A piscina do Clube do Golfinho testemunhou histórias fantásticas nos 4 dias da competição mais importante do calendário da natação brasileira.
Além de muitos amigos das piscinas que leem meus textos, revivem a época, e que salvo sob efeito de amnésia feroz, ao ler o título do post já têm a consciência, conquistei através do Epichurus leitores que tomam agora conhecimento do passo a passo da minha trajetória atlética, que muitas vezes alimentam uma simpatia e torcida para que surja um resultado extraordinário na sequência da história, e para os quais preciso esclarecer já no primeiro parágrafo: não, não fui eu!
Os 7 ouros
O regulamento do torneio permitia a participação em 5 provas individuais e 3 revezamentos. Cristiano Michelena nadou 5 individuais e 2 revezamentos. Chegou favoritíssimo para os 400m livre, mas não era nos 100m, teria uma disputa acirrada com Julio Rebollal nos 200m e com Marcelo Grangeiro nos 800m e 1500m.
Surpreendeu e venceu os 100m livre, ganhou os 200m por 5 centésimos, dominou os 400m e 1500m com tranquilidade e nos 800m sofreu uma pressão de David de Castro, mas venceu com quase 1s de vantagem.
Nos revezamentos, caiu muito atrás do medalhista olímpico Marcus Mattioli para fechar o 4x200m, mas frustrou a expectativa do público de assistir um final emocionante de prova. Atropelou já no parcial abriu larga distância nos últimos 100m metros. No 4x100m livre, a equipe do Flamengo ganhou com mais de 3s de vantagem.
Ou seja, TODAS as vezes em que caiu na água, Castor levou o ouro. Um monstro que saiu invicto da competição!
Pódio dos 800m livre. O primeiro dos 7 ouros. Prata para David de Castro e bronze para Paulo Fernando Almeida (acervo família De Poli)
Índice Olímpico
Quando a competição começou, a comunidade aquática nacional sabia que alguns atletas tinham a real possibilidade de alcançar o índice para os Jogos Olímpico de Seoul. No primeiro dia, Patrícia Amorim, ficou a 3s da marca nos 800m livre. Eduardo De Poli e Rogerio Romero nadaram no segundo do tempo exigido nos 200m borboleta e costas, mas em alguns décimos de segundo acima.
Bi-campeão nos 200m borboleta, Edu com sua irmã Thais no colo. Custódio e Mattioli completam o pódio (acervo família De Poli).
No segundo dia, a expectativa recaía sobre Renato Ramalho, que ficou a pouco mais de 2s acima do tempo nos 400m medley.
No terceiro dia faltaram 26 centésimos de segundo para Adriana Pereira fazer o índice nos 50m livre.
Revista Nadar (acervo Renato Cordani)
No último dia, a expectativa na prova dos 100m costas. Solicitei por Whats Up um relato a Rogério Romero e ele descreveu a participação dele na competição assim:
“Estava obviamente muito animado com meu segundo Troféu Brasil, em 88, afinal, seria na piscina em que estava treinando (o finado Clube do Golfinho) e já havia nadado na Universíade em 87 para tempo abaixo do índice olímpico nos 200 costas.
A primeira surpresa veio com a não participação de Ricardo Prado. A segunda, mais impressionante, foi a final direta, pois só havia 8 atletas balizados na prova de 200m costas! Não acostumado com esta situação, acabei ganhando, mas não levando o tão esperado índice olímpico.
Assim, de uma hora para outra, a responsabilidade caiu para os 100 costas, prova em que a concorrência era maior e com vários atletas com chances reais de pegar o índice.
Confesso que a pressão me fez passar uma noite praticamente sem dormir antes do último dia da competição. Para tentar aliviar, achei que tinha que tentar logo nas eliminatórias. Nadei bem e ao chegar, o locutor que era pai de nadador do Golfinho (acho que do Roger Pedroso), começou a anunciar o índice,deu uma parada que me pareceu levar horas, e depois completou o anuncio.
Logicamente comemorei muito!
Na final, marquei 58s09, confirmei a vitória, mas não a vaga, pois havia outras seletivas até Seoul”.
Lendo o relato do amigo, vejo que estava tão focado que não percebeu o todo daquele momento. É certo que a humildade do Piu conta também, mas não posso deixar de registrar como eu vi o que aconteceu. As arquibancadas do Clube do Golfinho estavam lotadas, havia uma expectativa enorme. Apesar dos grandes talentos presentes na disputa, a consistência da natação do Piu saltava aos olhos, o vigor se mantinha nos metros finais e a distância para o segundo bloco de atletas chegou a mais de um corpo. Na chegada os cronômetros manuais marcavam menos de 58s, a plateia foi à loucura. Entusiasmo nos alto falantes para confirmar o oficial 58s09 e o índice olímpico. Eu estava próximo ao Reinaldo (Souza Dias, técnico do Piu na época), que se surpreendeu com o tempo e via também próxima, Tia Odete, a mãe do Piu, emocionadíssima sendo cumprimentada por todos. Na piscina, todos os finalistas foram até a raia celebrar aquele momento espetacular. Levou muito mais tempo que o intervalo habitual para que a competição recomeçasse e mais ainda para que a catarse se desfizesse e a sintonia normal se reestabelecesse.
(acervo Renato Cordani)
Emoção na disputa por pontos
Na temporada de 87 a equipe do Minas Tênis Clube, impulsionada pelo patrocínio da Cooperativa Cotia, trouxe o Head Coach norte-americano Steve Betts para treinar a equipe. Chegou a Curitiba com uma formação muito mais numerosa que no Finkel anterior. As veteranas Deborah Costa Reis e Izabel Miranda em grande forma, marcaram presença no pódio, inclusive com o ouro de Deborah nos 100m livre, levando a torcida mineira a entoar- “Não interessa se ela é coroa, panela velha é que faz comida boa”, de Sérgio Reis.
Claudia Mara Wilson venceu os 400m medley. As talentosíssimas Ângela Tupynambá e Bia Lages, vindas do infantil, ganhavam medalhas, reforçavam os revezamentos, somavam pontos importantes. E havia várias outras meninas entre as finalistas.
No masculino, liderados por Mattioli e Custódio Ribeiro, Vladimir Ribeiro, Cristiano Azevedo, Edson Terra, o crescimento de Paulo Fernando Almeida e a consistência de Leonardo Diniz.
Esse timaço do Minas trouxe novamente emoção na disputa de pontos pelo título do torneio, que o Flamengo vencera nas oito edições anteriores.
Como o Troféu Brasil fechava a temporada de 1987 e Cristiano Michelena havia competido pelo Clube do Golfinho no Troféu José Finkel nesta temporada, numa primeira análise dos estatutos, teria que participar da competição como “avulso” sem marcar pontos para seu clube, já que havia se transferido para o Flamengo e não era permitido defender duas agremiações diferentes na mesma temporada. Mas um juiz de uma vara cível do Rio de Janeiro e o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBDA concederam liminares para que ele competisse. Castor marcou 100 pontos em suas provas individuais e o Flamengo venceu por 25 pontos de vantagem. Levou a taça no dia, mas o resultado ficou sob judice e foi confirmado posteriormente no Tapetão, foi reconhecida a ilegalidade da inscrição e o Minas foi proclamado o campeão oficial.
Recorde de Campeonato
Um único em provas individuais, de Isabele Marques Vieira, defendendo o Pinheiros, na abertura do 4x100m livre, quebrando sua própria marca, com 58s99.
Clube Curitibano
Estávamos órfãos do Kaminski, Glaucia Lunkmoss e Marcia Resende também haviam parado e o Tite Clausi seguia seu período sabático.
Renato Ramalho conquistou a Tríplice Coroa, ganhando pela primeira vez um ouro no Troféu Brasil, na prova de 400m medley. Venceu também os 200m medley. Felipe Malburg foi bronze nos 200m peito. Cezar Antunes e Celeste Moro figuraram nas finais.
E eu cumpri um período excelente de treinos entre o Julio de Lamare e o Troféu Brasil. Cheguei confiante para os 100m livre. Classifiquei em 7º com 53s66. Na final me sentia bem melhor.
Eu na raia 1, Luis Osório na raia 2 e Castor na raia 3. (foto: Francisco Magalhães)
Saí nadando firme, e como respiro para a direita, na raia 1 não tinha noção do todo, mas me percebia a frente do Luis Osório que estava na raia 2, acelerei depois da bandeirinha e entrei forte na virada, depois da fase submersa, as duas primeiras braçadas e a primeira respiração, percebi que estava na frente e fiquei ali até a altura dos 75m, o ácido lático não me deixou manter a eficiência do nado, com o colapso fisiológico fui perdendo terreno e cheguei em 8º, 53s35.
Não passei das eliminatórias nos 200m livre e nos 100m borboleta.
Nos 50m livre, a missão de defender meu título. Nadei minha melhor eliminatória até então 24s41, melhor que o tempo da final do Julio de Lamare. Fiquei animado. Na final o tempo virou e em meio a chuva, novamente senti que nadava bem, mas Otávio estava a minha frente. Bati e para minha surpresa quem sentou em cima da raia, erguia os braços e comemorava com a torcida flamenguista era Zé Geraldo, que não havia frequentado o pódio desta prova desde que eu havia começado a nadar Troféus José Finkel e Brasil. Ouro para o Flamengo. Eu repeti exatamente o mesmo tempo da eliminatória, 24s41 e fiquei com o bronze, apenas 1 centésimo de segundo a frente de Luiz Fernando Queiroz, do Canadá Country Club de Londrina.
Fiquei muito frustrado com o resultado da competição. Não havia como eu me dedicar mais, era uma Caxias, CDF, Nerd, pode chamar do que quiser, fato é que eu dava tudo que tinha e estava estacionado, enquanto minha geração evoluía. Os índices olímpicos estavam muito distantes para mim. Até poderia almejar chegar entre os 4 melhores nos meses seguintes na prova de 100m livre, mas o critério de convocação dos revezamentos era assim: “vão os 4 melhores dos 200m livre, prova em que o Brasil tinha um histórico melhor, e os mesmos 4 nadam o 4x100m livre” – diante disso, pensar em Olimpíada, só para Barcelona. Resolvi, junto com meu técnico Leonardo Del Vescovo, tirar 3 semanas de férias, coisa que há muito tempo não acontecia.
Normalmente criterioso com o preenchimento do Diário do Nadador, dessa vez preenchi de qualquer jeito.
Foi muito bom vivenciar essas lembranças e dividi-las com os amigos leitores do Epichurus. Confiram mais fotos e os resultados das finais na sequência.
Forte abraço,
Fernando Magalhães
Mais fotos do meu acervo:
Acervo família De Poli:
Resultados Revista NADAR:
Excelente Esmaga!
Esse foi o primeiro da sequência de 7 TBs que participei senão como protagonista, ao menos como postulante à medalha. Meu primeiro quarto lugar. O interessante é que eu caí da bicicleta no dia 01/01, o que me rendeu uma infecção forte na perna direita, não dava nem para dar pernada de peito, e só resolveu com uma Benzetacil, prejudicando os meus treinos. Para “ajudar”, eu estava prestando a segunda fase da Fuvest, foram 4 dias por volta do dia 15/01: eu treinava de manhã, fazia vestibular (4h de prova) e voltava para a piscina, para desespero do meu pai “será que DESTA VEZ não dá para você priorizar um pouco os estudos?”. Não, não dava.
Cheguei no TB em razoável forma, tanto que peguei 3 finais. Nos 200P o quarto com sabor meio amargo, morri nos últimos 25m e o Felipe me passou. Nos 100P o sétimo foi ok (apesar de 1s pior que o tempo do JD), e nos 400M eu sofri pela primeira vez o “efeito Buczmiejuc”.
Foi assim: o cidadão polonês não estava bem, e na banqueta antes da final (eu estava na 7 ele na 8) ele confessou que havia falado com o Marcio e este o autorizou a soltar. De forma que eu não me preocupasse com ele se ele estivesse muito atrás. O trouxa aqui achou ótimo (um a menos!) e parti para a prova confiante. Nos primeiros 50 dei uma olhada para o lado e o Polaco estava na minha frente, pensei “devo estar muito fraco, que horror”, forcei no borbola, fiquei olhando para o Polaco na minha frente no costas, me desesperei, nadei tudo errado, morri e fiz uma péssima prova. Pelo menos aprendi a largar de ser trouxa e ficar ouvindo o concorrente na banqueta.
A equipe do CPM era composta pelo tio Pedro (diretor), Nenê (coach), Lienne, Aninha Lee e eu. Fomos de carro e ainda sobrava espaço para o De Paio, que tinha uns 11 anos e foi sentado em cima da caixa de câmbio na Caravan Comodoro preta.
Muito boas lembranças.
Com relação a você, Esmaga, imagino o desespero ao meter 2:01 nos 200L. Como pode ter saído aquele 1:55 com 17 anos e depois continuar treinando forte e piorar tanto? Se você estivesse metendo 1:55 era candidato a tentar o reveza olímpico, não?
O senhor é muito mirim para cair na técnica Buczmiejuc.
Isso é a cara do Polaco, uma espécie de Grackzyk de SP.
Quanto ao 1:55 x 2:01, é isso mesmo… mas voltaremos a falar em breve sobre isso.
Smaga!!!
É sempre bom ler seus relatos!! Esse TB realmente deixou história!! O Michelena era “o monstro” e foi impecável!!
Foi meu primeiro TB e um pouco frustrante, porque não cheguei nem perto dos tempo que tinha feito no brasileiro infantil!!
Mas vou ter que te corrigir… E olha que, quando eu penso na sua memória, duvido até de mim e tive que confirmar… No tapetão, foi confrmada a irregularidade da participação do Michelena pelo Flamengo e o Minas foi consagrado campeão.
Oi Ângela,
que bom ver você de novo por aqui.
Obrigado pela consideração sobre minha memória e por ter se dado o trabalho de checar, vou corrigir o texto.
Sabe que mandei o post pra Bia e ela disse que vai comentar… só vendo… rsrs
Beijo
Prontinho… está corrigido.
Obrigado mais uma vez.
Parabéns pelo relato! Foi um campeonato histórico, e para nós do MTC, inesquecível!! Pela primeira vez brigávamos ponto a ponto pela conquista do título com o Flamengo. No final, a Angela lembrou bem, o titulo ficou com o Minas, mas independente disso foi um Troféu Brasil espetacular e inesquecível.
abraço
Leonardo DIniz
Gigante!!!!
Que legal contar com sua leitura e comentário.
Já vou corrigir o lapso no texto e deixar o registro correto.
Você estava na equipe A do 4x200m?
Fiquei imaginando que deveria ser Mattioli, Paulete, Custódio e aí imaginei que poderia ser você ou o Vlad…
Eu aguardei muito por esse post porque esse foi o 1o TB que cheguei confiante em uma final. No Júlio Delamare tinha quebrado a barreira do 2´30 nos 200m Peito e cheguei convicto que se nadasse por volta dos 2´30 pela manhã eu estaria na Final A.
O problema foi que toda a equipe do Paulistano que poliu para o Julio Delamare, nadou muito mal o Troféu Brasil. Muito mal mesmo! Quase nível vexame!
Nadei os 200m Peito me sentindo pesado de manhã e se não me engano fiz 2´33. Uma grande decepção. Peguei série B nas raias centrais, mas na final fui um desastre e fechei a série com 2´37, mais de 7 segundos pior do que no JD.
Foi minha única “final B” se não me engano. “Morri afogado” nas outras provas e muito decepcionado por ter perdido a vaga do revezamento 4×100 Medley “A” do Paulistano para o Ênio Monteiro…
No entanto esse não foi o lowlight da minha competição. Eu estava péssimo, nadando terrivelmente e mesmo assim fui escalado para nadar os 1500m. Nadei numa série fraca, mas ao meu lado, não sei bem porque, o medalhista de prata Paulo Almeida. Ele me passou 100m, naquela que considero até hoje, a maior vergonha que tive dentro da natação. Fui ultrapassado 100m também uma segunda vez numa competição em Los Angeles, mas essa foi pelo David Wharton, medalhista de prata olímpica e portanto um vexame bem menor.
Me lembro do índice olímpico do Piu como se fosse hoje. Achei animal a reação da plateia… e tive a equivocada convicção que 4 anos depois estaria eu comemorando tal feito…
Me lembro muito da Ângela, novinha, grande promessa no feminino..
Curioso que no ano seguinte (89) eu melhoraria consideravelmente para o ouro no Júlio Delamare, mas novamente morreria afogado no Troféu Brasil, piorando muito meus tempos.
A tão sonhada medalha de TB só veio quando parei de priorizar o JD, dois anos depois, em 1990… aparentemente não sabíamos como polir para duas competições próximas uma da outra..
Excelente post como sempre…
Valeu Lelo!!!
Tenho convicção que aquela bandeira pixado “VIEMOS PEIDAR NA SUA FAROFA” causou efeito reverso na equipe do Paulistano… rsrs
Dava um ruim de ficar lendo aquilo.
Dureza tomar 100m nos 1500m. Passei por essa experiência no master, há cerca de 2 anos atrás quando cometi a insanidade de me inscrever para essa prova no 40+.
Vamos ver se o Paulo passa por aqui pra falar sobre esse balizamento.
Muito bacana o post, de um dos mais empolgantes TB que eu participei. Piu e Michelena apresentaram suas credenciais e elevaram o nível da natação brasileira a partir deste TB. Tenho a foto do podium dos 100 ou dos 200 costas e vou passar para o acervo do Epichurus. Um dia mostro para minha filihinha que já nadei ao lado – ou melhor, há metros – do querido amigo Romero, que está correto quando comenta que nos 100 costas o índice não resolvia a vaga. Eu e Vlad. ambos com o índice, brigamos pela segunda vaga até o último mês antes de Seoul. Em Salvador, na combalida Fonte Nova, fiz a última tentativa nadando 100 costas ao lado da amiga Débora Reis. Ela me puxou nadando crawl e hoje, trinta anos depois, eu agradeço novamente a ela de todo coração. Não deu, mas fiquei feliz pelo meu amigo irmão Vlad. Nosso time era assim. Forte e muito unido. Realmente e o título no tapetão fez justiça, mas seria melhor ter ganho ali na água. Obrigado, querido Esmaga, por indicar os nomes de alguns de nós mineiros com tamanha simpatia. Eramos mais do que bons nadadores. Eramos um time munido do espírito ultra competitivo que o Stevie Betts inaugurou às custas de muito pushupps na borda da piscina no intervalo das séries, gritos de guerra para cada atleta, treinos maratonísticos e muito ferro (gladiador). Dai em diante o Minas não saiu mais da luta pelo título nacional, e até hoje. Uma geração de lutadores e de grandes e etermos amigos…impressionante como o tempo não apaga as grandes memórias. Abs a todos amigos desta geraçao
Cristiano, meu amigo,
me emocionei com seu comentário.
Muito lindo o sentimento que aflora das lembranças. Dá ainda mais significado a minha paixão em contar essas experiências, levantar material e reescrever as histórias.
Estou ansioso pelas fotos, que certamente serão incluídas nesse post, com os devidos créditos. Forte abraço!
Muito bom o post, como de costume, Esmaga!
Novamente, seu texto me permitiu lembrar de algumas coisas importantes e marcantes, como o indice do Piu e o 3o lugar do Fabricio O. Pedro da Luso nos 400 Medley. Fico com vergonha de ver as memorias do pessoal acima. Tudo muito emocionante! Infelizmente, eu mesmo lembro mais de passar frio … de uma piscina na qual nunca nadei bem e de comer no Madalosso (?)… Como o Lelo, eu treinava para ir bem no JD e o TB era em geral apenas um bonus de viagem com os “adultos”.. sem grandes expectativas naquela epoca. Abrtz!
Munhoz,
esse TB também inaugurou para mim a temporada de festas ao fim do campeonato. Na noite de domingo, atletas de vários clubes foram jantar no Madalosso, onde abriu-se uma pista de dança e a turma se soltou.
A noite ali não foi longe, mas alguns carros seguiram para o Largo da Ordem, mais especificamente no Bar do Alemão, com direito a formação de alguns casaizinhos interclubes. Muito divertido!
Boa Esmaga! Achei que eu tava viajando em lembrar dessa ida ao Madalosso, mas foi isso mesmo! Agora tive mais uns “flashbacks”, por assim dizer! E lembrei que perdi um casaco do agasalho da Kibon nesta ocasiao.. se alguem achou favor mandar pra redação do Epichurus :-).Valeu!
Smaga, lendo o seu relato, emocionei-me tanto como naquele dia em janeiro de 88. Voce fez parte de uma historia muito linda que vivemos aqui no Parana. Belo texto , parabens. Sua fa, Odete Aoki Romero (vulgo dona Pia)
Tia Odete, Dona Pia,
ainda bem que estava atento e estou aqui para passar a emoção real do momento… ah, essa humildade do seu filho!
Que prazer enorme contar com seu comentário.
Estou lisonjeado com o “Sua fã”.
Um beijo grande!
Beleza de texto como sempre Smaga. Me trouxe algumas lembranças. O Fla foi de ônibus p a competição. Tinha uma mesa no fundo do ônibus q o pessoal jogava um carteado. A viagem acabou sendo um pouco cansativa até pq, senão me engano, chegamos no dia anterior. Ficamos num hotel em q a entrada era colada numa casa de saliência em q ficavam mulheres na porta acenando p os nadadores qdo desciam do ônibus. Como era calouro me senti como o Munhoz indo pela 1a vez a uma competição de adultos. Carreguei muita bolsa e paguei muito mico. A disputa c o Minas foi realmente muito acirrada. Achei q na nossa equipe tivemos muitos resultados ruins e alguns bons, incluindo as varias vitorias do Castor e a surpreendente vitoria do Zé Gere nos cinquentinha q foi muito comemorada por nós. Lembro de ter ficado bastante impressionado c a quantidade de atletas nadando bem no Minas e tb da felicidade q fiquei c a nossa até então apertada “Vitória” no final. Abs
As viagens de ônibus entre amigos eram sempre animadas. Hormônios a mil, somados ao confinamento volta e meia geravam umas situações bizarras.
O padrão no Curitibano era assim também, para viagens de até uns 800 ou 1000km, viagem na noite da ante-véspera, um dia descanso/raspagem e bora competir.
Quanto a saliência, no Brasileiro de inverno de 87 ficamos num hotel no bairro do Flamengo que era a própria. kkk
Abraços, Vreco!
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