EPICHURUS

Natação e cia.

O maior (não olímpico) vencedor de brasileiros.

(Ainda no clima do Lelo sobre o sonho olímpico, creio que há gente em particular que deve lamentar muito mais não tê-lo realizado! Acompanhe nesse post.)

Ele não era alto, não era forte e não tinha jeitão de nadador, por isso não aparentava nadar tudo o que nadava. No entanto, Alex Hermeto é provavelmente o maior vencedor de brasileiros absolutos (só vale TB-ML e JF) dentre aqueles que não tiveram o prazer de disputar uma olimpíada. Pelas minhas contas ele ganhou entre Troféu Brasil (TB) e José Finkel (JF) um total de 15 ouros, 7 pratas e 5 bronzes individuais, e outro tanto em revezamentos. (N do A: contei na mão, alguns foram de memória, posso estar errado e estou disposto a retificar a tabela abaixo com as correções que aparecerem, aliás já fiz duas).

Vejam só:

tabela_hermeto_corrTrocando em miúdos, o cidadão dominou amplamente a prova de 200 peito entre 1987 e 1992, além de vários ouros nos 400 medley, 200 medley e 100 peito no período. Uma amostra do que ele fazia está no vídeo abaixo, trata-se da prova dos 200 peito do TB de fevereiro de 1989, uma prova que já foi contada em detalhes neste post aqui e também aqui (e por tabela trata-se da prova da vida do LAM). O ouro ficou com o Hermeto fácil, fácil, vejam (5min21s):

(N do A: o leitor atento já percebeu que Alex Hermeto é mais ou menos da minha idade e nadávamos as mesmas provas, portanto seguramente ele foi o nadador para quem eu mais perdi na minha carreira, um total de… TODAS as vezes. Meus cinco quartos seguidos em TB continham Hermeto no pódium, e a ausência dele permitiu que eu ganhasse as minhas quatro medalhas mais importantes, mas isso será assunto para outro post.)

E no ano que completa 25 anos do seu recorde brasileiro de 200 peito em longa, fiz por email uma entrevista com ele, que mora há 27 anos nos Estados Unidos.

São só dez perguntinhas.

Renato – Em 1987 você ganhou seu primeiro ouro em brasileiro absoluto, no Finkel do ECP (foto na galeria). Aí você foi cortado do Pan e em seguida sofreu um acidente. Outro dia aqui mesmo no Epichurus você disse que esse acidente mudou a sua vida. Poderia nos dar detalhes do fato?

Alex – Sobre o Pan (Indianápolis 1987), foi um ano que convocaram bastante gente e por volta de 6 semanas antes cortaram mais da metade, e eu estava nesta lista dos cortados. Daí parei completamente de treinar e estava tentando ao máximo me divertir. Existia uma turma que nadava no Flamengo que surfava…e eu me metia no meio. Nesta viagem estavam o Marco França e o Emmanuel Nascimento. Resolvemos voltar de Angra num domingo à noite (não sei por que não podíamos esperar ate 2ª feira, tínhamos carona dos meus pais – nenhum dos 3 tinha 18 anos ainda). Mas insistimos e meus pais nos levaram a rodoviária. Por volta de 15 quilômetros antes de chegar a rodoviária do Rio, o motorista dormiu, bateu numa divisória entre duas pontes e o ônibus caiu. Me falaram (e depois fui ate o local do acidente) que a queda foi por volta de uns 7 metros. Tivemos ferimentos variados, o França estava relativamente bem e depois de uns dias descobriu que tinha quebrado o braço, o Emmanuel foi o que levou a pior, pois tinha uma laceração grande ao redor do olho e sangrava bastante. Eu fiquei mais uns 10 dias no hospital (tive um impacto muito forte na cabeça que de acordo que o tempo passava, eu perdia mais e mais a consciência do que estava acontecendo até passar 12 horas de coma e sofrer uma cirurgia para aliviar uma pressão no cérebro devido a sangramento interno). Acho que foi aí que tudo mudou.

2- Pois é, eu nadei o Julio de Lamare em dezembro sem a sua presença, eu nem sabia do acidente, mas como foi que você acabou indo para os EUA em 1988?

1987 era o ano do vestibular e estudar me dava muita dor de cabeça tanto que a ideia inicial era não fazer o vestibular e esperar o próximo ano. Acabei fazendo e passei para engenharia. Tranquei a faculdade para dar uma descansada. Ainda não sabia o que iria fazer. Acabei treinando em tempo integral com um numero pequeno de atletas do Flamengo que treinavam na piscina do Fluminense quando a do Flamengo estava quebrada na primeira metade do ano de 88. Sabia que não tinha chances na eliminatória de 88, mas acabei treinando com o Cicero Torteli (grande nadador que me ajudou muito a entender o que era treinar forte) e acabei melhorando muito meus tempos. Nadei muito bem aquele inverno todo, eliminatória, inter-federativo, Finkel, juvenil de inverno, e em agosto quando a turma estava se preparando para ir para Seul, mandei uma carta para dois clubes americanos. Tinha também começado a faculdade e tinha sentido a dificuldade de continuar a treinar no nível que estava no inicio do ano. Foi aí que decidi mudar para os Estados Unidos, onde estou até hoje….

3- Em janeiro de 1989 você fez 1:06.59 nos 100P e em dezembro de 1990 você fez 2:21.67 nos 200P, recorde brasileiro absoluto. Nos meus resultados, foram esses seus melhores tempos. Você lembra bem dessas duas provas? Conta o que você pensou quando chegou, se você gostou do tempo na hora.

No ano anterior acho que estava nadando melhor e tentei nadar os 200P para bater o recorde e foi uma das minhas piores mortes que o Cacá me passou e fez 2:22 (N do A: trata-se da Tragédia do Ibirapuera). Aquilo me marcou e no próximo TB queria simplesmente tocar na frente! Lembro que tinha chegado dos EUA na Terça-feira e o 200P eram na quinta feira. Não estava com muita expectativa, mas lembro de me sentir muito tranquilo fazendo algo como 1:10/1:13 pela manhã e estava ansioso para ver como ia ser a noite. Lembro da prova, lembro também que estava conversando com alguém a respeito de alguma coisa que não tinha nada a ver com a prova que estava quase na hora de ir nadar quando me chamaram pois não estava no banco de controle, saí correndo e não tive muito tempo para concentrar para nadar. Lembro também que quando a prova começou o Mitropoulos saiu bem e eu temia o que havia acontecido no TB anterior, aí segurei a barra para tentar voltar em cima do Jaime. Deu certo, fiz 2:21.67 com uma chegada horrível mas fiquei feliz. Eu adorava competir (em tudo que fazia) e claro que fiquei feliz com o tempo, mas estava mesmo feliz em saber que eu ainda sabia nadar os 200P. Acho que só me dei conta do que havia batido o recorde brasileiro absoluto quando o paraninfo da prova foi o Maviael Sampaio, um cara que sempre foi um ídolo no meu início no Flamengo. (N do A: essa prova foi descrita aqui, e veja a foto desse pódium com o Maviael na galeria).

4- Imagino que quando você fez esses tempos em 1989 e 1990, com muito tempo ainda faltando para 1992, você achava que dava para pegar a vaga para as olimpíadas de Barcelona, correto? Você treinou esse tempo todo com esse sonho olímpico? Quando caiu a ficha que realmente o sonho olímpico escapou?

Em 1990 quando fui muito bem e os índices ainda estavam muito longes eu já sentia que o sonho olímpico era muito difícil, e em em 1992 já não tinha muita fé em alcançar qualquer índice. Nesta época era óbvio que minhas melhores provas eram muito fracas em relação ao ranking mundial. Ou seja, eu estava lá na seletiva olímpica do Fluminense mais para nadar e rever os amigos. É claro que queria nadar bem, mas lembro claramente que não tive nenhuma decepção com meus resultados. Aliás concordo com o Lelo: aquela seletiva de 1992 foi das piores competições da minha vida.

5- Eu me lembro de você comentar que lá nos EUA você era considerado melhor de (400) medley do que de (200) peito… Será que o índice de 400 medley não era mais viável?

Verdade, meus técnicos nos EUA sempre valorizaram mais meus 400 medley do que os 200P. Mas lembro também que na época (depois do Djan e do Pradinho) os 4:30 em longo eram raríssimo. Acho que fiz 4:31 uma vez no Brasil, fiz um monte de 4:33 e nos EUA, fiz 4:27 e fui desclassificado, fiz uma tomada de tempo e fiz 4:29.14 nadando sozinho. Este foi meu melhor tempo oficial, mas mesmo assim lembro dos índices na casa dos 4:25, e depois que fiz os 4:27 fui ver o índice e era por volta de 4:19. Ou seja, nunca tive uma expectativa grande em alcançar esses índices.

6- O segundo semestre de 1992 você deu uma largada, e chegou bem mal no TB de dezembro de 1992 no ECP. O que aconteceu? Foi ressaca olímpica?

Apesar de não ter tido um real sonho olímpico, acho que por causa do ano olímpico fiquei um pouco decepcionado com o meu nível do peito e dos 400 medley. Acabei focando simplesmente no calendário universitário e vim nadar o TB sem polir ou raspar. (N do A: ainda bem, acabei com o bronze 🙂 )

7- Daí em 1993 você ainda estava nadando bem, e no Finkel pegou seu último bronze e de lá foi para as universíades de Buffalo (a qual eu também fui, fotos na galeria). Foi sua despedida? Digo isso porque no próximo TB, jan 1994, você já não estava.

Depois dos meus quatro anos nadando por Alabama, faltavam 9 créditos para me formar. Adorava competir, mas cansei de treinar. Ou seja, o meu último Finkel, o de 93 já foi meio forçado. Depois da Universiade eu parei por uns meses até que o Daltely me convidou para nadar minha ultima competição pelo Flamengo, o TB de 94. Eu já estava dando treino de natação na universidade para os atletas mais novos do high school que treinavam lá. No meio dos treinos rompi a musculatura do quadríceps e tive que parar de treinar por dois meses (pelo menos de nadar peito – e nessa época, já não tinha saco de treinar para os 400medley). Ou seja, o objetivo de voltar para o TB seria simplesmente para nadar os 100 e 200 peito e talvez os 200 medley. Mas sem poder nadar peito, a ideia de voltar ao Brasil para competir pela ultima vez desapareceu. (N do A: sei que não devo comemorar a contusão do adversário, mas eu peguei o bronze, então…)

8- Como foi sua transição de nadador para coach de tenis?

Acabei me formando e decidi ficar para fazer um pós-graduação, mas como ia pagar a pós? Consegui uma bolsa como manager do time de tênis. Fazia um pouco de tudo, encordoava raquete, ajudava a organizar os treinos, comandava um pouco da parte física e às vezes batia bola com os caras do time. Foi ai que a paixão pelo tênis renasceu (tenho foto minha tendo aula de tênis no Minas Tênis aos 7/8 anos).

9- Você nadou toda a sua carreira pelo Flamengo, correto? Soube que lá hesitaram em te colocar na calçada da fama, mas depois cederam aos fatos e acabaram colocando você na lista. Ficou alguma rusga lá? Você se sente rubro-negro?

Comecei no Minas Tênis onde nadei dos 7 aos 10 e dos 10 aos 23 nadei pelo Flamengo. Fiz muitos amigos que mesmo passando anos fora, quando volto ao Brasil, sempre tento ver. Ou seja, se houve algo contra colocar meu nome na calcada da fama, não iria reclamar não. Talvez ficar magoado por ter nadado tantos anos pelo clube e verem outros nomes reconhecidos, mas não tive conhecimento nenhum deste problema e agradeço de coração quem lembrou do meu nome depois de tantos anos (NdoA: 15 ouros, como iriam esquecer?). Me considero rubro-negro, pois meu inicio no Minas apesar de ter sido excelente (ainda tenho amigos do Minas de quando comecei a nadar), foi simplesmente isso, um inicio. A maior parte da minha vida competitiva foi no Flamengo!

10-Você se sente realizado na carreira ou faltou algo?

Realizado? Acho que sim, tive uma adolescência saudável e brinco ate hoje que tive minha vida antes do acidente e depois do acidente. Acho que passei a observar a “vida” de maneira diferente depois do acidente. Fiz muitos amigos, viajei para lugares que provavelmente não iria aos 18, 19…22 anos, consegui uma bolsa universitária através da natação e outra através do tênis e agora (depois de 10 anos mexendo com marketing internacional e vendas) joguei tudo para o alto e faço o que gosto ensinando outros um esporte, que (como a natação) pode ser feito a vida inteira. Continuo com meu amor à água através dos mergulhos e às vezes vou lá e dou uma nadada, só pra ver se ainda lembro, mas nunca passo de 2 mil! Nos últimos anos quando tem um tempinho, eu e minha mulher vamos mergulhar. Para mim é um escape do dia-a-dia incrível, tanto que ano passado completei meu treinamento para ser instrutor de mergulho. Não penso em fazer isso como carreira, mas ver uma pessoa respirar debaixo d’água pela primeira vez é muito legal…..

Finalizando esse post, lanço o desafio: existe outro alguém com 15 ouros individuais de Finkel e TB que nunca foi olímpico?

Hermeto, todo o meu RESPECT, e se você não foi olímpico, azar da olimpíada!

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

41 comentários em “O maior (não olímpico) vencedor de brasileiros.

  1. Rodrigo M. Munhoz
    1 de junho de 2015

    Grande ‘Mineiro’ ! Não fazia ideia dessas 17 vitorias TB/JF… respeitável realmente. Gostei de ler as respostas dadas: Todas me pareceram muito articuladas e conscientes e ao mesmo tempo sem arrependimentos (no regrets). Gosto disso e talvez deva mesmo ter a ver com a maneira leve que o Hermeto tinha de ver a vida.
    Lembro do susto quando ouvi do Acácio (da Almap – agencia da Kibon) a notícia do acidente de onibus e depois de encontra-lo de cabeça raspada e cicatriz no Rio em algum evento que fomos. Realmente algo mudou depois daquilo e o cara ficou ainda mais fera. Treinava muito e com muita inteligencia, pelo que me lembro. Também perdi muitas provas de 100 peito dele – e este post deixa claro que não há nenhum demérito nisso, espero :-)…
    Interessante essa foto da propaganda da Kibon usada no post. Alguns diziam que era eu (por conta do oclinhos bolha), mas acho que era o Hermeto mesmo, por causa da orelha. Bons tempos!
    Grande abraço pro Alex e parabéns ao Renato pela pesquisa ‘de cabeça’!

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Munhoz, além de 100P temo dizer que você perdeu vários 200P e 200M também…

      A pesquisa não foi apenas de cabeça, tenho alguns resultados impressos também, principalmente até 1990.

      E na primeira vez que bati o olho na foto tive certeza de ser o Hermeto, não pela orelha, mas pela posição da cabeça no nado de borbola. Evidentemente posso estar enganado.

  2. Lelo Menezes
    1 de junho de 2015

    Excelente entrevista. O Alex “Mineiro” Hermeto foi um dos nadadores que eu mais admirei na natação brasileira na nossa época. Além do talento dentro d’água, era um cara muito bacana. Alias me lembro muito bem do papo que tivemos no TB de 90, quando ele me deu várias dicas sobre a vida americana (eu já estava de viagem agendada para treinar por lá).

    E como disse no meu último post, ele não ter ido aos jogos é uma demonstração clara que nossos critérios de convocação eram ridículos e injustos. Como um atleta que tem 17 ouros individuais nas duas principais competições nacionais não é convocado para representar o Brasil na maior competição de todas? Um verdadeiro tapa na cara da meritocracia.

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Lelo, acho que o Hermeto tinha condições de ter ido, mas não depois daquela horripilante seletiva que vocês fizeram. Outro dia eu assisti e – acredite – não foi nada bonito de ver…

  3. Jorge
    1 de junho de 2015

    Excelente…só gostaria de ressaltar a pessoa sensacional que o Mineiro é, sempre atento dando dicas preciosas, papos bacanas, força para quem não ia bem…fez muita falta quando parou!

    • Jorge Fernandes
      1 de junho de 2015

      bom saber que tem outro Jorge com a mesma opinião que eu… kkkk
      o Mineiro (gostava de chamar de vez em quando de “Mineirim”, sem ser pejorativo) é 10, 100, 1000…
      mesmo tendo dividido raia por poucos anos, sempre foi pessoa exemplar, participativa, de grupo mesmo.. foi ótimo ler essa entrevista e matar minha curiosidade do porque do Tenis ter entrado na vida dele… sem contar de saber que continua bem de saúde e aproveitando a vida…
      sucesso cada vez mais Mineiro (escute-se no íntimo: “Mineirim”)…
      abraços saudosos…

      • rcordani
        2 de junho de 2015

        Boa JLLF. Imagina o que ele joga de tenis hoje em dia!

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Verdade JMR, nunca nadei no mesmo clube, mas a impressão que dava era essa mesmo.

  4. Cristiano Michelena
    1 de junho de 2015

    Que saudade docê sô!

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Castor, o sr ainda está no UK? Não volta mais para a terrinha?

      • Cristiano Michelena
        2 de junho de 2015

        Nunca diga jamais…. Mas jamais.
        Alguém tem que morar aqui pra receber os amigos turistas. Eu faço o sacrifício.

  5. Flávio Amaral
    1 de junho de 2015

    Que bela entrevista e reportagem.

    Acho que nenhum repórter profissional faria melhor.

    Parabéns.

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Valeu Flávio, com relação aos repórteres profissionais, digamos que eu tenha vantagens competitivas em fazer entrevistas com nadadores de 200 Peito das décadas de 80-90 – hehe…

  6. Alexandre Hermeto
    1 de junho de 2015

    Cordani, primeiramente gostaria de agradecer o que considero um grande elogio. Mas confesso que o número de medalhas não é o ponto mais importante que lembro e sim as amizades que mesmo à distância (morando fora por tanto tempo) ainda permanecem forte. Claro que não deu para manter um contato com todos, mas a lembrança dos companheiros de piscina sempre trazem a memória de uns tempos inesquecíveis e muito felizes! E lembrem, quando visitarem a Flórida, me avisem! Abraço a todos!

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Grande Hermeto, bela carreira, belo legado. Abraços

  7. Fernando Cunha Magalhães
    1 de junho de 2015

    Minha dúvida é se aquela mala do Brian Rogers ainda está no armário.
    Hermeto, companheiro de sulamericano, de Copa Latina, de passeios pela Europa.
    Grande figura, craque das águas e que parece ter encontrado um belo equilíbrio para viver bem e curtir a vida.
    Forte abraço.

    • Fernando Cunha Magalhães
      1 de junho de 2015

      Cordani,
      naquela foto do macrociclo para Seoul dá para marcar o Ali, técnico do Picinini e o Reinaldo.

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Mala do Brian Rogers? Essa você vai ter que explicar! (incluirei o Ali)

      • Fernando Cunha Magalhães
        22 de junho de 2015

        Manja o velho hábito de trocar alguma coisa pessoal com outros atletas de outras equipes, tipo pins, camisetas, etc??? Então, certa vez o Mineiro trocou uma bolsa de natação, que eu equivocadamente tratei por “mala”, de Mission Bay. Era muito legal, mas veio com o nome do sujeito escrito grande, com aquelas canetas que a tinta não sai de jeito nenhum: BRIAN ROGERS. Por um tempo eu até o tratei por Brian… é isso.

  8. Roberto Veirano
    1 de junho de 2015

    Renato, parabéns pelo excelente artigo!

    Mineiro, foi um grande prazer dividir a raia contigo nos tempos de Flamengo. Saudades daqueles tempos… Que bom escutar notícias suas e ver que você continua o mesmo cara nota 10 de sempre. Um grande abraço,

    • Oscar Godoi
      1 de junho de 2015

      Parabéns Hermeto ( pois nunca tive intimidade para chamar de mineiro) uma fantástica pessoa que serviu de inspiração, lembro me de uma vez onde foi até a arquibancada onde você estav sentado só para dar lhe a mão e pessoalmente lhe falar quanto vc havia me inspirado, e você foi super simpático e atencioso com um muleque que estava apenas começando. Grande carreira e paraense pelos sucessos também depois da natação como instrutor e empresário no ramo do tênis nos EUA. Grande abraço

      • rcordani
        2 de junho de 2015

        Boa Oscar. Uma vez, quando ganhei o JD, aquele do acidente que ele não participou e que possivelmente teria ganho, ele veio me dar parabéns, fiquei contente na ocasião.

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Veirano, que devia treinar lado a lado nos idos de 1983-1984-1985, e a partir de 1986 viu o bicho disparar, correto? Abraços

      • Roberto Veirano
        4 de junho de 2015

        Isso mesmo, treinávamos juntos e depois… o resto é história! Depois do período americano então, acho que nem a marola mais eu via.

        O Mineiro era muito bom no surfe também. O pessoal do Flamengo deixava as pranchas na casa do Emanuel na Barra (ainda existe aquele posto Shell?). Eu ia de vez em quando, mas era adepto mesmo do velho e bom jacaré – acho que até nisso eu era peba.

        Abraços

      • rcordani
        6 de junho de 2015

        “Peba”, francamente Veirano, essa alcunha está sub-judice devido à essa prata (aqui).

  9. Carlos Araujo
    1 de junho de 2015

    Uma coisa que muito poucos saber e’ que comecei a nadar por causa do Hermeto. Minha irma casou com um dos tios dele e assim tive a oportunidade de ve-lo competir quando ainda era Bem novo. Lembro que fiquei deslumbrado quando o vi competir uma vez e ele ganhou uma medalha de “ouro”. Foi ali que falei pra minha mae que eu queria nadar igual ao “Caca’ da Ana”. Poucos sabem, mas o apelido do Hermeto original e’ Caca’!!! Frequentei muito a casa dele em Angra e sempre o admirei. Lembro do acidente e um algo que nao foi comentado aqui, Mas o Hermeto tirou gente de dentro do onibus, mesmo estando machucado. Foi um susto enorme e ficamos torcendo muito pra sua melhora que felizmente veio. Competir com ele na mesma prova foi algo que nem mesmo sonhava, mas tive a honra de fazer por poucos anos.

    Grande artigo. Prova que a turma do peito continua forte, mesmo depois de tantos anos! Caca’, um abraco do primo torto!

    Caca’

    • rcordani
      2 de junho de 2015

      Eu sabia que vocês tinham laços familiares, e eu sempre pensei que o Araújo seu era o mesmo que o dele (agora vejo que não é).

      Aliás, eu e o Lelo tínhamos o costume de chamar nossos adversários pelo nome do meio, no caso ele era o Araújo e o sr era o Victor, com o “c” bem pronunciado.

      “Cacá da Ana”, boa alcunha para o Hermeto doravante – hehe.

  10. Cassiano Leal
    2 de junho de 2015

    Grande Mineiro! Cara muito gente boa, apesar de pouco ter convivido com ele, até porque nadávamos poucas provas juntos, ou melhor, só os 400 medley. A viagem para a Universíade de Buffalo foi muito legal.
    Me lembro de minha melhor prova dos 400 medley, no internacional em Santos. No costas abri bastante dele e no peito ele não só meu pegou como abriu um monte. Quando virei no crawl só vi a perna dele batendo pra depois da bandeirinha. Saí feito um louco atrás dele e consegui ganhar nos últimos metros. Graças a este estímulo fiz meu melhor tempo da vida, fechando os últimos 100 para 56”.
    Grande abraço Hermeto!!!

    • rcordani
      3 de junho de 2015

      Boa Cassiano, viu as fotos aí em cima? Faz tempo…

  11. Luiz Alfredo Mäder
    3 de junho de 2015

    Como o Renato, passei uns 5-6 anos tentando ganhar do Hermeto, mas pela entrevista percebo que quanto mais eu treinava, ele tbém estava treinando … 😉
    A verdade é que ele sempre foi muito sorridente e simpático comigo na banqueta.

    Mesmo assim vou deixar meus protestos pelo resultado do JF89 mencionado na tabela.

    • rcordani
      3 de junho de 2015

      Quem não entendeu o comentário do LAM precisa notar o asterisco na tabela e ler esse post.

      De qualquer forma, eu estava aqui fazendo uns cálculos, e infelizmente você iria ficar em oitavo naquele dia, LAM.

      • Luiz Alfredo Mäder
        3 de junho de 2015

        vou mandar um e-mail prá Lisbeth com estes seus cálculos, creio que ela não hesitará em te ensinar a contar novamente

      • Lelo Menezes
        3 de junho de 2015

        A chance do LAM ter ficado em 8o naquela Final é de 98,79%

  12. Alvaro Pires Vreco
    3 de junho de 2015

    Boa Renato. Este post estabelece uma certa justica c a grande carreira q o Mineiro teve. E certamente p os q conviveram c ele muitos anos, nao foram os tempos e colocacoes q marcaram. Foi a lembranca do cara agregador, alegre e q mesmo qdo foi p os USA continuou dando um valor enorme p o time do Fla. Uma vez numa determinada festa de JF no Rio (devido ao meu alto teor alcoolico) esse cara resgatou meu carro e levou na minha casa. Foi bem legal ver a entrevista do Mineiro e vale destacar q o moco tem talento pros esportes realmente. Joga muito bem futebol tb (meio fominha mas joga muito bem) e nao me surpreende q agora a bola da vez seja o tenis. gr ab em todos, em especial ao homenageado do post

    • rcordani
      6 de junho de 2015

      Valeu Vreco. Essa festa creio ser JF 1991.

      Sobre futebol, uma pena não termos medido forças nesse outro esporte, quem sabe os paulistas não acabavam ganhando alguma coisa sobre os cariocas? (ja que na água, na época, a balança pendia para vocês…)

      No JUBS do Maranhão (1989) na praia do Calhau teve um jogo (aquele que o Esmaga quebrou a perna), acho que acabou configurando um “paulistas contra rapa”, e não me lembro quem ganhou, mas seria capaz de apostar que fomos nós… alguém lembra desse jogo?

  13. Julio Rebollal
    6 de junho de 2015

    Caros Amigos, mais um excelente post!

    Tive a honra de conviver com o Mineiro nos meus tempos de Flamengo.

    Vi esse atleta incrível crescer e disparar. Realmente uma grande injustiça não ter sido convocado para uma Olimpíada.

    Ele fez sua parte. Acontece que, como tudo no Brasil, os critérios são muito flexíveis: tem o critério do índice, tem o critério de completar o revezamento, tem o critério da verba disponível para levar atletas, tem o critério político, e por aí vai…

    Caro amigo Hermeto (era assim que eu o chamava): parabéns por sua carreira como atleta! Parabéns pelo seu lado humano que esteve e está sempre presente!

    Fica aqui o meu sincero abraço!!

    P.S. 1: Vou lembrar do convite da Flórida. Quem sabe não seremos vizinhos?

    P.S. 2: Onde anda Marco França? Perdi totalmente o contato. Quando vou à Praia de Ipanema, estaciono sempre em frente à casa dos pais dele, na Aníbal, mas não lembro do apto. Na próxima, vou perguntar ao porteiro…

    • rcordani
      6 de junho de 2015

      Valeu Julinho. Em primeiro lugar, feliz aniversário.

      Quanto aos critérios olímpicos, depois da lambança de 1984 (corte do Roger, vai-não-vai da Patrícia), os critérios eram bem conhecidos a partir de 1988, e (salvo uma polêmica por causa de índices conseguidos fora do Brasil em 1992) não houve muito erro e política nas convocações olímpicas, estou enganado?

      • Julio Rebollal
        7 de junho de 2015

        Obrigado Cordani pela lembrança do meu aniversário.

        Só posso me posicionar até 1992, mas essa é uma conversa que vou deixar para o nosso encontro no Campeonato Mundial Peba de Jacaré!

        Deixo claro que não estou desmerecendo ninguém, mas a injustiça com o Hermeto ilustra um pouco isso.

        Abraços e parabéns pelo excelente post!

  14. Pingback: O inacreditável Castor (16) no Pan de Indianápolis | Epichurus

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