Histórias da temporada que culminou com a competição em que conheci o Maracanã
O ano de 1983 foi bastante movimentado e já rendeu cinco posts anteriormente publicados aqui no Epichurus: Vasco da Gama 1983 – meu primeiro Julio de Lamare , Atento, curioso e fascinado , Eu sou meia nove, e você? , Quebrando a barreira de 1 minuto e 4:23am – pi pi pi
Interessante que ainda encontro boas memórias não relatadas, que vou dividir a seguir no derradeiro post sobre essa temporada.
Dois Head Coaches
Glauco Putomatti era técnico principal da equipe do Clube Curitibano em 1982 e no final do ano a comissão técnica foi reforçada por Leonardo Del Vescovo, vindo do Clube do Golfinho.
No início da temporada de 1983 ficou definida a estratégia para o ano e a equipe foi dividida. Glauco ficou responsável pela equipe masculina e Léo por toda a equipe feminina e mais quatro rapazes, que na avaliação da comissão técnica, não tinham condições de acompanhar o treino masculino.
Eu passei no crivo e fiquei com o Glauco. Entre os eleitos para treinar com as moças estava Renato Ramalho, que de tão bagunceiro, estava sempre desfocado e vinha acumulando resultados ruins.
Essa divisão durou pouquíssimo tempo já que poucos meses depois o Glauco recebeu um convite para trabalhar em São José dos Campos e deixou Curitiba com suas Mercedes, Renata e Cristiane.
A breve experiência, entretanto, provocou uma mudança de conduta e encheu de significado as antes angustiantes sessões de treinos para o Renato. As consequências, boa parte dos leitores já conhece, e certamente eu vou explorar em posts futuros.
Fundista por crença e opção
Passei a treinar com a equipe de fundo e nadava habitualmente as provas de crawl e costas. Estava no primeiro ano como Juvenil A, alcançava posições intermediárias nas competições regionais e estaduais surgiu uma nova rivalidade com Fábio Storelli, do Clube do Golfinho, nas provas de 200m aos 1500m livre.
Tanto eu como o Léo, acreditávamos que o melhor futuro para mim estava nas provas de fundo.
Estadual no Clube do Golfinho
Os 1500m ainda não eram disputados em brasileiros nem estaduais por atletas Juvenis A. Cheguei nesta competição ainda sem índice para o Campeonato Brasileiro, mas consegui em todas as provas que tentei – 100m, 200m e 400m livre, 100m e 200m costas – não fui ao pódio em nenhuma individual, mas carimbei o passaporte para conhecer o Parque Aquático Julio de Lamare.
Julio de Lamare no Julio de Lamare
A equipe do Curitibano seguiu para o Rio com um número reduzido de atletas: Andrea Maranhão, Gustavo Pinto, Renato Ramalho, Felipe Malburg e eu.
Junto conosco foram Marcia Resende, Glaucia Lunkmoss e Newton Kaminski que disputariam o Troféu Brasil na semana seguinte.
Ganhamos um upgrade do clube e ao invés da hospedagem no CEFAN ficamos no Hotel Bragança na Avenida Mem de Sá, próximo aos Arcos da Lapa.
Na véspera da competição, uma soltada na bela piscina do Botafogo.
Renato Ramalho, Felipe Malburg, Gustavo Pinto, Eu (de boné), Marcia Resende, Andrea Maranhão, Glaucia Lunkmoss e Newton Kaminski. Foto Marisa Cremer.
E no dia, a grande satisfação de conhecer e competir no Parque Aquático Julio de Lamare e a grande atração, ver o MAGALHAES, F escrito naquele placar eletrônico sensacional.
Melhorei minhas marcas pessoais em alguns décimos, mas passei longe das finais. O Renato idem. Já a Andrea, Felipe e Gustavão foram a uma, duas e três finais, respectivamente, com belas performances, mas não conseguiram medalhas.
Ocorreu um fato curioso foi no último dia: o Gustavo havia ficado como 1º reserva na prova de 100m livre e nenhum colega nadaria na última etapa. No Maracanã, que fica no mesmo complexo esportivo, estava rolando Vasco x São Paulo e resolvemos ir em direção ao estádio para tentar ver alguma coisa. No caminho, o anúncio do alto falante convocando o 1º reserva para nadar a prova. Voltamos correndo. Gustavão nadou sem aquecimento, fez 59s03 e confirmou o 8º posto. Voltamos ao objetivo inicial, fomos entrando sem encontrar ninguém que pudesse nos perguntar algo e de repente, estávamos na antiga faixa de cadeiras azuis, acima da geral do Maraca, nos acomodamos e ainda vimos 2 gols da vitória são-paulina por 3×1, com direito a ver Roberto Dinamite, Careca e Valdir Perez em ação. Muito legal!
Esse foi meu 4º campeonato brasileiro em 5 anos e em nenhum deles algum atleta do Curitibano subiu ao pódio.
Avaliem minhas performances em relação aos vencedores da minha categoria:
PROVA |
EU |
VENCEDOR MASCULINO |
100m livre | 1m00s80 | André Pereira 56s20 |
200m livre | 2m10s80 | André Pereira 1m59s |
400m livre | 4m33s | André Pereira 4m15s51 |
100m costas | 1m07s94 | Glauco Casimiro 1m02s71 |
200m costas | 2m29s66 | Glauco Casimiro 2m16s94 |
Ou seja, PEBA!
Outra comparação dura é com os tempos da Patrícia Amorim que ganhou as provas femininas com 59s56, 2m07s50 e 4m23s56.
Imaginem que perspectivas eu tinha?! E para o Renato não era diferente. E aqui farei um parênteses no relato sobre essa competição porque penso em técnicos que acreditam em atletas dedicados que ainda estão longe, muito longe dos melhores de suas categorias e sugiro que mostrem esse texto para eles acreditarem e seguirem firmes nos treinos. Digo isso porque 11 meses depois o Renato foi campeão brasileiro pela 1ª vez, 13 meses depois – campeão sulamericano e eu, 3 anos depois eu venci o Troféu Brasil pela primeira vez. Fecha parênteses.
UAU!!!
Acompanhar a competição com aquele placar eletrônico era muito mais interessante e lembro-me claramente de 4 provas em que os resultados extraordinários arrancaram um UAU!!! do público presente:Já na 1ª etapa, Patrícia Amorim foi a 1ª atleta Juvenil A a nadar abaixo de 1 minuto – 59s91. Na final baixou o recorde para 59s56, tempo abaixo do recorde do Juvenil B;
Disputas Eletrizantes
A prova de 400m livre no Juvenil B foi algo de outro mundo para a época. Na edição anterior, Luiz Osório Anchieta Neto havia vencido com 4m07s. Nesta edição, duelou e impôs a única derrota da competição a um inspirado Julio Rebollal. O novo recorde, 4m00s69, fechando com 58s. Foi sensacional!
Outra muito boa foi a virada de Lauro Ongarato sobre Roberto Fiuza Neto nos metros finais dos 200m medley Juvenil A.
Dilúvio no início da noite de sábado
A última prova individual da etapa de sábado era os 1500m livre Juvenil B masculino. Na altura dos 700m o tempo fechou rapidamente e começou um temporal. O vento levou guarda-sóis e placas metálicas da sulamérica seguros – patrocinadora do evento – para dentro da piscina. A prova seguiu até que caiu a luz interrompendo a cronometragem eletrônica e deixando os atletas no breu. Perplexidade!
Eles nadaram novamente antes da etapa final do domingo. Luiz Osório venceu mais essa com outro recorde.
Com pouco descanso, virou presa fácil para o troco de Julio Rebollal nos 200m livre. Outro recorde com 1m55s10.
Clube do Golfinho em ascensão
Mesmo sem repetir os dois ouros da edição anterior, a equipe do Golfinho cresceu muito em finais e aumentou o número de pódios: Grackzyk foi prata nos 1500m e bronze nos 400m livre. Eduardo de Poli foi bronze nos 200m livre e prata nos 100m borboleta e 400m livre (e também seria nos 200m borboleta, não fosse a desclassificação), Flavio Gomel e Tufo foram bronze nos 200m borboleta e 200m peito, respectivamente.
E muita gente melhorou os tempos. Storelli que havia disputado pau a pau comigo durante a temporada, lá me deixou longe e fez final nos 200m e 400m livre, marcando excelentes 2m06s e 4m23s (2m13s – 2m10s). Fiquei boquiaberto.
Pódio dos 400m livre – juvenil A – ouro André Pereira, prata Edu De Poli, bronze Lauro Ongarato. Fabio Storelli em 5o, Rogerio Yoshimoto em 6o, Fralda em 7o.
Eficiências
Os dias eram de muita glória na família Amorim. Patrícia levou a eficiência no Juvenil A e Paula no Juvenil B.
No masculino Fiuza e Rebollal levaram os troféus. 4 sinais dos tempos de ouro da natação carioca.
Pontuação
A Gama Filho conquistou o bi-campeonato, seguida do Flamengo e Fluminense. Depois do Pinheiros o Botafogo, ou seja, 4 cariocas entre os 5 melhores clubes da competição.
Outros resultados
Confira abaixo os resultados de algumas provas. Infelizmente não temos de todas. Vacilo meu quando scaneei as Aquáticas de Renato Cordani alguns meses atrás.
E você, nadou o Julio de Lamare de janeiro de 1984? Convido-o a deixar nos comentários alguma lembrança dessa grande competição.
Forte abraço,
Fernando Magalhães
Smaga, minha lembrança maior é da grandiosidade do JD destacando, claro, aquele enorme placar eletrônico.
Também faço das suas palavras as minhas sobre acreditar no potencial. Acredito que fiquei em PENÚLTIMO nos 200 costas, piorando muito minha marca (como sempre, minha memória não me deixa lembrar tempos desta época). No final daquele mesmo ano (Juixz di Fora?) perdi acho que só do Lazzarini na mesma prova.
Criei coragem e coloquei duas fotos desta competição no álbum do Facebook ACEL anos 80-90.
Lembro também um pouco destas provas que você citou, inclusive o negativa split do Luis Osório, talvez uma inspiração para minhas estratégias futuras no 200 back.
Abraço a todos.
Sim, sim, Piu,
em dezembro teve o JD de Juiz de Fora.
Não lembrava que vc havia sido prata por lá, mas lembro perfeitamente sobre nossas disputas no estadual daquele ano, nos 100 e 200m costas e 200m medley.
Inclusive tem uma passagem engraçada de uma conversa com o Mader que contarei em posts futuros.
Agora, essa evolução em 11 meses de 2o de trás pra frente, para 2o de frente para trás foi sensacional.
Caro Esmaga, que post primoroso! Incrível mesmo é você lembrar de tanta coisa “de longe” (com essa visão de expectador fascinado), sendo que anos depois você seria um grande protagonista nesta mesma competição. Bacana ver que sua dedicação deu resultado, portanto é boa sua dica de mostrar este texto aqueles atletas dedicados que não chegam imediatamente onde querem. A paciência obviamente é uma boa virtude.para o atleta as vezes…
Não fui neste JD, mas lembro de ouvir histórias do Glauco (que mais tarde foi nadar em Bauru) e da Patrícia (já em grande acendência).
Ah: E o testemunho da vitória do tricolor no Maracanã coroa seu texto perfeitamente. Um vez fiz algo parecido durante uma competição, mas nem lembro o jogo que rolou. Assitir jogos naquele monstro era muito doido. Abração! .
Obrigado Munhoz,
gosto muito de ler as análises que vc faz dos meus textos.
E o Glauco foi incrível naquela competição. Por que será que a evolução cessou e ele parou cedo?
bicho, a tua memória assusta!!!! quantos detalhes…
não nadei este campeonato, foi meu último brasileiro infantil no ibirapuera.
bacana, para variar, voltar no tempo…
abs
Obrigado Dadão, por estar sempre acompanhando essas viagens no tempo!
Rapá, que memória…eu não lembrava nem do tempo, quanto mais que fiz negativo.
Espetacular post, como sempre. Realmente a piscina do JD é especial.
Abração
Esqueci de dizer quando nos encontramos no clube que era para vc ler esse post… mais 2 ou 3 contarei sobre nossa sensacional disputa na Copa Sul América.
Por acaso vc tem imagens ou fotos de lá?
Fala Smaga !
Seu post faz a gente buscar essas boas lembranças lá do fundo.
Também foi minha primeira vez no JD e acho que também não peguei nenhuma final. Fiquei quase 15 segundos atrás do Glauco nos 200 costas.
Quanto ao placar, lembro-me que comemorei por alguns segundos quando cheguei nos 100 costas na eliminatória achando que havia melhorado muito, mas logo em seguida fiquei constrangido ao ver que o Freitas que tinha feito na casa dos 1:07 era o Clovis de Freitas e não eu (devo ter feito algo como 1:09).
No caso do ECP, ficamos no CEFAN – boas bagunças nesse local também……
Grande abraço,
henrique americano / banana
Alô Banana,
de fato, temos ali os resultados dos 100m e 200m costas e vc não está entre os finalistas de nenhuma das duas. Era PEBA que nem eu!
Quanto ao Clóvis Freitas, ficou em 6o nos 100m com 1m07s00.
No CEFAN nós ficamos em Janeiro de 83, como contei no post “Vasco da Gama 1983 – meu 1o Julio de Lamare” e sem dúvida, boas lembranças de lá.
Seus PEBAS! E o Clóvis de Freitas hoje atende pelo apelido de Coy, e foi da seleção brasileira de pólo por muitos anos.
Dessa eu não sabia… até que passei perto dessa final.
Muito bom Esmaga! Eu já escrevi sobre essa competição no post sobre a piscina do JD (aqui), tem até uma foto. Transcrevo o trecho abaixo:
“Mas o meu amor pelo local iniciou na segunda competição em que ali estive, e dessa nem participei! Pouco mais de um mês do péssimo MB citado acima, fui assistir a minha irmã no Julio de Lamare de janeiro de 1984. Os nascidos em 70 (como eu) passaram de categoria e já podiam nadar na categoria juvenil A, mas eu era peba, peba, peba de doer e obviamente não tinha índice. No entanto, era tão apaixonado por natação que, de férias, acompanhei diariamente os treinos duplos da equipe de cinco atletas do Paineiras: Adriana Ruggeri, Marina Cordani, Carlos Dudorenko, Luiz Claudio Toledo e Paulo Tibério, e vi com muita alegria a Adriana obter a medalha de prata (200 Peito), o Toledo obter o bronze (200 Costas) e a Marina obter a quarta posição nos 400 Medley. Eu passei os quatro dias da competição curtindo o local, principalmente no lugar que eu mais gostava: aquela piscininha coberta e gelada. Ainda assisti na íntegra o Trofeu Brasil na semana seguinte e tome mais tirinhos submersos na piscininha gelada. Pensando em retrospectiva, creio que foram nesses oito dias de curtição do parque aquático JD vendo os ídolos de perto que me convenci que eu ia treinar o máximo possível para tentar ser um daqueles seres míticos que pegavam final de brasileiro, como por exemplo a minha irmã. Eu sequer tinha o sonho de conquistar uma medalha de brasileiro como o Toledo e a Adriana, isso parecia uma meta impossível para um mega peba como eu.”
De qualquer forma, não podemos dizer que meus ídolos na época eram Fernando Magalhães, Rogério Romero ou mesmo Henrique Americano pois todos eram PEBAS!
Sem os PEBAS, como perceber que os craques eram craques?
Piu, Henrique e eu não éramos ídolos mas também fomos fundamentais para sua inspiração.
Fernando e quem iria imaginar que 30 anos depois disso o parque aquático Julio de Lamare seria fechado para demolição com especulação comercial e depois enfrentaria uma guerra envolvendo toda a comunidade aquática e milhares de simpatizantes de todos os lados contra o governo do estado do RJ. No fim ganhamos essa guerra e a reabertura se dará nesta segunda dia 4/11, veja como será: PROGRAMAÇÃO DA REABERTURA DO PARQUE AQUÁTICO JULIO DE LAMARE – 4/11/13- 2ª FEIRA
10:30h – Cerimônia de abertura com execução do Hino Nacional e palavra das autoridades
10:45h – Saltos Ornamentais
Fluminense: Juliana Veloso, Tammy Galera, Renato Leite e alunos da escolinha;
APOE: Ana Paula Shalders, Dayane Couto, Jessica Hillary, Natali Cruz, Nicoli Cruz e Renato Alcântara
11:15h – Nado Sincronizado
Flamengo: 1 equipe, 1 solo (Giovana Stefan) e 1 dueto (Giovana e Lorena)
Combo Fluminense
Equipe Júnior do Fluminense
Tijuca: 1 solo (Thaphynis Mylka) e 1 dueto (Bia e Branca)
11:45h – Aula de Hidroginástica
Alunos da professora Begun da Suderj
Grande Djan, ótima notícia.
Chegou o dia da reinauguração e o JD ainda servirá por muitos anos a nossa sociedade.
Parabéns por liderar e vencer essa batalha.
Um abraço,
Fernando
Excelente Maga!! Realmente esse foi um campeonato especial para mim!
Quanto aos 400 livre juv B, lembro que na eliminatória o Grazyk, com aquela mania de perguntar para todo mundo: “Vai pra quanto?”, obteve como resposta: “Vou para 4:09” respondi. O cara ficou meio branco e eu nadei para 4:09 (desculpe, mas não dá para lembrar do décimos e centésimos, só você…).
Na final Luito arrebentou: passou com 2:00 e voltou com 2:00! Eu nadei a minha prova: 2:01 e voltando com 2:01. Saí da piscina tão feliz que parecia que eu é quem era o vencedor!!
Quanto aos 200 livre. ele realmente foi prejudicado pelo adiamento dos 1500. Porém eu mudei minha estratégia de prova: não dobrei, nadei negativo. Nadei 90 metros controlando os adversários, principalmente o Luito, e dei um tiro de 110m. Quando o Osório percebeu, já era tarde, mesmo para um nadador raçudo como ele.
Aquele placar realmente era fascinante…
Parabéns mais uma vez.
Em tempo: enviei as fotos da dentadura pra o Lelo.
Abraços.
Julinho,
imagina eu, que tinha 2:10 nos 200 assistindo isso tudo.
Você parecia de outro mundo!
Muito bons esses detalhes aí e não posso deixar de frisar que além dessas performances, você ainda nos brindou com 2.09 de medley e de costas, e um espetacular 4.36 nos 400m.
Obrigado, pelos comentários, pelos parabéns e por esses shows inesquecíveis.
Obrigado Maga! Parabéns pelo post!!
Excelente Esmaga! Sua memória realmente é impressionante! Eu ainda era Infantil B nessa época e também extremamente PEBA. Bom ver o nome do amigo que não vejo a décadas, Alexandre Vecchi, 4º nos 200m Peito.
Valeu Lelo!
Tenta achar o Vecchi no FB.
Capaz de gostar do blog.
Uma das coisas que mais me impressionam no Epichurus são os detalhes das histórias. Que memória prodigiosa Esmaga!
Um comentário sobre o parêntese: realmente seria legal que a garotada PEBA (e respectivos técnicos) lesse o texto, especialmente naquela fase formativa em que os tempos não melhoram conforme o esperado. Por outro lado, como conciliar as expectativas sem incorrer no efeito “basta acreditar” do posts anteriores?
As ótimas lembranças do parque aquático Júlio de Lamare me fazem pensar nas outras piscinas país afora que marcaram época. A piscina do Clube Internacional de Regatas em Santos, palco do Finkel da inflexão, com certeza é uma delas delas, assim como o Baby Barioni e o Ibirapuera na capital paulista.
Abraços
Então Sidney, acredito que não.
Não basta acreditar para ser campeão olímpico mas basta acreditar para melhorar bastante.
Parar nessa fase por resultados ruins pode desperdiçar o talento de um Rogério Romero, alguns anos mais tarde esse risco não existe mais.
Quanto às piscinas, certamente muitas marcaram.
Você já leu o post “Piscinas e assombrações” do Munhoz, sobre a parte triste dessa história?
Legal Esmaga, concordo plenamente. Aliás existe uma tendência natural de valorizarmos o talento, enquanto deveríamos igualmente premiar o esforço e a persistência.
Acabei de ler o artigo das piscinas. Incrível imaginar que tenhamos tão poucas instalações à altura dos nossos atletas! Obrigado pela dica.
Abraços
Valeu Sidney, abração!
Muito bom, Smaga! Nesse eu não fui. Estava no primeiro ano de juvenil B e meu técnico achou melhor concentrar no polimento para o TB. Muitos resultados importantes e muitos monstros sagrados que repetiram suas vitorias uma semana depois. Eu era magrelo, não ia agüentar duas pauleiras seguidas. E o Minas estava começando a entrar na briga por equipes no TB. Abs.
Legal Cristiano,
acho que é a 1a vez que ouço sobre um 1o anista do Juvenil B abrir mão de nadar o JD para focar no TB. Vi o Castor não polir e nadar peludo no 1o ano, mas pular o campeonato? É, ainda não tinha visto.
Eu nadei esse Julio de Lamare e lembro de ter comemorado bastante as medalhas da Adriana e do Luiz Toledo. Lembro também de ter ficado impressionado com os fortes tempos dos vencedores das provas na minha categoria, porém nem lembro que provas eu nadei. Deve ter sido 200 borboleta e 400 livre.
É Charles, pena só termos os tempos dos finalistas.
Charlão nadou apenas os 400L, e estava um pouco baleado por causa de uma dor de ouvido lazarenta. Fez algo em torno de 4.36. Porém no domingo andando por Ipanema achamos uma travessia que Charlão se increveu e ganhou apesar de não ter levado oclinhos, deixando a prata com o Vechi.
Travessia em Ipanema?
Bacana, nunca fiz uma dessas.
Pingback: Raspar ou não raspar? Eis a questão « Epichurus
Pingback: Até 2014. « Epichurus
Pingback: Troféu Brasil de 84 – finalmente, o Curitibano no pódio « Epichurus
Pingback: 1984 « Epichurus
Só quem foi, ou melhor, quem é, atleta tem propriedade para expor os fatos com tanta paixão e lucidez! Digo “é” por que nunca deixaremos de ser nadadores por convicção e paixão!! Brilhante Fernando! Nadar o master em meio aos amigos que, por conta da exigência de tempo, passávamos mais tempos na infância/adolescência juntos do que com a própria família, não tem preço! Ver meu nome ali nos 200m peito foi de arrepiar! Me permita contar uma breve história…
Desde que (re)comecei a nadar, já no master tive 02 oportunidades de nadar naquela que, na minha opinião, ainda não tem concorrentes, nem o Maria Lenk! O panamericano Master de 2011 e estadual carioca de verão de 2012! O maravilhoso placar já não existia mais! Somente seu esqueleto de concreto! Fora substituído por um cartaz de propaganda do governo estadual….!!! Fiquei triste, mas as lembranças que aquele ambiente, aquela piscina me traziam meio que entorpeceram minha razão!! Estava feliz demais só por estar ali!!! Após isso o pesadelo começou….. As obras de reforma do Maracanã começaram e o PAJD seria completamente DEMOLIDO para construção de um (pasmem) estacionamento para quem fosse assistir os jogos da copa!!! Iniciou-se uma campanha regional que acabou ganhando força nacional (até a CBDA interveio)! Resultado: Salvamos o PAJD da destruição física, mas infelizmente a “demolição” administrativa vem nos impossibilitando de ter novas emoções naquela piscina. Intransigências da SUDERJ e outros fatores administrativos emperram qualquer possibilidade! Mas em agosto deste ano terei a oportunidade de ter novas emoções e alegrias voltando a nadar na piscina que disputei o brasileiro de 1985 – Clube Curitibano! Vou participar, pela Gustavo Borges do Troféu Êxito Arte! Também tenho algumas raridades no estoque… dá uma olhada nesse álbum do FB que chamei de “Museu da Natação”!
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.440217522673847.110991.100000568083136&type=3
Espero lhe ver no Exito Arte,
Grande Abraço
Carlos E V Seda
Alô Seda,
muito obrigado pelos elogios e comentários.
Realmente o Parque Aquático Julio de Lamare é um lugar muito especial.
Tive a felicidade de ganhar o Troféu Brasil ali em 89 e sempre gostei muito de competir ali.
Basta em qualquer transmissão de jogo de futebol termos uma câmera aérea para ativar as boas memórias.
Sobre a vitória na decisão não demolir o Parque Aquático, o Epichurus apoiou a causa e tivemos alguns posts em que o assunto foi discutido.
Quando tiver um tempo, vale a leitura.
Espero que a SUDERJ deixe de churumelas e libere a piscina.
Nos veremos, sim, no Êxito Arte e melhor, defenderemos a mesma equipe de revezamento.
Será um prazer.
Abraços.