EPICHURUS

Natação e cia.

Dias de glória para o Clube do Golfinho

Troféu Julio de Lamare em Curitiba, no Clube do Golfinho. O primeiro dos meus três anos de categoria Juvenil B. O objetivo de voltar a uma final de campeonato brasileiro após 3 anos. Saibam o que aconteceu, relembrem fatos marcantes e a performance sensacional do clube anfitrião.

O campeonato brasileiro de juvenis trouxe importantes mudanças em sua edição de 1985. A primeira foi a organização do programa de provas. A partir dessa edição, definiu-se uma sequência que era repetida nos quatro dias das mais importantes competições do calendário da natação brasileira. Rapidamente, todos os atletas e técnicos tinham o programa na ponta da língua, fosse num brasileiro de categoria – de inverno ou verão, Troféu Brasil ou Troféu José Finkel.

Outra novidade foi a inclusão da prova de 50m livre, para as categorias Juvenil A e B, provas de 400m medley para Juvenis A de ambos os sexos, 800m livre para meninas e 1500m para rapazes, também juvenis A.

O programa ficou assim:

1º DIA

2º DIA 3º DIA 4º DIA

800m livre

200m livre 400m livre 1500m livre

200m peito

400m medley 200m medley 100m costas
200m borboleta 4 x 200m livre 50m livre

100m peito

200m costas 4x100m livre

100m borboleta

100m livre

4x100m medley

Para mim essa programação pareceu bastante boa. A opinião mudou um pouco quando eu consolidei minha participação em finais e tinha que nadar 4 vezes 200m livre no segundo dia.

Não havia bloco de partida na cabeceira oposta da piscina, fato que prejudicava a saída dos atletas e o tempo final, mas mantinha a igualdade da disputa e os primeiros campeões dessa prova foram Maruza Silva e Debora Frochtengarten do Flamengo, Rodrigo C. Barros do Paineiras e Edson Silva do Grêmio Náutico União.

Um ano após o baixo nível técnico da competição de Juiz de Fora, recordes voltaram a ser quebrados. Os maiores pontuadores foram Regina Menezes do Fluminense, Marcelo Grangeiro do Paulistano, Patricia Amorim do Flamengo e Eduardo de Poli do Golfinho.

CLUBE DO GOLFINHO

Nossos arquirivais do Clube do Golfinho prepararam-se em alto estilo para receber os 600 atletas de todo o Brasil. Muito mais do que a preparação da estrutura, a equipe evoluiu de forma impressionante e confirmou a previsão do técnico Reinaldo Souza Dias em sua entrevista para o Jornal Aquática, em Juiz de Fora, um ano antes – sagraram-se vice-campeões, somente atrás do Flamengo, que naquela altura tinha uma equipe numerosa e imbatível.

Naqueles dias de competição, a equipe do Clube do Golfinho escolheu uma casa para concentrar todos os rapazes e outra para as meninas. Os pais organizaram-se, mais uma vez no suporte para garantir que o que vinha sendo plantado há anos se realizasse na piscina, e os resultados foram incríveis:

  • Oito atletas conquistaram medalhas de ouro em provas individuais – Roberta Storelli, Joyce Wabeski, Claudia Sprengel, Alice de Poli, Felipe e Cristiano Michelena, Ivan Ziolkowski e Eduardo de Poli;
  • Cinco conquistaram medalhas de prata – Patricia Koglin, Betina Kleiner, Carla Sprengel, Fabiano Costa e Luiz Fernando Graczyk;
  • As meninas juvenis A ganharam os 3 revezamentos e os rapazes do juvenil B venceram o 4x200m livre;
  • Fizeram três dobradinhas, nos 800m livre juvenil A feminino, 400m e 1500m livre juvenil B masculino;
  • Eduardo de Poli ganhou 4 medalhas de ouro e uma de prata, e além de maior pontuador da competição, ganhou o melhor índice técnico da categoria.
Edu 85 JD aquecendo

De Poli, aquecendo para mais uma final.

 

CLUBE CURITIBANO

Nossa equipe também teve uma evolução, embora os mesmos medalhistas da edição anterior. Ficamos em 9º lugar na pontuação geral com Cezar Antunes chegando as finais nas provas de borboleta, Renato Ramalho conquistando o bi-campeonato na prova dos 400m medley e a medalha de prata nos 200m medley, mesma prova em que Felipe Malburg ficou com o bronze, mesmo lugar no pódio da prova de 200m peito.

A minha participação também foi digna de nota. Veremos logo mais.

EPICHUREANOS NAS FINAIS

Na época eu ainda não conhecia Renato Cordani, mas ele veio a Curitiba e garantiu presença em três finais nas provas de 200m peito e 200m borboleta no primeiro dia e 100m peito no último dia da competição.

MEU PACTO COM O LAM

Relembrando, nosso objetivo traçado na lanchonete do Sport Club Juiz de Fora era chegar a final nesta competição, ao pódio no segundo ano de categoria e nos tornarmos campeões brasileiros no terceiro ano de categoria.

Infelizmente, Luiz Alfredo Mader teve uma lesão na coxa esquerda na semana da competição, nadou mal e não chegou às finais, o que não significava que não estivesse em evolução, fato que ficará comprovado nos relatos do Troféu Brasil de janeiro de 1986.

Eu nadei 100m, 200m e 400m livre e as três provas de revezamento.

100m LIVRE

Nadei a eliminatória na raia 2, ao lado de Marcelo Vaccari – o que para mim foi uma honra. Dosei um pouco mal o ritmo, mas consegui manter a vantagem conquistada no parcial e cheguei na frente dele. Fiz 54s98 – melhorei meu tempo em 0s99 e garanti o 7º tempo para a final. Foi incrível: objetivo atingido já na primeira prova – 3 anos depois, eu estava de volta a uma final de campeonato brasileiro.

Na final cai ao lado de Luiz Fernando Graczyk, que para ajudar a pontuação da equipe havia nadado os 200m costas, nadei bem melhor que na eliminatória, melhorei para 54s75, cheguei em 6º e pela primeira vez na vida, ganhei do Grackzyk.

Na concentração para irmos ao pódio ele disparou – “pena que não vale o tempo da eliminatória” – e eu – “É, pena”. Depois conferi o resultado e descobri que ele havia feito 54s72 de manhã – recorde estadual da categoria.

Ouro para Julio Rebollal do Vasco da Gama, com 53s49, prata para Edson Silva do GNU, com 53s89 e bronze para Paulo Fernando Almeida do Minas Tênis Clube, com 54s24.

Mais um fato que mostra a velocidade com que a natação do nosso estado estava evoluindo: dois meses antes quebrei o recorde estadual de juvenis B com 55s97, naquela mesma noite, Cristiano Michelena conquistou o bronze na prova dos juvenis A com 55s66.

200m LIVRE

No segundo dia de competição estava contente e confiante que chegaria a uma nova final. Melhorei meu tempo, nadei para 2m01s, mas não foi o suficiente.

A tarde, assisti incrédulo o Edu nadar para 1m55s65 e superar o recordista da prova, Julio Rebollal.

400m LIVRE

Não tinha grande expectativa para a prova. Nadei relaxado, fiz 4m21s e me surpreendi em chegar a segunda final individual – 8º tempo, raia 8 e posição mantida na final.

REVEZAMENTOS

Pela primeira vez passamos pelas eliminatórias nas provas de revezamento. Foi muito legal participar daquelas finais junto com meus amigos. No 4 x 100m livre, uma história bastante curiosa, que merece um post exclusivo e contarei em breve.

RESULTADOS

JORNAIS DA ÉPOCA

Gazeta do Povo e os resultados do 1o dia.

Gazeta do Povo e os resultados do 1o dia. Dobradinha da Robertinha e Pati Koglin. Marcado na arquibancada, meu pai e sua Canon. Acervo Família Magalhães.

Gazeta do Povo e os resultados do 3o dia.

Gazeta do Povo e os resultados do 3o dia. Acervo Família Graczyk.

Tribuna do Paraná e os resultados do 4o dia

Tribuna do Paraná e os resultados do 4o dia. Acervo Família Michelena.

Essas são minhas memórias deste campeonato bastante especial.

Você esteve lá? Divida com os leitores do Epichurus suas recordações.

Forte abraço,

Fernando Magalhães

Fim de ano, na premiação do Clube Curitibano, como o Renato Ramalho ganhou o diploma de atleta do ano, herdei o Destaque da categoria Juvenil B, mas quem merecia mesmo era o Felipe Malburg.

Fim de ano, na premiação do Clube Curitibano, como o Renato Ramalho ganhou o diploma de atleta do ano, herdei o Destaque da categoria Juvenil B, mas quem merecia mesmo era o Felipe Malburg.

Sobre Fernando Cunha Magalhães

Foi bi-campeão dos 50m livre no Troféu Brasil (87 e 89). Recordista brasileiro absoluto dos 100m livre e recordista sulamericano absoluto dos 4x100m livre. Competiu pelo Clube Curitibano (78 a 90) e pelo Pinheiros/SP (91 a 95). Defendeu o Brasil em duas Copas Latinas. Foi recordista sulamericano master. É conselheiro do Clube Curitibano.

41 comentários em “Dias de glória para o Clube do Golfinho

  1. rcordani
    10 de novembro de 2014

    Muito bom Esmaga, grande túnel do tempo, no meu segundo melhor brasileiro de categoria.

    A equipe do Paineiras foi muito bem, ficamos no Aladim de novo, e a gente tinha a “mania” de nadar melhor o brasileiro do que o Paulista. A Adriana ganhou os dois ouros de peito, o Rodrigo ganhou seu primeiro e único título brasileiro (um ano depois ele iria para o Polo Aquatico, creio eu que foi um equívoco esportivo) e eu cheguei a disputar o pódium dos 200 peito, ficando em quinto a 1.19 do bronze. 1.19 é bastante, eu sei, mas era inimaginavelmente próximo, dava para acreditar! (Dois anos depois eu nadaria com a mesma turma e faria pouco mais de 10s a menos e ganharia o título do juv B.). Rodrigo pintou o cabelo de loiro e chamou bastante atenção.

    Nos revezamentos a gente também pegou final, menos no 4×200. Nadamos o 4x100L com Jorge Taiar, Fabio Mello (Arara), Rodrigão e eu. Não lembro o que eu nadei no 4 estilos, mas acho que fui de peito e o André Nose de borbola, com o Rodrigão de costas e o Arara de crawl. VImos o CAP de Grangeiro, Salsa, Dalton e Carioca ganhando três medalhas.

    Classifiquei nos 200 borbola, mas fui DQ nos 400 medley, o que me retirou um recorde paulista e uma final (com o tempo da eliminatória eu teria ficado em quinto). Compensei com uma inesperada final nos 100m peito.

    O ECP teve uma má temporada, acho que praticamente só a Mayra Kikuchi foi bem, aliás, foi muito bem.

    Belas recordações, para mim um Julio de Lamare inesquecível!

    • Fernando Cunha Magalhães
      11 de novembro de 2014

      Cordani,
      O tamanho do Rodrigo para um juvenil A realmente impressiona.
      Além disso, um título brasileiro nos 50m livre – de fato você tem argumentos para avaliar a decisão como equívoco esportivo.
      Achei bacana vc classificar a competição como “seu segundo melhor brasileiro de categoria” – não teve JD em dezembro de 88? Ficamos um ano sem brasileiro juvenil e vc não teve chance de defender seu título?

      • rcordani
        11 de novembro de 2014

        Exatamente, não houve JD em 1988.

        Sobre o Rodrigo, ele foi muito bem no Water Polo, foi seleção brasileira e tal, mas acho que na natação poderia ter ido além (apesar de não ter evoluído muito em 1986).

        E ele era (é) tão grande que seu apelido é Rodigest.

  2. Rodrigo M. Munhoz
    10 de novembro de 2014

    A Equipe do Golfinho era na minha visão de jjovem nadador, algo admirável. E a visão do Edu De Poli nadando sem oclinhos nem touca era algo de botar medo. Mas a torcida e a presença deles era sempre garantia de animação – coisa que não vejo muito em competições de hoje em dia.
    Não fui para este campeonato, mas vejo nomes de vários futuro amigos como Marcelo Grangeiro – praticamente uma lenda em São Paulo, Cicero Tortelli, Felipe Michelena… são divertidas essas lembranças, Esmaga!
    Abratz!

    • Fernando Cunha Magalhães
      11 de novembro de 2014

      Munhoz,
      nesse época, depois de 6 anos assistindo as performances do Edu, eu tinha certeza que ele iria até o recorde mundial. Ele era impressionante.
      E lembrar é realmente muito legal.

  3. Lelo Menezes
    10 de novembro de 2014

    Sensacional Esmaga! Essa competição me marcou muito, não apenas por ter sido meu 1o Julio Delamare, mas também pela mudança de mentalidade que eu tive. Foi essa competição que me fez “migrar” de querer medalhas bonitas para de fato sonhar com títulos.

    Grangeiro morava na minha casa e três fatos dele nesse JD eu lembro bem: A facilidade que ele ganhou os 1500m, a sua derrota na batida de mão nos 200m Borboleta e o Trófeu de Melhor Índice Técnico.

    Me lembro bem da prova de 50m Livre também, onde o Sérgio “Carioca” Bretzel Martins levou a prata atrás do Rodrigo Barros. Me lembro do cabelo oxigenado dele! De fato chamou a atenção.

    Incrivelmente não lembro dos meus tempos ou performances. Lembro que fiquei chateado de não ter nadado o 4x100m Medley que acabou ficando em 4o. O William optou pelo Enio e fiquei chateado, sonhando que se fosse eu que tivesse nadado, o revezamento teria levado medalha.

    Me lembro dos 2’29 do Felipe Michelena nos 200m Peito que foi uma das performances que mais me impressionaram na vida.

    Enfim, só boas recordações.

    • rcordani
      10 de novembro de 2014

      Interessante que o CAP ganhou do ECP nessa competição, deve ter sido uma das únicas vezes que isso aconteceu em JD.

      Quanto ao peito, o sr está equivocado, o Enio era Juv B e quem nadou o peito no Juv A foi o Carioca, que era naturalmente bem melhor do que o sr. Dalton de costas, carioca de peito, grangeiro de borbola e salsa de crawl.

    • Fernando Cunha Magalhães
      11 de novembro de 2014

      Os 200m peito naquele dia foram impressionantes mesmo.
      Primeiro esse tempaço do Felipe.
      Logo depois, o Cicero aparece com aquela parka de Mission Viejo, manda incríveis 2m24s e ao lado, o Fafá nada uma prova super-agressiva e quebra a recorde paranaense absoluto e conquista a prata com excelentes 2m26s.

  4. Ricardo Firpo
    10 de novembro de 2014

    E eu que pensava que tinha boa memória!
    Eu jurava que o Júlio tinha tirado o primeiro nos 100L – juv B, e o Michelena o segundo!! E tb achei que o Peixe (Marcelo Cruz) ou o Hélio – um dois, nadadores de golfinho – tinha feito aquela final.
    Também não lembro se ou porque não nadei os 50 – talvez não tenha feito o índice, não lembro. Mas o Hélio nadou a prova. E acabei vendo meu nome no reveza dos 100L, coisa que também não lembro…..
    Na verdade, inicialmente, lembro que este campeonato foi uma grande frustração para mim. Lembro que ficamos num hotel do centro, ao lado do hotel do CRF e do BFR (episódio do fogo!-fogo!); que estava calor no dia dos 100L; que esperava fazer um tempo em torno dos 54’6, suficiente para chegar embolado pelo meio da final; e que minha irmã nadou o torneio como Juv A.
    Naquele dia, na elim. dos 100, eu passei muito mal a manhã toda, causado por um café da manhã que não estava acostumado. Como já falamos aqui, a minha preocupação nutricional era uma piada, e meu costume era um pequeno suco pela manhã e mais nada. Talvez tenha sido isso, talvez não…. mas o certo é que não deu para fazer nem o aquecimento. Só fui melhorar lá pelo final da manhã, depois de alguns remédios para indisposição e colocar todo aquele café do hotel para fora…. Duas vezes.
    Nadei a elim na última série, passei fraco e mal, e peguei 2º reserva, com o exato tempo que tinha feito no carioca. E como 1º reserva, o “Parrudo” (Ronaldo Herzenhault, do CRF), que também não fez um bom tempo pela manhã, e poderia ter feito um bom tempo na final.
    Nos 50L, nem eu, nem o “parrudo”, nem o Marcelo Vaccari, estivemos na final…. Pq? Não lembro, apesar de nossos tempos na final do Carioca (25’12 – 25’09 – 25’15, respectivamente). Estes tempos davam final do campeonato.

    • rcordani
      10 de novembro de 2014

      Firpo, você, o Julio e o Cícero eram do FFC, não? Por que em 1985 você e o Julio estavam no CRVG e o Cícero no CRF? Vejo que o FFC continuava com uma boa equipe, principalmente moças.

      • Ricardo Firpo
        10 de novembro de 2014

        Júlio e Cícero sempre foram do FFC, eu é que fui para lá em 1981. Na época, como o presidente do clube tinha sido nadador, tínhamos o interesse do clube.
        Mas no final de 1983, após uns dois anos ruins de futebol profissional, o novo presidente passou a ser o Manoel Schwartz, que passou a dar grande importância para o futebol, montando um time campeão. E a natação “desandou” um pouco. Como o Ricardo Moura foi para o CRVG, e eu estava com ele desde o Tijuca TC, resolvi ir também.
        Se não me engano, Júlio ficou no FFC em 84, mas veio para o Vasco em 85. Já o Cícero, preferiu ir para o CRF.
        Porém, no Vasco, quem mandava – na prática – era o Eurico Miranda. Esse mesmo que vc deve ter ouvido falar.
        O início foi bom, mas, numa época de inflação altíssima e pouca vocação para administração, vc pode imaginar como terminou….
        Como disse o “Pancho” na sua entrevista, rolava muito amadorismo nos clubes, e, muitas vezes, uma grande “politicagem” entre os dirigentes dos clubes. Não parece que tenha mudado muito.

    • Fernando Cunha Magalhães
      10 de novembro de 2014

      Firpo,
      você abriu o 4x100m livre, levou o ouro e não lembra?!?!
      É isso mesmo??? Cadê a foto do pódio e da medalha?
      Manda aí que eu coloco no post.

      Duro isso de passar mal no dia da prova. Tenho uma passagem marcante dessas – ainda vou contar por aqui. Esse seu 54″6 teria complicado minha vida, mas ainda estaria na beira da final.

      O Helio foi antes para o Vasco, Julio depois, mas foi mesmo uma pena ver aquela equipe do FFC ser dividida. Quanto a esse tal investimento no futebol, o Fluminense levou de uma vez só o Washington e o Assis do meu Atlético-PR.

      • Ricardo Frip
        11 de novembro de 2014

        Realmente, não lembro disso…. a única coisa que me marcou foi passar mal no dia. Acho que isso me marcou demais. Não tenho nada guardado, pelo menos impresso. Lembro um grande número de detalhes deste campeonato, todos não relacionados as minhas provas, mas resultados são um branco total…. E para mim, eu tinha até fechado o Vasco B!
        Mas para me ajudar: Onde foi o TB de 86? Foi em Minas? ou houve um outro TB no Golfinho?

      • rcordani
        11 de novembro de 2014

        O TB de 1986 foi no parque aquático Julio de Lamare. O de 1987 foi em BH. No Golfinho o TB foi em 1988.

      • Ricardo Firpo
        11 de novembro de 2014

        Obrigado por reavivar minha memória. É que os TB em janeiro confundem.

  5. Vreco
    10 de novembro de 2014

    Boa Esmaga ! Lembro de algumas coisas dessa competicao. Lembro tb do cabelo pintado e de ter me surpreendido c a derrota do Gilberto naquela final. Lembro do Grangeiro nos 400L nao sei pq. Lembro de ter ficado surpreso c os resultados do Golfinho e do De Poli. Vendo os resultados e tempos acho q a equipe do Flamengo nadou bem melhor no carioca (pelo menos no Juv A). Nos 50, 100, 200 e 400L por exemplo o resultado do carioca foi melhor. O Manu cresceu no brasileiro mas os outros cairam do carioca. Lembro do Pinho falando p mim q tinha feito o melhor tempo na elim dos 100L mas q ia perder na final pro Gilberto exatamente como no carioca. Tentei anima-lo mas n teve jeito e foi igual ao carioca mesmo. Vi tb um monte de gente q depois desses tempos de 85 n evoluiu mais e parou de nadar cedo em menos de 2 anos. O ultimo dia no hotel foi um completo caos, neguinho fez muuuita M. No meu caso nadei soh os 200L e piorei 2s em relacao ao carioca mas soh o fato de eu ter participado do meu primeiro JD depois de 2 anos horriveis jah foi uma vitoria. Fiquei careca e carreguei muita bolsa de veterano … hehe.
    abs

    • Fernando Cunha Magalhães
      10 de novembro de 2014

      É mesmo Vreco, lembro que o Flamengo raspava a cabeça dos calouros.
      Cada equipe e suas tradições. Para nós, aquilo era uma loucura.

      A competição foi muito forte no Juvenil A – lembramos do Grangeiro porque o cara mandou muito bem. Até a edição de 83 o recorde dos 400m livre era 4m17s. Em jan84, André Pereira fez 4m15s, em dez84 o Edu fez 4m12s e um ano depois o Grangeiro 4m10s00 – foi absurdo.

      E lembro que os tempos do carioca haviam sido melhores. O Fiuza também era especialista em nadar melhor por lá.

    • rcordani
      11 de novembro de 2014

      Incrível o Gilberto fazer 54 e não conseguir meter 25 nos 50, era falta de experiência na prova mesmo!

      Agora, eu estava pensando aqui, vários medalhistas desse JD, incluindo dois JUV A menos de três anos depois estavam disputando as olimpíadas:

      Edu de Poli, Julio, Cícero, Manu, Castor, Romero, Patrícia, Vladimir. São OITO, esqueci alguém?

      Pergunta: onde estavam Monica Rezende e Isabelle Vieira, que deviam ser juvenis nesse JD e foram às olimpíadas? Seriam PEBAS nessa época?

      • Fernando Cunha Magalhães
        11 de novembro de 2014

        Esqueceu o Renato Ramalho.
        A Bele estava em ascensão e ainda era PEBA, ganhou o primeiro título nacional no ano seguinte ainda como Juvenil A. Será que em 85 ela ainda era infantil?
        Ela é 71 ou 72?
        A Monica nunca foi PEBA, era top desde o Maurício Bekenn.
        Se não está no pódio, por algum motivo não veio a Curitiba.

      • Lelo Menezes
        12 de novembro de 2014

        A Bele é 71. Na verdade achei que fosse 70, mas 72 tenho praticamente certeza que ela não é

  6. LAM
    10 de novembro de 2014

    Este desempenho fantástico do Golfinho em 85 foi um dos responsáveis pelo desempenho do Curitibano em 89, nada como ter adversários de peso para melhorar cada vez mais…

    • Fernando Cunha Magalhães
      10 de novembro de 2014

      Com certeza LAM,
      nesses dias, essa performance magnífica como equipe parecia inatingível, mas também chegamos lá!

  7. Cristiano Michelena
    11 de novembro de 2014

    Magapedia meu caro….
    Odeio informar seu raros relapsos, mas JD 85 pra mim só bati na trave! Nenhum ourinho ao contrário do meu mano Felipe que detonou!
    Segurar Granja e a máquina flamenguista não estava fácil.
    Super abraço!
    Castor

    • rcordani
      11 de novembro de 2014

      Castor, sua correção ao magapedia vai ficar para a próxima: o sr. levou o ouro nos 100 borbola!

      • Fernando Cunha Magalhães
        11 de novembro de 2014

        É Castorzinho, aquela vitória na raça, com 59s3, no primeiro ano de categoria foi incrível.
        No ano anterior o Edu havia sido o primeiro juvenil A a nadar abaixo de 1 min no JD.
        Aí você chega e quase bate o recorde.
        Eu estava apoiado na grade ali atrás e pelo jeito, só pra mim e pro Cordani foi inesquecível.

      • Cristiano Michelena
        12 de novembro de 2014

        Putzz…
        Esqueci que um dia nadei borboleta…

      • Fernando Cunha Magalhães
        12 de novembro de 2014

        Daquele 57s95 no ano seguinte em POA, abrindo um corpo da galera, você também esqueceu?

  8. Leonardo Michelena
    11 de novembro de 2014

    Eu era infantil na época, mas me lembro muito bem da agitação que foi no Golfinho nesse brasileiro. Até ajudei um pouquinho na organização do evento (vendendo camisetas da competição e outras pequenas tarefas). Adiciono três lembranças: 1) os 400 medley que o Felipe Michelena nadou, virando costas por último e catando todo mundo no peito. Não me lembro a colocação final dele; 2) o Cristiano Michelena tomando oxigênio na ambulância por ter nadado sei lá quantas provas no mesmo dia; 3) O Design e comunicação visual da competição foi feito por nosso tio Joca (João Carlos Rosito).

    • Fernando Cunha Magalhães
      11 de novembro de 2014

      Caríssimo Leonardo,
      Esses parciais de peito do Felipe nas provas de medley foram antológicos, quase se afogava no costas e voava no peito. Prata nos 200m e bronze nos 400m. Provas vencidas por Perricone.
      Quanto aos itens 2 e 3, novidades para mim.
      Boas informações.
      Abraços meu amigo.

    • Ricardo Firpo
      11 de novembro de 2014

      Então não foi o único que “apagou”. pq a Betina tb apagou na final do peito. Acho que foi na dos 200, mas com o resultado aí de cima, pode ter sido na final dos 100. Alguém lembra disso?

    • Cristiano Michelena
      12 de novembro de 2014

      Tio Joca sempre presente! Ô saudade!

  9. Julio Rebollal
    12 de novembro de 2014

    Bem amigos, eu também lembrava pouco dessa competição, mas com tantos detalhes a memória foi voltando.

    Como já comentei em outro post, 1984 e 1985 foram anos de mudanças e adaptações.

    O começo de 84 foi excelente para mim. Depois veio o racha na equipe do Flu. A história foi a seguinte:

    em 81, o grupo do Coaracy Nunes assumiu a presidência do Fluminense. Com a ideia de dar um upgrade no esporte amador, especialmente na natação, um dos técnicos foi demitido (Fernando Tovar) ficando apenas o Denir de Freitas. Foi contratado então o Ricardo Moura que, de quebra, trouxe uma equipe enorme do Tijuca (incluindo Firpo e Celidônio). Treinando com o Ricardo Moura (que era cheio de ideias novas) e com essa galera meus resultados foram melhorando até dar no que deu no JD e TB 1984. Acontece que, na eleição seguinte, o grupo que entrou em 81 foi derrotado pelo mesmo grupo que saiu em 81. Aí veio a desforra: como retaliação e sem levar em conta os resultados anteriores, o Ricardo Moura foi demitido. Assim nascia a equipe do Vasco, patrocinada pela Francisco Xavier Imóveis. Resolvi ficar no Flu em 84 (05 minutos andando de casa) porque era ano de vestibular e eu precisava passar para uma faculdade pública, já que não tinha grana para cursar uma particular. Já contei isso aqui. O Torteli também ficou. Em 85, já aprovado no vestibular, mas com resultados na natação muito aquém do que tinha feito, resolvi ir para o Vasco e “escalar novamente a montanha”. O Torteli foi para o Flamengo e também para Mission Viejo. O ano de 1985 foi de adaptação: aulas em período integral e treinos no Vasco, longe de casa (já contei a saga do material levado pelo Hélio todos os dias).

    Assim, consegui, surpreendentemente vencer os 100 livres o os 200 medley em Curitiba. Em comparação com o início de 84, piorei meus tempos em todas as provas, talvez exceto nos 100 livres, já que não costumava nadar essa prova. Mas fiquei muito feliz pois estava de volta!! Em 1986, mirando na Olimpíada, eu fui para Mission Viejo.

    Muito bom relembrar que o Torteli nadava medley (4o), A Patrícia Amorim nadava borboleta (2o) e que o Revezamento Juvenl B 4×100 do Vasco foi campeão logo no primeiro ano da equipe. Estranhamente eu lembrava de ter pego prata nos 400 medley por 1 centésimo!

    Concordo com o Munhoz: o de Poli nadando sem óculos e touca era esquisito mesmo!

    Maga, obrigado mais uma vez por ressuscitar essas histórias.

    Forte abraço para todos!!

    • Fernando Cunha Magalhães
      12 de novembro de 2014

      Boa Julinho!
      Objetivo e esclarecedor.
      E obrigado a você também, por enriquecer nossos registros.

  10. Julio Rebollal
    12 de novembro de 2014

    Em tempo: essa fase da natação paranaense, com o Golfinho e o Curitibano, foi extremamente fértil em excelente atletas.

    Abraços.

    • Ricardo Firpo
      12 de novembro de 2014

      “… consegui, surprenndentemente, vencer os 100m e os 200medley….”. Ora, caramba! Se eu sempre fui acostumado a ver vc ganhar o medley e nos 100, vc vinha me sac…., estas provas serem foram barbada ou pule de 10.

      • Ricardo Firpo
        12 de novembro de 2014

        Mas, sério! Eu não consigo lembrar o que fiz neste reveza! E o que lembro destas provas, talvez tenha sido do TB de um outro ano. Talvez pq isso tenha acontecido há 30 anos. Porém, também é certo que existem detalhes não nos largam nunca.

      • Julio Rebollal
        12 de novembro de 2014

        O que eu tentei dizer é que eu achava que, devido às novas circunstâncias (distância casa/clube e faculdade em horário integral) não tinha treinado o suficiente para vencer…tanto é verdade que os tempos foram piores (sem tirar o mérito dos adversários, pelo amor de Deus!!).

      • Ricardo Firpo
        13 de novembro de 2014

        Júlio, nunca pensar assim! Eu é que estava brincando contigo… Tive meus bons momentos, tive meus maus momentos, tive minha época de treinar demais, e coisas assim. Mas o que quis dizer é que mesmo nos teus maus momentos, vc era mais “estável”, e mesmo isso não te impediu de chegar onde for. De todos que vi treinar, vc e Djan eram os ´”relógios”, com marcações precisas e aqueles a perseguir. Como na discussão do post anterior, das irmãs polgar, o que diferencia um atleta do outro, se em algum momento todos nós queríamos vencer? Não é somente vontade, desejo, querer, suor… Também discordo que seja somente quilometragem, mas também acho que é uma coisa muito mais sutil, e difícil de precisar. Vá lá na entrevista do Djan e tente identificar em que momento aconteceu um “clic” e ele começou a fazer o que fez. No campeonato deste post, eu dividi o quarto com o Rubão Trilles, e um dia eu perguntei para ele: “Rubão, eu te ganhei naqueles 100L no carioca, vc me deu o troco no bras… Eu jurava que ia te matar na final do JL, como já havia feito. Como foi para vc naquele dia?”. Ele me olhou bem sério, “naquele dia, vc nunca ia me pegar no final…. Eu tinha perdido antes e estava com uma raiva danada! Eu tinha que te ganhar e nada do que vc fizesse ia adiantar.” Simples assim. Sinceridade absoluta. Tá, naquele dia eu também passei errado e muito fraco, mas se eu tivesse feito certo, como seria? O dois queriam vencer, e só vontade não explica. Talvez a explicação fique com Silvinho Stallone: Olho de Tigre, cara… Olho de Tigre!
        Abração, Júlio.

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