O Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais foi realizado no Pinheiros em São Paulo na semana seguinte à Seletiva Olímpica realizada na piscina do Fluminense (relatada no meu post anterior). Sendo competição oficial em piscina de 50 metros, também era válida para a obtenção de índices para os Jogos Olímpicos de Seoul.
O Paraná havia perdido a edição de 1987 para o Rio de janeiro por poucos pontos, e o objetivo era garantir o título desta vez. Muitos dos grandes nomes da natação brasileira na época não estiveram na competição.
Eu estava eufórico com o índice obtido no sábado anterior para o Sundown Swim to Seoul e fui para São Paulo um dia antes que meus colegas para obtenção de visto no Consulado Americano. A direção do Projeto Mesbla conseguiu articular um agendamento de urgência para eu poder viajar no final do mês.
Na 6ª feira, venci o 100m livre e os 4x100m livres em companhia de Ricardo Moita da Silva, Carlos Becker Neto e Renato Ramalho. No sábado, três pratas, nos 200m livre atrás de Marcelo Grangeiro, nos 50m livre atrás de Zé Geraldo Moreira e 4x200m livre com os mesmos colegas de equipe e atrás da equipe do Rio de Janeiro.
Nos 100m e 200m fiz minha segunda melhor marca da carreira e fiquei muito contente com os resultados. Sobre o 50m livre, foi incrível! Poucas provas depois dos 200m, foi surpreendente fazer o melhor resultado da minha vida – 23s90 – melhorando em 8 centésimos a marca do final de semana anterior e perdendo por apenas 4 centésimos o ouro para Zé Geraldo, que surpreendentemente marcou pela 3ª vez consecutiva os mesmos 23s86 – repetindo os mesmos centésimos de tempo do Sulamericano e da Seletiva do Fluminense.
Registro no meu diário do nadador
As circunstâncias mexeram comigo. Eu melhorando o tempo nos 50m, ainda com o corpo cansado dos 200m. O Zé Geraldo estacionado nos 23s86. Senti que na próxima disputa poderia vencê-lo. A diferença de 33 centésimos para alcançar o índice dos Jogos Olímpicos passou a ser percebida como algo real. Eu estava no jogo!
No domingo nadaria somente o 4x100m medley, as delegações estavam hospedadas no alojamento do ECP/SP e a noite foi de grande integração e congraçamento. De volta ao setor masculino, estranhei o sulfite fixado com durex na porta do quarto da delegação do Rio de Janeiro com a frase “SILÊNCIO! TEM GENTE QUE VAI TENTAR O ÍNDICE”. Passando mentalmente pelo programa de provas do domingo, não identifiquei ninguém próximo e pensei “o Zé Geraldo vai pedir uma tentativa isolada depois do final da competição”.
Eu e Felipe no ECP
No domingo, a hipótese foi confirmada. Lembro-me de uma conversa entre meu técnico Leonardo Del Vescovo, o amigo Felipe Malburg e eu. Felipe defendia que eu deveria nadar junto com o Zé. Eu, pensando exclusivamente na minha performance, aleguei que não tinha como fechar o revezamento, sair exausto, e imediatamente depois subir no bloco para tentar o índice dos 50m livre. Malburguinho sugeriu que eu não nadasse o revezamento. E o Léo – “calma, já melhoramos 8 centésimos em uma semana, ainda temos a competição nos Estados Unidos e o Finkel. Deixa primeiro nos garantirmos o título no Interfederativo e depois vamos atrás do índice olímpico”. Concordei e o Felipe finalizou “mesmo sem chance de fazer o índice, eu acho que o Maga tem que cair junto”.
Nadei mal o revezamento, recebi uma forte pressão de outro Zé da equipe Carioca – o Zequinha Santos, mas cheguei na frente e garantimos o ouro e o título para o Paraná. Ainda de sunga, molhado, com a toalha na mão e junto com os colegas da equipe do Paraná, próximo à cabeceira oposta da piscina, ouvi o anúncio da tentativa e vi o Zé Geraldo percorrer o caminho até a raia 4.
Aqui abro parênteses para fazer referência ao título do post: “Eu saio e você pega” é um comando utilizado pelo atleta para combinar com o técnico uma forma de cronometragem de um tiro, durante o treino ou no aquecimento de competições.
Na prática, neste formato, o sinal de partida não é dado pelo técnico, mas o atleta decide o momento em que vai dar a largada, podendo ou não ficar imóvel antes da saída. O técnico dispara o cronômetro somente quando percebe o movimento do atleta. Isso resulta num tempo mais baixo ao final do esforço porque, quando está imóvel e ouve o sinal de partida, o atleta tem um tempo de reação até começar a se movimentar, além disso, parte em vo (velocidade zero), sem transferir energia cinética acumulada anteriormente para sua performance.
“Eu saio e você pega” costuma ser utilizado em duas situações:
Voltando a 22 de maio de 1988. O árbitro geral apitou, o longo silvo autorizou que Zé Geraldo subisse no bloco de partida, com o comando de “à sua marca”, Zé fixou os dedos na parte da frente do bloco de partida, hiperventilou mais uma vez e abaixou já em movimento de partida, sem ficar imóvel como a regra exige, e saiu em busca do índice. O sinal de partida foi dado com ele em movimento.
Incrédulo, esperei que a cordinha de queimada fosse solta interrompendo a prova… não aconteceu. Boquiaberto, pensei: “ferrou!”. Joel Ramalho Júnior, pai do Renato e presidente da Federação Paranaense na época, começou a gritar “EEEEEEI, PAREM A PROVA!!!”, deixou nossa posição, contornou apressadamente a arquibancada e seguia em direção a cabine de controle quando foi barrado pelo Tião, um técnico do Flamengo que era muito grande e freou os ímpetos de moralização.
Zé completou a prova 23s36 após o acionamento do sinal de partida. Índice Olímpico. Vibração na piscina e em parte da plateia. Desconforto generalizado no parque aquático.
Um turbilhão de sentimentos tomou conta de mim. Ao mesmo tempo em que tentava processar o que havia presenciado, pensando que até um minuto atrás estava a 4 centésimos do Zé e agora, após aquele absurdo, estava a 54. Pensava se adiantaria fazer os 23s57 que eram exigidos pelo COB por conta da questão de índices “A” e “B” – lembrando a cláusula que dizia que “o COB poderá, quando necessário ou conveniente (grifo meu), determinar a inclusão de outros atletas para integrarem a delegação brasileira, desde que tenham alcançado resultados compatíveis com o nível do evento”. E recebia a pressão de muitos amigos que me cobravam como se fosse minha responsabilidade intervir naquele momento.
A premiação do revezamento e do campeonato se deu normalmente, medalha e troféu ficaram reduzidos a um significado infinitesimal frente à questão relacionada a classificação para os Jogos Olímpicos.
Quando estava no saguão aguardando para voltar ao alojamento, vi que o juiz de partida vinha em direção ao elevador e aguardei para subir junto com eles. Se sabiam quem eu era, não me identificaram ali (vestido e sem touca ou óculos, afinal), ouvi o seguinte trecho da conversa: “ficou muito na cara, todo mundo sacou”, e o juiz de partida falou “é, mas tá todo mundo satisfeito que tem mais um garantido na Olimpíada”. Não falei nada.
Não acho que foi o Zé ou qualquer outra pessoa tenha me tirado de Seoul, pois não fiz os 23s57 exigidos nas outras oportunidades que tive. Fui desclassificado nos EUA (única desclassificação da vida), fiz 23s86 no Finkel e 23s89 em Salvador, contarei mais sobre essas provas nos próximos posts.
A passagem, entretanto, é muito marcante e tornou-se um importante aprendizado para minha trajetória de vida. Aquele garoto de 18 anos, ingênuo em diversos aspectos, foi acumulando experiências e os diversos “Eus interiores” que se sobrepõem em mim, lidam de forma madura e tranquila com esse episódio.
Sobre o lado do Zé, desde aquela época levantei questionamentos:
Em que momento surgiu a ideia? Partiu dele, do Daltely ou de outra pessoa? Quem estava sabendo? Houve combinação anterior com o juiz de partida? O juiz de partida agiu na amizade ou recebeu contrapartida de qualquer tipo para fazer o que fez? O árbitro geral estava sabendo? O Coaracy estava sabendo? Valeu a pena?
Fato é que o assunto nunca veio à tona. Era uma realidade conhecida e tratada de forma velada na seleção.
Respeito o Zé, viajamos juntos, competimos juntos e antes de irmos ao pódio na edição seguinte do Troféu Brasil para recebermos, eu o ouro e ele o bronze, ele disse “Parabéns Smaga! De você, eu não ligo de perder”.
Amigos no Facebook, lutamos juntos hoje contra a corrupção. Não nego falhas do passado e creio que elas não me impedem de lutar pelo que acredito no presente e futuro.
Publicação do COB sobre a participação brasileira nas Olimpíadas
Registro da participação do Zé Geraldo em Seoul
Fico contente que hoje os critérios sejam mais claros, respeitados e dentro da regra do esporte.
Convido aos leitores do Epichurus, especialmente aos que estavam no Pinheiros há 28 anos atrás, a deixar seus comentários.
Forte abraço,
Fernando Magalhães
Como sempre perfeito Maga, pela história e postura diante de situações como esta, que compartilho com vc. Grande abraço
Obrigado Luiz Carlos. Abraços!
Muito bom Esmaga.
Em primeiro lugar, gostaria de repetir a frase que você escreveu lá em cima: “Não acho que foi o Zé ou qualquer outra pessoa tenha me tirado de Seoul, pois não fiz os 23s57 exigidos nas outras oportunidades que tive.”
Em segundo lugar, quero confessar que em 1980 no regional que antecedia o Brasileiro de Porto Alegre o índice do Maurício Becken nos 100 peito era 1:36.0, e fiz 1:36.4. Na época, era muito comum “arredondar” o tempo para ajudar o atleta conseguir o índice, dito e feito, fui para o brasileiro. Prática comum essa de arredondar o índice, sabemos de casos até piores que aconteceram pelo menos até 1992, inclusive com a complacência ativa até de técnicos de seleção brasileira.
Dito isso, eu estava lá nesse interfederativo pela seleção paulista e a queimada foi escandalosa. Já tendo obtido um índice desta forma, não me permiti julgar negativamente o que foi feito. Lembro-me que no dia eu argumentei com meus pais que “pelo menos ele vai, se não fosse ninguém ia”, e meu pai contra-argumentou que com relação ao índice realmente não houve prejudicado, mas o recorde sulamericano mandrake não era justo. (obs: Goldenstein tinha feito 22:90 mas não sei porque não valeu como recorde, talvez por causa da “saída na pera”).
De qualquer forma, com o pensamento de hoje 2016 vemos como toda essa cultura de arredondar tempos ou de obter índices mandrakes estava errada. Espero que meu filho e as novas gerações NUNCA achem qualquer dessas coisas normais.
Por último: Esmaga, interessante que nessa época tanto você como (em menor grau) até eu mesmo imaginamos que Seul não deu, mas Barcelona era certeza… ou nem?
Sim Cordani, muito claro esse ponto: Zé Geraldo não me tirou da Olimpíada.
Sim, presenciei muitas arrendondadas de índice nas piscinas do Paraná. Competição com cronômetros manuais. Essa análise cultural de que “ninguém vai sair prejudicado” e a caneta registrava algo que não havia acontecido no cartão. Digitado no resultado do campeonato e aceito pela Federação, estava oficializado. Também espero que minhas filhas nunca achem normal.
Até minha abordagem na época era diferente, minha preocupação não era ele indo, mas se eu poderia ir caso fizesse 23s57.
Também fui favorecido pelo 1500m inexistente na eliminatória do Circuito Sulamérica de 1984, conforme relatado no post https://epichurus.com/2014/03/31/e-o-albatroz-pousou-no-rio/.
Sobre Goldenstein, as histórias são incríveis: lembro que saia em nossos programas como recorde brasileiro absoluto (e passava a impressão que nunca seria batido) mas não era homologado como recorde sulamericano. Também não sei porquê.Pelo que sei, saída sem bloco de partida na cabeceira oposta do Parque Aquático Julio de Lamare e nunca havia ouvido falar em “pera”.
Por último, NÃO, Barcelona não era certeza. Estava numa fase em que não havia como eu me dedicar um milimetro a mais – tinha tempo, obstinação, cuidava da alimentação sono, fazia todos os treinos, dentro e fora da água e me percebia estagnado. Não era certeza que 4 anos de treino pudessem transformar meus resultados e me levar às Olimpíadas.
não vou comentar se valeu ou não valeu pois vcs podem imaginar minha posição…
Lembro que o slogan da transmissão de TV daquela Olimpíada era: “Manchete, 300 horas no AR”
Assisti muitas transmissões na madrugada e o que vi foi “Zé Geraldo, 300 horas no AR”…
Ele estava presente em quase todos os eventos, vôlei, basquete, etc… Tenho certeza que foi o cara quem e mais aproveitou a experiência olímpica 😉
Anos mais tarde ficamos (Tite, Smaga e eu) hospedados no apartamento dele na Barra e descobrimos que o cara não dormia a noite, por conta dos plantões em diversos horários, dando uma idéia de por que ele tinha tanta energia no fuso horário da Coréia.
Também lembro de ver o Zé Geraldo em vários jogos – boa lembrança das 300 horas no ar. Ele curtiu muito a ida a Coréia. Ficaria sem problemas no apartamento dele, mas não lembro de ter estado com você e o Tite nessa.
como não? acho que era uma etapa do Circuito Mesbla, talvez Niterói… cadê o Tite uma hora destas em que a gente precisa dele?
Então… Circuito Mesbla, eu era do projeto e o hotel estava no meu pacote de viagem. Vocês devem ter contado com os amigos para minimizar custos. Cadê o Tite?
Não estava neste Interfederativo, mas ouvi a história de uma certa “saída livre” contada várias vezes por pessoas diferentes. O trecho que mais me impressionou (e essa parte eu não conhecia) foi o da conversa de elevador do juiz de partida. Que cara de pau. Não posso avaliar se houve mais gente contente ou indignada com o episódio. Certamente os indignados me foram mais vocais – minha percepção pessoal. Por outro lado, conseguir índice olímpico era algo tão raro que lembro que nós nadadores sentíamos um déficit no tamanho da equipe dessas grandes competições internacionais, algumas vezes com mais cartolas que nadadores… mas um erro não justifica o outro. Índice é índice.
Parabéns pelo texto e pela postura respeitosa e coerente, como sempre, Esmaga. Capítulo estranho da história aquática documentado; E espero que tal coisa não se repita. Inclusive tenho quase certeza que hoje em dia não rolaria algo assim de jeito nenhum.
Abração!
Isso mesmo Munhoz, também tenho “quase” certeza.
De fato, capítulo estranho.
Obrigado pelos parabéns!
Eu estava lá. A queimada foi realmente escancarada. Me lembro como se fosse hoje dos gritos de surpresa de 80% dos que estavam lá enquanto a equipe do Flamengo torcia loucamente na lateral da piscina. Foi uma aberração mesmo! Sobre a “armação” difícil saber quem estava envolvido, mas o bom senso indica que atleta, técnico, comissão de arbitragem e CBDA combinaram o jogo. Inclusive essa não foi a última vez que convocações olímpicas na natação brasileira se deram de forma … estranha! Tiveram outras…
Se eu tivesse na pele do Esmaga teria ficado bem p.. da vida. Uma vez, num sulamericano absoluto, terminei o 100m peito como melhor brasileiro e no último dia, me preparando para nadar o 4x100m Medley, fui informado, pelo técnico do outro atleta de peito que coincidentemente era técnica da seleção, que a comissão tinha inscrito o revezamento antes da prova individual e portanto eu estava fora. Fiquei espumando de raiva, mas ingenuo não fui atrás pra ver se a história era de fato verdadeira. Perdi um ouro continental por causa disso!
Lelo,
Sim, o bom senso nos leva a crer que seria impossível fazer o que foi feito sozinho. Certamente havia um petit comitê envolvido.
O turbilhão que vivenciei incluiu indignação e raiva, sentimentos naturais da essência humana.
Sim, os critérios abertos possibilitaram obtenção de índice de forma estranha, antes da Olimpíada de Barcelona. Edição que aconteceu quando eu ainda era nadador. Também comentaremos por aqui.
Sobre esse reveza do sulamericano, você está p… até hoje. Se vasculharmos os arquivos do blog, talvez encontremos a história 3 ou 4 vezes, mas vale mesmo ser repetida. Bem pertinente dentro do tema aqui debatido.
que absurdo
fato
Eu também fui “arredondada”. Precisava fazer 1’23 de 100 costas (acho que era infantil, ou petiz 2) para ir para o Maurício Beckenn, e fiz 1’23”7. No resultado constou 1’22″7. Eu e mais umas 3 meninas paulistas fomos beneficiadas pela canetada. Mas o interessante é que, embora também tenha achado normal na época, eu não me sentia merecedora. No campeonato brasileiro, fui mal. Eu olhava todas as competidoras como se elas fossem muito melhores, e eu não. Eu havia ganho um prêmio de consolação, que valeu a viagem, mas não valeu na minha cabeça. Incrível a nossa cultura do jeitinho… Gostaria realmente que conseguíssemos mudar isso, em todos os âmbitos.
Eu também, Marina.
Acredito que um bom caminho é reconhecer, assumir e usar o exemplo do que deve e do que não deve ser feito.
Quem sabe o Zé Geraldo se influencia por esse movimento e conta pra nós como tudo aconteceu.
Maga . Sua capacidade de historiador é surpreendente e me fez reviver aquele momento vergonhoso. Fiquei muito revoltado no dia e quase briguei feio com os dirigentes que alegavam que tinham colocado mais um na Olímpiada. Ao que eu respondi:”VOCÊS TIRARAM A OPORTUNIDADE DE ALGUÉM QUE REALMENTE MERECIA DE IR A SEUL”
Sim, Joelzão.
Você foi a voz da justiça naquele momento.
Já expressei minha gratidão verbalmente, através da visita que fiz na chácara levando a escultura de presente, não só por esse momento, mas por tudo que fez por mim, pelo Curitibano e pela natação paranaense e brasileira e agora registro aqui. É emocionante!
Apenas não concordo que o fato tenha tirado minha oportunidade de ir a Seoul.
Forte abraço!
Fala Maga, fiquei muito perto do indice uma vez petiz (menos de 3 decimos) e nao arredondaram). Acabei indo c o 3o tempo do revez e pegamos um bronze muito comemorado em Recife 81. Muito mais a frente participei de uma serie “extra” p tentativa de indice de 50L num estadual q no final o cara q ganhou a serie ficou c um recorde estadual registrado. Era num esquema eu saio e vc pega, so q c 8 atletas de 2 clubes. O cara q ganhou saiu antes do combinado e valeu. Uma vergonha p todos os q participaram (eu incluido). Cansei de ver tempos nos balizamentos dos campeonatos brasileiros q nitidamente nao correspondiam a realidade. Triste realidade brasileira da epoca q ainda vemos hj de vez em qdo por ai e nos indignamos. Espero nao presenciar nada parecido nos esportes dos meus filhos.
Qto ao interfederativo de 88, eu participei pela selecao do Rio, nadei os 100L e os revezamentos 4X100L e 4X200L (se nao me engano). A serie extra eu tava assistindo junto c o (Cesar) Chicayban e ficamos surpresos c saida, inclusive estavamos achando q a cordinha de escape seria jogada. Nao me lembro de tantos detalhes mas eu o Chica nao ficamos vibrando nao, mesmo c 16 e 14 anos na epoca. O combinado provavelmente foi feito c o Ze Gere, tecnicos e membros da conferederacao juntos, os atletas da equipe nao sabiam. Presenciamos a justa indignacao do pessoal do Parana, jah q vc estava c tempo muito proximo dele.
Nao quero, nem vou julgar hj as pessoas envolvidas q conheco muito bem e gosto, ateh pq existia um contexto e uma mentalidade de epoca q nao daria p analisar agora c a imparcialidade necessaria.
Acho bacana a sua interpretacao hj de q nao foi pq nao fez os 23’57 q era a condicao p ir. ab gr
Perfeito Vreco,
colocações equilibradas e muito coerentes, como é de praxe em suas colocações.
Agradeço o importante comentário de um atleta do Zé na equipe do Rio de janeiro.
Forte abraço.
Maga, show a tua narrativa, não posso negar a minha indignação e ainda fico aqui imaginando a tua indignação e a sensação de “frustração” que você deve ter sentido.
Vou comentar algo que não li e não sei se você percebeu que totalmente sem querer o Felipe quase te impeliu a “Melar” tudo. Se você resolve tentar eles teriam que te impedir ou te colocar no esquema coisa que você o Léo e o Joel jamais aceitariam. Olha que coisa maluca, mas você pensou que poderia ter mudado esta história?
Maga, mas você tem a honra de contar que tentou sem subterfúgios, isso é o importante.
E eu ainda tô me sentindo mal tentando engolir os fato.
Abraço
Sim, sim, algumas vezes já pensei o que aconteceria… sei lá, acredito que não proporiam algum esquema para nós, teríamos uma saída normal e sairíamos os dois sem o índice.
Pingback: Sundown Swim to Seoul 1988 – “You cannot swim!” | Epichurus
Pingback: O Xuxa ficou por um centésimo? (e as planilhas do Chips) | EPICHURUS