EPICHURUS

Natação e cia.

Os Campos de Provas Éramos Nós

Na semana passada vi uma pequena notícia no Estadão sobre os 40 anos do campo de provas da GM e não pude deixar de notar que é um pouco menos que minha própria idade. Acho que foi aquela foto do Opala amassado contra uma barreira de concreto que me fez pensar um pouco mais no assunto. Imaginei um pouco dos testes, provações e obstáculos necessários para tornar os carros mais rápidos, eficientes e seguros. Assim lembrei dos treinos que fiz, mais ou menos com o mesmo propósito: Chegar no fim da temporada com um design ou modelo melhor para o ano seguinte. Infelizmente, assim como nos testes dos fabricantes, nem sempre os nossos técnicos chegavam nos resultados esperados. E no nosso caso não tem recall.

opalaamassado

Pegando carona no que o Renato Cordani lembrou no seu mais recente post, aproveito para afirmar que a natação evoluiu grandemente nos últimos anos graças aos erros cometidos. Sim, o treinamento melhorou muito, pois tivemos décadas de tentativas e erros de nossos técnicos, que levaram os nadadores de hoje a esses tempos que consideramos absurdos.  Treinos mais eficazes e inteligentes hoje são fruto de aprendizado com as nossas trombadas de fim de temporada, num processo lento, mas necessário para a evolução do esporte.

A Revista Swimming World de Outubro de 1967 traz alguns exemplos de treinos que se faziam nos EUA da época: O técnico Olímpico e de Santa Clara – George Haines – falava de treinos de menos de 5000 jardas (~4500m) seis vezes por semana para seus jovens atletas, com bastante trabalho de “borrachinha” fora da água.  Já o Sherm Chavoor, da seleção feminina americana no PanAm-67 e Olimpica de 68, fala de treinos de 10-12,000m no verão (em dois períodos), 90% focado em condicionamento e no nado livre. Nenhum menciona musculação. Nessa mesma edição, numa reportagem sobre o nosso grande José Silvio Fiolo (“Fast Fiolo Waits for No One”), seu técnico Roberto Pavel, entrega que ele só treinava 3- 4,000 m por dia, mas estava planejando aumentar o volume.

Na década seguinte, seguindo a influencia da URSS, com Salnikov e cia, as metragens foram progressivamente aumentando, até chegarem aos absurdos de 16-18,000m (ou mais) ao dia, que alguns como eu experimentamos nos anos 80… Na comparação com um campo de provas, acho que esses foram os anos de testar a resiliência do material. E eu até peguei gosto pela coisa… mas, em retrospecto, porque eu – um nadador de 100 peito principalmente – tinha que fazer 10x400m ou 3x1500m livre quase toda semana fica como uma incógnita. E deixa algumas decepções, estou certo. Dessas experiências erradas, creio que saíram os treinos mais curtos, mais intensos e mais específicos de hoje em dia. E acessórios que deixam o treino mais interessante. E a musculação que deixa a galera fortona. E, claro, treinos planejados para vários polimentos e bons resultados mais frequentes. Agradeçam a gente, galera de vinte e poucos anos, eventuais leitores do Epichurus.

E falando em polimento, eu devo ser um dos caras que mais errou em polimento na década de 80-90. Apesar de saber que eu nadava muito mal quando cansado, eu teimava em não começar o polimento até bem perto da competição, muitas vezes. Acho que era insegurança de errar no “fine tuning” do motor. E pra complicar, as temporadas longas e desgastantes de treino em piscinas frias – uma realidade especialmente nos invernos curtos e frios de Bauru – as vezes me deixavam doente com sinusite, amigdalite, faringite… E o Luso me perdia por uns dias. Mas o engraçado é que esse descanso forçado as vezes funcionava positivamente – como um resultado positivo de um teste inesperado. Além de gerar mais descanso, também tirava um pouco do peso da expectativa da minha equação. Num desses erros, meu polimento para o Julio Delamare acabou ficando “melhor para a semana seguinte” e faturei uma prata nos 100 peito do Trofeu Brasil de 89 e classifiquei para o Sulamericano de Rosário, numa das melhores surpresas natatórias que já tive.

Por fim, também tem a área dos testes de combustível… Em alimentação, fiz e ainda faço coisas bem estúpidas. Tive a época do natureba, por exemplo. Passei mais de um ano praticamente vegetariano, comendo pouca proteína, zero de açúcar e nada industrializado, mesmo com treinos pesados. Cheguei a menos de 4% de gordura corporal. Estava leve, mas fraco. Por outro lado, depender do bandejão da USP no início dos anos 90, por mais convidativo que fosse no aspecto de custo, também não deve ter ajudado muito na performance quando vim para São Paulo. Por outro lado, morar no Projeto Futuro do Ibirapuera foi uma boa oportunidade de aprender sobre nutrição e adquirir uma apreciação pela comida balanceada. Pelo menos o Caçapa (cozinheiro) dizia que seguia as orientações da nutricionista por lá.  Se bem que talvez desse pra desconfiar de um cara que se escondia dentro de latões de lixo para flagar o ladrão noturno de goiabada e ao mesmo tempo fornecia quantidades ilimitadas de pés de galinha para atletas.  Com certeza não era uma alimentação voltada para performance… mas certamente era melhor que a comida de alguns anos mais tarde, no dorms na Universidade do Missouri, que me fez ganhar uns 8kg em um ano e ao mesmo tempo evoluir nada nos 100 peito… mas não culpemos apenas o “food service”… a fome acumulada em tempos anteriores me fizeram meio que um glutão curioso com tudo que é novo. Pelo menos aprendi a comer de tudo nesses anos longe da comida da mama. E continuo assim: Um Peba Multi- fuel.

Mesmo hoje, continuo testando um pouco sempre que posso: No trabalho, na cozinha, nos esportes novos e na piscina… e apesar de não ter mais um técnico para botar a culpa, hoje em dia tenho até um personal trainer para me ensinar um pouco de corrida e condicionamento. No fim das contas, a nossa vida é uma grande pista de testes, onde somos o protótipo das próximas gerações. Apenas tentamos nos sair melhor que aquele Opalão que enfrentou o bloco de concreto.

Sobre Rodrigo M. Munhoz

Abrace o Caos... http://abraceocaosdesp.wordpress.com

24 comentários em “Os Campos de Provas Éramos Nós

  1. rcordani
    18 de agosto de 2014

    Boa Munhoz, mas você “esqueceu” de comentar a maior bizarrice do seu “campo de provas”, a ocasião em que você raspou a parte de dentro do braço, para deslizar, mas manteve os pelos do lado de fora do mesmo, para “dar tração”. Mas essa eu já tirei sarro no mesmo dia…

    • Rodrigo M. Munhoz
      18 de agosto de 2014

      Pois é…Fiquei com vergonha e achei que você iria deixar passar… De qualquer forma, acho que era ao contrário a raspagem… ou não? Enfim…
      Obs…Na mesma SW de 67 tinha uma pequena nota falando que a raspagem talvez fosse beneficial e que era adotada pelas nadadoras japonesas no PANPAC. Interessante. De qualquer forma, obrigado por lembrar de mais esse vexame 🙂
      Abrtz!

      • Ricardo Firpo
        18 de agosto de 2014

        rapaz, não fique assim…. como diz Murphy, nada é tão ruim que não possa piorar…. Lá no CRVG, um malandrão achou que poderia não se adaptar a raspagem. O que ele fez? Raspou somente a perna direita….

  2. Raul Crespo de Magalhães
    18 de agosto de 2014

    Que post legal. E não é assim a evolução? Quem vem depois, se aproveita de quem veio antes. Vale pra todas as gerações. E na hora que temos filhos aprendemos isso com bastante intensidade. A chave é aproveitarmos um pouco dessa evolução, como você está fazendo. Valeu!

    • Rodrigo M. Munhoz
      18 de agosto de 2014

      Valeu, Raul! As vezes acho que aqueles treinos insanos não foram tanto de “nosso proveito” mas a idéia é essa mesmo. Fora do conceito Darwiniano, claro, mas bem dentro da idéia do aprimoramento humano.
      Um abraço!

  3. Julio Rebollal
    18 de agosto de 2014

    Boa Munhoz. Realmente passamos tempos de empirismo.

    1) Mecânica!?!?!?

    Quem já treinou com câmara de pneu de lambreta nos pés? E de tênis e camiseta? Calção com bolsos ainda se usa? Puxando uma cesta com pesos? Com pesos nos pés? Nadar costas com caixa de fósforo na testa? Treinar saída pulando num bambolê? Prancha de madeira? Treinar virada de costas na varanda do hotel (aquela antiga que tinha que tocar com a mão)?

    2) Nutrição!?!?!?!

    Quando estudava à tarde, meu lanche pré-treino era um sanduíche de omelete que minha mãe fazia e eu levava na mochila da escola. Sem falar nos 04 anos de faculdade comendo de marmita. “Beber” uma lata de leite condensado após o treino era moleza. Também não posso deixar de lembrar os biscoitos, pedaços de pizza e coxinhas consumidos durante o treino quando a fome apertava. Com um detalhe: tinha que correr no bar do clube para comer!! Tudo bem balanceado.

    Em 1988, treinando para as Olimpíadas de Seul, em Recife, fomos proibidos de comer qualquer coisa doce, exceto frutas. E assim, depois de 04 dias, atacamos um garçom que transportava um pudim, e, bem…

    3) Logística!?!?!?!

    Voltando em Recife – 1988, ficamos em um hotel fazenda distante uma hora da piscina, ou seja, quatro horas viajando todos os dias (exceto domingo) durante 15 dias. Detalhe: parte da “estrada” era de terra. Pouco cansativo…

    4) Fisiologia!?!?!? RAT LAB!!

    No mesmo ano, a equipe olímpica, foi até Rosário para realizar testes com o renomado Mazza (ou Massa, sei lá!!). Bom depois de 03 dias sendo mais furado do que boneco de vudu, me revoltei e disse para o assistente dele que “se me furasse mais uma vez ele iria engolir a tal da lanceta!”. Porém o pior ainda estava por vir: depois desse sofrimento físico, veio o sofrimento psicológico e moral. Cada atleta foi chamado para ouvir do próprio Mazza os resultados do estudo. Sentei na frente dele e ele, brilhantemente, me disse que eu tinha uma mecânica de nado excelente e que minha pernada era poderosa. Pronta resposta: “agora me diga algo que eu não saiba.”. Silêncio total.

    5) Treinos

    Treinar entre 12 e 14.000 não é para qualquer sunga frouxa. Bem, pelo menos era isso que pensávamos…afinal a filosofia era a do Mark Schubert: “de cada 100 nadadores, eu destruo 98, mas faço 02 campeões olímpicos!” Aí, fomos pelo mesmo caminho!

    100×100 era série casual. 20×400 medley também. Lembro quando o Marcelo Cruz, o “Peixe” convenceu o Ricardo Moura que iria fazer 50×100 de borboleta 03 vezes por semana, durante 03 meses, assim pretendia voar quando descansado. Essa deu dó: no meio da segunda semana o cara parecia um zumbi, e por aí ficou…

    Munhoz, apesar de um AMIGO ter divulgado que você tentou reproduzir o princípio da aerodinâmica das asas dos aviões e helicópteros, raspando uma parte do braço e a outra não, para aumentar a flutuação, tenho que admitir que já raspei a palma das mãos!! Qual o motivo? Sei lá, não lembro mais!!

    Bom, eu e mais um bando de nadadores passou por tudo isso. Assim, ajudamos à pavimentar a estrada para os nadadores de hoje, que agora são as cobaias.

    Mas o mais importante é podermos rir disso tudo!!

    Parabéns! Forte abraço!

    • Ricardo Firpo
      18 de agosto de 2014

      Julio, meus parabéns MUITO atrasados pelo teu aniversário.
      Lembra daquela clínica lá no Flu? O treino começou em meros 5mil e foi aumentando, aumentando, aumentando e teve uma quarta que foi 10mil de manhã e mais dez À tarde…. Já na quinta, foi 10 / 9k. Lembro que ficávamos sentados, uns olhando para os outros, quase em coma!!!!
      E vc fez aqueles 40×100, a 1:20…. Nesta série, lá pelo meio, eu já estava igual a carrinho de autorama – só rodava, rodava sem parar….

      • Julio Rebollal
        21 de agosto de 2014

        Parabéns aceitos camarada!

        Mas eu não participei da clínica, fiquei treinando com o Denir. Nesse ano, eu preferi ir ao JEB’S.

        Os 40×100 eu fiz junto com vocês mesmo. Mas, no meio da série, conforme o “feeling” ( super científico isso, não?) eu fui mudando os intervalos: 20 a cada 1:20; 10 a cada 1:15, 05 a cada 1:10 e 05 a cada 1:05.

    • Ricardo Firpo
      18 de agosto de 2014

      A “técnica” de treinar com mais de uma sunga, eu aprendi contigo. Se bem me lembro, lá no Vasco vc usava umas quatro…. Eu usava umas três. Mas também lembro que não podíamos tirar, pois – na verdade – era uma montagem para fazer uma ÚNICA grossa e aproveitar as que iam rasgando!
      E o primeiro calção com bolso que vi era um abóbora que vc tinha….

      • Julio Rebollal
        21 de agosto de 2014

        Lembrou bem, era isso mesmo!

    • Ricardo Firpo
      18 de agosto de 2014

      E por último:
      A nossa “nutrição” era realmente especial!!!!
      Hoje, quando vejo a vida regrada do pessoal, lembro de coisas que parecem piada.
      Sempre tive muitos problemas com meu peso, que flutuava muito…. Mas, por mais incrível que pareça, eram os magrinhos que mais comiam!
      Lembro que nos treinos, o Jean S. levava uma garrafinha com suco de laranja. Durante o treino, ele ia bebendo – mas o suco era tudo batido com pouca água, e ele tomava tudo: pedaço, caroço, gomos…. Uma vez, ele me disse que não estava muito bem, pois achava que tinha comido demais ANTES de treinar. Achava que tinha comido demais – quase DOIS melões!

      • Rodrigo M. Munhoz
        18 de agosto de 2014

        Firpo, como eu era um fiapo de magro, o problema em casa era dos meus pais e consistia em manter a geladeira abastecida! E eu matava uma goiabada com queijo inteiros no lanche da tarde, se me deixassem. Será que os atletas de hoje conhecem os benefícios energéticos dessas iguarias? Espero que sim. Abraços!

    • Rodrigo M. Munhoz
      18 de agosto de 2014

      Valeu Julio! Excelentes pontos!
      1. Caixa de fósforo na testa e virada na varanda eu nunca tinha ouvido falar. Sensacional.
      2. Esse sanduíche de omelete parece boa idéia. Eu era mais adepto de coxinha da DNA Paulina. Com ketchup.
      3. Logística foi um aspecto privilegiado em Bauru – uma cidade menor. Em São Paulo a coisa era mais complexa e só piorou nos últimos anos. Vc estava em Missionário Bay em 1987 quando ficamos na “Baseball School” ? Uma beleza…
      4. Aqueles testes do Mazza eram um pé no saco. Mas era o must da fisiologia aplicada :-). Lab rat total! Boa. Que fim será que levou o cara?
      5. 50 x100 borboleta nunca fiz. Mas já fiz 15 x200 borbo… Sendo nadador de peito. Prazer.
      6. Eu sempre raspei a palma da mão pra aumentar a sensibilidade !
      Por fim, Bernoulli principle rules e sim, calções de bolso são raros mas ainda existem. Tinha um até um ano atrás, quando desmanchou.
      Aprendizado é o que fica … E foi legal você lembrar que ficam umas risadas também…
      Abraço !

  4. LAM
    18 de agosto de 2014

    esta câmara de lambreta que o Rebollal citou eu usei, talvez ainda esteja em algum armário na casa da minha mãe…
    agora, reclamar que passou frio em Bauru… que frutinha hein???

    • Rodrigo M. Munhoz
      18 de agosto de 2014

      LAM , pensei que você iria fazer um comentário mais automobilístico… Pneu de lambreta não valeu. E passávamos frio em Bauru sim. Você em Curitiba enfrentava frio pior, mas no CC a coisa não era tão ruim como no Golfinho… Aquele clube sim era pra Morsa. Abrtz!

  5. Lelo Menezes
    21 de agosto de 2014

    Boa Munhoz! Lembrando que vocês do projeto futuro sempre foram muito “gratos” ao Caçapa. Eu nunca entendi porque vocês idolatravam o cara! kkkkk

    • Rodrigo M. Munhoz
      21 de agosto de 2014

      O cara controlava o rango, então a gente tinha que respeitar, senão era buchada todo dia. Mas verdade é que acho que o Caçapa exercia um fascínio sobre o nosso colega Josuíba mesmo… he he he

  6. Julio Rebollal
    21 de agosto de 2014

    É Munhoz, nadador de peito fazendo 15×200 borbola é PHO….isso sem nenhum acompanhamento psicológico!!

    Eu estava em Mission Bay naquele ano. Quase desmaiei em um dos treinos!

    A caixa de fósforo era para manter a cabeça parada. Já a virada na varanda me ajudou a ganhar um Campeonato Brasileiro: Santos 1976. Foi a primeira vez que nadei em piscina de 25 metros. Não fazíamos nem treino em 25. O Rafael, técnico do Fluminense, foi quem teve a ideia: colocar aqueles agasalhos de elanca e treinar na varanda, com deslize e tudo. O mais interessante é que funcionou: eu era muito franzino e tinha acabado de mudar de categoria, ou seja, pouca chance de ganhar. Na prova de 100 costas, escorreguei na saída, mas ganhei a prova nas viradas! Derrotei os favoritos Éden Dias e Marcos Fernandes.

    Então era por isso que eu raspava a palma das mãos…

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de agosto de 2014

      Olha só meu amigo Gurgel citado no comentário do Julinho… legal!

  7. anonimo
    24 de agosto de 2014

    rebollal mascardo como sempre. nunca esquece de citar colocoes e dos quais ele derrotou. contrario da sabedoria citada no blog onde hoje nao lembramos da colocao mas sim dos amigos.

  8. Fernando Cunha Magalhães
    24 de agosto de 2014

    Conversei com o Léo sobre a equipe do Mazza.
    Não lembro se ele sabia ou não do Argentino que acompanhou as pesquisas dos alemães que publicaram os protocolos dos testes de ácido lático na década de 80.
    Porém, o Cláudio, um dos assistentes que atuavam com Mazza na nossa época, evoluiu muito e tornou-se fisiologista dos melhores tenistas argentinos do circuito da ATP.

    Eu acreditava muito naqueles testes. Eram dias extenuantes. Uma verdadeira tortura.
    Minha percepção é que não se sabia muito bem o que fazer com aqueles dados.
    Lembro que a exigência em relação aos tempos que eu deveria fazer nas séries aumentou muito.
    Ficava exausto nos treinos e ainda ficava prejudicado psicologicamente, carregava culpa por não conseguir cumprir os tempos das séries, embora me esforçasse ao máximo.
    Sem dúvida, demos uma grande contribuição em mostrar como não se devia fazer as coisas.

    • Rodrigo M. Munhoz
      24 de agosto de 2014

      Bacana, Esmaga… Eu ia bem apenas em uma pequena parte dos testes do Mazza, acho… Era bem frustrante na maior parte do tempo. Nunca havia pensado no impacto psicológico disso, mas hoje avalio que não devia ser muito bom não… Dureza…Erros que ensinam os outros.

  9. Fernando Cunha Magalhães
    25 de agosto de 2014

    Sabe-se lá qual era a moeda na época, mas $0,56 por um almoço devia colocar o bandejão da USP no mesmo padrão do RU do Centro Politécnico de Curitiba.

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