apenas uma correção: o último Pan que os Estados Unidos levaram sua seleção principal foi o de 1995, em Mar del Plata.
Esse 4x100m medley masculino de Caracas representou a primeira e única vez na história que os quatro recordistas mundiais vigentes dos 100m dos quatro estilos nadaram um revezamento juntos. Como não poderia deixar de ser, bateram o recorde mundial.
Sim, Daniel, esse 4×100 era imbatível! E em 1984 o Gribble se machucou no ombro e nadou o Pablo Morales, que não era o WR.
Quanto aos EUA, vamos rescrever da seguinte forma: “Caracas foi a última vez que uma seleção A americana nadou polida e raspada um Pan”, pode ser assim?
Abraços