EPICHURUS

Natação e cia.

O país do futebol e suas implicações

Em tempos de balanço olímpico, é muito comum ouvirmos comparações entre o Brasil e os outros países. O lugar-comum máximo pode ser resumido no seguinte mote “os brasileiros são muito talentosos, porém em geral fracos psicologicamente, o que somado à falta de ‘apoio’ causa uma performance pífia no quadro de medalhas”. Como aqui no Epichurus combatemos o lugar-comum (mesmo à custa de polêmicas), vou olimpicamente discordar.

Para começar, não há evidência nenhuma de que somos talentosos em muitos esportes olímpicos. Concedo que até podemos ser talentosos em alguns esportes, mas não necessariamente em todos, como às vezes os usuários do mote acima querem fazer parecer. Com certeza somos talentosos em pelo menos um esporte olímpico, justamente um dos dois (o outro é o tênis) cuja principal competição não é as olimpíadas: sim, somos talentosos em FUTEBOL.

Nosso amigo Ruy certa vez dialogou com um cidadão húngaro, que, embriagado (o húngaro, não o Ruy), anunciou que trocaria TODAS as medalhas de ouro olímpicas de seu país (que são nada menos do que 159, contra apenas 23 do Brasil) por apenas UMA Copa do Mundo de futebol, a qual, como todos sabem, temos CINCO. De sorte que para os padrões mundiais, se psicologia é importante no esporte, somos fortíssimos psicologicamente ao menos em futebol, desde que perdemos em 1958 o complexo de viralatas detectado por Nélson Rodrigues nos anos que antecederam a essa primeira conquista.

O amigo húngaro do Ruy que trocaria 159 medalhas de ouro olímpicas por uma Copa do Mundo

Sim, somos o país do futebol. Pergunte nas ruas como foi o desempenho do Brasil nas últimas duas Copas e terás a resposta: péssimo. Após três finais consecutivas com dois títulos (1994-2002), ficamos em quinto (2006) e sexto (2010), e isso em Copa é considerado MUITO ruim para nós – um evidente sintoma de quão bom somos. Na Copa de 2006, por exemplo, ao ficarmos em quinto fomos o equivalente olímpico à Coréia do Sul, que em Londres – 2012 ficou em quinto lugar no quadro de medalhas com 13 de ouro, 8 de prata e 7 de bronze. A um desempenho desses em Copas damos o veredito de péssimo! Não preciso mostrar aqui as estatísticas unânimes de que o Brasil é o país mais vitorioso do mundo nesse esporte. E não é por outra razão que comparativamente praticamos menos esportes olímpicos do que outros países: é que nossas crianças estão praticando ………… FUTEBOL!

Copa Fifa e a Jules Rimet:    ganhamos mais do que os outros

Com relação ao ‘apoio’ citado no mote lugar-comum do primeiro parágrafo, o futebol é praticamente o único esporte que não precisa de ‘apoio’ do governo, pois nós, o público brasileiro, adoramos VER futebol e por conseguinte as empresas privadas patrocinam fartamente esse esporte. A gente lê o jornal antes do jogo, assiste o jogo na TV ou no estádio, lê os blogs pós jogo, vê os melhores momentos de noite (ou no youtube) e no dia seguinte ainda compra o Lance para rever todos os detalhes. Um jogo de futebol de segunda divisão aqui tem mais audiência que uma final olímpica de natação! Já o esporte olímpico perdeu praticamente todo o espaço que dividiu com o futebol durante as duas semanas dos Jogos. Resulta que  o futebol sobrevive muito bem, enquanto que os outros esportes precisam do ‘apoio’ do governo, o que é polêmico, mas não é o assunto desse post.

Não quero com essas palavras relativizar a performance olímpica brasileira, que, por sinal, deverá melhorar substancialmente na próxima em razão do fator casa – como bem mencionou o Lolô nesse comentário – mas é risível atestar peremptoriamente o fracasso esportivo brasileiro “esquecendo” de mencionar aquilo que o amigo húngaro do Ruy bem sabe: querendo ou não, futebol é o esporte que nós gostamos de ver e praticar e (para desgosto de húngaros e afins) ganhamos Copas com frequência extremamente acima da média.

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

21 comentários em “O país do futebol e suas implicações

  1. Flávio Amaral
    20 de agosto de 2012

    Grande Cordani.

    Gosto muito desse tipo de comparação e a verdade é essa mesmo.
    Nunca veremos uma torcida organizada assistindo uma etapa da copa do mundo de natação, mesmo sendo no Brasil.
    Você tem toda a razão, o Futebol é o único esporte realmente auto suficiente (não sei se tem hífen).
    Alguns coletivos ainda se dão bem como o vôlei que consegue levar um bom público aos ginásios.
    Sou contra o investimento de verba pública no esporte. Educação, Saúde e Infra-estrutura são prioridades máximas, porém acredito que competições entre escolas traz esse tipo de rivalidade e possíveis descobertas de novos talentos.

    Aqui em Santos tem algo interessante. A Copa Tribuna (rede de TV local) de Futebol de Salão e Handebol escolar.
    Algumas escolas vem do vale do Ribeira (que são até 200 km de distância) para competir.
    A molecada leva muito a sério e a reportagem leva destaque no jornal local.

    Eu não sei mensurar o quanto as escolas estão investindo nas aulas de educação física para essa molecada competir, mas já é um começo.

    Esses dias escutei que o problema do Basquete por exemplo é que a confederação fica nas mãos de paulistas e cariocas. Acho isso um problema superficial, pois não adianta mudar o poder de mão da CBB se as CBs esportivas do Brasil são órgãos dedicados a política e enriquecimento e não ao esporte. (Esporte não é prioridade)
    CBDA também tem seus problemas que eu sei, porém tudo que escuto são histórias de bastidores vindo de terceiros. Mas acho que não é o caso desse post como você mesmo disse.

    Será a melhor participação do Brasil em Olimpíadas, mas pelo fator casa do que por organização a longo prazo como você mesmo disse. Iremos mais assistir e ouvir o hino nacional dos gringos, (principalmente de EUA e China) do que assistir aos nossos.

    Só tem uma medalha de ouro que teremos vergonha, Será a Olimpíada mais cara e superfaturada da história.

    Um grande abraço.

    • rcordani
      20 de agosto de 2012

      Valeu Flavio. Nessas modalidades que você citou (basquete, handebol e volei) acho que não estamos tão mal, fomos no mínimo às quartas de final olímpica em todas elas. Não é à toa que são justamente esses três esportes (mais futebol) que são os mais praticados em nível escolar. Na minha escola, eram justamente esses quatro esportes que eu praticava.

  2. rmmunhoz
    20 de agosto de 2012

    Boa Renato!
    Me ocorreu que temos ouvido alguns atletas de esportes diferentes falando com mágoa do futebol e da “patria de chuteiras” que impede o crescimento de esportes diversos… Será que o ressentimento (e eu talvez tenha sido um desses caras no passado) é válido? E tem tem alguma verdade nisso? Pra mim é um pouco do problema de ovo ou galinha (gostamos mais do futebol pq somos bons ou somos bons pq gostamos mais do futebol) ?
    De qquer forma, acho que a raiz do sucesso do futebol ainda está nos números (grandes) de praticantes em tudo que é canto do país. Isso gera peneiras maiores… Somos pequenos no resto dos esportes – por comparação – como vc aborda no fim do texto… Do ponto de vista de direção estratégica para os esportes, pode ser que alguns dirigentes temam que a “concorrência” de outras modalidades possa nos fazer piorar relativamente no futebol (ainda mais) – aí sim, uma tremenda balela, pois sabemos que 99.99% dos praticantes do esporte bretão nunca vai além das peladas com amigos. Obs: Nos EUA, onde quase toda criança joga futebol na escola, os homens ainda nao ficaram muito bons (forte concorrência?), mas as mulheres estão sempre entre as favoritas mundiais de “Soccer”… Mesmo assim, até que eles tem outros esportes que se saem bem… 🙂

    • rcordani
      20 de agosto de 2012

      Essa mágoa que você citou é verdadeira, mas a meu ver injusta, uma vez que o patrocínio ao futebol é majoritariamente privado, e ao esporte olímpico é público, correto?

  3. Indiani
    20 de agosto de 2012

    ASSINO e concordo 100% ! Acrescento apenas… Nao sei se nossa melhora pra 2016 sera tao substanciosa e, vou alem: Depois de 2016 ai que o “BICHO” vai realmente pegar para a maioria das chamadas “modalidades olimpicas” !
    God save the Queen !

    • rcordani
      20 de agosto de 2012

      Grande Indi, uma vez há muito tempo o Ricardo Prado disse que a natação americana é que nem o nosso futebol, brotam talentos do nada, e que por isso a gente NUNCA iria ter uma equipe como a deles, e viveríamos de um ou outro talento, como Borges, Cielo, Thiago, (e ele não citou, mas o próprio Prado encaixa nessa), etc.

      Você que está aí vê da mesma forma?

      • Lelo Menezes
        20 de agosto de 2012

        O americano bota o filho no esporte desde cedo! É comum o menino(a) de 6 a 12 anos praticar vários esportes e aí por volta dessa idade ele se especializa no que mais gosta ou o que tem mais aptidão. O sistema escolar americano é muito diferente do brasileiro. O esporte forte/competitivo é praticado na escola e na universidade e o ensino é gratuito até o colegial, mas as melhores faculdades são pagas e são caras! A principal chance daquele moleque receber bolsa e consequentemente não pagar (ou pagar menos) a cara faculdade é através da bolsa esportiva, muito mais fácil e numerosa do que a bolsa acadêmica. É por isso que quase toda criança americana pratica esporte e num pais com uma população enorme como a deles, os talentos surgem adoidado. Talvez não seja a mais nobre das intenções já que tem objetivo financeiro, mas é responsável pela massificação do esporte nos EUA e o resultado é fantástico!

  4. Indiani
    20 de agosto de 2012

    Meus amigos ! Posso dizer com uma certa propriedade… Após 23 anos como Treinador(22 no BRA e apenas 1 nos EUA), vejo por aqui os mesmos problemas(comportamentais) que temos ai e acredito que no MUNDO inteiro ! Os jovens nao querem mais muita responsabilidade(acordar na madruga, competições em vários finais de semana, dormir relativamente cedo e abrir mao em vários momentos da vida social). A diferença real esta nos números que vi em um curso da USA SWIMMING no ano passado. Os caras tem apenas a bagatela de 275 MIL nadadores registrados e, acreditavam que após o termino das Olimpíadas, teriam um acréscimo de quase 25%…
    Nos números ja percebemos que e muito mais fácil tirar os “TALENTOS”. Somando o fator FINANCEIRO(aproveito o comentário do Lelo ai acima) estamos BEM distantes dos caras da terra do Tio SAM mas… a recessão tambem vai chegar um dia por aqui porem, bem mais pra frente. Enquanto isso… Let’s dream about 2016 !

    • rcordani
      21 de agosto de 2012

      Realmente Indi, tirar talentos de 275mil não deve ser tão difícil assim. Sabe quantos atletas temos registrados no Brasil?

    • Fernando Magalhães
      26 de agosto de 2012

      É isso. Da massificação vem os talentos e aumentam as chances de sucesso. Massificando vários esportes teremos mais medalhas, mas sempre com o risco dos nossos favoritos não ganharem e outros Brazucas não favoritos poderem chegar lá.
      Ou seja, seremos mais competitivos.
      No futebol seremos sempre competitivos, mas isso não garante que um dia o Brasil voltará a ganhar uma Copa do Mundo. A disputa é de altíssimo nível, muito equilibrada e todos querem vencer.

  5. Ruy
    21 de agosto de 2012

    Quando conversei com o hungaro bêbado (ele, nao eu), acabou por ficar mais feliz de ter citado Puskas, um grande jogador de futebol, do que os diversos nadadores medalhistas da Hungria. Tive oportunidade de conhecer a piscina onde a seleção húngara treinava e, por coincidência, estava rolando um intercambio da selecao juvenil americana com a húngara. Duas coisas me chamaram a atençao naquele momento:
    -Primeiro foi a decepção de ver uma piscina “normal” com blocos de saída velhos e arquibancada de 4, 5 degraus. Não era mais moderna do que uma piscina de qualquer clube do interior de SP.
    -Segundo foi ver uma piscina pequena com um gol de water polo de madeira nas pontas e ver um pai húngaro “bater uma bola” com seu filho na água.
    Essas duas cenas me fizeram concluir que a diferença está no material humano e talento de cada povo. Não precisa mais que uma piscina de 50m com água dentro para gerar grandes nadadores. Com relação ao pai hungaro, foi brincar de polo com o filho e, caso fosse brasileiro, o mesmo pai iria jogar futebol em um parque qualquer.

    • rcordani
      21 de agosto de 2012

      Esse pai com o filho jogando polo, tem certeza que não era o Franco Polloni? hehe. Por essas e outras eles (os húngaros, não os Polloni) vão continuar disputando os ouros de polo, com o Brasil de fora, e nós vamos rumo ao hexa, com eles de fora…

  6. Daniel Takata
    22 de agosto de 2012

    Percebo um fenômeno interessante: os que acompanham os esportes olímpicos além das duas semanas de Jogos Olímpicos estão prontos para defender o desempenho dos atletas olímpicos das críticas vindas daqueles que viram especialistas em todos os esportes somente uma vez a cada quatro anos, trazendo como argumentos falta de estrutura, de investimento, de apoio, etc (argumentos com os quais concordo). Esses mesmos defensores dos atletas descem o malho na prata conquistada pelo futebol, pois, afinal de contas, “estes tem estrutura, ganham milhões”. Como os que acompanham somente futebol (a grande maioria da população) também desceu o malho, a seleção brasileira de futebol ficou indefesa. Se a prata foi uma vergonha, o que dizer do desempenho de seleções como Espanha, Inglaterra, Itália, Argentina? O futebol nesses países é tão popular quanto no Brasil, os jogadores também ganham milhões e algumas dessas seleções sequer se classificaram para os Jogos. Todas passaram vergonha? Se no caso do futebol o fato de não ganhar o ouro é uma vergonha, é melhor a seleção brasileira não participar mais, pois o jogo é jogado e a chance de perder é sempre maior do que a de ganhar. Percebam que estou defendendo a seleção do turbilhão de críticas que recebeu, pois apesar de saber que a Copa do Mundo é muito mais importante, sei que os jogadores fizeram o que estava ao alcance para conquistar o ouro. Eu não sei de onde vem o prazer de uns de defender os esportes olímpicos e criticar a seleção brasileira de futebol, mas desconfio que haja uma ponta de inveja pelo futebol ser tão mais popular que os outros esportes. Isso faz com que os jogadores ganhem muito mais dinheiro “e tenham a obrigação de ganhar a medalha de ouro”. Não, eles não têm. São atletas como quaisquer outros. Se merecem ou não o dinheiro que recebem é outra história, mas estão em um esporte que movimenta muito mais dinheiro que os outros.

    • rcordani
      22 de agosto de 2012

      Verdade Daniel, concordo com a sua análise.

  7. Ruy
    22 de agosto de 2012

    Eu confesso que tenho certa birra com o futebol nas Olímpiadas. Não que torça contra o futebol brasileiro mas sim pelo fato da própria mídia focar muito mais no futebol do que em outros esportes. As Olimpíadas são o maior momento que esportes não tão populares mostrarem que existem e acabam sendo ofuscados pela cobertura futebolísitica. E veja que, para o futebol, não é o principal torneio a ser disputado.
    Felizmente para mim, que tenho TV a cabo, consegui assistir as Olimpíadas do jeito que gostaria: Zapeando os canais que cobriam os jogos e assistindo diferentes esportes. Aliás, um dos meus objetivos em zapear era estudar os esportes “faceis” onde existiam praticantes acima de 40 anos. Já que minha carreira na natação foi gloriosamente digna de um PEBA, quem sabe não me aventuro em outros esportes onde tenha um talento nato?
    Nas Olimpíadas de inverno eu tenho certeza absoluta que conseguiria iniciar um treinamento sério e dedicado hoje e me credenciar para ser um dos “vassourinhas” daquela bocha sobre o gelo. Pena que o Brasil não invista muito nesse esporte, senão já estaria lá.

    • rcordani
      22 de agosto de 2012

      Olha, sério, alguém me disse que o Marcelo Prada (que fez dupla com o Scheidt em um dos ouros dele) uma vez teve o mesmo pensamento que você e escolheu Vela, que aparentemente é um esporte que com um pouco de dinheiro o cara pode tentar ser de alto nível (sobretudo se for como parceiro do Scheidt). Boa sorte, e espero que você não seja PEBA em Vela também…

  8. Alvaro Pires
    22 de agosto de 2012

    Fala Renato, futebol dah p jogar ateh dentro de casa (minha mulher quase morre c a bola batendo nas paredes !). Para termos uma cultura esportiva e praticarmos de tudo soh c esporte nas escolas e universidades nao tem outro jeito. Ai vamos ter talento e biotipo de sobra. Os australianos nadam, surfam, jogam rugby etc, os americanos idem e acabam escolhendo um esporte em q se adaptam melhor, como disse o Lelo. Qto as criticas ao futebol nas olimpiadas foram parecidas c as do Cielo, no sentido de q se eramos melhores, tinhamos a obrigacao de vencer. Senti falta das polemicas dessa vez, haha. ab

    • rcordani
      22 de agosto de 2012

      Olha, Vreco, futebol nas olimpíadas eu acho que nem devia ter, ridículo esse negócio de sub-23. Só o feminino. E sério, eu vejo o futebol como um esporte como qualquer outro, mais ou menos como disse o Takata. Sei que tem muito dinheiro (e portanto interesses) envolvido, mas o dia em que eu achar que dinheiro ganha jogo eu acho que vou perder o interesse.

      • Fernando Magalhães
        26 de agosto de 2012

        Eu acho que o futebol deve ser mantido nas Olimpíadas. Uma parcela enorme da população mundial aprecia a modalidade e os Jogos Olímpicos são o maior evento esportivo do planeta. Não vejo sentido em não ter. Os critérios de participação podem ser rediscutidos.

        Sobre a prata do Brasil. Fiquei contente com a medalha, mas chateado pela equipe e por não termos o ouro no quadro de medalhas e na história. De maneira nenhuma acho que seja vergonha. E se os jogadores ganham o que ganham, é porque o mercado paga. É honesto e justo, e como trata-se de um jogo, não tem a obrigação de ganhar, mas de fazer o possível para ganhar.

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Publicado às 20 de agosto de 2012 por em Futebol, Olimpíadas e marcado , .
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