EPICHURUS

Natação e cia.

Piscina do JD: as lembranças ninguém pode nos tirar!

Diálogo fictício:

Blatter: presidente, você quer mesmo fazer a Copa no Brasil?

Presidente: Sim, camarada Blatter, eu não apenas quero. Eu preciso. Faço qualquer coisa!

B: é que…    …temos um probleminha. O Maracanã não tem estacionamento…

P: (dando um tapinha nas costas do suíço) confia em mim, a gente adapta um por ali, amigão.

B: Mas em Copa  não aceitamos jeitinho. (apontando para a foto) Você terá que destruir aquela piscina, aliás onde já se viu piscina ao lado de estádio de futebol?

P: Tá bom, tá bom, a gente derruba aquela porcaria. Vai ter meia dúzia de três ou quatro reclamando, mas para cada voto que eu perder de um nadador, vou ganhar uns 10 de fãs de futebol. Nunca antes nesse país se demoliu uma piscina para fazer um estacionamento. Fechado!

Muito já se disse e tenho pouco a acrescentar à lamentável demolição do Parque Aquático Julio de Lamare. Como todos já sabem, esse palco das principais competições da minha vida (e de todos os nadadores da minha geração) vai ser demolido para dar lugar a um estacionamento para um estádio de futebol. Embora aqui e ali diga-se que já estava combinado com a Fifa, há controvérsias.

Maracana

Caramba, não dava para adaptar um estacionamento provisório SEM demolir a piscina? (a foto é do blog da comunicação)

N. do A (o nome do nadador e jornalista que deu nome ao complexo é Julio de Lamare. A grafia “Delamare” é, portanto, incorreta, e no entanto é mais usada até que a correta. Por costume e entendimento dos amigos usamos a sigla (incorreta) JD para nos referir ao complexo aquático e ao campeonato brasileiro de juniores.)

A tristeza é imensa. Não obstante é preciso deixar claro uma coisa: é evidente que o fato de EU e VOCÊ  leitor termos lembranças muito fortes do local não é um motivo muito significativo para manter a piscina de pé.  A piscina tinha que ser mantida por ser um pólo muito importante da prática de esportes pela comunidade da região, em um contexto de massificação do esporte cuja aplicação é muito mais importante do que qualquer realização de Copa ou Jogos Olímpicos no Brasil. Além disso, a piscina era usada como centro de treinamento de alto nível de Saltos Ornamentais e Natação, com prejuízo também ao Nado Sincronizado e ao Pólo Aquático, sem contar a importância como centro competitivo. E o motivo apresentado para a demolição, qual seja, “estacionamento para a Copa que já estava combinado com a Fifa” é ainda mais desalentador.

Enquanto ex-nadadores e desligados de quaisquer instâncias políticas somos impotentes, e pouco podemos fazer. Apesar de tardiamente, nossos representantes ainda tentam uma última cartada. Mas pelo menos a parte da nossa saudade pode ser em parte amenizada por um post e um punhado de fatos e fotos, e é exatamente o que vou fazer aqui.

Minha primeira competição na saudosa piscina vai fazer 30 anos, foi o Maurício Becken de dezembro de  1983. Curiosamente do ponto de vista técnico foi uma das piores competições da minha vida e de toda a equipe do Paineiras. Éramos uns vinte atletas e não pegamos nenhuma final! Eu mesmo nadei  400 Livre e 200 Medley, havia por volta de 12 séries em cada prova e fiquei com colocações em torno de 70º lugar nas duas provas. Acho que ficamos intimidados com o tamanho do complexo aquático e tomamos um vareio de dar dó dos cariocas. O único feito digno de nota (baixa) que protagonizei foi o disparo de um iogurte cheio do oitavo andar do nosso Hotel, provocando a ira da nossa chefe da delegação (minha mãe). Melhor esquecer isso aí.

Mas o meu amor pelo local iniciou na segunda competição em que ali estive, e dessa nem participei! Pouco mais de um mês do péssimo MB citado acima, fui assistir a minha irmã no Julio de Lamare de janeiro de 1984. Os nascidos em  70 (como eu) passaram de categoria e já podiam nadar na categoria juvenil A, mas eu era peba, peba, peba de doer e obviamente não tinha índice. No entanto, era tão apaixonado por natação que, de férias,  acompanhei diariamente os treinos duplos da equipe de cinco atletas do Paineiras: Adriana Ruggeri, Marina Cordani, Carlos Dudorenko, Luiz Claudio Toledo e Paulo Tibério, e vi com muita alegria a Adriana obter a medalha de prata (200 Peito), o Toledo obter o bronze (200 Costas) e a Marina obter a quarta posição nos 400 Medley. Eu passei os quatro dias da competição curtindo o local, principalmente no lugar que eu mais gostava: aquela piscininha coberta e gelada. Ainda assisti na íntegra o Trofeu Brasil na semana seguinte e tome mais tirinhos submersos na piscininha gelada. Pensando em retrospectiva, creio  que foram nesses oito dias de curtição do parque aquático JD vendo os ídolos de perto que me convenci que eu ia treinar o máximo possível para tentar ser um daqueles seres míticos que pegavam final de brasileiro, como por exemplo a minha irmã. Eu sequer tinha o sonho de conquistar uma medalha de brasileiro como o Toledo e a Adriana, isso parecia uma meta impossível para um mega peba como eu.

JD84

Carlão, Tibério e Toledo estavam competindo. Eu mesmo só de férias brincando por ali.

Nos dois anos seguintes dei uma boa melhorada (na verdade não melhorei tanto assim, a diferença é que a partir de juvenil passaram a existir as provas de 200 Peito e 400 Medley) e a próxima competição que nadei no JD já foi o meu primeiro Troféu Brasil, no movimentadíssimo janeiro de 1986. Acreditem se quiser: rompi o ano de 1986 na av. Paulista correndo a  São Silvestre, daí no dia 02 de janeiro fomos para a Argentina de ônibus (36 horas) participar de uma competição em Buenos Aires. Acabada a competição entramos no semi-leito fretado, mais 36 horas, chegamos de madrugada no Paineiras, minha mãe levou uma outra mochila e fomos diretamente para o aeroporto pegar o avião para Salvador onde nadamos a Travessia Mar Grande – Salvador (13km), na qual  fiquei em sétimo. Voltamos de Salvador e no dia seguinte pegamos o ônibus para o Rio de Janeiro, onde logo no primeiro dia eu ficaria em décimo sétimo nos 200 peito no Troféu Brasil realizado no JD.

Primeiro reserva da final B. Pena que ninguém desistiu!

Primeiro reserva da final B. Pena que ninguém desistiu!

Como o leitor atento do Epichurus bem sabe, a saga dos 200 Peito contemplou mais quatro competições nesse sensacional complexo aquático: o Julio de Lamare de dezembro de 1987 e outros três TBs (fevereiro 1989, dezembro 1990 e janeiro 1994), sendo que esse último foi minha despedida da natação semi-profissional. Também aqui no Epichurus encontra-se o sensacional relato do Lelo do JD ocorrido na mesma piscina, e o post Sonho Olímpico também trata de uma competição realizada ali. O Munhoz também mencionou a piscina no seu post sobre piscinas. Vejam abaixo algumas fotos tiradas na famosa piscina que cairá, (e vejam como contribuímos para o leitinho do Satiro Sodré :-))!

Ainda falta mencionar mais duas competições que nadei ali: a eliminatória do Mundial de outubro de 1990 e o Troféu José Finkel em 1991. Para essa eliminatória do Mundial a gente não estava polido e raspado, e nadamos apenas por ganhar ritmo de competição. Nessa eu lembro dos quase índices do Daniel Sperb nos 200 Borbola e do Teófilo Laborne Ferreira nos 100 costas (sim, na época o Tetê era nadador de costas). Já o Finkel era normalmente em curta, mas foi realizado excepcionalmente em longa para ser eliminatória para o Pan. Foi meu único Finkel pelo ECP, peguei final dos 200 peito mas a melhor prova que nadei foi os 400 medley (porém fui desclassificado de manhã) 😦 . Vejam abaixo as fotos das equipes do Paulistano e do Pinheiros nesse Finkel.

Desculpem os leitores mais apressados, mas gostaria de relembrar algumas das memoráveis provas que presenciei ali: os assombrosos 22:90 do Goldenstein, saindo da borda sem bloco. A brilhante participação de Patrícia Amorim em janeiro de 1984. A espetacular prata do Munhoz na raia 8 em fevereiro de 1989. Inúmeros revezamentos fechados com maestria pelo Rebollal, impressionante como ele fechava revezamentos. O Manú chegando direto do aeroporto e ganhando os 200L e 100B com recorde brasileiro no Finkel de 1991. Cassiano pegando o Pan e virando “gente grande”. A tempestade com raios que paralisou em 1984 os 1500 de um desolado Luiz Osorio, o qual estava ganhando com facilidade na altura dos 800m, a prova foi transferida para o dia seguinte e o Luiz ratificou o ouro. Glauco Casemiro batendo o recorde do Prado (1:02.71) em 1984. O surpreendente bronze do Toledo em 1984. A disputa da Adriana Ruggeri com Georgiana Magalhães no TB de jan 1986, vitória por pouco desta última. O recorde brasileiro do Hermeto nos 200 peito, batendo o recorde do Chicão que por sua vez também foi batido naquela piscina. O Djan Madruga chegando nos 200 costas, olhando o placar, vendo que o placar não tinha parado e dando uma cotovelada no mesmo para garantir a prata ainda antes do terceiro colocado (Rebollal) chegar. Os olímpicos Ronald Menezes, Cyro Delgado e Jorge Fernandes disputando os 100 Livre meses antes dos jogos de Los Angeles. O recorde sulamericano do Romero nos 100 Costas  em 1994. O ouro do Esmaga nos 50L em fevereiro de 1989, e o ouro do Lelo em janeiro de 1994. O domínio das provas de livre do paraense André Pereira em 1984. Os inacreditáveis quatro ouros do infantil A Marcio Santos em 1983. A Adriana Pereira fazendo 57.67 (RS) em 1989. Isso apenas para ficar em algumas das provas que me marcaram nessa piscina.

img054

Essa cena não vai se repetir nesse lugar.

É, passamos ali muitas e muitas horas. Para mim foram 5 TBs, 1 MB, 2 JDs, 1 Finkel e 1 eliminatória de mundial, e ali obtive dois dos meus quatro mais preciosos metais. Mas como eu já disse lá em cima, a minha (nossa) saudade NÃO É a razão pela qual o Parque não deveria ser derrubado.

E no entanto, é onde o calo mais dói.

Compartilhemos pois nossas lembranças por aqui, afinal isso ninguém pode tirar da gente! O que você, querido leitor, lembra da piscina do JD que pode contar para nós?

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

59 comentários em “Piscina do JD: as lembranças ninguém pode nos tirar!

  1. Rogério Aoki Romero
    8 de abril de 2013

    Renato,
    Parabéns pelas lembranças vívidas do JD. Sobre o estacionamento, a notícia da Veja deve estar correta. O detalhe é que, ao optar por passar para a iniciativa privada o complexo, a Economia manda e como nem pista de atletismo ou piscinas dão dinheiro fazendo projetos sociais ou abrigando atletas…
    Abraço

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Uma lástima. A massificação da natação é difícil pelo fato de o esporte exigir uma piscina, aí a piscina está lá e é derrubada!

      Mas você está correto. Passou para a iniciativa privada, o estacionamento faz muito mais sentido econômico. Piscina é despesa, estacionamento é receita. E vamos que vamos!

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de abril de 2013

        O estádio olímpico de Atlanta serviu aos Jogos e depois foi implodido para virar estacionamento. Decisão racional e tomada exclusivamente sob o ponto de vista financeiro.
        Isso é só um exemplo para enriquecer a percepção lógica da decisão capitalista.
        Naturalmente, esperávamos uma análise sistêmica do impacto na sociedade para a tomada de decisão. E aí, as vezes a melhor solução pode ser desmanchar e em outras manter. Mas parece que não foi esse o caminho adotado.

  2. Marina Cordani
    8 de abril de 2013

    As nossas lembranças são antigas, da década de 80 e 90. Minha pergunta é: essa piscina ainda estava em boas condições? Ainda era usada com frequência nos campeonatos importantes? Em caso afirmativo, é uma pena a demolição não só pelas nossas memórias. É uma pena porque é mais dinheiro jogado no lixo… Jogar fora o que está bom é mania de Brasileiro, gastão. Joga fora geladeira, televisão, qualquer coisa para comprar uma mais nova.
    Nesse caso, acho que nem vão construir uma piscina mais nova, né? Daí a natação sai perdendo feio…

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Sim, estava em boas condições, inclusive havia sido recentemente totalmente reformada. Tinha uso intenso para treinos de comunidade carente, não carente e até de nível olímpico. Mas como disse o Romero, não faz sentido econômico…

  3. Rodrigo M. Munhoz
    8 de abril de 2013

    Aquela piscina era mítica para mim. O placar, com os nomes (sobrenome e inicial na verdade) dos atletas foi por um bom tempo único no Brasil e era realmente de outro mundo para uma criança aspirando a grandeza nas piscinas. Aprendi muito sobre humildade e ganhei várias medalhas (quantas?) de brasileiro ali, e, junto com o Ibirapuera, o JD se tornou meu “arquetipo” de piscina. Vou levar isso para sempre na vida.
    As lembranças são nossas e indeléveis realmente. Mas apesar de ficar triste de não poder um dia levar minhas crianças para conhecer o local, o que mais me chateia é outra coisa. Estão acabando com uma opção de prática de esporte importante sem ter nenhuma alternativa pronta na região. Isso não me parece planejamento de um país que quer ser potência olímpica… e justo na cidade olímpica!
    E a CBDA desalojada foi triste….nada auspicioso esse começo de (mais um) mandato para o Sr. Coaracy Nunes (presente em várias fotos da galeria), infelizmente… Mas o mais espantoso é que ao mesmo tempo que nos indignamos, isso tudo é tristemente pouco surpreendente. Uma pena.

    De qualquer forma, brigado pelo texto e pelas memórias partilhadas, Renato! Abraços!

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Acho que concordamos que “ser potência olímpica” não tem valor em si. O que teria valor era botar a criançada para treinar, usando o esporte como transformação social, e da massa crítica decorrente provavelmente poderíamos ser potência olímpica (em função do tamanho da população).

      Ou seja, o caminho (massificação) seria mais importante que a chegada (virar potência), e atingiríamos os dois objetivos.

      Porém, como dito acima: massificação demora a dar resultado, e o ciclo de um político (eleições) é curto……

  4. Indiani
    8 de abril de 2013

    Ótimo texto ! Maravilhosas lembranças mas, deixo aqui minha total revolta com o descaso do poder publico e principalmente com as pessoas de M…. ligadas ao Esporte !
    F…-se a Copa das confederações , F…-se a Copa do mundo e digo mais F…-se as Olimpiadas…
    O pessoal tera que passar uma puta vergonha pra quem sabe enfiar rabo no meio das pernas e repensar… Agora o pior: – ESSA CAMBADA NAO ESTA NEM AI POIS O BOLSO(PRA NAO DIZER AS CUECAS, CALCINHAS E SUTIENS) JA ESTAO CHEIOS ! Costumo dizer: Eles estão “MAKING SHIT AND WALKING AROUND” !
    Abraço e ótima semana !

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Grande indiani. Obrigado pelo comentário, mas a real é que o sentido econômico citado pelo Romero é matador! Ao menos mantemos as nossas lembranças…

  5. Marcelo Abdo
    8 de abril de 2013

    Assunto polêmico…

    Acho que a maioria pensa diferente de mim, mas vamos lá.

    O Progresso é isto, estamos em constante evolução, casas caíram para subir prédios, prédios caíram para passar ruas e avenidas… é a evolução da vida, uns ficam mais saudosos e outros menos.

    Tive alguns bons momentos na piscina do Julio de Lamare, mas para mim a piscina do Ibirapuera é mais importante do que a do JD. Não pelas provas disputadas ou conquistadas, apesar de que as duas medalhas que tenho de JD (reveza) terem sido conquistadas no Ibira no fim de 90, mas porque foi onde tudo começou. A maioria de vocês deu as primeiras braçadas em clubes, mas eu comecei no conjunto desportivo Constâncio Vaz Guimarães, vulgo Ibirapuera. Esta deve ser a nossa maior preocupação, nestas duas piscinas, mais importante que as glórias de cada um, são os campos de varzia do futebol.

    As provas são importantes, emocionantes e históricas, mas e a comunidade que passa diariamente por lá? Tem que derrubar a piscina? Paciência, mas vamos construir outra perto antes de fechar a existente. Devemos cobrar uma, duas, três novas piscinas e não a manutenção desta. Para as competições temos inúmeras outras opções.

    Renato, Parabéns pelo post e pela discussão aberta e democrática.

    Abs
    Abdo

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Abdo, “construir outra” não sei se está na pauta. E se estiver, resta a dúvida se vai ser construída.

      A da Fonte Nova (Salvador-BA), por exemplo, foi derrubada, prometeram outra só que esqueceram de cumprir…

      • Marcelo Abdo
        8 de abril de 2013

        Até onde sei o projeto preve a construção de uma nova piscina no raio de 2 ou 3 Km de distância, mas este é o grande ponto. Aceitar fechar sem que a contrapartida esteja entregue é o maior problema.

  6. Danilo
    8 de abril de 2013

    Renatão excelente lembranças e ótimo texto, mas fica tranquilo, passando a Copa eles demolem o estacionamento e constroem outra piscina superfaturada para as Olimpíadas de 2016…afinal nosso dinheiro é capim e essa prática é velha conhecida nossa…triste fim da piscina mais importante do Brasil no país do Futebol…

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Sim, a impressão que fica é que derrubar / construir é melhor do que conservar. Não parece sensato.

  7. Cristiano Viotti
    8 de abril de 2013

    Valeu, Renato, estamos todos em luto. Obrigado pela sua homenagem ao JD. Eu posso afirmar que todos os grandes eventos aquaticos da minha carreira se deram nesse templo da natacao brasileira. Desde os idos do Projeto Sul America, talvez em epoca proxima da inauguracao do Parque Aquatico, quando nadavamos etapas para acumular pontos e concorrer por premios em dinheiro (eh, isso ja existiu no Brasil). Conquistei minha maior vitoria individual (TB de 86-ouro nos 100costas, a frente do Djan, com todo respeito…) e espetaculares vitorias coletivas da equipe minastenista no JD e no TB. Essas lembrancas nem Blater, nem COB, nem Coaracy, nem Dinard, nem Lula e muito menos a inescrupulosa juiza ruiva da raia 2 que me desclassificou na segunda vitoria de TB que teria em minha historia (200MD no inacabado TB de 87) me tiram. A unica correcao que proponho eh incluir esse TB d 87 entre os fatos marcantes do JD, nao pela briga generalizada que seguiu a 10a desclassificacao de um atleta minastenista no evento, mas por ter sido o inicio de uma nova era quando outras equipes alem do CRF passaram a levantar o caneco. Abs

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Cristiano, creio que o TB que você ganhou e foi DQ foi esse de fevereiro de 1989. Sobre a desclassificação em si não tenho o que dizer, eu mesmo já fui DQ diversas vezes, mas realmente na época ficou a sensação dentro da equipe do MTC de que houve “roubo”, e gerou aquela famosa briga nas arquibancadas. Espero que não tenha ocorrido o roubo, se ocorreu é uma coisa a se lamentar profundamente. A sua vitória nos 200 medley “na raça” foi muito bonita, teria a tal ruiva a pachorra de desclassificá-lo só para um clube ser campeão?

      Não digo que o roubo ocorreu nem que deixou de ocorrer, no calor do momento entendo que a equipe do MTC pensou assim, mas hoje o importante é o que ficou, qual seja, lembranças de bons tempos que não voltam mais. E no seu caso, a medalha de ouro nos 100 costas de 1986 deve estar em um lugar de honra na parede da sua memória!

      • Cristiano Viotti de Azevedo
        9 de abril de 2013

        Obrigado, Cordani, pelo seu gentil comentário. Aquele evento foi lastimável. De fato, o sentimento do MTC não decorreu da minha DQ em si, mas da soma das DQs que a equipe sofreu durante toda a competição. Eu mesmo fui DQ nas eliminatórias do 100 de costas, além da final dos 200MD! As duas únicas DQs da minha carreira. Não utilizo o termo “roubo” para quafilicar o ocorrido, mas também não tenho a ingenuidade de afirmar que a natação nunca sofreu descaminhos na arbitragem. O que ficou, naquele evento, que mais me marcou, foi a solidariedade espontânea de diversas equipes que, após a manifestação do MTC, viraram as costas para a volta olímpica do campeão. O sentimento de “roubo” ou qualquer outra qualificação não foi, portanto, exclusivo do MTC. Na minha consciência, tenho a prata desses 200MD, dado que o Renato Ramalho, imbatível no medley nacional, nadou e ganhou a prova como avulso por estar em período de transferência. Até da confusão eu tenho saudades! Abs

      • Fernando Cunha Magalhães
        10 de abril de 2013

        Cristiano. Quem venceu como extra nadando na raia A foi o Rebollal. O Ramalho, ainda no Curitibano, teria feito uma bela disputa, porém havia fraturado o dedo da mão ao dar uma porrada na porta do armário do hotel, após a desclassificação nos 400m medley, dois dias antes. Com uma tala na mão e muita dor ele fez 2.11.22 e ainda levou a prata após sua desclassificação. Por conta desse resultado, Julinho foi nosso representante na Copa Latina.

  8. Oscar Godoi
    8 de abril de 2013

    A nostalgia e lembrancas da piscina ficam, e entendo as nescessidades economicas, o problema e a falta de planejamento de longo prazo que acaba causando um desperdicio do dinheiro publico.
    O que deveria ser cobrado sao novos centros de treinamento como ou melhores que o JD com dosponibilidade de ascesso a criancas e convenios com escolas e comunidades. Derruba-se uma deveria se contruir 3 melhores, com modernas instalacoes.

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Na mosca, Oscar, o problema é que o mais provável é a demolição sem a contrapartida das tais piscinas. Espero estar enganado…

  9. adriano mello
    8 de abril de 2013

    que dó…

  10. adriano mello
    8 de abril de 2013

    além das braçadas minha guitarra já falou alto nessa arquibancada !!! hehehehe

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Eu lembro da cara do Nenê ao ver o sr. entrando no ônibus em 1987 com guitarra, amplificador e uma prancha de surf!

      Drico Mello polido e raspado cantando na arquibancada!

  11. Daniel Hopf Fernandes
    8 de abril de 2013

    Bom, vou deixar as memórias e o sentimento de lado, afinal não é esse o foco da discussão e tdos as temos da mesma forma e intensidade. Como alguns sabem eu sou o responsável por esse projeto e ainda não posso falar abertamente sobre o mesmo, mas algumas infomações são importantes e as pessoas ou não fazem questão de conhecer ou muitas vezes não tem acesso as mesmas, nesse sentido o governo não ajuda muito. Não se trata de combinações com a FIFA, o projeto com a FIFA foi aprovado com todos os equipamentos do complexo sendo mantidos (piscina, atletismo, escola, etc.). O evento copa é passageiro e as áreas externas são usadas primordialmente para instalações temporárias, portanto a FIFA tenta não influenciar muito nessa questão porque sabe que o legado se sobrepoe ao evento, alem disso mesmo que lá existissem 10.000 vagas, nenhuma delas poderia ser usada no evento por questões de segurança, simplesmente não é permitido o estacionamento de veículos dentro do “outer perimeter”, apenas aqueles credenciados (apenas alguns). Sendo assim vamos em frente, infelizmente ou felizmente um estádio do porte do Maracanã, precisa de algumas condições básicas com relação a sua infraestrutura externa, não vou entrar em detalhes porque seria muito longo e não vem ao caso, o fato é que estas condições já não existiam antes e o problema se agrava ainda mais com a modernização do estádio, conquistar área para criar um entorno que proporcione real qualidade e segurança para os usuáios é prioridade e a retirada dos demais equipamentos aconteceria em qualquer outro país do mundo. Todos tem que concordor que o Maracanã é prioridade nesse contexto, sendo ele a estrela principal e os demais equipamentos apenas acessórios que vieram depois com o tempo. O projeto elaborado prevê a construção de uma nova piscina e pista de atletismo em local próximo de forma a atender a mesma comunidade que atende hoje, serão equipamentos novos e de qualidade e o projeto já está pronto. O projeto preve ainda que os existentes só serão demolidos após a construção dos novos, ao menos esse sempre foi a condição, se politicamente isso mudou eu não estou sabendo ainda. Todo o custo de demolição e construção dos novos será da iniciativa privada, não será usado um centavo de dinheiro público nesse processo. Próximo, não serão feitas apenas garagens, é todo um complexo de entretenimento e lazer que irá atender a mesma comunidade e as pessoas poderão usufruir de fato desse importante equipamento todos os dias e não somente durante os jogos, serão áreas comerciais, museu e praças de uso público que irão gerar um uma verdadeira contrapartida urbanística para o bairro e para a cidade. Por último, se formos inserir nessa discussão as políticas públicas, ligadas ao esporte e a cidade, veremos que essa é de fato a única que faz sentido, é a única que irá gerar um equipamento verdadeiramente completo e efetivo em sua vocação, como deveria ser feito com todos, quase que a correção de um erro que aconteceu ao longo do tempo na má utilização do espaço e do depreparo do governo em prjetar, gerir e cuidar de equipamentos e edificações públicas. Se formos discutir isso é melhor olharmos para a piscina que foi feita para o PAN e não serve para a olimpíada, que não tem uso efetivo da comunidade, do ibirapuera, da água branca e de todos os outros não ligados a natação.
    Desculpe se pareço frio, minhas memórias são as mesmas de todos e guardarei para sempre com muito carinho, mas esta é a melhor solução para a cidade do rio de janeiro, e portanto para todos, só torço como todos para que os políticos não se desviem do caminho, esse é o único risco real.

    Viva o Julio por tudo que representou e por sua história!

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Daniel, obrigado pelo esclarecimento. Piscina próxima com manutenção mais baixa e sem dinheiro público parece uma excelente ideia! Pena que para esse tipo de assunto estamos acostumados a ter razão em não acreditar…

  12. Jorge Fernandes
    8 de abril de 2013

    belo texto, com boas e más lembranças… e engraçadas também, q vou resumir aqui:
    era um TB (ano 83 acho eu) e peguei final dos 400m por 0,05seg sobre o Borelli (FFC)… ele irado veio atrás de mim para nadar e eu polidamente disse que iria nadar ( o CRF disputava o campeonato e pontos eram necessários)… eu, raia 8, e do lado um antigo juiz de percurso, José Getúlio (vulgo Pantera Cor de Rosa) me olhando incrédulo… olhei pra ele e falei: “fica de olho e ve o que vou fazer…”. saída dada, e saio nadando firme, rápido (mas não muito) e abro uns 5m para o Jucá e Mattiolli, que não tinham me visto (eram os favoritos)… virada dos 100m e respirando pra esquerda vejo o “Pantera” me olhando e rindo… quase parei, resolvi respirar pra direita e vejo o Jucá ou Matiolli levantando a cabeça, procurando saber quem era o louco que tinha colocado uns 5m em cima deles já nos primeiros 100m… dali pro final foi me manter na água, chegar vivo, e em 3º … kkk… depois me vem os dois me xingando de tudo quanto era jeito e eu rindo de rachar…
    bons tempos…
    Agora indo pro caso do JD, tenho opinião um pouco estranha, pois acho justo que derrubem o parque aquático, DESDE QUE JÁ TIVESSEM TOMADO PROVIDENCIAS para atender a numerosa comunidade que dele se beneficia… pronto, e evitaríamos todo esse “bafafa”…
    Seriam instalações mais modernas, com menor custo de manutenção, melhor planejada, etc.
    Infelizmente no Brasil tudo fica para a última hora, para poder atender interesses intermediários, e uma vez mais prejudicando atletas, colégios e comunidade. Nesses interesses intermediários descarto a CBDA, pois ela é tipo um órgão gestor, que utilizava o espaço. Mas com sua parcela de culpa, pois sabia que era irreversível a derrubada e com prazo para isso (conforme contrato de privatização/modernização). Portanto já poderia ter pressionado o governo estadual e municipal em iniciar a construção em outro local, para ter o menor prejuízo possível, inclusive com diminuição das críticas.
    Eu inclusive era a favor da derrubada completa do Maracanã !!! As lembranças podem ser revistas e eternizadas em matérias, eventos, e não seria necessário se manter um elefante branco de manutenção estratosférica, só porque tem uma suposta história.
    Mais história que o Maracanã, tinha o centenário (?) estádio de Wembley, e o mesmo foi posto abaixo e construído em tempo recorde e com menor custo de manutenção.
    O mesmo raciocínio aplico ao JD. Inclusive acho que deva se manter o nome.
    O que nos falta é estabelecer uma história do esporte independente do local.
    Cultivar isso não só na comunidade aquática, mas também junto a sociedade.
    abraços a todos.

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Jorge, o espírito do texto era mais ou menos esse mesmo, e coaduna com o que disseram Romero, Daniel e outros. As lembranças é que ficam.

      Por falar em lembranças a sua despedida em dezembro de 1990 foi lá, né?Veja a faixa que aparece nas fotos da ocasião aí em cima. (quem notou isso foi o Esmaga nos comentários da parte IV da Saga).

      • Jorge Fernandes
        9 de abril de 2013

        exatamente… e meu último TB, se não me engano marcou a estréia do Gustavo Borges em TB…
        e quanto a faixa, me desculpe mas a idade é uma merda e não percebi… vou voltar a olhar…
        abs.

      • Jorge Fernandes
        9 de abril de 2013

        acabei de achar a foto… legal…
        valeu Esmagaaaaaaa !!!!!

  13. Fernando Cunha Magalhães
    8 de abril de 2013

    Caro Cordani,
    Seu texto me emocionou. Obrigado pela citação da minha conquista.
    São milhares de histórias ali vividas e essas, de fato, ninguém nos tira.
    E concordo com seu ponto de que as lembranças não justificam a manutenção do equipamento (bom aluno,em fase de aprendizado).
    Nessa análise parece que um consenso vai se revelando e é muito bacana que o Epichurus possibilite esclarecimentos como o que o Daniel acaba de nos oferecer.

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      De fato, o comentário do Daniel praticamente encerra o assunto. Daniel esse que pode ser visto na foto do CAP do Finkel 1991, é o mais alto do time.

      Esmaga, tenho certeza que um dia você vai nos contar tim tim por tim tim os detalhes minuciosos da sua conquista que mencionei de leve, correto?

      • Lelo Menezes
        8 de abril de 2013

        Daniel esse que foi bronze comigo no 4x200m no meu ultimo post, como também 4º lugar no 1500m livre, com certeza em sua melhor performance da vida!

      • daniel hopf fernandes
        8 de abril de 2013

        com certezâ!! O pior é que naquele ano o JD foi em janeiro e acabei competindo na última competição do ano com o pessoal de uma categoria acima (Messias, um cara do flamengo e o sperb que ficou em terceiro), se tivesse sido em dezembro como sempre acontecia teria sido campeão e poderia ter ido pro sulamericano…..coisas da vida. De qualquer forma foi show!

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de abril de 2013

        Correto, meu caro. Passo a passo chegaremos lá.

  14. Lelo Menezes
    8 de abril de 2013

    Primeiramente parabéns pelo texto. Muito bom!

    A minha opinião racional é a seguinte: Se a classe política brasileira tivesse o mínimo de credibilidade, estaríamos melancólicos, mas cientes da necessidade de demolição do JD. O problema é que tudo que envolve obras e portanto empreiteiras no Brasil tem quase sempre irregularidades. O JD sempre foi uma das melhores piscinas do Brasil e aí veio o Panamericano e decidiram, ao invés de reformar o JD, construir uma piscina sensacional, mas pelo que me consta longe pra casseta. E vai dinheiro publico… Aí, pelo que disseram, reformaram o JD pra melhor atender a comunidade da região. E vai dinheiro publico… Aí agora decidiram que vão demolir o JD e construir um estacionamento…E vai dinheiro publico. Aí o Daniel, num espetacular reply, diz que farão uma piscina e pista de atletismo em lugar próximo SEM dinheiro publico e eu não consigo acreditar que não vire outro Itaquerão que ia ser feito sem dinheiro publico e hoje esta inundando em verbas do governo. Ou isso ou o projeto nao sai do papel (meu chute). Isso sem contar que daqui 3 anos tem Olimpíadas e já li, nao sei onde, que o Maria Lenk nao atende e que outra piscina terá de ser construída. E vai mais dinheiro publico…. E assim caminha o Brasil, como sempre foi!

    Triste pela demolição? Sim, estou! Adorava nadar no JD e lá consegui dois dos três ouros da tríplice coroa (JD, JF e TB). Por sorte tenho ambas as provas em vídeo, pra guardar pra posteridade! Só que entendo que seja o lado emocional falando! Em 2011 voltei ao Arizona para visitar a universidade do Arizona State, onde me formei, e me bateu a maior melancolia quando reparei que os botecos onde eu enchia a lata viraram, quase todos, prédios comerciais! É o progresso! Necessário, mas as vezes entristece!

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Lelo, corretíssimo. A gente gostaria de acreditar, mas ficamos igualzinho a São Tomé, temos que ver para crer.

  15. Augusto Uchida
    8 de abril de 2013

    Renato
    Confesso que nao imaginava que você era tão apaixonado pela natação.
    Hoje lendo seus textos percebo a importância desse esporte em sua vida.
    Certamente ajudou a formá-lo como indivíduo e ajudou a criar laços de amizade mesmo entre os concorrentes de outros clubes.
    Parabéns pelo blog. Eu fico realmente emocionado com as vividas lembranças que suas narrativas trazem.

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Augusto, você acertou quanto à paixão, e também com relação aos laços de amizade, como pode ver aí em cima a concorrência clubística virou anedota, agora é todo mundo do mesmo time.

      Entretanto, infelizmente, devido à sua velocidade nata não poderei chamá-lo de peba!

  16. charlaodudo
    8 de abril de 2013

    Renato,
    Excelentes lembranças sobre essa piscina que marcou a vida de todos nós. O que eu mais gostava também era o placar com os nomes.
    Eu acho que piscina ao lado de estádio de futebol não combina. Lembro de alguns campeonatos onde aos domingos tinha jogo e não era uma combinação muito boa.
    Achei aqui uma foto tardiamente de alguns participantes desse JD de 1984. Identifiquei na foto eu, o Luiz Claudio Toledo e o Paulo Tibério. Só não sei quem era esse rato de sunga vermelha.

    JD84

    • rcordani
      8 de abril de 2013

      Sensacional a foto! E ainda prova que eu estava correto nas minhas lembranças! Pode ver que eu estava saindo diretamente da piscininha gelada!

      Incluí a foto no post.

      • Lelo Menezes
        8 de abril de 2013

        Engraçado que tem um tiozinho de bigode atras da moita, bem de onde o Renato diz que estava saindo!

      • rcordani
        9 de abril de 2013

        Falando sério, olhei agora e acho que aquele cara é o Nikita, na ocasião técnico da Adriana Pereira e hoje em dia técnico da Joanna Maranhão!

      • Luiz Claudio Toledo
        11 de abril de 2013

        Sensacional mesmo esta foto. E que saudades daquela barriga negativa!!! Renato, se não me falha a memória aquele tiozinho de bigode era o massagista que fazia suas magias ali na piscininha gelada. Abs

  17. PUXA CORDANI LI UM BOCADO , CADA QUAL COM SEU POSICIONAMENTO ISSO É DEMOCRACIA .BEM ACHO QUE TODOS ESTÃO CERTOS ,TENDO EM VISTA ALGUMAS PARTICULARIDADES DE SUAS OPINIÕES . DEIXO AQUI UMA SÍNTESE MESMO QUE NÃO MUITO AGRADÁVEL ,MAS QUE REVELA SEM DÚVIDA A GANÃNCIA DE UM PODER PÚBLICO QUE EM NOME DO NOVO, DO DIFERENTE E DO GASTO EMINENTE ,INADIÁVEL E INSSACIÁVEL BOTA PRA BAIXO A HISTÓRIA O PATRIMONIO E O TESTEMUNHO DE VIDA DE TODOS OS NADADORES QUE POR LA PASSARAM , POR DEDICAÇÃO ,MÉRITO, BRAVURA E HONRA DE DEFENDER SEU PAÍS DENTRE AQUELA LONGAS BORDAS EM BUSCA DO SEU MELHOR RESULTADO .FICA A CERTEZA DE QUE PODEMOS GRITAR E NA VERDADE SOMOS O PODER DE MUDAR .TAIS DECISÕES ABSURDAS EM RELAÇÃO AOS NOSSOS PARQUE AQUÁTICOS TRADICIONAIS ,QUALQUER QUE SEJAM ELES ..MAS ME ENTRISTECE SE VEJO PERECER TAL PODER EM GRITOS RESSOADOS EM VÃO. SEM MAIS ALONSO GATTI TÉCNICO DE NATAÇÃO ,EX NADADOR DA SELEÇÃO , DO FLUMINENESE E ABMN 4007

    • rcordani
      10 de abril de 2013

      Obrigado pelo comentário Alonso. Ainda que a piscina caia, com razão ou não, com outra piscina sendo construída ou não, o sentido do post é que as nossas lembranças de lá ninguém tira!

      • Rogério Aoki Romero
        10 de abril de 2013

        Cordani,
        Não poderia deixar de compartilhar esta notícia da USC, onde um novo complexo aquático (ao custo de 15 milhões em 12-15 meses) será construído onde era um estacionamento:
        http://watersportnews.com/news/story/145547/cal-finalizes-plans-for-new-15-million-dollar-aquatics-facility/full_story.html
        Além disso, os demais comentários me fizeram refletir: porque o Maracanã (e outro estádios de futebol, incluindo o Mineirão) é tombado e os demais equipamentos esportivos não? A memória/história esportiva do Brasil se resume ao futebol?

      • rcordani
        10 de abril de 2013

        A pergunta chave é essa mesma Rogério. Mas estando de fora, não tenho análises de custo-benefício e milhares de outros fatores que o Daniel elencou bem. De forma que não tenho certeza de que valha a pena manter. Além disso, hoje em dia, memórias podem (devem) ser guardadas de outra forma, é o que tentei fazer um pouco por aqui.

        Interessante foi a minha incompetência para passar a mensagem. Eu imaginei que teria uma série de comentários sobre memórias vividas na piscina, mas passei a mensagem errada e praticamente todo mundo entrou pelo aspecto político. Se eu fosse comunicador, morreria de fome!

      • Alonso Sergio de Cerqueira Gatti
        11 de abril de 2013

        COM CERTEZA CORDANI ! HISTÓRIA NÃO SE MUDA , ABRAÇÃO

  18. Pedro Costa
    10 de abril de 2013

    Cordani, mas uma vez parabéns pelo excelente texto. Você foi muito cuidadoso em colocar que a razão do lamento é menos pelas lembranças, mas pelo descaso do poder público. Alguns dos comentários foram também nessa linha.
    Queria, modestamente, ressaltar e chamar a atenção para isso. Eu discordo de que essa demolição seja uma consequência inevitável do “poder econômico”, do “capitalismo” ou “do progresso”. E discordo porque essa premissa colocaria os que se opõem à demolição, como opositores “do sistema”, “do economicamente viável”, colocando-os como “sonhadores”.
    NÃO É ISSO! Em qualquer país, (até na ultra-liberal Inglaterra da recém partida Thatcher) existe uma coisa chamada “POLÍTICA PÚBLICA”. Isso não é (ou não deveria ser) apenas um nome ou um “fazer política com os recursos públicos”. Isso são as “pedras grandes” que se colocam primeiramente nos vasos. São as que se justificam porque um país é feito de pessoas. Além do absurdo particular em si, essa demolição é reveladora da falta de políticas públicas em geral e da ausência de visão do esporte como política pública. Eu outras oportunidades, falou-se aqui sobre isso.
    Função do poder público é MASSIFICAR o esporte, como forma (direta ou acessória) de promover saúde, valores, cultura. Governo não deve ficar pagando salário para nadador (ou qualquer outro esportista) de alto nível (e ainda que o faça pontualmente, não deve ser esse o “plano”). Um país que tem uma cultura esportiva desenvolvida sabe valorizar o esporte e daí este se viabiliza como negócio.
    Essa bola de Copa e Olimpíadas foi tão cantada e vai-se desenhando exatamente como previsto pelos mais críticos. Dinheiro sendo jogado pelo esgoto. Prioridades invertidas e a sensação que estaremos PIOR depois de 2016. Enfim, realmente o que dói mais não é o passado destruído, mas sim o futuro abortado…
    Duas músicas me vieram à cabeça, (tipidamente paulistanas, apesar de estarmos falando de uma piscina carioca, mas…):

    1- Sampa: “Da força da grana que ergue e destrói coisas belas”… Neste caso infelizmente só é possível ver a destruição…
    2 – Saudosa Maloca “…Maloca querida”. Se pensarmos na piscina, creio que letra encaixe direitinho…
    Quanto a demolição da piscina sobra resta pouco além de conformar-se. Mas creio que haja massa crítica (e esse blog é um catalizador disso) para que não tenhamos que nos conformar com a continuidade deste jeito de lidar com a coisa pública.
    Abraços!

    • Pedro Costa
      10 de abril de 2013

      Quero complementar e retificar pois escrevi sem ser com atenção o comentário do Daniel. Pelo desculpas.
      A construção de uma nova piscina próxima realmente “resolve” a questão pontual. Sem dúvida.
      Ficam apenas as seguintes dúvidas:
      Porque então o complexo foi reformado recentemente?
      Porque não anunciar (já com os detalhes) a construção da nova piscina? Fica um cheiro de desconfiança no ar…
      Abraços

    • rcordani
      10 de abril de 2013

      Boa Pedro, sua dupla de comentários é um ótimo resumo das discussões e dos sentimentos ambíguos que temos. Creio que espremendo tudo, de uma forma geral todos concordam que o mais importante é a massificação do esporte, e a demolição da piscina (ainda que no caso específico talvez faça sentido econômico) vai contra esse objetivo maior.

  19. Luiz Claudio Toledo
    11 de abril de 2013

    Olha Renato, não vou conseguir adicionar mais nada aos comentários tão próprios e emocionados das pessoas que mais brilharam na história brilhante do nosso JD, Excelentes lembranças sobre essa piscina que marcou a vida de todos nós, porém, infelizmente, concordo com o Danilo, passando a Copa eles demolem o estacionamento e constroem outra piscina superfaturada para as Olimpíadas de 2016…This is Brazil!!!
    O que mais me emocionou foi ter uma conquista minha sendo citada no mesmo paragrafo em que estão: Marcos Goldenstein, Patrícia Amorim, Rodrigo Munhoz, Julinho Rebollal, Emanuel Nascimento, Cassiano Leal, Luiz Osorio Anchieta, Glauco Casemiro, Ricardo Prado, Adriana Ruggeri, Georgiana Magalhães, Alexandre Hermeto, Luiz Francisco de Carvalho, nosso Chicão, Djan Madruga, Ronald Menezes, Cyro Delgado, Jorge Fernandes, Rogério Romero, Fernando Cunha Magalhães, André Pereira, Marcio Santos e Adriana Pereira. Quanta honra ter feito parte desta turma espetacular!!! Obrigado por resgatar esta lembrança!!!

    Ps. Pena que minha barriga negativa, na foto, ficou no passado também, não dá mais para demolir, no máximo reformar… Abs

    • rcordani
      12 de abril de 2013

      Toledones, outro dia que o Pancho esteve em casa ele mencionou a sua conquista nesse JD assim “aquela foi impressionante, o Toledo tirou aquela medalha da cartola!”.

      Agora, pelas constantes menções à sua barriga, creio que será necessário o sr. mandar uma foto de sunga para postarmos ao lado da “barriga negativa” para que os leitores possam fazer a comparação! haha.

      • Luiz Claudio Toledo
        12 de abril de 2013

        Renatão, muito legal saber do Pancho, vamos marcar de sairmos todos nós, eu, você, Pancho, Carlão, Rodrigo, Paulão, e outros,.., e relembrarmos aqueles momentos mágicos. Quanto à foto de sunga, acho melhor deixar na imaginação do pessoal, não quero, por deverás, derrubar a audiência deste fabuloso blog. Abs

  20. djan madruga
    27 de abril de 2013

    Cordani
    Favor divulgar pros seus contatos o abaixo assinado eletrónico contra esse absurdo! http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/10936 contra a demolição do Julio de lamare
    abs,
    Djan Madruga

    • rcordani
      29 de abril de 2013

      Djan, já assinei e divulguei.

      Mas conta pra nós como foi essa de chegar nos 200C em segundo, ver que o placar não tinha parado e dar uma cotovelada antes do terceiro chegar, você lembra dessa?

      Grande abraço

      • djan madruga
        30 de abril de 2013

        Obrigado Cordani dessa eu não lembro mas refresca a memória que faz tanto tempo que esqueci muitas histórias legais da natação lá atrás, abs

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Publicado às 8 de abril de 2013 por em História da natação, Natação e marcado , , , .
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