EPICHURUS

Natação e cia.

The End!

Desci a rua na frente do estádio do Castelão, onde estávamos hospedados, para pegar a condução em direção a competição.  Eu estava com uma baita ressaca, depois de ter “fugido” da concentração algumas horas antes para uma baladinha em São Luiz do Maranhão que acabou indo até muito mais tarde que eu esperava.  Na noite anterior, pulamos a janela do alojamento e pegamos um ônibus até a balada.  O combinado com os meus três companheiros de crime era voltar por volta das 2h, entrar de fininho no estádio, sem acordar ninguém no processo e ainda ter tempo suficiente para dormir um pouco e não acordar no dia seguinte todo moído.

O "Castelão" de São Luiz foi reformado em 2004. Em 1996, quando ficamos lá, era bem mais precário!

O “Castelão” de São Luiz foi reformado em 2004. Em 1996, quando ficamos lá, era bem mais precário!

A noite começou a degringolar quando descobrimos que não tinha ônibus de linha na madrugada de São Luiz, pelo menos não onde estávamos, e como não tínhamos dinheiro para o taxi, o plano, típico de filme de comédia, foi voltar para a balada, xavecar alguma mocreia motorizada e tentar descolar uma carona.  Por mais incrível que possa parecer o plano deu certo, mas demorou umas duas horas até convencer a donzela, carinhosamente apelidada de Poodle pelas “lindas” madeixas que tinha, que o breve romance valia uma carona até o longínquo estádio.  Acabamos chegando junto com o sol e com medo de dar de cara com o técnico.  Não fomos desmascarados, mas o fato é que não dormimos.  Eu estava morto de sede e o sorveteiro da esquina do estádio me pareceu um presente de Deus.  Pedi um de limão.  Devia ser umas 07h30 da matina.  O cidadão não tinha troco e pediu pra uma criança ali do lado trocar o dinheiro na padaria.  Fiquei ali esperando e dentro de poucos minutos o moleque voltou perguntando pro sorveteiro “De quem é o troco? ”  O sorveteiro apontou pra mim e disse “É do gordinho ali! ”.

Esse deveria ter sido o primeiro sinal que estava na hora de pendurar a sunga, mas passou batido.  O comentário virou motivo de chacota pra quem estava ali comigo, mas encarei como algo inocente, vindo de um coitado que deve ter sofrido de subnutrição a vida toda…  No ano anterior um técnico da seleção brasileira reclamou do meu peso, mas fui campeão sul-americano no mesmo dia e, portanto, mandei mentalmente um “Chupa” para o técnico.

Na competição, um daqueles campeonatos brasileiros de inverno pós-Finkel, sem a participação das principais equipes do país, fui muito mal.  Não me lembro dos resultados especificamente, mas me lembro de um bronze no 100m peito com a prata indo para algum nortista que eu simplesmente nunca tinha ouvido falar numa época que eu conhecia basicamente todos meus adversários relevantes.  Foi o segundo sinal!

Depois de breve férias, voltei pro Arizona prontíssimo para retornar aos treinos, mesmo com uma mudança importante de foco.  Pela primeira vez na vida minha prioridade não era a natação.  Eu queria a todo custo me formar.  Eu estava no último semestre da faculdade de engenharia e já fazia uns 6 meses que eu treinava sozinho, treinos que eu recebia por carta do William (Lima), para poder conciliar com a pesada carga horária universitária.  Os treinos do Maglischo começavam as 14h.  Eu não tinha mais condições de treinar nesse horário e passei a nadar sozinho por volta das 18h.

O bonito parque aquático da ASU. Hoje quem treina lá é o PEBA Phelps

O bonito parque aquático da ASU. Hoje quem treina lá é o PEBA Phelps

Cheguei em casa depois de um dia maçante de aulas.  Troquei de roupa, peguei a mochila e fui pra piscina de bicicleta.  Na ASU (Arizona State University) tem uma montanha, apelidada de “A Mountain” ao lado da piscina.  Decidi subir a montanha e matar o treino.  Ali em cima, contemplando a vista, decidi que não estava pronto pra voltar aos treinos.  Cheguei à realização que precisava de longas férias das piscinas, algo que nunca tive.  Resolvi pegar 30 dias.  Comuniquei o William que depois da minha explicação concordou com a decisão, e fiquei um mês apenas estudando e jogando Mario Kart no Nintendo 64 no fim da tarde, tomando Fat Tire.  Acho que foi o mês mais gostoso da minha vida.

Saudosa "A" Moutain. Palco de várias aventuras!

Saudosa “A” Moutain. Palco de várias aventuras!

 

Fat Tire e Mario Kart. Uma das melhores combinações da vida!

Fat Tire e Mario Kart. Uma das melhores combinações da vida!

Passados 30 dias, era hora de botar a cabeça no lugar e voltar a treinar forte.  Cara, como eu me lembro bem desse dia!  Fui direto pra piscina depois de uma aula chata de Digital Circuits and Systems.  No vestiário vesti a sunga e resolvi ir até o bebedouro encher minha garrafinha de água.  Tinha um espelho no caminho.  Por alguma razão parei ali.  Estava com touca e óculos na mão e fiquei ali me olhando e tomei, de supetão, a fria decisão de parar de nadar.  Foi como arrancar um band-aid!  Um minuto eu estava lá pronto para entrar na piscina e no outro eu era um ex-nadador.  Não tive último treino, não tive última competição (que acabou sendo a do Maranhão), não tive festa de despedida, não teve choro, abraço dos amigos e da família.  Foi simples assim!  Sem absolutamente nenhum planejamento, minha carreira de 20 anos nas piscinas chegava ao fim.  Voltei pra casa com uma mistura de tristeza e alívio.  Uma sensação estranha.  Nunca me arrependi, nem tive recaída.  Meu próximo treino aconteceria 12 anos depois, no Masters, algo que também durou pouco.

Grande parte dos nadadores na minha época programava sua aposentadoria para o início da faculdade.  Os PEBAs pelo menos.   Os melhorzinhos esticavam a carreira até a formatura e somente os craques agendavam uma competição de despedida, com bolo e brigadeiro.  Alguns pobres coitados eram forçados a se aposentar por problemas no ombro ou joelho, mas aposentadoria igual a minha deve ser rara.  E vocês, como se deu o fim da carreira aquática de cada um?

25 comentários em “The End!

  1. rcordani
    6 de junho de 2016

    Eu tive DUAS paradas, ambas já relatadas no Epichurus.

    A primeira no início de 1994, que já relatei na saga.

    A partir daí continuei nadando quando dava, em segundo plano, e fui levando na moral até 1997, quando ainda tive um bom desempenho (mesclando campeonatos sêniors e masters).

    Já 1998 foi um desastre, fui mal no paulista de inverno em meio a viagens profissionais e fui pior ainda no Paulista de Verão que foi no Unisanta. Neste último eu já sabia que ia mal e que ia ser a minha última prova, mas em respeito ao clube raspei, fiz 2:34 de 200 peito, não obtive final e abandonei a natação de piscina, migrando para o Triatlon (relatei aqui).

    • Lelo Menezes
      6 de junho de 2016

      Essa questão das duas paradas me parece algo comum também. O cara para, pensa melhor, volta, consegue se manter mais um tempo e depois para em definitivo. No seu caso o ponto positivo foi que continuou ativo, fazendo outra coisa. Eu parei completamente, me tornando um dos caras mais sedentários do planeta Terra!

  2. Rodrigo M. Munhoz
    6 de junho de 2016

    Obrigado, Lelo. Dei umas risadas por aqui no meio de uma segundona tensa. Fiquei curioso pra saber quem eram os meliantes seus companheiros de fuga , mas enfim…
    Parei de competir de maneira suave, depois de formado, ainda no Missouri. MInha ultima competição foi em 94. Entrei no WalMart como trainee, no inicio de 95, comecei a trabalhar pra cacete e apesar de ainda conseguir encaixar uns 4-5 treinos por semana, não tive ferias (no WalMart US, apenas 1 semana depois do 1o ano) e não pude viajar para o Finkel. Fui diminuindo o ritmo de treino e depois me transferiram para a Califórnia, onde apesar de ainda treinar um pouco, não competi mais. Voltei a disputar uma competição em 98, no Brasil como Master e vou tocando aos trancos e barrancos ate hoje.

    • Lelo Menezes
      6 de junho de 2016

      Boa Munhoz. No seu caso não teve então um planejamento de parar de nadar. O trabalho chegou e acabou “matando” a carreira. Você no entanto, como o Renato, nunca parou totalmente, o que é ótimo. Eu peguei um certo “asco” da natação. Não tenho vontade de treinar. Acho que foram os anos de overtraining.

      Os companheiros de crime foram: Alex Takeda, vulgo Shigemitsu, Wolf Koslowsky, vulgo Judeu e Rogério Hawilla, vulgo Cabrito Amarelo. Todos bem conhecidos do senhor. kkkkk

  3. Luiz Carvalho
    6 de junho de 2016

    Adorei o post, parabens Lelo!
    A minha parada nao foi tao poetica como a sua, mas teve alguns aspectos bem parecidos. Eu tambem estava terminando engenharia (parece que voce tambem fez eletronica, nao?), mas em Dezembro de 1986. Ja estava fazendo meu segundo estagio (na Sharp Eletronicos) e as aulas ocupavam ainda muito do meu dia, que era uma loucura: Treino de manha (quando ia), aula no Mackenzie, estagio na Sharp, treino, aula no Mackenzie de novo. Fora o “social”, bem agitado. O treino era na base do “melhor esforco possivel”, principalmente depois da minha participacao no mundial de Madri-86. Natacao estava relegada ao “back seat”, mas eu estava OK com isso.
    Contrario de voce, eu ja sabia que iria parar assim que terminasse a faculdade entao ja me sentia programado. Lembro dentro do aviao indo a Madri, e pensando…”essa eh a ultima selecao”. A ultima competicao, eu ja havia programado, iria ser um Paulista Absoluto (verao) de 1986 (acho que foi em Dezembro) na piscina do Ibirapuera. Ninguem sabia que seria a minha ultima. Acho que a ultima prova foi os 100m peito. Lembro que pensei, “essa eh a ultima, seria legal chegar em primeiro”. Foi o que aconteceu. A unica coisa que eu lembro perfeitamente era o dia bem ensolarado e eu batendo a mao na borda, de uma maneira meio exagerada no fim da prova, mas marcando para mim mesmo o fim da coisa. It was over.
    Como voce, nao voltei, nao pensei em voltar, nao teve choro, arrependimento, festa ou comemoracao. De certa forma, foi do jeito que eu queria.

    • Lelo Menezes
      6 de junho de 2016

      Excelente Chicão. Essa certeza de parar após o término da faculdade e saber qual será sua última competição deve ser muito bom para a transição para o “mundo real”. Eu na verdade deveria ter parado de nadar em 1995, no auge, ainda treinamento com a equipe. Em 1996 quando passei a treinar sozinho, as performances foram ladeira abaixo e não me dediquei nem um pingo a seletiva olímpica, algo que em retrospectiva, deveria ter sido um forte objetivo, mas na prática não mais me interessava. O engraçado é que eu nunca tive claro na minha cabeça que o momento de parar estava próximo. Encarei como uma fase meio “saco cheio”, mas que tudo voltaria ao normal na próxima temporada… De qualquer forma o importante foi não ter arrependimentos. Nesse caso estou tranquilo…

      abraços

  4. Carlos Barros
    6 de junho de 2016

    “Qualquer semelhança com fatos reais e’ mera coincidência”
    Pra mim falar de natação, o esporte que pratiquei por quase 20 anos, e’ como falar de “vidas passadas”. O cara que nadava provas de Livre e gostava de fechar revezamentos pelo ECP e’ uma outra pessoa.
    Uma pessoa que tem em comum o mesmo apelido Fralda. De resto e’ tao parecido comigo como um filho lembra a mãe ou uma filha se assemelha ao pai… no máximo alguns traços de personalidade.
    Assim, recomendo que quem desejar seguir lendo o texto abaixo, o faça com o devido desconto. Minha memória e’ seletiva e complacente com as decisões que vim a tomar. E tb ela, a minha memória de vidas passadas, limita a amostra de nadadores, por este motivo não menciono atletas de outros clubes de SP.
    Enfim leiam como uma obra de ficção escrita no teclado de um blackberry.
    Pensar em parar eu pensei várias vezes. Mas não era um parar de me movimentar, parar de fazer esportes. Era parar de praticar natação competitiva.
    A primeira vez foi ainda garoto com uns 13 pra 14 anos. Pensei eu… “quando fizer 15 vou para o Polo, que deve ser bem mais fácil que natação, ja’ que nem Pebas os caras são.”
    Mas a data chegou e eu não segui este plano.
    Depois aos 19 decidi que iria trancar a faculdade e ir estudar inglês nos EUA… assim pisei fundo nos treinos e coloquei de lado todo o resto.
    Além do plano de “mudar de vida” na minha visão havia uma janela de oportunidade no ECP e por consequência na natação paulista.
    Por oportunidade, leia chance de se destacar.
    Naquele ano muitos atletas estavam se “aposentando” pela idade e novos objetivos, outros lesionados e a nova geração ainda não estava pronta.
    Na primeira categoria eu colocava o Luiz Osório que já estava parado, mas ainda vivo… não conseguia acompanhar o cara nem nos treinos. (nos treinos que ele ia… pois a esta altura se dedicava 100% a faculdade de medicina em Sorocaba).
    O Henrique Americano estava treinando em Pira, e havia sofrido uma cirurgia do ombro. Que o Cordani já relatou.
    O Cassiano ainda era um magrelinho mirrado e não apresentava risco.
    Treinei como se não houvesse amanhã. Contando que no estado de São Paulo, não ia ter pra ninguém.
    Pensava no reinado que eu teria na natação Paulista.
    Todas as competições eram importantes. Amistoso, regional, qualquer prova era levada a sério. Todos os treinos eram importantes.
    Mas, eu não contava com outros nomes, gente que vinha de outras cidades.
    E que nome!!! Naquele ano, mais uma vez, pode ser que eu esteja misturando tudo (o Cordani pode corrigir aqui). Surge um tal de Gustavo Borges.
    Um garoto de Catanduva, daqueles que cresceram muito rápido, com pernas finas, um joelho que dadas as proporções lembrava de uma girafa, e uma mão que parecia uma pá de tão grande que era. Dava dó. Pensei “coitado desse menino…”
    Eu distraído com meu umbigo nem reparei no potencial do garoto. Que viria a se tornar um dos grandes nomes da natação.
    Até que ele começou a nadar pelo ECP. E a cada semana baixava seus tempos como se fosse um moleque de 12 anos em faze de crescimento.
    Tomei um tranco! Isso não estava nos planos, mas… acho que o fato dele ser muito mais novo, me protegeu, assim consegui algumas medalhinhas naquele final de 1988 e início de 1989.
    O meu final de temporada foi no Finkel de Santos – aquele da Meningite – acho que junho/julho 1989.
    Nessa altura eu ja’ estava acostumado a perder para o Gustavo “Pirulito” Borges.
    E acabei nadando muito bem os 400L fazendo 4:02 (será que foi só isso??!!) e pegando final, final essa que não ocorreu.
    E beliscando um ouro no 4×100 Livre.
    Depois nos EUA, ainda treinei, mas já sem o mesmo foco.
    E assim fui saindo da água, deixando o mundo dos peixes, e vindo para a terra.

    • Lelo Menezes
      6 de junho de 2016

      Boa Fralda. O nadador de 100m e 200m Livre tem algo muito peculiar que são os revezamentos. Imagina poder ser o 5o ou 6o melhor nadador brasileiro e ainda assim ter chance de ser olímpico ou nadar um Mundial. Só isso provavelmente teria estendido minha carreira aquática. No meu caso, a impossibilidade do índice olímpico nos 200m peito (que sempre considerei minha prova forte) e a péssima performance no 100m peito nas eliminatórias de 1992 (Barcelona) foram o estopim para o inicio do fim. Eu treinei forte até 1994, levando 1995 em banho maria, mas sendo beneficiado pelos anos de treino. Nesse ano ainda bati o recorde brasileiro dos 200m peito no Finkel e nadei relativamente bem o Mundial de Curta no Rio de Janeiro, mas já treinando bem aquém do que fiz no passado.

      O surgimento do Gustavo Borges deve ser um faca de dois gumes. Por um lado o cara tira a sua “majestade”, por outro coloca os revezamentos num outro patamar, ao ponto de conseguirem um bronze olímpico.

      Eu inclusive não sabia que você deixaria o mundo dos peixes em 1989. Pra mim você parou de nadar muito depois, tipo 1994 ou algo assim.

      abs

    • rcordani
      6 de junho de 2016

      Fralda, nadamos juntos todo o ano de 1993 pelo Paineiras, fomos juntos à nossa segunda Universíade em Buffalo, você também obteve o título paulista nos 100m Livre e obtivemos juntos o sexto lugar no 4×100 Livre do Trofeu Brasil de janeiro de 1994.

      Só estou sabendo agora que você parou em 1989. Quem era aquele outro? Um impostor?

      E se era você mesmo, de qual Fralda estamos falando? Do nadador ou o Fralda de hoje? Quem é você?

  5. luizcarvalho1
    6 de junho de 2016

    Lelo e Cordani, voce tem que levar em consideracao o elemento ficcional do otimo texto do Fralda. Ou, como o gato de Schrodinger…por um tempo ele simultaneamente era, e nao era, nadador.

  6. Marcos Vinicius Diniz
    6 de junho de 2016

    A minha parada ainda não aconteceu, mas semana passada depois de um treino “massacrante” de 4000m, enquanto tomava banho em casa, comecei a chorar e pensei: “é, depois de 24 anos acho que esta chegando a hora de parar”. Momento triste esse, mesmo na minha carreira PEBA! Abraços! O texto está muito bom Lelo!

    • Lelo Menezes
      7 de junho de 2016

      Obrigado Marcos! Você nada onde? Parar de nadar depois de tantos anos de dedicação, é sempre triste, mesmo sabendo o momento certo.

      abs

  7. Eduardo Estefano
    6 de junho de 2016

    Eu parei um ano antes. O Lelo foi persistente apesar de muita má influência dos já aposentados.

    Subir a A Mountain virou meio que rotina nessa época.

    • Lelo Menezes
      7 de junho de 2016

      “A” Mountain era o clássico reduto dos que matavam o treino. Quantas vezes desencanamos do treino para subir a montanha… pelo menos uma vez por semana a partir de 1995

  8. Cristiano Michelena
    7 de junho de 2016

    O meu The End nao foi tao simples, mas foi bem pertinho do seu. Acho que um os dois quilometros dali.

    • Lelo Menezes
      7 de junho de 2016

      Boa Castor. No seu caso o ombro atrapalhou. Me lembro bem quando você parou. Uma grande perda pra natação nacional! Mas cá entre nós, o senhor teve uma bela carreira! Acho que os sacrifícios valeram bem a pena.

      abs

      • Cristiano Michelena
        8 de junho de 2016

        Verdade, obrigado.

        Aproveitei bem e não me arrependo de nada.
        Lembro que no meu “The End” afoguei as magoas nun dos bares ali por perto. Se não me engano era meio temático do “Cheers”.

        Agora, pra mim, resumo o seu “The End” como serenidade.
        Parabéns pela carreira e pelo texto. E pelas muitas horas de treino na frente do computador. Le,bro de ter que encarar fila pra jogar la em casa.

        Por falar da 1340 E.Hall Street… E o Swede?

        Grande abraco,
        Castor

      • Lelo Menezes
        9 de junho de 2016

        ahh, o famoso Malone’s que sempre tinha a música do Cheers como última música da noite! Saudades da East Hall! Perdi contato com o Swede, mas ele tá no meu Face!! Virou biólogo e mora em alguma cidadezinha na Suécia!

  9. Fralda
    7 de junho de 2016

    Renato,
    Buda diria: “o início do fim e’ o inicio”
    Para o Lelo ele só percebeu que acabou quando já tinha acabado.
    Para alguns que foram para Olimpiadas acabou quando foram convocados, passagem emitida e uniforme da seleção na mala.
    Tentei descrever quando a natação deixou de ser prioridade.‎

    Fraldalai Lama‎

    • rcordani
      7 de junho de 2016

      Huummmm. O sr parecia bem focado em 1991, 1992 e 1993…

      • Alvaro Pires Vreco
        8 de junho de 2016

        Me lembro bem do 4X100L em Sheffield 91 c o Fralda. Fizemos final. Depois de uma carreira pebistica uma final de universiade ficou de bom tamanho p mim. hehe. Apos a Universiade os treinos viraram um suplicio pq comecei a estagiar. Ai a rotina ficou complicada. Fui ate o proximo TB, onde piorei meus tempos e perdi de uns garotos mais novos (leia-se A Teixeira e F Saez), ficando fora do revezamento A. Depois de umas ferias maiores da natacao nao voltei mais aos treinos e foi um alivio pra mim. Cheguei a ir muito depois em umas poucas competicoes de masters apos 1 ou 2 meses treinado. Me lembro de uma em 98, outra em 2002 e outra em 2008. Engracado q apos as competicoes eu normalmente nao voltava mais a cair na agua, mesmo ganhando algumas medalhas e um indice tecnico no carioca 30+. Na verdade a competicao em si nao me traz a menor motivacao nem algumas medalhas a mais. Pelo contrario acabo achando sacal perder um final de semana competindo. Qdo era adolescente me lembro de quase ter parado em 2 momentos, apos o carioca de inverno de 85 e apos o carioca de verao de 88, por causa de resultados ruins. Acabei ficando mais uns anos e ficou de bom tamanho no final. Hj tento manter alguma rotina de exercicio em academia, alternando c epocas de sedentarismo. abs

  10. Lelo Menezes
    9 de junho de 2016

    Master é um saco mesmo Vreco! Acho que não foi feito pra quem nadou “profissionalmente”. É feito pra quem começou a levar a sério depois de mais velho. Quem aguenta assistir 10 séries de 400m Livre 75+ ?? Só quem tem muita paciência! abs

  11. Fernando Cunha Magalhães
    14 de junho de 2016

    Eu tive MUITA dificuldade em lidar com a hora de parar. Sofri bastante mesmo. Amava demais a natação e não estava de saco cheio. Poderia treinar muito mais, mas percebi que aquilo não me levaria a lugar nenhum além, e nem mesmo a aqueles em que já havia estado. Era preciso focar na vida profissional.

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Publicado em 6 de junho de 2016 por em Natação.
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