Eu estava em uma competição interna do clube, uma brincadeira na piscina social simulando uma travessia. A piscina tem o formato de um feijão e a prova consistia em dar 4 voltas na piscina contornando bóias. Bom, pelo menos eu pensava que era uma brincadeira, estava contente, me sentindo bem até que… na PRIMEIRA BÓIA tomei uma porrada bem no meio dos olhos, perdi o oclinhos, fiquei com o olho direito roxo e com um corte no esquerdo. Foi aí que caiu a ficha que o pessoal não estava ali a passeio…
Competitividade é uma característica muito importante para o esportista, evidentemente. Os dois caras mais competitivos que eu conheci foram o Gustavo Borges e o Xuxa, não à toa os dois melhores nadadores da minha geração. A competitividade é uma parte muito importante do talento do medalhista olímpico, sem ela o nadador não tem nem como chegar nem perto dali.
Quero crer que quem deu a porrada o fez sem querer, embora tenha pegado tão forte e colocado que sinceramente na hora da adrenalina eu tive certeza que foi de propósito. Tarde demais para me recuperar, cogitei desistir, parei para tentar (sem sucesso) arrumar os óculos e me arrastei até o final da prova, com um sentimento bem diferente de contente.
Convivo com pessoas fora do esporte que não são competitivas. Para elas não faz o MENOR sentido o cidadão treinar anos a fio para conseguir posições em um ranking qualquer que um dia será esquecido, muito menos se preocupar para ganhar uma competição interna do clube, ou uma competição de master no interior.
Eu mesmo sempre fui muito competitivo, mas percebi que minha competitividade diminuiu muito (um pouco, vai) nos últimos anos. Comentando com meus amigos sobre a porrada que tomei na prova “recreativa”, os caras disseram que “o Renato de antigamente não teria deixado barato”. Não sei exatamente o que eu teria feito, mas concordo que se fosse antigamente eu não teria deixado barato, talvez tentasse revidar, reclamar, sei lá.
Por outro lado, muita competitividade às vezes “mata” o cidadão por dentro também. Um caso emblemático é o do Haroldo Lara, excepcional nadador de livre da década de 50, duas olimpíadas, vários títulos sul-americanos, mas… terminou a vida amargurado com a natação. Poucos meses antes de morrer, já tendo parado de nadar há mais de 60 anos e tendo construído uma excepcional carreira de cantor lírico na Itália, Haroldo de Lara escreveu o seguinte post no Facebook.
Não conheci o cidadão, mas só de ler esse post posso ter CERTEZA do alto grau de competitividade que ele tinha e conservou por toda a sua vida, a mesma que o levou a duas olimpíadas. Infelizmente isso o tornou amargurado (ao menos com relação à natação), só porque o Manoel dos Santos o superou (com folga, aliás). Caramba, cinquenta e cinco anos depois ele ainda estava “competindo” com o Manoel, sem nadar e morando em outro continente? Fiquei tão impressionado que resolvi escrever esse post: será que toda essa competitividade acabou fazendo bem ou mal para ele?
Voltando ao caso da porrada no clube: o Munhoz durante o tradicional treino de sexta relacionou-a àqueles caras que brigam em pelada de futebol, ou aos que treinam como profissionais no master e chegam a dar tempos melhores do que quando eram jovens (nada contra, aliás). Pode ser. Mas não sei se fico feliz ou triste por ter perdido boa parte da competitividade que tinha e não ter revidado ou reclamado da porrada recebida.
Acabo de completar 45 anos, o primeiro tempo já foi, quem sabe estou ficando mais sábio?
“A vida não é um 200 Pe” 😜
Boa analogia LAM. Para quem não entendeu, clique aqui.
Não tem jeito…a competitividade faz parte! Diz aí LAM, a última vale mil?
hahaha, quem me ensinou isso foi o Charlão, mas ele deve ter aprendido com o Renato 😉
Sim, Fabio, o último vale 1000!
Mas diferentemente do que o LAM disse, essa não é uma pauta minha (embora eu a use hoje em dia), ela tem a origem no Fralda/Ogata.
nossa, então é uma coisa tradicional mesmo, este Ogatinha é da primeira metade do século passado 😉
Renato, acho natural e legal a pessoa ser competitiva. Porém, o que separa o sadio do doente talvez seja uma linha muito tênue…um pouco de terapia para alguns cidadãos cairia muito bem!!!
Sim, de fato Pedrazi. Aliás um pouco de terapia faria bem para quase todo mundo!
Eu tô aqui lembrando de uma peneira para o tênis competitivo do Paineiras. Havia 3 meninas de 10 anos que poderiam ir para a equipe, mas só havia uma vaga. A escolhida pelo Otaviano foi minha filha Ana, pois segundo a professora da escolinha, ela não gosta de perder nem no par ou ímpar! Competitiva eu ainda sou, não ao extremo. Mas ao o extremo nunca fui, lembro de amarelar quando ao o coisa estava forte demais. Talvez até por isso nao tenha sido top na natacao. Eu acho que o Renato também é competitivo, não só na natação, em tudo! Mas no bom sentido! Eu também lembro daquela travessia que você tomou um empurrão de um cidadão do Paineiras, e deixou barato. Você lembra?
Hehe, lembro sim, e eu também nunca fui daquele tipo animal que fazia questão de ganhar a disputa.
Frequentemente, nos 400 medley, eu considerava que “o bronzezinho tá mais do que bom”, ou seja, estando em terceiro eu olhava para trás para ver se tentava garantir o bronze ao invés de olhar para a frente e tentar pegar a moçada (não que eu fosse conseguir – bem entendido).
Bom post, Renato! Eu gostava de competir mas nao me julgava entre aqueles com mais vontade de vencer, o que eu acho que me ajudou. Historia meio triste essa do Haroldo Lara…
Olha, eu tenho uns 5 anos a menos do que você e sempre assistia as suas provas a partir de 80, por aí, e posso dizer que talvez você não achasse que tinha mais vontade de vencer porque… você sempre já estava na frente!
E essa do Haroldo Lara é bem triste, mas talvez tenha sido injusto (de minha parte) fazer tanta interpretação a partir de um mero post de facebook. Mas me impressionou tanto que dei o print na época e acabei escrevendo um post para ele.
Eu sou ZERO competitiva, por isso, apesar de ter feito aulas e AMAR natação e vários outros esportes que cheguei a praticar na infância não persisti nem competi em nenhum… hahahahaha…
Sobre o Haroldo de Lara, me lembra muito o Popov, que era um gênio da piscina, mas depois que o Cesão começou a aparecer e trucidar marcas no 50tinha, ele começou a, gratuitamente, alfinetar o cara… e a troco de quê? NADA, né? =/
Boa, o Popov era ultra-super-liper-competitivo, e de facto se incomodou com o Cielo. Boa analogia, se bem que se temos certeza que Manoel superou Haroldo, são poucos os critérios em que Cesar tenha superado Alexander…
Fato curioso, ele (Popov) está balizado para nadar o Mundial de Master 40+ na Russia, vejamos se aparece, quem contou foi o Cheiroso (que vai nadar contra ele). Eu duvido que ele se apresente mais ou menos: se ele estiver bem, vai destruir; se não estiver bem, eu creio que dará WO.
Só um minuto aqui. Pelo que entendo o Popov passou a pegar no pé do Cielo depois do doping, ou estou errado? Porque gostem ou não, ele tem todo direito de pegar no pé de quem foi pego no exame!
Sim, Renato e Lelo. Sou a última pessoa a defender o Cesão ou qualquer pessoa pega em doping, mas o Popov pega no pé do Cesar desde de sempre… primeiro, a justificativa eram os trajes tecnológicos e depois o doping.
E concordo plenamente que o Popov ainda é (e provavelmente sempre será) maior que o Cesar… hehe…
Olá Renato. Ouvi dizer que, por incrível que pareça (carece de confirmação), O Popov do 40+ de Kazan é um homônimo. Abço.
Faz sentido Sérgio. Segundo o nosso amigo Leonardo (Cheiroso), esse Alexander Popov está balizado com 27″ nos 50L e 55″ nos 100L, e sendo a competição na Russia, sendo ele super competitivo e com “um nome a zelar” faz todo sentido que seja um homônimo mesmo…
Um tema recorrente nas nossas conversas…Lembro do episódio, da discussão no treino e do seu olho roxo. Complicado esse último, já que integridade física é prioritária, imho, na prática competitiva… Acidentes acontecem e o benefício da dúvida deve ser concedido, mas recomendo ficar atento nas próximas vezes ao competidor que lhe acertou. Pode ser que haja ou esteja sendo criado um histórico de excessos competitivos e nesse caso a distância do mesmo seria recomendada. Digo isso pois dado o teor do seu post e seu bom caráter, sei que não vai considerar a outra alternativa que seria o “pre-emptive attack” e muito menos deixar de competir.
Tentando agregar ao seu texto, uma consideração: Acho que o que está em jogo deve ser observado ante a luz da competitividade. Grandes conquistas exigem grande vontade, esforço e freqüentemente uma sanha competitiva acima da média. Discordando um pouco do senso comum, eu acho que o competidor inteligente sabe diferenciar essas situações e aplicar a competitividade correspondente em cada caso. A forma é importante também, e (idealmente) se “joga” sempre com elegância e respeito as regras e ao adversário, especialmente quando a recíproca é verdadeira. Ganhar com elegância é tão importante quanto perder com elegância e apesar de parecerem partes opostas da prática, são a mesma coisa: parte da competição. As vezes esquecemos disso, mas vale pra tudo. Acho que o competidor que conscientemente desrespeita esses princípios, desvaloriza a competição em nome do próprio ego e pode ser simplesmente um imbecil que certamente não será muito feliz se não resolver isso.
Aos que competem bem, portanto, resta apenas o “bola pra frente”.
Abrtz!
Excelente comentário, Munhoz. Gosto do esporte à antiga (sua referência à elegância), mas temo que no esporte de altíssimo nível a elegância esteja um pouco fora de moda…
Posso estar viajando.. mas exemplo disso foi o thorpe e o hoogenband nos 200L.
Abraços
Elegância, por definição, não deveria sair de moda… mas entendo e seu ponto. De qquer forma, como não estávamos falando exatamente de esporte de altíssimo nível dessa vez (sem ofensa :-)), fica mais importante ainda o respeito a um certo decoro competitivo, correto? Pouca coisa é mais deprê que o emprego de esforço desproporcional… tipo quando vemos marmanjos socando a bota na molecada em jogos de futebol de praia. Fico phuto.
Mas Munhoz, você não acha que “esforço desproporcional” é um juízo que varia de pessoa para pessoa?
Oi Felipe, você se refere aos 200L de Athenas 2004 como exemplo de elegância? Se sim, concordo.
isso, renato 😉
Ótima foto.
Eu gosto muito de competição. Sinto muita falta inclusive, embora não tenha nenhuma saudade de treinos. Infelizmente não dá pra fazer um sem o outro. Como tudo na vida, levar qualquer coisa ao extremo é ruim, inclusive a competitividade. Um cara 40+ dar um soco em alguém durante uma competição recreativa no clube é o fim da picada. É digo de pena inclusive. O cara deve ser doente! Alias, tem um cara que nada até hoje no Master, que foi mega PEBA quando jovem, mega PEBA mesmo, que outro dia tava dizendo por aí que tinha sido olímpico. A loucura não tem limites, aparentemente!
Sem a adrenalina vamos considerar que foi sem querer, Lelo…
Bom ponto Renatão, mas acho que a competitividade nunca deixa de existir, como “sabiamente” você citou…ficamos mais sábios e saber lidar com a competitividade é um dom que poucos dominam…nesse episódio talvez você tenha conseguido mas note sua frustração…um episódio de meses atrás ainda não foi bem digerido…e falando por mim, a única coisa que me mantém na ativa é exatamente a competitividade, o dia que a vontade de melhorar meu tempo ou de ganhar de alguém deixar de existir é sinal de que não existe mais motivo para continuar a treinar.
Bom ponto Danilão, a competitividade ajuda a nos mover, sem dúvida!
Num paulitsa lá em Santos, piscina do Inter, eu e o Cordani nadamos um 200 borbo numa série. Acho que ele fez 2’10” e eu 2’12”. Mas na série seguinte os caras fizeram melhor. Ficamos em 3° e 4º lugares. Na saída da piscina o Cordani falava, ” nadei pra vencer a prova, nadei pra vencer a prova”, meio agitadão. A. Eu achava meio estranho o “envolvimento e competitividade”, mas depois vi que este grau de competitividade, na hora da prova pelo menos, tem que existir mesmo. Mas sem porrada né?
Pois é Fred, eu inclusive já mencionei essa prova duas vezes, na saga (aqui) e no post sobre o Mario Xavier (aqui). Na primeira parte da Saga eu escrevi assim:
“Logo em fevereiro, analisando os recordes paulistas JUV B, notei que o RP de 200 borbola em raia curta (2:10.9) estava um pouco defasado e que eu poderia tentá-lo. Fiz um plano com o Nenê (técnico) e Pancho (supervisor) e eles priorizaram os treinos para essa prova. Foi aí que fiz 2:10.78 no Paulista de Inverno no Internacional e obtive meu nome pré-anunciado pelo Mario Xavier. Infelizmente, eu batera o recorde na penúltima série, e três nadadores (Oliveira, Mauriz e Grangeiro) me superaram na última, de forma que fiquei sem o recorde e sem medalha.”
Portanto, meu caro, não ficamos em 3 e 4, e sim em 4 e 5 😦 ! Mas não me lembro de ter dito essas palavras, eu devo ter ficado bem empolgado em bater o recorde, e bem phuto quando não obtive o metal, não é?
Quanto à porrada, vamos crer que tenha sido sem querer!
Grande abraço
Quando vc tiver paciencia, bem que podia contar alguma historias daquele Jub’s em João Pessoa.
Hehe, João Pessoa 1988 foi mesmo memorável. Olímpicos, Elba do Haller e (principalmente) os shows noturnos “Vem Chegando o Verão” nos palcos da Tambaú. Se um dia aparecer uma daquelas fotos com a turma toda no palco e o meu dedo sangrando no violão por causa das cordas de aço eu faço um post!
Me lembro de ter lido há muito tempo parte de uma entrevista com um treinador da Seleção Americana de Natação, onde lhe perguntaram como era formada a Seleção do EUA.
A resposta:
10% dos nadadores são os que adoram ganhar. Os outros 90% são os que detestam perder!
Será que existe mesmo essa diferença?
Boa Aécio, gostei da frase, de efeito,sem dúvida! Fica um pouco a dúvida sobre o que é “perder”, será que medalha de prata é perda de alguma coisa? Para mim nunca foi, mas para o Popov, por exemplo, medalha de prata era uma coisa inaceitável!
Não consigo ver um atleta, seja de qual modalidade for, sem que tenha a competitividade no sangue! Concordo plenamente com quem falou aí em cima que a competitividade ajuda a nos mover. Vale, inclusive, prá outras áreas da vida.
Mas sim, há diferenças entre a competitividade positiva e a negativa, essa última sendo o “ganhar a qualquer preço” (incluindo soco no olho na piscina social… Sem querer?? Talvez se eu não soubesse quem foi, acharia que sim… )
Sou super competitiva, sinto falta da competição e por isso acho que hoje inventei de praticar um outro esporte e participo de torneios Seniors. Fico possessa quando perco fazendo essas coisas que nosso vôlei adora fazer: estar ganhando de 21 a 15 e conseguir perder o set… Odiava perder qualquer jogo. Perder no War me irritava por dias! Ficava horas tentando bater os recordes dos jogos do Atari, e um deles uma vez chegou em 999.999 e simplesmente acabou! Parou! Não tinha mais número prá virar.
No entanto, como professora, trabalho nas aulas da criançada uma competitividade não competitiva, se é que essa frase faz sentido. Acho que tem idade prá tudo, e os pequenos não devem aprender a ser competitivos muito cedo. Uso a competição prá que eles saibam perder, saibam ganhar, saibam usar a derrota prá refletir onde melhorar, saibam olhar a criança do outro time com respeito e usem sempre o fair-play. Não acho que é na escola que deve haver o desenvolvimento da competitividade esportiva.
E termino concordando com você: sim, ficamos mais sábios com a idade… Menos quando jogo Imagem e Ação com meus filhos e perco!
Boa discussão!
Pode até soar filosófico, mas a maior competição é consigo mesmo. Mas vale um 7o melhorando 2s que um ouro piorando 10s (nas devidas proporções, claro. Ouro olímpico é ouro olímpico). Assim, vemos um quinto lugar satisfeito e um bronze desolado na mesma prova, demonstrando que a vitória não é somente de quem chega na frente.
Ser competitivo é buscar o aperfeiçoamento continuo e superar diante das adversidades (adversários), mas respeitando a regra do jogo. Se ela permite que eu fique golfinhando por 25m e isto me dá uma vantagem, porque não utilizar?
Quanto às minhas filhas, quero que elas ganhem, mas ficarei satisfeito se elas se esforçarem e estiverem felizes.
Abraço.
Boa Piu, acho que você foi na mosca, “buscar o aperfeiçoamento continuo e superar diante das adversidades (adversários), mas respeitando a regra do jogo”.
Sobre o ouro olímpico, você lembra da cara do Rick Carey quando ele ganhou o ouro nos 200C em Los Angeles (e piorou 2s)? Parecia que o cachorro dele tinha morrido!
Claro que lembro! Fiquei imaginando “que cara maluco, ganhou e não ficou feliz”. Mais interessante ainda: três ouros, recorde mundial, e ninguém lembra dele. Deve ser meio triste para alguém como ele, não?
Temos ainda o húngaro Guttler, que foi do céu ao inferno em Seul: comemorou mais que todos a prata na raia 8, mas peguei sua expressão de decepção quando viu que o ouro escapou por um centésimo…
boa Tulipa 😉
Muito bom Tulipa. Uma escola britânica é ao meu ver o melhor lugar para aprender o fair play, e essas coisas que você falou. Tenho para mim que esportes como o tenis e esgrima são exemplos desses bons valores esportivos em essência. Tipo, no tenis o cara ganha o ponto e pede desculpas, e na esgrima é normal (segundo Guilherme Murray) dizer que o próprio ponto não valeu.
Agora, com essa da Imagem e Ação contra os filhos o Munhoz vai te acusar de “esforço desproporcional”! hehe
Estou bem atrasado neste post, mas quando li não podia deichar de comentá-lo.
Eu estava lá no dia da “prova”, mas do lado de fora então tenho uma visão um pouco diferente do que aconteceu. Como alguns comentaram e você mesmo, na dúvida vamos acreditar que não foi de propósito e eu acredito mesmo que não foi proposital mas sim acidental. Explico porque:
1 – espaço muito apertado para a quantidade de “nadadores” e com curvas ascentuadas, o que causa possibilidades de ponta pés como é comum nas provas de águas abertas (mais abaixo explico porque entre aspas),
2 – conheço todos que nadaram contigo e só tinha gente do bem
3 – excesso de competitividade, reforçado porque era dentro do clube e precisavam mostrar serviço. Muitos ali tinham os filhos ou esposas vendo a prova
4 – para a maioria falta de experiência total com a natação e provas de águas abertas
5 – estilo cavernoso dos “nadadores”, nada contra que joga polo aquático mas é dificil de nadar ao lado com um estilo polo aquático
Então por conta dos fatos acima e do que eu vi Renato, eu acho que foi sem querer e acabou sobrando pra você.
Agora explorando o tema competitividade, concordo com o que foi dito que sem competitividade não se chega a lugar nenhum. Mas tenho visto exageros nos Masters, com pessoas que não foram atletas na juventude agora querendo aparecer por puro ego ou pior Master se dopando, para que?
Então este excesso de competitividade também tem haver com o ego das pessoas, a qualquer custo de querem se auto afirmar, aparecer e assim por diante.
Obs: eu me incluo no clube que não gosta de perder nem no jogo de dados, tenho que me controlar as vezes quando brinco com as minhas filhas. Mas PEBA eu sei que fui e continuo sendo.
deiCHar foi de doer, podem me rebaixar de PEBA para Mega PEBA Master Blaster
Valeu Paulinho. O caso em si nem é tão importante.
Acho que o cerne da questão é isso que você colocou, e também pelo Munhoz, que pode ser resumida na palavra “exagero”.
Exagero nunca é bom, mas para ser campeão olímpico é necessário um bocado de exagero.