Quando eu soube em 2007 que a Copa seria no Brasil, fiz as contas e descobri que meus filhos teriam 15 e 10 anos. Planejei tirar férias, alugar uma kombi e viajar pelo Brasil com a família para ver os jogos e curtir o país.
Como acabei passando um ano na Califórnia, não tive como tirar férias durante a Copa e os planos acabaram sendo um pouco diferentes, mas a vontade de viajar pelo Brasil com as crianças permaneceu (ainda que de forma mais suscinta).
Nesse espírito, ontem fomos para Brasília. Lembrei-me da primeira vez que fui para a capital, em dezembro de 1993 fazer exame médico para meu primeiro (e único) emprego, namorada nova (casei com a mesma), treinando para o que deveria ser meu último TB e finalmente “virando gente grande”, entrando como geofísico júnior em uma empresa de prospecção mineral cuja sede era em Brasília. Naquele dia de 1993 fiz um giro pelos principais monumentos, os quais revi ontem com meu filho e foi muito legal. O mesmo torceu para a França, já eu era nigeriano desde criancinha.
Sem mais delongas, vamos aos HH e LL.
HL:
A cidade de Brasília: os monumentos estavam super bem cuidados, destaque para a Catedral e toda a Praça dos Três Poderes, que estavam lindas de dia e (sobretudo) à noite.
A Copa: nigerianos, franceses e pessoas do mundo inteiro estavam naquele estádio, em uma confraternização sem par.
A coragem do time da Nigéria, foi para cima da França e só não marcou por incompetência técnica.
A frieza do time da França. Dominados no início pelos nigerianos, esperaram passar o ímpeto africano e aos poucos retomaram o controle da partida e venceram sem muitos problemas.
A Marselhesa, em que pese acusações de xenofobia, as quais eu desconhecia até o episódio Benzema.
O verde: todo mundo que era torcedor do Goias, do Guarani ou (principalmente) do Palmeiras tirou a camisa da gaveta e vestiu em homenagem à Nigéria. Em determinados momentos, me senti no Palestra Itália…
LL:
O estádio é muito bonito e tals, talvez exageradamente íngreme, mas… será que precisávamos mesmo gastar 1,6 bilhões em um estádio para 70 mil pessoas em uma cidade em que não há time de futebol de primeira linha (nem de segunda?). Acho que não (link).
Não quero ser negativista, mas esse LL é tão forte que ficará como único.
Confira abaixo as fotos da jornada.
E que venha o próximo jogo, Copa é Copa!