EPICHURUS

Natação e cia.

Quase Prontos para as Olimpíadas – ou para Desculpas?

Kazan! E já começou o Mundial de natação na Russia, o último grande “teste” de nossa seleção antes dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. A primeira sessão de finais já rolou, assim como algumas desculpas. A competição está apenas no começo, mas tem algo de novo no ar e não me parece ser apenas a proximidade dos jogos “em casa”. Apesar de vermos alguns velhos mitos se confirmando, acho que há possíveis “boas novas” no horizonte finalmente. A verdade é que um Peba como eu – que jamais passou perto de um time Olímpico – provavelmente não deveria dar conselhos ou se arriscar em palpites sobre o tema, mas vou em frente mesmo assim. Afinal de contas, todo mundo e a torcida do Flamengo já está dando pitaco e ainda que este não seja mesmo o objetivo, acho que nem sempre estamos ajudando. E falando em torcida, deixo claro aqui que não sou imparcial e sim torço descaradamente. Então encarem isso como minha humilde contribuição ao debate. Me convidem para um chopp no decorrer deste mundial, que a coisa pode ficar mais animada.

The Good, The Bad, The Ugly - um classico para o Haba Haba Movies avaliar

The Good, The Bad, The Ugly – um classico para o Haba Haba Movies avaliar

Como sou fã dos Spaghetti Western, os pontos a seguir se dividirão em 3: “The Good, the Bad, the Ugly” (ou no título original em italiano: il Buono, il Brutto, il Cattivo)

The Good
Começando pelo bom: Acho que não há dúvidas que temos uma boa equipe e apesar de bem difícil, o Brasil pode até chegar perto ou igualar seu melhor resultados desde Roma 2009: 18 medalhas. Não vai ser fácil, mas além de 25 excelentes atletas de ponta, temos uma equipe técnica esperta e profissional, que conhece o time e estabeleceu objetivos com base nesse conhecimento. Em conversas recente que tive e entrevistas que li, pude notar algo novo aí: As metas de hoje não são fruto de expectativas infundadas ou “esperança” de melhora repentina. Acredito de verdade que não precisa falar pra ninguém na seleção que “Hope is not a Strategy”. Ufa!

E nas águas abertas? Três brasileiros classificados para os 10K no Rio 2016: Allan do Carmo, Poliana e Ana Marcela. E essa Ana Marcela nadando muito! Ganhou os 25K pela segunda vez, prata na prova de equipe com os meninos e já é aparentemente a mulher com mais medalhas em mundiais da nossa história. E, apesar de ser veterana na equipe, a soteropolitana está passando aparentemente por uma nova fase que mistura força, confiança e descontração… e até surpresa na próxima cor do cabelo ela anda prometendo, o que também adiciona algo novo ao espetáculo, acho.

Por fim, uma polêmica boa: O Revezamento 4×100 Livre em quarto (sem o Cielo). Achei animal esse 4o lugar, com os quatro caras nadando para 48″5 ou menos ! O Fratus, 3o homem, chegou a colocar o time em 3o, mas não deu pra segurar o “carcamano” veterano – Filippo Magnini no final. Um metal, aproveitando a ausência dos EUA e Australia na final teria sido ideal? Claro que sim! Mas isso sim, foi um bom teste na minha opinião: O reveza, nessa formação, mostrou que tem um baita potencial e ainda conta com um “reserva” de peso que, se resolver nadar e voltar a repetir o que já fez no individual, pode garantir um lugar no podium Olimpico, especialmente se puder contar com pelo menos um outro par de 47″s. Mais fácil dito do que feito, sem dúvida.

Espero vermos mais do “bom” dessa equipe nos próximos 7 dias, seja das figurinhas carimbadas como o Nicholas ou Joanna – que parecem animados – ou de “novas” caras como a Manuela Lyrio – que já bateu o recorde brasileiro dos 400 Livre duas vezes nos últimos 15 dias… Medalha é legal, mas o “bom” da natação está inicialmente na melhora dos tempos.

The Bad
Interpreto como “mau” simplesmente aquilo que não foi como se esperava, considerando expectativas justas até o momento.  Os Felipes nos 100 Peito (minha prova favorita, pô!) não passaram das semis, apesar dos 59″89 do Felipe França terem deixado-o a apenas 15 centésimos da Final. Ele parece estar focando nessa prova agora e chegou em Kazan como o 3o no ranking mundial de 2015. Mais uma lembrança que Panamericano é bem diferente de Mundial. Vai ter que se reagrupar e, agora que algo da expectativa nele se dissipou, pode esfriar a cabeça para chegar bem em 2016.

O Reveza Feminino também não foi legal. Talvez as meninas estivessem desgastadas da longa jornada longe de casa desde antes do Pan ou talvez o polimento já esteja escapando por entre os dedos… ou talvez ainda tenha sido nervosismo de primeira etapa. Mas foram quase 4 segundos mais lentas que em Toronto e isso não parece muito consistente nem auspicioso. O lado positivo aqui se divide em dois, na minha opinião: O revezamento feminino se garantiu para a Olimpíada com o 11o lugar e parece que as expectativas para a natação feminina brasileira estão definitivamente melhorando. É estranho pra mim por exemplo cobrar de um 4×100 Livre feminino que esteja no topo da natação mundial. Mas está na cara que tem elas tem potencial para ficar entre as Top 8 e qualquer coisa aquém disso vai ser desapontador. Nem precisa ser medalha, mas uma finalzinha tem que sair!

The Ugly
No “feio” eu coloco as coisas que simplesmente não gosto de ver. Comecemos pelo mais óbvio: A cara de muxoxo (pra não dizer outra coisa) do Cesar Cielo nessa 1a etapa, que culminou com a desistência do mesmo do revezamento. Caracas… Tudo bem que o Manadou tá nadando pra cacete e entrar na raia 8 da Final, pra quem já foi campeão mundial da prova não é tão bacana. Mas essa bagaça está só começando! Já está com dor no ombro? Estou torcendo pra ser só um lance psicológico e que o Cielo mostre dentro d’água que ainda tem muito para nadar.  Me pego ainda torcendo pelo cara, apesar de não ter sido exatamente uma surpresa ele não ter nadado o reveza novamente. Na verdade, parece que dessa vez foi uma decisão conjunta da equipe técnica e dele. Interessante para mim, foi que no fim do dia, ele aparentemente pediu desculpas aos companheiros de equipe por não tê-los ajudado. Que eu me lembre, é a primeira vez que o campeão faz isso.  Concedo o benefício da dúvida e vou achar que isso pode ser um bom sinal. Quem sabe o Cielo se liga que uma das melhores chances de nova medalha olímpica está em revezamentos fortes e uma equipe motivada com ajuda dele? Seria muito legal e tornaria mais fácil torcer pelo cara se ele se tornasse um nadador de equipe de verdade.

Outra coisa que não gostei foi a ausência dos EUA e Australia na final dos 4×100 livre masculino. Tudo bem que a Europa está desafiando a hegemonia norte americana no esporte, mas uma final sem esses caras fica estranha pra burro. Não me importo que eles todos percam pra França, mas o “no show” pega mal. Espero que isso não se repita tão cedo.

Por fim, acho que as falsas expectativas me irritam um pouco. Não gosto de ver matérias que dizem que temos “favoritos” para a Olimpíada e que geram uma peso de responsabilidade desnecessário em atletas que nem sempre estão prontos para isso. Antevejo que no Rio isso vai pegar. Também não gosto de artigos que tracem paralelos negativos ou positivos entre o Pan – uma competição muito legal, mas que no caso dos esportes aquáticos já não é mais tão forte desde que deixou de contar com o Time A dos EUA e o Mundial de Natação …ou muito menos com os Jogos de 2016.

E daí que muitos nadadores focaram o polimento para o Panamericano ao invés do mundial? No lugar deles, considerando a exposição, a chance de sucesso e a própria agenda de competições, será que não faríamos o mesmo ? Além do mais, o Rio 2016 ainda está longe e qualquer tentativa de projetar sucesso lá com base em medalhas de mundial ou resultados de hoje pode ir por água abaixo (literalmente no caso da natação) com um toque alternado de mãos… E lembremos também nossos amigos animados, mas não iniciados na natação, que no mundial há várias provas (50m de estilos e 25K, por exemplo) nas quais, apesar de termos um bom histórico recente, não representam provas Olímpicas.

Como os personagens do “The Good, The Bad, The Ugly”, estão todos atrás do ouro, sabendo que não tem como dividir. Cada personagem faz o que pode não para ganhar a simpatia da audiência, mas para chegar vitorioso no fim da história. Os defeitos e falhas de cada um tornam o roteiro mais atraente e um “vilão” interessante faz o “herói” parecer melhor. No meu caso, posso até torcer mais para uns do que para outros, mas no fim, quero ver o Brasil brilhar.

Sobre Rodrigo M. Munhoz

Abrace o Caos... http://abraceocaosdesp.wordpress.com

27 comentários em “Quase Prontos para as Olimpíadas – ou para Desculpas?

  1. Patricia Angelica
    3 de agosto de 2015

    Falou e disse. Irretocável. 🙂

  2. rcordani
    3 de agosto de 2015

    Tô fora e meio corrido por aqui, mas por enquanto fica apenas um pensamento que me ocorreu ao ver as fotos: ou muito me engano ou com essa barriga o Cielo não ganha do Manadou!

    • luizcarvalho1
      3 de agosto de 2015

      Pensei a mesma coisa…

      • Rodrigo M. Munhoz
        3 de agosto de 2015

        Respondendo aos dois: Na verdade não reparei na “barriguinha” da foto, mas sim na cara desanimada e no que parece ser uma marca de tapa no peitoral (auto inflingido, provavelmente). De qualquer forma, ganhar do Manadou nunca é fácil, especialmente quando o cara está numa boa fase – que parece ser o caso atual.

  3. luizcarvalho1
    3 de agosto de 2015

    Concordo…e by the way, adoro o filme!

    • Rodrigo M. Munhoz
      3 de agosto de 2015

      He he he… Um “clássico” que aparentemente só foi reconhecido como tal alguns anos mais tarde…

  4. Luiz Alfredo Mäder
    3 de agosto de 2015

    quinta feira tá marcado um HH com o Barrão, lá o Sr. poderá tecer mais comentários

  5. Andreghetto
    3 de agosto de 2015

    Grandes e valiosas considerações, torçio sempre pelo sucesso da nossa natação. Acredito ser muito difícil chegarmos ao número de medalhas do anterior, agora 2016 não tem Pan antes então não tenho dúvidas lá será a melhor de todas para a natação brasileira!! Abs

    • Rodrigo M. Munhoz
      3 de agosto de 2015

      Rio 2016 será foco total pra todo mundo (descontando eventuais eliminatórias nacionais). Estou com você e espero que estejamos certos, Andregas!

  6. Lelo Menezes
    3 de agosto de 2015

    Boa Munhoz! Gostei do texto que sai do seu conforto epichuriano de textos zen. Espero ler mais desses no futuro. Eu não tenho muito a acrescentar em relação ao Cielo. O fato é que depois do doping nunca mais foi o mesmo e ele sempre foi individualista ao extremo. Não foi surpresa pra mim que ele não quis nadar o revezamento. Não é a primeira e não será a última vez. Se ele nadaria melhor que algum dos 4 lá e levaríamos o bronze nunca saberemos, mas pra mim é tão estranho, pra não dizer inaceitável, que o recordista mundial dos 100m Livre não nade o revezamento. Uma lástima mesmo!

    Para os demais nenhuma surpresa também. Foram melhores no PAN. Grande novidade! É sempre assim! Se o objetivo é figurar (o Brasil) entre os melhores do mundo, precisamos parar de pensar pequeno. Priorizar o PAN é pra semi-peba. Nadador de ponta tem que priorizar o Mundial. Não tem nem o que discutir. Aquela historinha que o PAN dá visibilidade, que dá mais chances de patrocínio é papo de peba. Felipe França e Felipe Lima tinham que ter passado por cima do PAN, sem polimento ou no máximo polimento mínimo e maximar os resultados para o Mundial. Não parece que foi assim. Pra piorar pode apostar que o França vai pras cabeças no 50m Peito, prova não olímpica e que brasileiro adora. Não que não deva nadar, mas o foco deveria ser o 100m. O 50 é um plus, mas não parece ser o caso. O mesmo ocorre com o Nicholas Santos no 50m Borboleta. Ethiene nos 50m costas, etc. Nós brasileiros adoramos as provas não olímpicas, obviamente porque são mais fáceis de ganhar medalha. Sou 100% a favor de nada-las, mas a preparação nunca deveria prioriza-las. No caso das águas abertas a mesma coisa. A prova olímpica é os 10k, onde a Ana Marcela foi bronze. Essa é a prova que ela deve priorizar. Os 25k é um plus. Ela deve nadar e defender o tri-campeonato, mas o foco deve ser sempre o 10k.

    Sobre o revezamento, o seu texto dá a impressão que os EUA e Austrália deram “no show”, ou seja, não participaram da prova. Participaram e não pegaram final. Não sei dizer se nadaram com o time B e foram surpreendidos, ou se resolveram se poupar e não imaginavam que ficariam de fora. Ruim pra prova, mas só pra deixar claro, estavam lá, nadaram e não pegaram final.

    O Brasil vai ganhar medalhas nas provas não olímpicas: França, Nicolas e Etiene devem beliscar as suas. Talvez o Guido nos 50 costas. Mas nas olímpicas, que são as que realmente importam, ainda tenho boas esperanças no 50 livre, 200 Medley, 100 Costas, 200 Peito (prova mais nobre da natação), 200 Borboleta e quem sabe não dá pra sonhar também com uma no 4×100 Medley.

    Edição: Esqueci de comentar um ponto. Me incomoda esse discurso de Rio 2016. Estamos no 1o dia do Mundial de Longa de natação. Isso aqui não é ponte nem laboratório para as Olimpíadas. É MUNDIAL cassete! Evento teste é o PAN. MUNDIAL É MUNDIAL. Ninguém devia nem estar falando de Olimpíadas. Não antes de acabar Kazan!

    abs

    • felipecasas
      3 de agosto de 2015

      Lelo, entao vc acredita no doping “doloso” do Cielo?

      Abraço

      • Luiz Alfredo Mäder
        3 de agosto de 2015

        “doloso” não sabemos, o que achamos é q foi mal contado

      • Lelo Menezes
        3 de agosto de 2015

        Felipe, eu vejo da seguinte forma:

        Vários especialistas na manipulação de medicamentos deram depoimentos sobre o caso, inclusive o presidente da associação. É unanime a conclusão que contaminação cruzada é extremamente improvável de acontecer. Agora, contaminação por furosemida beira o impossível. É mais fácil ganhar na mega-sena. Junte-se a isso o fato de um dos caras pegos com o Cielo, o tal Vinicius, é recorrente (pego duas vezes com furosemida). Ou seja, o raio quase impossível de cair, caiu duas vezes no mesmo lugar. Soma-se o fato do Cielo nunca mais ter nadado no mesmo nível após o doping. Além disso tudo tem o triste fato do Brasil ser campeão mundial de casos de doping na natação no Sec XXI.

        Tudo isso junto me leva a crer sim no doping “doloso” com a ressalva que existe obviamente uma ínfima possibilidade da tal contaminação cruzada ser verdadeira.

        É mais ou menos como a tosca analogia a seguir: Você um dia resolve lavar o carro da sua esposa e ao abrir o porta-luvas você encontra uma camisinha. Você nunca usou camisinha com ela. Você pode acreditar na versão dela que jura de pés juntos que nunca viu a camisinha e que alguém deve ter posto ali por engano ou para prejudica-la ou você pode acreditar que ela está te traindo. As duas alternativas são possíveis, mas convenhamos que só tem uma explicação plausível, certo?

        Só que tem sempre gente que prefere acreditar no imponderável. Veja que até hoje tem quem acredite que o Lula e a Dilma não sabiam de nada dos “n” escândalos de corrupção da era PT.

        abs

    • Julian Romero
      3 de agosto de 2015

      Competir no Maria Lenk falando que tá focando o Pan. Está competindo o Pan falando que está “focado” (uma palavra muito utilizada ultimamente) no Mundial. Está no Mundial e diz que é uma boa “experiência” para Rio 2016. E quando chegar a hora? Aliás, toda competição é hora de competir! Há 15 anos atrás, nadadores reclamavam que faltava experiência internacional, significando mais competições ao redor do mundo. Hoje os nadadores tem preparação de primeiro mundo, grana de país árabe, tratamento VIP e técnicos exclusivos – isso sem contar até os técnicos de seleção masculina e feminina. Falta COMPETIR. Não dá pra entender: dão muito o sangue numa seletiva e com toda a capacidade, acesso e recursos técnicos, não apresentar resultados compatíveis com o “investimento” realizado – que não é só de grana mas sim técnico também (exemplos a mil, Mare Nostrum, Open da França…).

      • Rodrigo M. Munhoz
        3 de agosto de 2015

        Oi Julian!
        Bom ponto esse… Fica estranho mesmo não ver melhoras de tempos e performances num mundial. Será que os nadadores brasileiros de ponta podem reclamar eventualmente de que estão competindo demais? Espero que não … Afinal, não era esse o objetivo de tanto foco e investimento? Reclamar da cobrança também não teria cabimento… Acho que todos sabem que “there is no free lunch”. Ganhar maturidade e calma pode ser, no fim das contas, um bom objetivo pra esse nossa elite aquática. O mundial é talvez a melhor oportunidade de mostrar evolução nesse sentido. Por sinal, o que dizer da declaração do Cielo pos 50 borboleta, que parece indicar que está entregando os pontos depois da 1a prova nadada? Hmmm… Espero que esse mal humor passe, senão a lista de “ugly” vai aumentar nessa semana.
        Abração e obrigado pelo comentário !

    • Rodrigo M. Munhoz
      3 de agosto de 2015

      Valeu, Lelo. Realmente dei pitacos bem fora da minha zona de conforto… Já vimos um pouco mais do mundial se desenrolando poucos minutos depois do seu comentário… A sua profecia das provas não olímpicas começa a se concretizar 🙂 e deu uma bela prata pro Nicholas e um 6o pro Cielo nos 50 borboleta – este ultimo inicialmente se disse mal fisicamente (ombro) e depois admitiu que algo não “encaixou” dessa vez. Erro de polimento? Sei lá …
      Quanto a importância do Pan, acho tudo relativo: hoje os caras são profissionais das piscinas maximizando o retorno de imagem deles para o patrocinador… e pro público geral, uma medalha de Pan gera mais retorno que uma final de mundial… Pergunta pra alguém que não seja nadador o que acham. A realidade é que vários nadadores estão piorando os tempos do Pan, o que é mesmo uma pena.
      Quanto a falar de Olimpíadas ou não… Acho que tudo atualmente é preparação para Rio2016, mas realmente o foco agora tinha mesmo que ser o Mundial. Uma coisa não deveria excluir a outra.
      Abrtz!

  7. Rafael Oliveira
    3 de agosto de 2015

    Infelizmente o Pan é a realidade atual da natação brasileira, o foco no Rio 2016 devem ser as finais e quiça brigar por pódios. Assim, o importante é criar um grupo acostumado com a disputa de medalhas, similar à equipe britânica e sua incrível evolução pós-Londres 2012.

    • Rodrigo M. Munhoz
      3 de agosto de 2015

      Bem lembrado o exemplo da Inglaterra, Rafael. Aliás muito bacana ver o ouro e bronze da Inglaterra hoje nos 100 peito. Adam Peaty com aquela cara de moleque vira um monstro e fez uma linda prova. Essas coisas podem eletrizar um time inteiro.
      Sobre “acostumar” os nadadores a nadar nesse nível, o mundial é o melhor ambiente de preparo para quem quer disputar uma final olímpica… O que é por sinal um lindo objetivo pra qualquer atleta.
      Abraço!

  8. Sidney
    3 de agosto de 2015

    Rodrigo, muito boa sua reportagem.Digo reportagem, pois vou indica-lo a comentarista de esportes aguaticos. rsrsrs.
    Quanto ao Cielo, sempre disse que nadador de 50 e como garrucha velha. So tem um tiro e sem precisão.
    Não creio que haja tecnicos especializados em treinar atletas com confiança, precisão e cientificamente,esta distancia, .
    Infelizmente ele esta se preparando apenas para esta distancia .Espero que reconsidere e volte para os 100 tambem, pois e um grande nadador.
    Gosto de ler suas teorias e conceitos. Parabens pelo texto.

    • Rodrigo M. Munhoz
      3 de agosto de 2015

      Obrigado, Sidão, mas ainda tenho muito que aprender! Essa da “garrucha” é muito boa, mas me lembro que o Cielo já foi uma arma de precisão há alguns anos atrás… Pena que está difícil de recuperar aqueles momentos, em especial nos 100 liv. Acho inclusive que mudar tanto de técnico não deve ter ajudado o cara. Agora, paciência…
      Volte sempre e um abraço!

  9. Aécio Amaral
    4 de agosto de 2015

    Então vou dar “pitacos” também…..
    Apesar da inegável evolução do Brasil nos últimos anos, ainda não temos, como time, nível para mundial. Temos alguns que chegam nas semi-finais, um ou outro nas finais, medalhas em provas ou piscinas não olímpicas e muito eventualmente, um resultado de expressão.

    Resumindo, temos nível para brilhar no PAN e figurar no Mundial. Só.

    Por isso acho que está certo polir para o PAN e chegar nesse mundial com o que sobrou, só que a CBDA, os jornalistas, até nadadores e treinadores da nossa seleção não podem criar falsas expectativas na torcida dizendo que “passaram” pelo PAN treinando e iriam polir em seguida. Tá na cara que não foi isso que aconteceu.

    E agora falando sobre o futuro, sobre Rio 2016, minha expectativa com a nossa seleção é mínima. Torço muito por todos eles, mas temos hoje um time de nadadores velhos, gente de três e até quatro mundiais, e parece ser nesses atletas que a CBDA está apostando a verba dos Correios.

    Vejam que a recordista mundial dos 100 borbo, Sarah Sjoestroem, surgiu para o mundo aos 15 anos, Ruta Meilutyte, a dos 100 peito também. Kate Ledecky já tem 12 medalhas de ouro em mundiais e acabou de completar 18 anos. Missy Franklin, a de costas e livre, foi a melhor nadadora do mundo aos 16, Phelps era olímpico aos 15 e aos 16 já tinha recorde mundial.

    Em Kazan temos, para falar só de alguns, James Guy nas provas de meio fundo, Adam Peaty nas provas de peito, Mitchel Larkin nas de costas, todos campeões do mundo com menos de 20 anos. E estamos só na metade do mundial.

    Enquanto isso, andando na contra-mão, nosso time base, o núcleo duro do Brasil, já beira os 30. Nossa melhor nadadora, Etiene, que está em franca evolução, vai estar com 25 em 2016 e aos 24 não pega final nos 100 costas, a sua melhor prova olímpica. Se fosse para ela brilhar no Rio seus resultados já tinham que ser notáveis em nível mundial há pelo menos três anos. Quero muito estar errado, mas temos chances reais de sair do Rio sem uma medalha sequer.

    Nos resta torcer para os nadadores brasileiros que vão para o Mundial Junior alcançarem tempos impressionantes, pois Kazam nos mostra que o sucesso na natação aparece sempre entre os 15 e os 20 anos.

    Em tempo, Ana Marcela já era Seleção Brasileira aos 13 anos.

    • Rodrigo M. Munhoz
      5 de agosto de 2015

      É Aécio… Acho que vc está correto. O Pan parece ter sido o foco da amioria dos brasileiros e talvez com uma certa coerencia. Na parte dos talentos revelados cedo, acho que no feminino isso é mais preponderante e experiencia conta bastante mais (na minha opinião) numa olimpiada…
      Apesar desse “atraso”, contudo, acho que tem 365 dias para Rio2016 e muito pode acontecer. Mas nessa ultima frase, admito que há uma boa dose de torcida para os brasieiros, certamente.
      E hoje ficou mais complicada a coisa nesse mundial: Agora cedo o Cielo já falou que não nada mais nenhuma prova neste evento, por conta do ombro. Pena. Espero que se recupere rápido da lesão e fique bem na parte psicológica também – a qual ele mencionou não estar 100% tampouco.
      Torcer não custa nada.
      Abraços!

    • LAM
      5 de agosto de 2015

      Concordo com Aécio, acho que o certo mesmo foi polir pro PAN, ganhar um monte de medalhas e ir passear na antiga URSS em seguida. Quem aqui nunca nadou mal uma competição importante e melhorou os tempos em outra, apenas um mês depois? VAi que…
      Quem errou (IMHO) foi o Cielo, de manter a tradicional tática de esconder o jogo não indo para o PAN e ficando com um só tiro na garrucha velha.

    • rcordani
      7 de agosto de 2015

      Aecio, tive dificuldade de entender seu ponto, visto que ninguém está “barrando” jovens na seleção, as vagas estão em aberto, né? Se aparecerem mais Brandons Pierrys, eles vão para as próximas olimpíadas, não? Abraços

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