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Natação e cia.

E o improvável acontece – Saga dos 200 Peito parte IV.

Recapitulando:
Quarto Lugar no TB do Golfinho jan 1988 (parte I).
Quarto Lugar no TB do JD fev 1989 (parte II).
Quarto Lugar no TB do Ibirapuera jan 1990 (parte III).

Já tava legal de quarto, né? Decidi treinar forte para obter ao menos um bronze no Troféu Brasil  que seria no final do ano de 1990. Desta vez os treinos seriam sem o Lelo, que partiu para treinar nos Estados Unidos, entretanto com o Munhoz, que entrou na FEA-USP e veio para o Paineiras treinar com a gente. A minha faculdade ainda estava em segundo plano: todos os meus colegas futuros geofísicos sabiam que às 15:45 eu “virava abóbora” e, independentemente do ponto em que estivesse a aula, eu pegava o Fusca 65 e me dirigia ao Paineiras.

A inter-temporada de 1990 foi a melhor da minha carreira. Consegui um bronze de Finkel nos 400 medley (dando o troco no Lelo que ficou em quarto), ganhei cinco paulistas individuais, fui terceiro geral na Copa Mesbla (com prêmios em dinheiro, o que me garantiu uma nota preta para a época), fiz 2:30 em longa sem polir e raspar na seletiva de outubro para o mundial de Perth, e além disso ainda fiquei em terceiro (a apenas 30s do Polaco) nos 25km da Travessia Ilhabela-Caraguatatuba, que classificou o próprio Polaco e Ricardo Sperb para o mesmo mundial. Coisa rara na natação da época, eu ainda tinha o patrocínio individual da Air Conditioning. Agora vai!

O TB de dezembro 1990 seria no Parque Aquático Julio Delamare, piscina que me trazia ótimas recordações, e eu estava pronto para finalmente ganhar uma medalha nos 200 Peito ou 400 medley.

Os 200 Peito foram logo no primeiro dia, e logo de manhã fui surpreendido pela excelente fase de peito do Jaime Mitropoulos (caramba, esse cara não nadava medley?) que foi do meu lado e me ralou com uma certa facilidade nas eliminatórias. Alex Hermeto estava (como de praxe) nadando em um nível acima e o Renato Alves tinha feito uma ótima temporada pelo Flamengo e também nadou muito bem de manhã. Fiquei com o quarto tempo atrás desses três, e antes da final eu analisei bem os resultados da manhã e concluí que do Hermeto e do Mitropoulos ia ser muito difícil ganhar, portanto minha chance de bronze seria bater o Alves. Considerando o meu histórico de três quartos seguidos, seria um displante obter mais um, e eu estava disposto a fazer o possível e o impossível para obter o bronze. Alves iria na 5 e eu na 6, era praticamente uma prova particular entre nós dois pelo bronze, já que o Lelo não estava polido e raspado, o Munhoz nunca foi especialista nessa prova e o Oscar Godoi estava apenas começando a carreira no absoluto.

O trajeto antes da disputa particular pelo bronze.
O Balizamento: 1- Lelo 2- Oscar 3- Mitropoulos 4- Hermeto 5- Alves 6- Cordani 7- Munhoz 8-?

 

 

 

A prova se desenrolou exatamente da forma que, no fundo, eu temia. Hermeto e Mitropoulos dispararam, e eu não tive respiro do Alves um só segundo. Desde a primeira piscina eu o via aparecendo no rabo de olho, o que em peito significa que o sujeito está na sua frente. Um esforço hercúleo e desesperado nos últimos 50m não logrou êxito, ao contrário, Alves em excelente fase até abriu distância e pela quarta vez consecutiva fiquei em quarto lugar no TB. Hermeto fez seu melhor tempo da vida e finalmente conquistou o recorde brasileiro absoluto dos 200 Peito, 2:21.67 (e certamente alimentava com fervor seu próprio sonho olímpico), Mitropoulos fez 2:22.88 (idem), Alves 2:25.53 e eu 2:26.66. (O recorde brasileiro do Hermeto só seria batido quase no final da década de 90 por Marcelo Tomazini Fabio Mauro).

Reparem no paraninfo Maviael. E olha a minha cara de bravo, por que será? A vida não é um 200 Peito, Renato!

 

Para piorar, em função do bronze do Finkel eu também alimentava uma certa esperança nos 400 medley (se bem que para esta prova já no balizamento era possível verificar que com Hermeto, Ramalho e Rebollal presentes, seria muito difícil obter uma medalha). O balizamento da final já foi publicado pelo Coach aqui. Até nadei uma prova decente e fiquei em… (adivinhem!) quarto, entretanto, mesmo sabendo que o bronze era improvável, obter o quarto lugar evidentemente não causou nenhum prazer!

Com o Polaco, rindo para não chorar. Ao menos ganhei do Lelo.

Quatro quartos seguidos em quatro anos, sem contar esses 400 medley. A moçada procurava esconder o constrangimento, mas a situação já estava ficando velhaca. Pouca gente ainda se atrevia a comentar os erros (havia erros ou eu simplesmente era peba?) e tentar entender o que fazer para acabar com essa terrível sina de quartos lugares em TB. Nem a minha mãe ousava tocar no assunto, muito menos a minha irmã!

Polido e raspado, aproveitei a grana da Copa Mesbla e segui para uma viagem epicurística relatada pelo Munhoz aqui, que me deu tranquilidade para repensar a carreira. Será que já cheguei ao meu limite, ou ainda tenho chances (e saco) de tentar mais um ano por uma medalha? Estava nessa dúvida quando voltamos para São Paulo, era início de 1991 e eu tinha 20 anos.

A ida para o Pinheiros.

Na era pré-celular, foi só ao voltar da Bahia e ir ao Paineiras pessoalmente que descobri que o Willian tinha voltado para o Paulistano e 80% da equipe tinha ido com ele. Aí  entrei em contato com o então técnico do Pinheiros Alberto Klar, que rapidamente marcou uma conversa e logo de cara me deu um xeque-mate: “Cordani, as coisas não andaram muito bem para você, eu sei, mas eu ainda acredito no seu potencial. Você tem chances de subir de patamar, pegar seleção brasileira, até quem sabe o Pan, mas o tempo está passando e não dá mais para esperar: é agora ou nunca.” Era exatamente o que eu queria ouvir. Vesti ali mesmo o agasalho do Pinheiros e virei casaca!

Fui para o Pinheiros, agora vai!

Animado com a mudança de clube, pelo quinto ano seguido eu treinaria muito forte com vistas ao TB seguinte. Os treinos do Alberto eram bem diferentes dos treinos do Willian, divididos da seguinte forma: longos na segunda, fortíssimos na terça e quinta, fracos na quarta e sexta, e fortes (em geral tiros de cima) no sábado, isso fora as três dobras e musculação bem mais intensa do que eu fazia antes. No meio do ano, bom sinal, peguei seleção brasileira universitária para as universíades de Sheffield (essa merece um post, hein?). Mais um semestre muito forte e eu chegaria confiante ao TB de janeiro de 1992. Seria o quinto TB consecutivo em que eu tinha chances.

Belo Horizonte, Minas Tenis Clube, 15 de janeiro de 1992, Troféu Brasil de natação. Frio da porra e chuva, péssimo sinal para mim, que gostava de competir com calor. Os 200 Peito como de praxe eram no primeiro dia, e eu fiquei com o segundo tempo de manhã, atrás apenas do Oscar Godoi, que treinou esse ano em Rio Preto, tinha crescido e estava bem mais forte do que no ano anterior. Hermeto soltou e pegou raia 3, mas fora esses dois eu sinceramente não via ninguém mais forte do que eu. Desta vez a possibilidade do pódium era mais palpável! Talvez por isso mesmo eu me encontrava extremamente nervoso, a pressão não era apenas da prova em si, mas também (sobretudo) pesavam os quatro quartos anteriores.

A tensão excessiva não me caiu bem, muito menos o frio, mas não obstante nadei forte a prova, pau a pau com o Oscar, no entanto perdi dele nos últimos 50. Bati a mão exausto e olhei para o placar esperançoso, e obtive uma tremenda decepção. Ocorre que Carlos Victor Araújo, o Cacá, reaparecera no cenário nacional para seu último suspiro medalhístico, e fez uma final surpreendente até para ele mesmo e lá da raia 2 furou meu tempo (que não tinha sido muito bom, 2:28:45) e obteve o bronze, isso mesmo, me deixando com… o quarto lugar de novo!

Quinto quarto lugar seguido em cinco anos, inacreditável! Sintomaticamente, também não tenho fotos dessa competição.

Com 21 anos, o sonho olímpico estava definitivamente sepultado, e sobravam poucas cartas na manga. A “culpa” do mau resultado era exclusivamente minha, pois no geral a equipe do ECP nadou muito bem esse TB (inclusive meu companheiro de treinos Cassiano Leal ganhou o ouro nos 200 Livre e realmente mudou de patamar esportivo, e só não foi para Barcelona por uma sequência inacreditável de fatos que merecem um post só para eles, conseguindo no entanto a vaga para Atlanta 1996).

A minha faculdade estava começando a apertar, talvez fosse difícil suportar mais um ano nesse ritmo frenético de treinos e sacrifícios, será que eu aguentaria a busca metálica por mais um longo ano?

Um fato novo, sensacional e surpreendente mudaria completamente o clima da saga a partir do ano de 1992.

Veja como foi no epílogo – quinta e derradeira parte da saga.

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

41 comentários em “E o improvável acontece – Saga dos 200 Peito parte IV.

  1. Marina Cordani
    8 de outubro de 2012

    Já que fui mencionada, deixa eu deixar claro: nem sabia que esses 4ºs lugares tinham sido tão decepcionantes. Claro que medalha é bom, mas na minha cabeça de “mais peba ainda”, final A de TB era excelente! Meu irmão nadava muito!

    • rcordani
      8 de outubro de 2012

      Hehe, eu me lembro de você reclamar do meu mau-humor no dia da tragédia do Ibirapuera, provavelmente você pensou que era um mau-humor corriqueiro….

  2. Alvaro Pires
    8 de outubro de 2012

    Emocionante a historia. Deve estar todo mundo esperando o final feliz na novela da globo !!! Eu to aqui doente em casa c 40 anos mas satisfeito c meu o 4o lugar (unico) no TB de 1990. Talvez por eu nadar crawl velocidade e consequentemente os revezamentos a medalha de prata nos 4X100 tenha amenizado a falta das individuais. Fiquei muito feliz c a entrada do Veirano no blog. Vamo q vamo … e depois a gente espera o livro. hehe

    • rcordani
      8 de outubro de 2012

      Grande Vreco, eu inicialmente tinha pensado em um livro mesmo, depois cheguei à conclusão óbvia que a história não interessaria a ninguém, então escrevi para mim mesmo! Pelo menos fica na nuvem até dar um phau geral na mesma. Que bom que você gostou.

  3. Fabiano
    8 de outubro de 2012

    Prezado Renato
    Sensacional o que vc está fazendo! Vc está registrando, com fatos e dados, a história da natação brasileira! Isto é sem precendente! Infelizmente, no BR não temos o costume de documentar tudo. Falo isto pela experiência que tive nas empresas que trabalhei. O histórico fica na…cabeça das pessoas! Se elas saem, o histórico sai junto…Enfim, acho que vcs que foram multi-medalhistas em TB, Finkel, etc, deveriam escrever um livro! A história da natação brasileira! Dividida por anos, décadas, troféus, nadadores/as, sei lá, mas que iria ser bacana, iria. Nem que seja e-book. Eu compraria. :). Pode deixar que aqui no PR eu vou provocar o Esmaga, o Ramalho, pra eles começarem a rabiscar algo. Abs. P.S. Ansioso pela derradeira parte…

    • rcordani
      8 de outubro de 2012

      Obrigado Fabiano. Prometo o final excepcionalmente para esta quarta feira, para que o Blog possa respirar outros ares novamente.

      • Fernando Magalhães
        9 de outubro de 2012

        Tende a zero a chance do Ramalho rabiscar algo.
        Quanto a mim, já estou provocado.
        É o Fabiano da GB que postou?

  4. Pingback: A Tragédia do Ibirapuera – Saga dos 200 Peito parte III. | Epichurus

  5. Rodrigo Munhoz
    8 de outubro de 2012

    Pela madrugada, Renato! Mesmo tendo vivido parte dessa história, estou ficando angustiado… Mas de qualquer forma, com vinte anos de atraso, começo a entender melhor alguns eventos “históricos”. Estou ansioso para ler o epílogo!
    Abraços!

    • rcordani
      8 de outubro de 2012

      O sr. poderia ser mais específico sobre qual evento histórico o sr. se refere? O epílogo fica para quarta feira, ok?

      • Rodrigo Munhoz
        9 de outubro de 2012

        No proximo HH a gente discute melhor, mas tenho quatro palavras pra você: “Atraso”, “Treino”, “Fusca” e “Velocidade”… Uma quinta palavra seria “medo”.

  6. andreamendoim
    8 de outubro de 2012

    Saudoso Fusca 65, em 1990 peguei muita carona no banco do passageiro. E algumas vezes com a Caloi 10 DENTRO do carro.
    Quem sabe um dia escrevo um post sobre 1990, uma ano que marcou minha vida.

    • rcordani
      8 de outubro de 2012

      Grande Minduba, uma Caloi 10 não cabe em um fusca, mas também não cabem 27 pessoas em uma kombi, então tá limpo. Anotei sua promessa, vou cobrar. O texto sai quando?

  7. Ruy
    8 de outubro de 2012

    Characas, na minha cabeca voce teve 4 x 4 e nao 5 x 4!!!.
    Eu fui um dos que acompanhei o mestre Wilbour para o Paulistano. Foi triste na epoca a separacao da equipe do Paineiras e cada um seguiu para onde achava que seria melhor. Ali, apesar de ainda existir o espirito de equipe, torcia muito mais para os amigos nas competicoes. Torcia para o Renato do Pinheiros conseguir sua medalha. Para o Amendoim do Paineiras pegar final A e, claro, pro Lelo do Paulistano ganhar. Talvez, sem saber e pensando nesse exato momento que escrevo, esse ano da mudanca dos clubes tenha sido o que sedimentou a amizade que dura ate hoje dentre os nadadores que aqui sao citados. Mesmo nadadores que nao eram tao proximos, acabram ficando. Como exemplo, me lembro de entrar de penetra (tanks to Salsa) nas famosas festas de aniversario do Fralda logo quando cheguei em SP mas, ja nessa epoca, era convidado pessoalmente. A ida do Renato para o Pinheiros rendeu algumas bocas-livres para mim (e muitos outros).

    • rcordani
      8 de outubro de 2012

      Sim, naquela época a gente começou a misturar os clubes, e hoje a turma é eclética, a gente até aceita os caras do ECP…

  8. Lelo Menezes
    8 de outubro de 2012

    Em retrospecto, me arrependo bastante de não ter polido e raspado para esse Troféu Brasil do Rio, assim como me arrependo de não ter voltado ao Brasil para nadar o TB de Minas. No 1º o Maglischo me convenceu que polir poderia comprometer o treinamento para o NCAA em Março e no 2º, tomei a decisão eu mesmo após raciocinar que seriam 3 polimentos num período de 6 meses (TB, NCAA e Seletiva Olímpica) e como o principal objetivo era a seletiva (que foi um desastre) e eu não queria nadar mais um TB sem polir e raspar e ficar entre 6º e 8º, optei por não nada-lo! Engraçado que ficamos mais velhos e certas decisões que tomamos no passado parecem claramente equivocadas, mas na época faziam todo sentido!

    • rcordani
      9 de outubro de 2012

      Sim, muitos “americanos” vinham e nadavam bem. Agora, esse TB de BH foi chato, estava chovendo direto, se bem que o Messias (que treinava com você) veio e foi muito bem! Um dia você conta sobre essa seletiva.

  9. Oscar Godoi
    8 de outubro de 2012

    Como voces podem ver pela foto depois deste 200 esta muito bravo, pois havia nadado o JD sem raspar e polir e acabei fazendo o mesmo tempo. So me lembrei deste trofeu com a ajuda do Renato Cordani, muito legal ouvir os detalhes de quem estava nadando na epoca.

    • rcordani
      9 de outubro de 2012

      JD 1990 no Ibirapuera, correto? Se não me engano nesse JD alguns adultos (Esmaga, Mitropoulos) tentaram índice para o Mundial, e foi aí que percebi que o Mitropoulos tinha priorizado o nado de peito.

  10. Daniel Takata
    9 de outubro de 2012

    Renato, obrigado pela menção no prêambulo da saga, e você acertou na mosca que sua trajetória me interessaria muito, muito embora ao que parece há muito mais pessoas interessadas na sua história além daquelas cinco ou seis que você citou! Tenho esperado ansiosamente cada capítulo, a ponto de nessa última madrugada, com dificuldades para dormir, as 3 da manhã, entrei na internet só para ver se você tinha atualizado, e para minha felicidade tinha! Esse 2:21.67 do Hermeto em 1990 superou um recorde brasileiro que durava seis anos, e só foi superado quase oito anos depois pelo Tomazini. Naqueles 14 anos o recorde caiu somente duas vezes, e nos 14 anos seguintes, de 1998 a 2012, foram 15 recordes brasileiros nos 200m peito (12, se desconsiderarmos os trajes tecnológicos), sendo oito obtidos pelo próprio Tomazini.

    • rcordani
      9 de outubro de 2012

      Valeu Takata, quer dizer que não apenas eu era semi-peba, mas toda a minha geração! hahaha! Aliás isso é um fato que o Bonotti e o Fralda não cansam de mencionar, eles dizem que a gente só pegava finais e medalhas por que o peito do Brasil era muito fraco! Nessa hora eu costumo dizer que se tivesse revezamento 4×200 peito eu tinha ido para três olimpíadas…

  11. Marcelo Tomazini
    9 de outubro de 2012

    Cordani… meus PARBÉNS pelos posts cara, estou acompanhando desde a parte I e conseguindo sentir muita emoção a cada Post, cara vc é um monstro da recordação e do detalhe, afinal lembrar de todas estas passagens nos mínimos detalhes é porque a cada queda na piscina era uma história diferente. As vezes eu também me lembro de muitas passagens pois foi muito difícil para eu poder conquistar algumas coisas na natação, exigiu sacrifício muitas vezes extremo. BAti muitas vezes na trave ficando em segundo lugar. MAs vamos dar a quem tem direito, e apenas para computar mais para história, infelizmente não fui eu quem bateu o recorde do Hermeto, este recorde foi batido pelo atleta FABIO MAURO, meu companheiro de ECP na Copa Latina de 1998 em Portugal, com 2’21″baixo, tudo bem que durou apenas 15 dias, pois no TB daquele ano no Ibirapuera, eu cravei 2’20″88 e a parti dali segui uma sequência como citou o grande amigo DANIEL TANAKA, que me despertou a curiosidade e vou buscar quantas vezes quebrei este recorde de 200 peito para postar aqui. VAleu pelas lembranças e estou no aguardo do término da saga!!!!!! Manda ver Cordani!!!!

    Abraços

    • rcordani
      9 de outubro de 2012

      Opa, Tomaza, obrigado pelo comentário e pela correção, vou corrigir. O Fabio Mauro eu lembro dos paulistas do meu final de carreira, aquele do Saldanha em 1997 eu ganhei dele (eu, polido e raspado, ele, em clima de treino forte para o Finkel) e ele ficou meio bravo, nem foi ao pódium… hehe. E sim, a sua sequência de resultados nos interessa muito, o peito brasileiro teve uma grande evolução a partir da sua melhora, com destaque para o Pan 1999!

  12. Fernando Magalhães
    9 de outubro de 2012

    1990 foi o ano em que cansado de bater na trave em tantas oportunidades: PAN87 e Seoul 88. Resolvi dar um basta e fazer o necessário para garantir a vaga para o mundial da Austrália. Reduzi minha carga horária na Engenharia para 12h/semana e foi o ano em que mais treinei (embora isso não parecesse possível). Ocorre que no início do ano, Ramalho e Michelena foram treinar nos EUA e se transferiram do CC para o Flamengo. O clima pesou no Curitibano. Não fiz o índice pro mundial por 2 décimos e cheguei neste TB acabado. Sentia que nossa equipe estava desmoronando, chorava no hotel todos os dias antes de ir pra competição. Nadei muito mal, só fiz final nos 50L, em que também cheguei em 4o, empatado com o Vreco com 24.13, 5 centésimos atrás do Jefinho (Jefferson Mascarenhas).

    Cheguei junto com o amigo Cordani no Pinheiros. Fiquei várias vezes hospedado na casa do Sr Umberto e da D. Lisbeth que sempre me acolheram com muito carinho.
    As lembranças são muitas. Além das provas, o Bobby Brown na casa do Fralda, Desafio Mineral Ice, várias festas legais e amizades para sempre.

    Essa sequencia de posts marcou muito, desculpe ter pego carona o colocado histórias minhas, fora do foco dos 200 peito, mas me empolguei com a memória ativada e não me controlei.

    Sobre a história do Cassiano, já colhi informações com ele sobre o período 93 /96 e em algumas semanas assinarei um post homenageando esse grande atleta da nossa natação.

    abraços
    Esmaga

    • rcordani
      10 de outubro de 2012

      Opa Esmaga, obrigado pelo comentário, a recíproca da hospitabilidade curitibana é verdadeira.

      Que bom que você está escrevendo a história 1992-1996 do Cassiano, a mema é inacreditável e imperdível!

      E também queremos detalhes sobre 1986-1990 (acho que é mais ou menos por aí, né?) com a SUA sensacional história.

  13. Fernando Magalhães
    9 de outubro de 2012

    TB de 90 também foi a última competição do saudoso projeto Mesbla.

  14. Fernando Magalhães
    9 de outubro de 2012

    E também a despedida do Campeoníssimo Jorge Fernandes. Dá pra ver a faixa de homenagem no vidro da piscina de aquecimento do JD.

  15. Pingback: A vida não é um 200 Peito! Parte V – Epílogo da Saga. | Epichurus

  16. Pingback: Piscinas e Assombrações | Epichurus

  17. Luiz F Carvalho
    22 de dezembro de 2012

    Legal! Acabo de ler a “behind the scenes story” da quebra do meu recorde brasileiro de 200m peito (2.21.99 longa), obtido no inicio de 1984 no Sul Americano no Rio no Julio Delamare)…So um blog como esse para conseguir isso. Abraco a todos, especialmente aos peitistas…

    • rcordani
      23 de dezembro de 2012

      Chicão, uma grande honra o seu elogio.

      Esse 2:21.99 foi histórico e frequentou os programas e os placares de quase toda a minha carreira semi-peba.

      Eu acompanhei o seu fim de carreira (sobretudo o pós 1984), quando eu iniciava no absoluto. Uma que eu me lembro bem foi aquele Finkel do Curitibano (1985) que estava uma friaca antártica, e lembro dos seus 200 Peito: soltou 3/4 da prova e ficou uns 3-4 corpos atrás nos 150m, aí deu um tiro de 50 e pegou o Kaminski no fim. Já nos 100 tentou a mesma tática mas não deu tempo de alcançar o curitibano! Eu me divertia na arquibancada.

      Grande abraço!

  18. Pingback: A virada dos 150m… « Epichurus

  19. jaime mitropoulos
    13 de agosto de 2013

    Já que fui citado….preciso emergir.
    maravilhosa narrativa, Renato. Parabéns. É, naquela época eu tentava nadar o peito. antes havia tentado o costas, o borb…..o medley (já que havia tentado um pouco de cada um, antes)
    E nada. rss
    mas logo os ombros me fizeram virar a página. Foram os dois para o espaço.
    Aquele TB de 1990 foi meu último. Lamentei durante anos e anos. Deixei até de ver natação na TV, de acompanhar, tamanha a tristeza (acho que é a primeira vez que falo sobre isso, depois de 21 anos).

    Mas hoje me trouxeram até aqui para ler seus comentários. Talvez tenha sido um presente de aniversário que veio flutuando. Obrigado a vocês.
    Parabéns pelo espaço!!
    Jaime Mitropoulos

    • rcordani
      16 de agosto de 2013

      Jaime, muito legal seu comentário. Vou respondê-lo em um post em breve. Grande abraço

    • rcordani
      19 de agosto de 2013

      Respondi com esse post.

  20. Luiz Carvalho
    14 de agosto de 2013

    Legal esse post, Cordani! Esses 200 peito me eram queridos e gostei de ler a hitoria “behind the scenes” do TB de 1990 quando o recorde brasileiro dos 200 peito, que era meu com 2.21.99, foi quebrado. Um dia escrevo a interessante historia do meu recorde dos 200, que aconteceu na mesma piscina em 1984 numa disputa com o Pablo Restrepo. Abraço!

    • rcordani
      16 de agosto de 2013

      Chicão, será um prazer ler e publicar aqui no Epichurus o seu texto. Fico no aguardo!

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Publicado às 8 de outubro de 2012 por em Natação, Saga dos 200 Peito e marcado , , , , .
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