A continência dos atletas “militares” no Pan causou polêmica. Escrevi militares entre aspas porque esses atletas, na sua maioria, não são militares de carreira. Ninguém ali quer ser cabo, sargento ou general. Esses atletas são na verdade patrocinados pelos milicos. Recebem um turu, bufunfa, grana mesmo.
Os esquerdolóides (fãs do PT) criticaram a postura como se tivesse conotação política, um apoio aos militares ou se preferir, uma crítica ao governo Dilma (que convenhamos merece todas as críticas do mundo). Balela!
No outro lado do espectro, muita gente elogiando a atitude, foram patriotas. Um “brinde” a nossa tão bonita bandeira. Balela também!
Para mim não foi nem um, nem outro. São poucos os atletas politizados (Joanna Maranhão a parte) e nada mais patriota do que os olhos marejados no pódio ao ver nossa bandeira subir, mão no peito e tal. Não precisa a continência para mostrar respeito a bandeira.
O que rolou ali foi propaganda do patrocinador. Nada mais, nada menos. Igual seria usar um boné do Correios, ou nesse caso, um boné do Exército. Só que hoje isso é proibido então acharam uma outra maneira criativa de levar o nome do patrocinador ao pódio. Simples assim!
Se foi espontâneo ou uma ordem do patrocinador continua obscuro, mas no fundo não importa. Eu não gostei da tal continência porque não acredito nessa espontaneidade. Acho que alguém mandou e os atletas acataram. Tudo pra garantir o leite das crianças…
Os militares precisam estar fardados para prestar continência à bandeira ou ao hino.
invenção nada a ver, na minha opinião.
Sobre este tema, achei interessante o depoimento do Henrique Martins, publicado no “blog do Coach”: http://sportv.globo.com/site/blogs/especial-blog/blog-do-coach/post/mensagem-do-nadador-henrique-martins.html
Abraços!
Interessante o depoimento, mas recebi uma mensagem, em off, de um atleta militar dizendo que foi ORDEM sim bater continência no pódio. Está inclusive no regulamento militar!
abs
Lelo,
Parabéns pelo texto, concordo com tudo que você escreveu.
O texto do Henrique Martins explica bastante bem a situação:
“…o alto escalão do Exército/Marinha ficaram orgulhosos e passaram a apoiar mais ainda o programa de alto rendimento”
Não consigo imaginar nada menos transparente do que usarem verbas do ministério da defesa para promover ações do ministério dos esportes.
Isto Num momento que está faltando bala para treinamento militar…
Valeu Xandoco! Fato mesmo essa bizarrice dos milicos patrocinarem atletas. Coisa de Brasil mesmo!
brasil. Forças Armadas inoperantes com tedio. Não tem dinheiro pra bala mas paga Salário pra contingente inutil.
aqui no Brasil não tem guerra, desde os anos 60-70 o Exército ajuda a sociedade civil, construíam estradas no Projeto Rondom, atendem as regiões atingidas por catástrofes climáticas, agora apoiam o esporte de alto rendimento.
nunca fui militarista, pelo contrário, mas fico contente em ver a entidade envolvida na vida civil, pacificamente.