EPICHURUS

Natação e cia.

O futebol e eu

(O leitor atento já percebeu que o título é uma citação do famoso post do Esmaga.)

Meu pai nasceu na Italia em 17 de maio de 1938, e quando ele completou 32 dias de vida, no dia 19 de junho de 1938, a Italia conquistava o bi-mundial.

Eu nasci exatamente 32 anos depois do bi italiano aqui no Brasil mesmo, no dia 19 de junho de 1970, e esperei apenas dois dias para ser tri-campeão mundial, justamente sobre a Italia. Em 1970 meu pai já era brasileiro há muito tempo e torcia para o Brasil naquela final. Com tantos títulos e coincidências, nada mais natural que meu pai e eu compartilhássemos a paixão pelo futebol e por Copas.

Da Itália sobrou a paixão pelo Palmeiras. Não lembro do título de 1976, mas desde 1977  exerci essa paixão alviverde em sua plenitude, nas (muitas) derrotas e nas (poucas mas boas) vitórias nesse período.

Uma curiosidade para este blog é que eu costumava me apresentar para as finais do Troféu Brasil de 200 medley (última etapa) com a camisa alviverde. No último dia do TB de 1992, por exemplo, o Palmeiras jogava a final do Paulista com o São Paulo (estava na fila desde 1976) e eu por isso me apresentei na raia 8 com o manto verde. Durante os pouco mais de dois minutos da prova, Muller fez o gol do título para o São Paulo, e na chegada além de amargar o oitavo lugar ainda sofri fortes gozações do Gustavo Leal e demais são paulinos da arquibancada, que em coro zombaram dos 17 anos de fila. Não acredita? Veja no pequeno vídeo abaixo (17s) o trecho da apresentação do Mario Xavier: dá para ver o Ramalho na 4, o Romero na 5, o Cassiano na 6, o Lelo na 7 e eu com a camisa do Palmeiras na 8.

Hoje em dia eu já perdi parte do interesse, seja porque fiquei mais velho, seja por causa da decadência palestrina nos últimos anos, seja pelo fato de o futebol hoje em dia ser muito considerado em termos de faturamento, dinheiro, cotas de TV, roubalheira, STJD e etc. O Laurival Shita por exemplo ADORA ver tabelas de clubes que faturam mais, lucro, prejuízo, essas coisas, já eu gostava mesmo era do esporte!

Mas o que ficou, ficou. Foram muitas histórias palestrinas vividas nesses meus 43 anos de vida, umas boas, outras espetaculares, outras nem tanto.

Acompanhe na galeria abaixo meu TOP 10 lembranças alviverdes. Clique na imagem para ler meu comentário abaixo de cada foto, além do link para o youtube e o crédito da foto.

Taí meu top ten. E você, amigo leitor, qual o seu momento favorito?

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

12 comentários em “O futebol e eu

  1. Lelo Menezes
    8 de maio de 2014

    Boa R. Infelizmente seu post veio no mesmo dia que o Palmeiras perdia, de virada, para a potência Sampaio Correia, pela Copa do Brasil. Tá difícil torcer pro Verdão ultimamente.

    Minha paixão pelo Palmeiras começou cedo. Como o palmeirense Hulk (o da seleção) que disse que virou palmeirense como rebeldia contra os pais e as 6 irmãs corinthianas, eu também tenho pai corinthiano, mas a torcida pro verdão veio da minha saudosa vó, uma das poucas mulheres que conheci que amava futebol. Gremista de nascença, passou a torcer pro Palmeiras quando ainda jovem veio morar em São Paulo e o verdão, com o tempo, passou a ser seu time de coração, mesmo contra o Grêmio.

    Minha 1a lembrança marcante foi meu 1o jogo no Palestra Itália, em 1978. Palmeiras 4 x 1 Juventus. Gols de Pedrinho e o sensacional Jorge Mendonça.

    Achei que você mencionaria, como grande momento, aquele jogo da Libertadores de 2009, contra o Colo Colo, que estávamos no boteco Galinheiro e o Clayton Xavier faz o gol salvador, nos últimos minutos, do meio do campo e a gente de joelho no bar… Foi sensacional!

    Enfim, pra mim o maior momento foi a conquista da Libertadores, mas a eliminação da MSI na mesma competição foi highlight também.

    Assistir o 1o jogo do Palmeiras com meu filho foi bacana também. Ele tinha 12 dias (vai se lembrar muito com certeza) e o jogo, em 22/04/2010 foi nervoso, sob o comando do “talentoso” técnico Antônio Carlos Zago, empatamos com o A. Paranaense em 1×1, com gol de Lincoln e eliminamos a potência do Paraná da Copa do Brasil.

    A última emoção foi a conquista da Copa do Brasil, com foto que você já publicou acima. Um momento bacana foi ter vencido, com facilidade inclusive, o Grêmio, na Arena Barueri. Tava uma baita chuva e assisti in loco com o maior palmeirense do mundo, o Baroni.

    Mas assim como você, estou meio “sem saco” de acompanhar nosso time ultimamente, ainda mais em tempo de copa. Resta pra nós a consolação que meia seleção brasileira é Palmeirense (Felipão, Murtosa, Henrique, Hulk e Neymar). kkkkk!

    • rcordani
      8 de maio de 2014

      Realmente aquela do Cleiton Xavier foi marcante! Inacreditável o chute que o cidadão acertou. Mas algum tempo depois ele assim como veio foi embora, do nada.

      Mas se a gente só foi ser campeão adulto (imagino que você não lembra de 1976 também), os títulos para nós não são tudo, né?

  2. henrique
    8 de maio de 2014

    Não aguentei Renato. O Palmeiras é a próxima Lusa. Acaba (3a divisão) até Dez 2024 . Vale um xurras com até 10 pessoas. O ganhador escolhe o restaurante (no Brasil).
    Abraço

    • rcordani
      8 de maio de 2014

      Haha, esse Henrique é um fanfarrão mesmo. Conheço o mesmo desde 1977 e desde então ele todo ano diz isso aí. Enquanto isso, Césares Sampaios (1994), Alexes (2002) e Valdívias (2008) foram deixando ele com o cabelo cada vez mais grisalho!

  3. Mauricio Niwa
    8 de maio de 2014

    Olha só! Um post sobre o nosso sofrido time…
    Sou palmeirense por herança do meu pai. Nem sei mais se não deveria ter me rebelado.
    Acho que meu momento preferido foi o Brasileiro de 94, contra o Corínthians, com Edmundo e Rivaldo voando.
    Mas essa não é mais a nossa realidade faz muito tempo.

    • rcordani
      8 de maio de 2014

      Bela herança que seu pai lhe deixou, Niwa. Um dia teremos de novo um time como aquele, por que não?

      • Mauricio Niwa
        9 de maio de 2014

        É o que nos resta, Cordani, a esperança. Aliás, o verde é a cor da esperança!

  4. laurivalshita
    9 de maio de 2014

    Caro Renato,
    O que impressiona no caso do Palmeiras é que mesmo com faturamento de time quase grande o clube não consegue mostrar isto em campo sendo um dos times menos eficientes no quesito dinheiro/títulos.
    A pouco tempo noticiaram que o clube já deve R$75 mio para o seu presidente, isto não é um bom sinal de governança e na minha opinião é bem por aí que esta o problema do Palestra.

    • rcordani
      9 de maio de 2014

      Sim, é gritante o fato de que o Palmeiras não tem conseguido se sobressair sobre times que tem muito menos dinheiro, e é óbvio que isso é incompetência, que aliás não vem de agora, vem de décadas.

      Por outro lado, nos anos 60, 70 e 90 nós ganhamos muito mais títulos do que todos os outros clubes, então naquela época estávamos na outra ponta, e nada impede que um dia possamos voltar à época de bonanza.

      Porém, esse tipo de conversa – que reconheço é cada vez mais presente e importante – é que me afasta do futebol. Eu gostava de discutir jogadores, lances, jogadas, etc, e hoje em dia a conversa é mais desse tipo aí. Chatice.

  5. Patrick Sigrist
    11 de maio de 2014

    Cordani,
    ótimo post. como voce, sempre sofri com nosso Verdão. me lembro da final de 78 contra o Guarani, quando estava no morumbi e vi nosso ídolo Leão tb dar um soco num guardinha com casco branco e o escurinho ir para o gol e fazer boas defesas… mas não deu… pode ser que minha memória não esteja tão boa, mas é assim que me lembro daquele dia não muito feliz.
    na primeira vez que levei minhas filhas no estádio, foi no Pacaembu e viramos 2×1 contra os bambis. desde então elas resolveram sofrer como o pai e aguardar na fila. sorte que são novas 🙂 Abs

    • rcordani
      12 de maio de 2014

      Valeu Patrick. As meninas certamente não se arrependem de ter abraçado o manto verde, na vitória e na derrota.

      Interessante que esse post não tinha NADA a ver com a lamentável derrota para o Sampaio Correa, já estava pronto há tempos esperando a publicação, mas acabou contaminado por ela.

  6. Pingback: Muito mais do que só um jogo | Epichurus

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Publicado às 8 de maio de 2014 por em Futebol, Natação e marcado , , .
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