MINHA PRIMEIRA DE DEZ PARTICIPAÇÕES NA MAIS IMPORTANTE COMPETIÇÃO DO CALENDÁRIO DA NATAÇÃO BRASILEIRA
Imaginem que a CBDA escolhesse uma única competição como seletiva para o mundial de Kazan. Todos os atletas se preparassem para ela, chegassem polidos e raspados, e os dois primeiros colocados de cada prova fossem automaticamente convocados para a seleção.
Foi quase isso que aconteceu na primeira edição da Copa Mesbla. Digo quase, por dois aspectos: primeiro, porque o índice definido pela Confederação Brasileira de Natação foi o 16º tempo do último mundial, disputado quatro anos antes em Guayquil, tempo que foi alcançado na grande maioria das provas. Segundo, porque a única exceção de convocação de atleta não presente foi o Ricardo Prado, que foi chamado pelos seus tempos em outras competições e retrospecto, para defender o título mundial conquistado no Equador. Ou seja, fora nas provas dele, a prata ou ouro praticamente garantiam vaga para o Mundial de Madri.
Foi em meio a esse clima de “bateu na frente, carimbou o passaporte” que eu estreei no Troféu Brasil.
CLUBE CURITIBANO
Já havia três anos que Leonardo Del Vescovo desenvolvia seu trabalho em nossa equipe. Continuávamos em grande evolução e nossa maior expectativa era que Newton Kaminski alcançasse a vaga para o mundial.
Renato Ramalho, vindo do título sulamericano e bicampeonato brasileiro – juvenil B – nos 400m medley também era cotado para o pódio.
Marcia Resende, defenderia o bicampeonato na prova dos 200m peito. Felipe Malburg, Tite Clausi e Luiz Carlos Nery almejavam finais. Luiz Alfredo Mäder queria apagar a péssima impressão deixada após performances pífias no Troféu Julio de Lamare em Curitiba, apenas 40 dias antes.
Fernando Magalhães, Renato Ramalho, Tite Clausi, Newton Kaminski e Felipe Malburg. Foto tirada com minha Kodak Ektra.
E eu fui para nadar 100m e 200m livre e o revezamento 4x100m. A expectativa era melhorar os tempos, chegar a final B (entre 9º e 16º colocado) nas provas individuais e aos 16 anos, nadar entre os grandes e ganhar experiência.
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ANTES DE CAIR NA ÁGUA
Duas lembranças bem fortes nos dias que antecederam as disputas: primeiro, mais uma vez o clube optou em nos hospedar no Guanabara Palace Hotel, próximo a Igreja da Candenlária, na reta do Maracanã. Gostava muito de ficar lá e tomei um susto quando soube que Kaminski, nosso ídolo e colega de equipe, decidira pagar um hotel melhor – o Novo Mundo, na praia do Flamengo – e concentrar-se sozinho para a competição.
Segundo, o almoço na véspera do início da competição. Renato Ramalho chegou careca, recém aprovado no vestibular de agronomia da UFPR – o ascensorista Haroldo, que se intitulava “Harold” – com pronúncia em inglês, e em poucos anos virou gerente, apelidou-o de Shao Lin. Renato ficara em Curitiba para fazer a matrícula na universidade e entrou no restaurante quando batíamos papo depois de concluir a refeição. Fizemos festa, abraçamos, perguntamos sobre as comemorações e logo a natação virou o foco da conversa. Renato serviu-se de um prato de salada fria de macarrão parafuso colorido com legumes. Tite puxou o assunto da raspagem. Renato disse que já começara o trabalho. Tite perguntou se ele já havia raspado as pernas. Renato confirmou. Tite perguntou sobre os braços. Renato disse que não. Tite perguntou se haviam sido só as pernas. Renato ficou vermelho, prendia um riso contido e disparou – “não sei se devo” – “como assim?!?! – disse Tite, “raspou o quê?!?!” – exclamou Tite – e o Renato “NÃO SEI SE DEVO!!!” – “fala porra!” Tite deu o xeque-mate – e o Renato: “tem uma barata na comida!” – gente, o bicho era grande, mortinho, mortinho. Não fizemos alarde mas Renato encerrou a refeição, chamamos o garçom e entregamos o prato discretamente. Não demos muita bola, rimos muito e depois subimos para descansar.
PRIMEIRO DIA
ELIMINATÓRIAS
Nos 200m peito, Kaminski nadou controlado, na verdade parecia solto. Parcial 1.14, volta 1.14 – poucos décimos acima da sua melhor marca, raia 4 e a clara perspectiva que tinha muitos segundos para melhorar na final. LAM nadou no gás! Melhorou seu tempo em 6s, fez 2m31s18 e classificou para a final – feito que era meta, mas não havia sido obtido no brasileiro de categoria. Malburg também conseguiu a vaga. Três do Curitibano entre os 8 melhores do TB! E Luiz Carlos Nery emplacou uma final B.
Para aumentar nosso otimismo, o recordista brasileiro, Luiz Francisco Carvalho, nadou mal e fez o 9º tempo, porém, anunciadas as desclassificações de José Luiz Vianna e Edson Terra Cunha, acabou entrando na final.
Balizamento da final dos 200m peito
RAIA | ATLETA | TEMPO DE CLASSIFICAÇÃO |
1 | Elson Terra Filho | 2’31”99 |
2 | Maviael Sampaio Neto | 2’31”41 |
3 | Fabiano Costa | 2’31”11 |
4 | Newton Kaminski | 2’28”56 |
5 | Cicero Tortelli | 2’29”52 |
6 | Luiz Alfredo Mäder | 2’31”18 |
7 | Felipe Malburg | 2’31”59 |
8 | Luiz Francisco Carvalho | 2’32”86 |
Nos 200m borboleta, Tite Clausi melhorou quase 3s. Venceu a série que tinha os irmãos Vaccari com 2m09s50 e classificou em 7º.
Placar eletrônico com o resultado da série eliminatória vencida por Tite Clausi (acervo Fernando Magalhães)
Nos 200m costas, Ramalho também garantiu vaga na final.
Nos 100m livre, Kaminski quebrou o recorde paranaense com 54s12 na eliminatória e ficou com o 9º tempo – o que ele fazia ali diante da perspectiva de nadar a final dos 200m peito para buscar o ouro e a vaga para o mundial, hoje é difícil de entender. Certamente um erro, mas não me lembro de termos sequer cogitado que ele não nadasse. E eu fiz 55s12, piorei 37 centésimos da minha melhor marca obtida na final do Julio de Lamare e fiquei em 18º. Único da equipe a não classificar para a tarde. Frustração.
Angústia na equipe no intervalo antes das finais. A lombar de Tite Clausi travou. Muita queixa de dor e limitação dos movimentos. Não tínhamos massagista, os amigos tentaram quebrar um galho, mas não resolveu.
No meu quarto, Ramalho e o LAM dormiam quando bateram na porta. Abri para D. Helma, mãe do LAM, que trazia um embrulho nas mãos. Avisei que os outros estavam dormindo e ela anunciou: “trouxe umas media lunas para vocês. Estão quentinhas!” – não sabia o que era – agradeci e deixei sobre a mesa. Esqueci-me de comentar e elas ficaram ali mesmo. E assim fomos para a tarde. Esse esquecimento me causou uma forte repreensão mais tarde.
FINAIS
O grande destaque foi Mayra Kikuchi que quebrou o recorde sulamericano nos 200m costas. E ela ainda bateria um segundo, na prova dos 100m costas no domingo.
Recortes do Jornal Aquática. Todos os resultados postados abaixo foram retirados desse periódico e fazem parte do acervo da Família Cordani.
Na abertura da competição, a esperada vitória da Patricia Amorim nos 800m livre e no masculino Luiz Osório, seguido de Graczyk. Cristiano Michelena emplacou um bronze e conquistou seu primeiro pódio no Troféu Brasil, ainda com 14 anos de idade. Dois metais para o Clube do Golfinho.
200m PEITO
A Márcia não conseguiu repetir a performance dos dois anos anteriores. Chegou em 8º na final vencida por Georgiana Magalhães.
No masculino, Tortelli, que na época treinava em Mission Viejo passou na frente 1’10” alto, Kaminski na cola, 1’11”baixo, e os outros bem atrás. Até ali acreditava na virada, no ouro do ídolo e a classificação para o mundial era dada como certa. Na volta, ao invés da reação, Tortelli foi abrindo e nos 150m, Kaminski travou. Foi ultrapassado por 3. Chico melhorou quase 7 segundos da eliminatória e chegou em 2º. Fafá quebrou o recorde paranaense e pegou o bronze. Maviael em 4º e Kaminski em 5º com os mesmos 2m28s das eliminatórias. INACREDITÁVEL! Não dava para entender. Ainda celebrei as boas performances do LAM e do Felipe, mas o baque na equipe foi muito grande. Para piorar, os 16 atletas das finais A e B alinhados no pódio para receber diplomas e medalhas e entre os oito finalistas, iniciaram a premiação pelo 7º colocado. LAM recebe o diploma de 5º e passam a Maviael em 4º. Kaminski deduziu ali que havia sido desclassificado, deu um passo para trás e voltou cabisbaixo em direção a piscina de saltos enquanto as medalhas eram entregues – um massacre psicológico – só após a entrega do ouro ao Cícero é que a desclassificação foi anunciada.
200m BORBOLETA
“Às suas marcas!” – ao comando do juiz de partida, sete dos finalistas agarraram no bloco e o Tite na raia 1, nem conseguia abaixar. Cumpriu o percurso e fechou raia com 2m13s51, vários metros atrás do sétimo colocado. Maldita lombar!
Quem passou em sétimo no parcial de 100m foi o Edu de Poli, com 1m02s. E o craque do Clube do Golfinho foi passando todo mundo nos segundos cem metros, voltou com 1m02s, fez 2m04s80 e conquistou a prata e a vaga para o mundial. O grande Marcus Mattioli venceu com 2m04s60.
Dois meses antes o melhor tempo do Edu era 2m09s. Ele ganhou o Julio de Lamare com 2m07s e ali melhorou quase 3s e me deixou, junto com todos os presentes, boquiaberto. Foi impressionante! Mais impressionante foi assistir o esporro que o Reinaldo – técnico do Golfinho – deu nele na arquibancada quando ele voltou com a prata no peito e o passaporte carimbado, ali na frente de todo mundo, por ter feito um parcial muito fraco e supostamente, perdido o ouro por causa disso.
Outra passagem marcante dessa prova foi a de Carlinho Vaccari que ganhou a final B com 2m05s, tempo que seria suficiente para garantir o bronze na Final A.
200m COSTAS
Ver o Djan Madruga em ação era sempre um prazer. Esse foi o último TB que ele nadou, e aqui levou mais um ouro. Seguido do Cristiano Azevedo na dobradinha do Minas Tênis Clube. Renato ficou em 5º.
100m LIVRE
Expectativa para ver Jorge e Cyro em ação. Fiquei na torcida pelo 51s, mas o Cyro levou com 52s60. Minha lembrança é do Jorge nove centésimos atrás, estou bem duvidoso em relação a esse tempo digitado na Aquática.
RESSACA NO HOTEL GUANABARA
À noite, após um dia incrível – com altos, bem altos e baixos, bem baixos – a maior lembrança e preocupação era com Kaminski. Em como ele estava sozinho lá no Novo Mundo, e como ele reagiria para a sequência da competição.
Renato percebeu e quis mudar o momento psicológico. Meu tempo de 200m livre era 2m01s20. A prova seria no dia seguinte e ele desafiou: “Maga, se você baixar de 2 minutos, te dou uma sunga da Mesbla” – desde o início do ano, ele era patrocinado pelo Projeto Mesbla de Natação. Foi uma baita motivação.
SEGUNDO DIA
200m LIVRE
Não fiz uma super prova mas quando bati na placa, estava lá estampado – 1m59s64 – quebrei a barreira dos 2 minutos em piscina longa e garanti vaga na final B, raia 7. À tarde, nadei bem melhor, fiz 1m58s55 e ganhei a final B – 4 centésimos a frente do Cristiano Michelena – que nadou na raia 2. Fiquei eufórico com a melhora e ganhei a sunga do meu amigo.
Na final A, Luiz Osório levou ouro na prova cheia de figurões.
400m MEDLEY
Renato caiu na segunda série e foi controlando. Os amigos ficando nervosos, sinalizávamos e ele não acelerava. Dava para ver que estava se poupando, e muito. No crawl mesma coisa. Para nosso desespero, fez 4m50s, chegou em 4º na série e quando saiu pela escadinha, o Léo soltou: “você está fora!!!” – e o Renato, com cara de surpresa – “oitavo tempo?!?!” e era mesmo, só que tinha mais uma série. Imaginem a expressão dele quando viu. Ficou em 9º. Na final B, ganhou de longe. Fez 4m40s e repetiu Carlinho Vaccari. O tempo era suficiente para o bronze na final A – vencida pelo Djan, seguido do Julio Rebollal.
No feminino, uma prova incrível. Eu passava por baixo da arquibancada quando vi a Mayra Kikuchi virar o parcial de peito 4s a frente da Claudia Sprengel. Marcio Latuf, técnico do Pinheiros, estava logo ali em cima e exclamou – “não pega mais!” e sorriu cumprimentando um chegado que estava ao seu lado. Só que a Claudinha levantou uma perna 6 tempos, foi chegando, chegando e … de fato não pegou. Faltaram 4 centésimos para o ouro, que veio no dia seguinte, nos 200m medley.
TERCEIRO DIA
200m MEDLEY
Mais uma vez nossa equipe colocou três atletas na Final A. Kaminski, Ramalho e Felipe Malburg. À tarde, Rebollal ganhou o duelo com Mattioli pelo ouro. Na disputa do bronze, Kaminski e Malburg, lado a lado, viraram juntinhos nos 150m. O Felipe fechou com 29s, abriu 1s exato do Kaminski, quebrou o recorde paranaense absoluto com 2m11s97 e garantiu o bronze- única medalha do Clube Curitibano na competição.
4x100m LIVRE
Tite, Kaminski, Felipe e eu ficamos em 5º com 3m38s88. Outro recorde paranaense. Fiquei bem contente com o resultado dessa prova e encerrei aqui a minha participação.
QUARTO E ÚLTIMO DIA
Antes do início da competição, tínhamos certeza que Kaminski faria seu terceiro pódio consecutivo na prova de 100m peito. Quando o 4º dia chegou, ele estava um caco, e sabíamos que não sairia mais coelho daquela cartola. Ficou em 6º na prova em que o LAM fez mais uma final, ficou em 8º e superou a barreira de 1m10s.
Ramalho também em 8º nos 100m costas, prova em que Cristiano Azevedo bateu Djan Madruga e levou seu 1º ouro em Troféus Brasil.
Dobradinha do Pinheiros nos 100m borboleta. Dessa vez o ouro foi para Raul Vianna e Fiore ficou com a prata.
E nos 1500m livre, ouro para De Poli, que inverteu a posição do Troféu Brasil anterior com Luiz Osório Anchieta Neto.
De Poli – ouro, Luis Osório – prata, David de Castro – bronze e Cristiano Michelena em 4o
Na classificação final, mais um título para o Flamengo, bem a frente do Vasco que chegou em segundo na contagem geral.
Essas são minhas maiores lembranças de uma competição bastante especial. Nesse post, uma dedicação especial aos leitores que gostam de ver os resultados. Para facilitar a leitura, recortei boa parte deles e inseri na sequência do texto. Agradeço a leitura e conto com seus comentários. Se você esteve lá, divida suas lembranças com os leitores do Epichurus também.
Forte abraço,
Fernando Magalhães
Meus comentários:
– incrível o tempo do Cicero nos 200 peito, tenho quase certeza que foi o melhor tempo da vida dele. Eu fiquei muito contente de ter participado e ter um crachá igual ao do LAM, infelizmente não entrei na final B por um. Interessante que nadei essa prova (a segunda do programa) e depois fiquei de férias até o fim do TB, e ficar ali no JD passeando entre os melhores do Brasil era tudo o que eu queria fazer. (Dois anos depois eu disputaria medalha.)
– nos 200 peito feminino, a Adriana Ruggeri virou os 150 um corpo atrás, virou e veio pegando a Georgiana Magalhães e faltou muito pouco (0.29) para o título. O outro bom resultado do Paineiras foi o quarto lugar da Lu Fleury nos 200M, e ela tinha 13 anos.
– muito bizarro o desempenho do Kaminski. A eliminatória dos 200 peito foi muito boa, então fisicamente ele estava bem, mas a cabeça escapou em algum momento, talvez na boa forma do Cicero. Imagine você na raia 4 daqueles 200 peito, o cidadão espera que vai liderar a prova, vê o adversário (Cicero) surpreendentemente voando, tenta acompanhar, perde o estilo, perde confiança, morre e vai tudo pro saco.
– o fato de o Kaminski ficar em outro hotel foi um erro crasso, mas ao menos mostra que ele estava com vontade grande de ir muito bem, e a fim de apostar tudo nisso, essa é a parte positiva. Mas deve ter sido determinante para o mau desempenho.
– Sensacional o TB da Mayra, dois recordes sulamericanos.
– Por que o CC não nadou o 4×200?
– Tenho quase certeza que o Castor nadou os 800 de manhã. Já o David Castro pegou seu primeiro bronze de TB (1500) e esse tenho certeza que nadou de manhã. Eu estava ao lado dele quando acabou a série forte, a gente estava comparando os tempos, confirmou o bronze e ele ficou muito contente.
– Levar uma seleçao completa (ouro e prata de todas as provas) para o Mundial de Madrid foi tóis. O ruim é que a Band passou esse mundial ao vivo, os brasileiros nadaram muito mal (inclusive o Prado) e pegou mal por causa do tamanho da seleção. Tenho vídeos que estão no baú do JGM com o Juarez Soares e o Elia Jr. falando (mal) sobre o “trem da alegria” dos nadadores brasileiros fechando raias em Madrid. A natação brasileira entrava em baixo astral, do qual só saiu no Finkel de 90.
-Adoro seus posts, obrigado! Abraços
Ótimos comentários.
– Belos tempos da Georgiana e Ruggeri
– O Cícero voltou com 1.12 e realmente o Newton sentiu. Certamente estava se cobrando de mais. No momento da desclassificação, certamente sentiu-se a pior pessoa do mundo. Constrangimento generalizado. E foi muito pesado psicologicamente aquele retorno do pódio. Pior ainda, ir para o hotel sozinho
– Para o 4×200 tínhamos Kaminski, Ramalho e eu. O Felipe, quando cogitávamos escalá-lo, mandava um… “nem a pau… vou soltar” – como de fato fez dividindo equipe B com o LAM, Gustavão e Rogério Gomes no Finkel do mesmo ano no Pinheiros. Já o Tite tinha complexo desde que foi atropelado pelo Graczyk num estadual absoluto no Golfinho, anos antes. LAM e Luiz Nery, nem pensar
– bacana essa lembrança do David. Lembrei do TB92 em que éramos Pinheiros e o Messias nadou os 800m de manhã. E a tarde o Magno e o Chupeta só passaram o parcial dele nos 700m
– Constrangedor mesmo, os muitos fechamentos de raia em Madri. Não assisti essa do Juarez e Elia, que bom se não bateria a vergonha alheia
– que bom, amigo! Abraços
kkkkkkkkkkkkkkk, vc tem toda razão Maga, nem eu nem Alfredo tínhamos condições técnicas para nadar o 4 x 200m
Em relação ao 200m Peito, se não me engano, foi a primeira vez que tinha visto o Cícero nadou bem essa prova. Ele era bem conhecido pelas provas de 100m. Inclusive nas eliminatórias eu fiquei um bom tempo na frente dele, mas morri no final (fruto dos meus treinos solitários eu acho). Mas na final o cara mandou muito bem.
posso confirmar q o Castor nadou os 800 Li de manhã pois tenho o resultado das eliminatórias deste meu primeiro TB.
E o Davi Castro também está no resultado?
So vi esse ccomentario isso agora! Meio tarde.
Mas um comentarion interessante. Nadei de manha sim. Agua entrou nos oculos na saida. Arranquei os maltinos ja nas primeiras piscinas. A visao foi se indo … indo e io.
Cheguei no podium euforico para a surpresa dos velhinhos la presentes. 🙂
Esmaga, obrigado pelo post e pela documentação jornalistica das provas. Não foi ainda neste TB que nos cruzamos, mas acompanhei de longe o Fabricio que pegou dois 5os lugares nos medley. Acho que qualquer leitor pode entender pelas suas palavras que um Troféu Brasil é como uma “jornada” doida, com seus altos e baixos para todos que dele participam. Sensacional esse post e histórica essa competição!
Outro ponto anedótico: Não sabia que o apelido “Faísca” do LAM vinha de tanto tempo… Boa…
Forte abraço!
Valeu Munhoz,
achei sensacional a forma como você comentou ao compartilhar no Facebook.
Muito obrigado.
Fabricio era um craque nos medleys – estranhei o resultado apontar ASBAC nos 400m e nos 200m quando li – LUSO – percebi que era erro de digitação.
Sim, sim, Faísca de décadas – agora não procede a justificativa atribuída a finada D. Neusa.
Abraço
Otimo post!!! Grandes recordacoes!!!
Valeu Chicão!
Uma honra contar com sua leitura e comentário.
Quando soube do post sobre o TB86 fiquei esperando pela história do primeiro almoço do RR no Guanabara, ninguém poderia tê-la contado melhor…
Inesquecível LAM!
Vc ainda guarda algumm rancor por causa das Media Lunas?
Conta aí, como foi ganhar do Felipe pela primeira vez?
Comentários da Mayra no FB:
Mayra Kikuchi: Como é bom relembrar a melhor competição da minha vida!!!!! Obrigada, Fernando Cunha Magalhães e Renato Cordani por mais esse momento delicioso!!!!!!
Mayra Kikuchi E Fernando, tb me lembro desesperada, ainda hoje… da “pernada 6 tempos” da Claudia Sprengel… chegando e chegando… e eu rendida… totalmente travada… sem conseguir reagir… Cheguei… triste, na certeza que havia perdido…. Acho que minha unha estava comprida….ha! ha! ha!
Esse segundo comentário da Mayra foi sensacional!
NÃO TEM PREÇO
Excelente como sempre Esmaga! Privilegiada memória! Esse ainda não foi meu primeiro TB, mas sim o próximo, onde vi Ricardo Prado ainda na ativa! 200m Peito muito forte pra época! Show de bola e muitas lembranças do Hotel Guanabara!
Lelo,
tenho lembranças sensacionais envolvendo o Pradinho em BH87.
Breve vamos trocar as experiências vividas.
Valeu, Smaga. Me sinto honrado ainda hoje por ter conseguido superar nadadores tão gabaritados neste TB. O inusitado é que minha vaga no Mundial não foi garantida pela medalha de ouro nos 100 costas e a prata nos 200. O Djan iria acumular e nadar sozinho as duas provas. Coisas da cúpula. Até que ele desistiu da competição e eu recebi um telegrama da CBDA. Na verdade eu estava curtindo férias em uma fazenda no interior de Minas, longe de tudo, quando recebi a noticia de que teria sido convocado para Madrid 86. Um pobre cordeiro, não parente do Renato, foi sacrificado e a noite foi curta para tanta comemoração. Obrigado por me fazer lembrar!! Abs a todos
Que legal, Cristiano.
Esses telegramas eram muito bem vindos.
E que bom que vc estava num local e cirsunstância em que pode ser bem comemorado.
Abraços
Maga, parabéns pelo brilhante texto e muito obrigado por me fazer reviver todos aqueles momentos tão bem relatados. Foi minha última participação em uma competição na carreira. Por não ter conseguido minha transferência do Curso de Educação Física para Curitiba, havia voltado para Juiz de Fora e ficava treinando sozinho. Sabia das minhas limitações na época, mas estar ali entre todos aqueles nomes da Natação Brasileira me faz sentir fechando com chave de Ouro, defendendo o Clube Curitibano.
Alô Luiz Carlos,
foi muito legal você ter nadado este TB com a gente.
Legal também a coincidência de postar a foto no seu Facebook às vésperas da minha publicação.
Assim pude enriquecer ainda mais o material do post.
Abraço e muito obrigado por ceder a foto.
O prazer foi todo meu Maga. Poder participar daquela equipe incrível foi demais pra mim. No Finkel anterior eu havia ficado entre os 8 primeiros, mas no TB fiquei em 15°.
Mas encerrar a carreira numa competição tão impostante, com tantos nomes importantes da Natação Brasileira e ainda por cima no Maracanã foi um momento importante na minha vida, Logo a seguir (depois da minha formatura) fui convidado para ser auxiliar do Leonardo del Vescovo assumindo as categorias de base do Clube e auxiliando ele nas equipes principais. Não da pra esquecer isto jamais.
Uma geração de Ouro do Paraná
Boa Maga!!!
Lembro como se fosse hoje o meu desespero. No Finkel de 85 havia feito 2.13 e nas eliminatorias do TB baixei para 2.09. Animadíssimo para a final, alongando para iniciar o aquecimento, travou tudo. A saída foi realmente de pé. O pior é que no Finkel anterior eu tinha sido Bronze nos 100 borboleta e pensava poder disputar o pódio novamente. Mas com a lesão, nem final eu peguei…
E ainda lembro que quando senti as fortes dores, acabei caindo nas mãos do massagista do Flamengo que quase me deu um nó nas costas rsrsrsrsr
Como é bom termos alguém (Maga) que nos faz lembrar de momentos tão importantes em nossas vidas. Amizade, respeito, dedicação!!!
Grande abraço e até a próxima página da natação brasileira.
Queridaço, aquela eliminatória foi sensacional.
Abraços e até a próxima.
E sobre a barata do Gordo… era grande mesmo…… e até hoje não sabemos se ele havia raspado mais alguma coisa rsrsrsrsr
Deve ter raspado algo mais… ele é só ficar com uma gilete na mão que não se aguenta e põe para funcionar… rsrsrs
Me lembro que ele raspava após cada etapa da competição uma parte do corpo
Momentos que só o esporte pode proporcionar!!!
Grandes atletas e grandes pessoas.
Maga, parabéns pelo espaço, recordar é viver…
Valeu Flávio,
obrigado pela leitura e comentário.
Abraços
sempre um deleite ler seus posts Esmaga…
memória invejável… sem contar com as publicaç4oes que comprovam suas lembranças…
um grande abraço…
Grande Jorge,
obrigado pelo carinho, amigo.
Forte abraço.