EPICHURUS

Natação e cia.

Penta-olímpico!

Phelps_Piu

À esquerda, Phelps em junho de 2016, no dia em que se classificou para a sua quinta olimpíada, repetindo o gesto de Romero em Athenas à direita.

Mostrei essa montagem acima para meu filho, que (brincando) disse “chupa Phelps”. Rimos, e depois falando sério e com o intuito de reparar o absurdo que seria comparar as duas carreiras (afinal o Phelps não dá para comparar com NINGUÉM), cometi em um impulso a seguinte frase: “filho, acho que o Romero trocaria as cinco olimpíadas dele por um dos bronzes do Phelps!”

E depois passei os dias seguintes analisando a frase.

Falando da forma que eu falei, quase inconsciente, sem passar pelo cérebro, a frase procede. Acho que se você leitor for feito do mesmo material (competitivo) que o meu, você vai dizer a mesma coisa. E no entanto, com dois minutos de análise a comparação (entre as cinco olimpíadas e um bronze olímpico)  fica quase absurda. Senão vejamos.

Rogério Romero obteve seu primeiro índice olímpico com 18 anos em 1988, conforme relatado em detalhes pelo Esmaga nesse post. Nessa olimpíada ele conheceu a Coréia, e ainda pegou final (oitavo) nos 200 costas. Na saída da Coréia, ainda passou pelo Japão e Hawaii, e presenciou (da praia) o famoso episódio em que o Ramalho ficou de frente para uma onda tão grande, mas tão grande que o dia virou noite (sic).

ROMERO_CAPA_NADAR

Em 1992, na Espanha, Romero conseguiu a vaga olímpica até com certa facilidade e melhorou o seu próprio tempo, mas os outros melhoraram mais e ele acabou “apenas” pegando final B. Ali da concentração da Final B viu a arquibancada ir abaixo com a vitória do “espanhol” Martín López-Zubero na sua prova, uma sensação indescritível.

O ciclo olímpico de 1996 foi um pouco mais complicado. Talvez para fazer pontos para o Minas Tênis Clube ele acabou se engajando em outras provas, nadava os 100 costas, 200 e 400 medley, até os 200 Livre no Revezamento, e os 200 costas acabaram ficando com menor prioridade. Conseguiu mais uma vez a vaga olímpica para os Jogos em solo Norte-americano, mas acabou com o seu pior resultado olímpico, um sétimo na final B. E com sua terceira olimpíada e em franca decadência, chegou a hora de parar. Participei da festa de sua despedida em 1996, e ganhei até camiseta (que tenho até hoje).

Só que não.

Antes de parar definivamente, talvez por parar de priorizar o medley, talvez por ter agora a concorrência do Leonardo Costa, ou talvez por ter diminuído a pressão, Rogério foi melhorando e adiando a aposentadoria. Em 1999 ficou fora do Panamericano, mas ao ver Leonardo Costa meter 1:59.33 e ganhá-lo com RS, Rogério “teve” que treinar mais um pouco para reconquistar o RS, e em dezembro de 1999 acabou metendo 1:59.23, novo RS (que durou até Thiago Pereira batê-lo). E verificando que 1:59.18 tinha sido BRONZE em Atlanta, foi “obrigado” a tentar mais uma olimpíada. Ganhou a vaga olímpica para a Austrália e fez sua melhor olimpíada, sétimo lugar aos 30 anos com 1:59.27.

Mais um ciclo olímpico, mais um ouro no Panamericano de Santo Domingo 2003, doze anos depois do ouro de Havana 1991, e Rogério ainda seria olímpico na Grécia em 2004, quando atingiria sua quinta olimpíada, sendo o primeiro brasileiro a fazê-lo e um dos primeiros do mundo (detalhes aqui). Trinta e quatro anos e finalmente ele poderia tirar essa foto, que Phelps tirou 12 anos depois.

 

Daí voltei a pensar na frase que disse de impulso, e analisando bem, o cidadão nadou cinco olimpíadas em quatro diferentes continentes, Seul-Coréia, Barcelona-Espanha, Atlanta-EUA, Sydney-Australia e Athenas-Grécia, dois ouros Panamericanos, fora tudo o que foi preciso viajar e conquistar nesse ínterim, e ainda (segundo o wikipedia) bateu 29 recordes sulamericanos e 41 recordes brasileiros. É CLARO que isso tem mais valor para a vida dele do que se tivesse, por exemplo, obtido um bronze em Seul e parado, com o pedaço de metal hoje pendurado na sua parede.

De forma que vamos então reescrever a frase: “filho, acho que o Romero trocaria as cinco olimpíadas dele por um dos bronzes do Phelps, mas seria uma pena!”.

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

41 comentários em “Penta-olímpico!

  1. Marina Cordani
    18 de julho de 2016

    Bom, não sei do Romero, mas eu não teria trocado coisa nenhuma. Talvez não deseje tanto (ou nuca tenha desejado tanto ) uma medalha, mas as viagens eu queria, e não trocaria por nada. Não só qualquer viagem pelo mundo. Mas essa, de ficar na Vila, de fazer parte de um grupo seleto, de realmente conviver com pessoas de diferentes culturas, isso sim, não tem preço. Portanto, Romero e Phelps podem sim serem igualados! Claro que uma medalha iria coroar, mas a meu ver não é o que realmente levamos da natação. Parabéns!

    • Rogério Romero
      18 de julho de 2016

      Marina, desejar e ter expectativa real apenas em Sydney, quando um ano antes fiquei em 4o no ranking mundial. Treinei igual um maluco e fiquei aliviado ao ver que o 3o tinha dado 1.57, pois se fosse um segundo acima, saberia que tinha treinado para aquilo.

      • rcordani
        19 de julho de 2016

        As viagens eram tóis mesmo. Eu lembro que quando os brasileiros eram em São Paulo a gente ficava chateado pois não ia ter viagem…

  2. Lelo Menezes
    18 de julho de 2016

    Na história das Olimpíadas, Lars Frolander e Derya Büyükuncu são os únicos dois nadadores com mais olimpíadas que o Piu. Ambos tem 6. A turca não tem medalha olímpica, mas foi bronze em mundial de longa e prata em mundial de curta. Frolander tem ouro olímpico, ouro em mundial de longa e ouro em mundial de curta (lá em Mallorca 1993, onde eu tive o prazer de nadar ao lado do Piu)… Um fenômeno esse Frolander, embora raramente mencionado entre os fenômenos do esporte.

    Eu tenho certeza que o Piu vai responder aqui se ele trocaria as 5 olimpíadas por um bronze. Mas dado que ele ainda não respondeu, eu vou chutar que ele não trocaria, por dois motivos: O primeiro é por ter que apagar 4 “experiências olímpicas”, que devem ser, com certeza, os highlights de uma vida. O segundo motivo, talvez mais importante, é que 5 olimpíadas é um feito tão marcante, tão significativo, que menos de 500 atletas, desde 1896, tem isso no currículo. Já medalhas de bronze é um feito muito mais comum, embora de comum não tenha nada…

    Eu não vivi nem uma olimpíada, quanto mais cinco, então leigo que sou, se pudesse escolher, escolheria o bronze. Ouso dizer que me bastaria uma experiência para eternizar na memória e uma medalha olímpica foi sempre o meu sonho! Mas se eu já tivesse participado de 5, acho que não dá pra jogar 4 no lixo, nem por um bronze olímpico!

    • Daniel Takata
      18 de julho de 2016

      Marcelo, Derya Büyükuncu não é turca, e sim turco. E ele nunca ganhou medalha em mundial de longa (nunca nem pegou final, no máximo chegou a uma semifinal).

    • Lelo Menezes
      18 de julho de 2016

      Obrigado pela correção Daniel! Busquei a informação no Wikipedia. Acabei de conferir pra ver se viajei e lá diz que ele foi bronze no 100m Costas no Mundial de 2000. Só que foi em curta!

      Abs

    • Rogério Romero
      18 de julho de 2016

      Lelo, a questão não é jogar no lixo 4 participações, mas sim alcançar algo mais. Se não tive o talento suficiente para medalha, ao menos tenho a consciência de que fiz meu melhor. Não subsistiu, mas ameniza. Abraço.

      • rcordani
        19 de julho de 2016

        Certeza que ameniza…

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de julho de 2016

      Estou impressionado com as 6 participações do campeoníssimo Frolander – não sabia… mais algum atleta com 6?

      Também me impressionei com quase 500 atletas chegando a 5 Olimpíadas – será que o número inclui paralímpicos? Achei muito.

      Além da perspicácia do Daniel Takata, sempre atento para que estejamos com informações precisas em seus detalhes.

  3. Marcus Mattioli
    18 de julho de 2016

    O Romero, que aqui chamanos carinhosamente pela alcunha de Piu, me fala sempre de uma maneira educada e humilde que quem o conhece sabe que são um dos seu muitos atributos, que trocaria qualquer hora sua 5 olimpíadas pela minhamedalha de bronze! Claro que, está sendo gentil e educado como sempre reverenciando minha conquista! Mas é inegável o tamanho da sua conquista, e para atingi-la só monstros como o Phelps e cia!
    Afinal são 20 anos no topo! E quem chegou lá sabe o quão difícil é chegar e o quão mais difícil é se manter lá!! E 20 anos não são 20 dias, nem 20 semanas, nem 20 meses….

    • Rogério Romero
      18 de julho de 2016

      Mattioli, você já ouviu da minha boca algumas vezes isto e agora registro aqui neste prestigiado blog: trocaria sim 4 participações pelo bronze.

    • rcordani
      19 de julho de 2016

      Valeu Mattioli pelo comentário, está chegando a hora de ver finalmente o vídeo daquela sensacional prova!

      • Fernando Cunha Magalhães
        24 de julho de 2016

        Mattioli está certo! É muito tempo no topo… a trajetória do Piu é ESPETACULAR!

  4. Alexandre Lomonaco
    18 de julho de 2016

    Na semana passada meu amigo de Pinheiros e Diretor de esportes do Pinheiros, Arnaldo Pereira, encontrou com o Piu em uma reunião na câmara em Brasília, para falar da preparação das equipes do Minas e Pinheiros para a Rio 2016. Não sabia dizer quantas olimpíadas o Rogerio foi, então só disse que foi um dos maiores nadadores de costas do país por muitos anos. Não vou opinar se trocaria ou não 5 olimpíadas por uma de bronze , pois a visão do que isso pode representar è para atletas muito especiais, como o Rogerio Romero que atingiram uma das duas e podem imaginar como seria a outra opção. Parabéns Piu!!

    • Rogério Romero
      18 de julho de 2016

      Pois é Alexandre, mas se eu fosse medalhista ele certamente lembraria! Este é um ponto.

      • Alexandre Lomonaco
        19 de julho de 2016

        Tenho dúvidas de que lembraria Rogério, mas a “tribo” da natação nunca o esquecerá.

    • rcordani
      19 de julho de 2016

      Boa Lolô, abratz.

  5. Cristiano Viotti Azevedo
    18 de julho de 2016

    Muito instigante pensar nesta (im)possível troca, Cordani. Eu, por exemplo, do alto do minha carreira de Peba, não trocaria nenhuma viagem nacional ou internacional com os amigos da natação nem por uma medalha de ouro olímpica, mesmo não tendo sequer sonhado com ela. E olha que fui bastante competitivo como nadador… mas passados 20 e poucos anos do fim deste ciclo de atleta tenho a convicção de que as vitórias jamais superaram as experiências. Qualquer medalha – ouso dizer que até a olímpica, sem jamais desprezá-la, claro, não substitui as histórias das viagens, as brincadeiras antes e depois das provas, até mesmo a ansiedade saudável das provas em si. E os resultados, quando favoráveis, ao menos para mim,serviam apenas para motivar a continuar ralando. Nosso grande Piu não precisa de medalha alguma, pois já tem todas as conquistas que um atleta pode ter. O cara é foda!!

    • Rogério Romero
      18 de julho de 2016

      Meu colega de quarto Cristiano, concordo que as experiências são únicas. Não reclamo das olimpíadas, muito pelo contrário! Mas quais seriam as novas viagens, amigos, competências, que teria hoje se parasse em Seul com o bronze que foi para Paul Kimgsman? Grande abraço.

    • rcordani
      19 de julho de 2016

      Ah, olhando hoje, olhando hoje, passados 20 anos… tudo muda! Mas se não fosse aquela “fome de medalha” você não teria ido a mundial de longa e nem chegado a centésimos de ser olímpico! Abraço Cristiano.

  6. Niwa
    18 de julho de 2016

    Arrisco dizer que ele trocaria sim, mas só porque não conseguiu a medalha; se, diferentemente, tivesse ganho a medalha e lhe perguntassem se trocaria a medalha por 5 participações, talvez escolhesse as 5 participações. Acho que a tendência é sempre preferir aquilo não foi obtido. Uma vez, ouvi que o Ivan Lendl havia dito que trocaria todos os títulos de Roland Garros por apenas um de Wimbledon, justamente aquele que não conseguiu.

    • rcordani
      19 de julho de 2016

      Bom ponto Niwa! Tipo o Zico trocava seus títulos pela Copa de 1982, ou o Baggio trocava os seus por não errar o pênalti em 1994!

      • Niwa
        19 de julho de 2016

        Por aí, Cordani!

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de julho de 2016

      É isso aí Niwa… depois de ler o post já promovi tantas “trocas” mentais em diversos aspectos da vida, e tudo se encaixa em sua reflexão.

  7. Rogério Romero
    18 de julho de 2016

    Cordani, obrigado pelo post. Certamente instiguei com as fotos. Não aguentei a hora que vi a dele… Sou fã do Phelps, na piscina! O que ele fez pela natação é inigualável, em todos os sentidos.

    Obviamente participar de todas estas edições olímpicas é motivo de muito orgulho e satisfação própria. Mas, quando me perguntam qual é um momento marcante de minha carreira, sem mencionar Olimpíadas, lembro justamente desde que você mencionou no Inter em 1996. Não foi medalha, recorde ou índice, mas simplesmente inesquecível para mim. Afinal, recordes caem, mas amizades continuam.

    Grande abraço.

    • rcordani
      19 de julho de 2016

      Grato Piu, verdade, e ao menos valeu pelas risadas no “chupa Phelps”!

  8. Marcos Boeira
    18 de julho de 2016

    Não tenho talento, mas adoro natação e pratico a mais de 25 anos. Nunca tive bons índices e relevantes resultados, mas tenho orgulho e boas lembranças de todas provas que participei pelo país. Essas lembranças não trocaria por medalha alguma, só por um décimo do talento do Rogerio Romero….hehehe. Pra quem conhece um pouco sobre natação, o Piu estará sempre entre as melhores referências do esporte.

    • rcordani
      19 de julho de 2016

      Obrigado Marcos, só lembrando que esse “não tenho talento” é relativo. E realmente, o Romero foi e sempre será ícone.

  9. Rodrigo M. Munhoz
    19 de julho de 2016

    Caramba! Que post legal, sobre uma pessoa muito legal! Bacana, Renato!
    Piu, você sempre foi uma das pessoas que mais admirei na natação e me sinto sortudo de ter nadado um pouco contigo na época da Kibon.
    Não sabia que você “trocaria 4 participações” pelo bronze olímpico. Entendo, mas não deixa de ser interessante que mesmo para um cara com tantas conquistas como você, tinha algo a mais que não foi alcançado. Ainda bem que esse recorde de participações “ameniza” o fato, como já foi dito aí em cima. Ótimos comentários como sempre, por sinal.

    Grande abraço!

    Munhoz – atrasado na leitura semanal do Epichurus pois passei o dia voando, com atrasos gigantes em GRU anteontem e ontem.

  10. Denilson menegusso
    20 de julho de 2016

    Fico grato ao Fernando Magalhães o “maga” por ter me apresentado e pela oportunidade de acompanhar estes posts neste blog tão interessante onde começo a entender um pouco da alma da natação , de tanto esforço combinado com talento e nem sempre com uma medalha no peito. Fui da turma do vôlei e atingi sem precisar de tanto esforço, objetivos medíocres comparados aos mencionados acima porém Q foram de grande importância para minha vida e hoje podendo dizer a meu filho de 8 anos , Q vivi momentos inesquecíveis (um deles mencionado em post anterior, )no esporte e conheci pessoas incríveis na natação tbem. Não quero divagar e nem me expressar mal , mas sinto uma distância grande quando converso com pessoas Q não viveram o esporte competitivo e tudo o Q envolve isso , e por isso quero apresentar este mundo a meu filho, pois não adianta falar tem Q participar. Abraço do cotonete!!!!

    • rcordani
      21 de julho de 2016

      Obrigado Denilson, sim, vivência de esporte competitivo é sensacional.

      grande abraço

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de julho de 2016

      Opa… Cotonete ativo no Epichurus!
      Que alegria.
      Belíssima reflexão… fico muito contente que tenha servido de base para um papo tão bacana com seu garoto.
      Forte abraço.

  11. Ruy Araujo
    20 de julho de 2016

    Primeiro deixo meus parabéns ao Renato. Esse foi um dos melhores textos que li. Está virando escritor profissional.
    Segundo, é gratificante o “personagem” principal do texto dar seu veredicto e posso dizer que o meu seria ficar com 5 olimpíadas. De qualquer modo, mesmo não conquistando a sonhada medalha olímpica, fica o reconhecimento das participações que certamente serão lembradas por gerações futuras da natação.
    Minha prova principal era 200m costas, mas devido ao status pebístico, não pegava nem final B, assistindo da arquibancada o show do Romero na água. Uma das cenas que guardo até hoje na memória era quando ainda nadava na AESJ e o Glauco Putomati comentou sobre a obtenção do índice olímpico do Romero e a expectativa de pegar final A (brigar por medalha?), o que já era um feito enorme na era pós Prado. Depois veio a confirmação do resultado e posso dizer que comemorei muito a final olímpica em Seul. Acho que esse evento foi uma retomada da natação brasileira no plano mundial.
    abs

    • rcordani
      21 de julho de 2016

      Grato Ruy pelo elogio.

      Sim, o Romero segurou uma troca de gerações, a finalzinha dele foi muito importante. Mas a minha opinião é que a retomada mesmo veio com o Gustavo a partir de 1990, escrevi sobre isso aqui.

      • Fernando Cunha Magalhães
        24 de julho de 2016

        Estou com o Ruy no elogio ao texto.

        A final de Seoul foi finalzona e não finalzinha – em âmbito pessoal.
        Para a natação brasileira, foi um suspiro de sobrevivência, já que em termos de resultado de equipe, uma única final em 88 ficou muito aquém dos dois 4os lugares do Djan em Montreal, e das medalhas em Moscou e Los Angeles. Estou com Cordani em relação a retomada com o Gustavo, a partir do PAN de Havana 91.

  12. Fernando Cunha Magalhães
    24 de julho de 2016

    Se eu encontrasse o gênio da lâmpada e ele dissesse: “tens um pedido…”, eu cravaria sem titubear – “quero ser campeão olímpico dos 100m livre com recorde mundial” – é a situação momentânea, em um único ato, que acredito que traria mais realização pessoal para mim. Aliás, muito mais que “realização” – EUFORIA, PLENITUDE, ORGASMO MENTAL.

    Não passei nem perto e a vida é um todo dinâmico em imensa complexidade, que ganha contornos diferentes a cada decisão, a cada consequência. Diante dessa constatação, vejo de forma um pouco cruel ter que responder a pergunta “você trocaria?”, mas admiro o enfoque do texto levantado pelo amigo Cordani para celebrar o momento do feito do Phelps e relembrar a glória do nosso amigo Piu. Proporcionou belíssimas reflexões. E assim como o escriba, não me surpreendi em ler Romero cravando em “sim”, trocaria!

    Acho que vou procurar a página do Rogerio Sampaio no Facebook e deixar um convite para ele comentar o post.

    • rcordani
      25 de julho de 2016

      Boa Esmaga. Mas eu trocaria os 100 Livre pelos 200P ou 400M! hehe

  13. Odacir Júnior (Boka)
    25 de julho de 2016

    Sinceramente ficaria surpreso se o Romero (Piu) não quisesse a medalha, pois esteve tão perto, tenho certeza que indo para a prova naquele dia ele quis e lutou por essa medalha, duvido que ele tenha pensado:”só vou nadar e tá bom, já valeu cheguei na final”.

    O atleta competidor não está satisfeito nunca, se ganhasse o bronze queria a prata, o ouro, o record e outra vitória

    O Maga citou um pedido para um gênio, mas o sonho talvez fosse participar da Olimpíada de Seul que esteve perto. Para mim talvez um brasileiro que nunca esteve perto, seria um sonho.

    Mas Rogério “Piu” Romero, tenha muito orgulho dessas suas conquistas, pois nóes temos muito orgulho das suas conquistas.

    Parabéns ao Cordani peno inspirado texto.

    Abraço, Maga e abraço Piu.

    • rcordani
      25 de julho de 2016

      Grato pelo elogio Odacir, e muito boa e verdadeira a sua contribuição. Quanto a isso, o pedido ao gênio do Esmaga é similar ao que o Barrowman conseguiu em 1992, quando disse “Olympic gold and WR, I can’t top that”.

      E de facto, até aí, o cara tá sempre querendo mais, por definição!

  14. Pingback: A despedida | Epichurus

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