Conheci o Getúlio (José Getúlio da Fonseca Filho) no dia em que treinei nos Gladiadores do Luiz Lima pela primeira vez há dois anos, conforme já contei aqui. A gente não se esquece de quem ganha da gente em todos os tiros.
Há duas semanas, tive o prazer de nadar mais duas vezes lá no posto 6 com os gladiadores, encontrei o Getúlio de novo (e perdi tudo de novo). Getúlio é um craque das águas que ganhou muitas medalhas, a maioria de prata pois calhou dele ser da mesma cidade e idade do Djan Madruga.
Qual não foi a minha surpresa ao constatar que ele publicou na revista Acqua lá em 1987, no calor do momento, um texto sobre esse mesmo TB que contou o Esmaga nessa segunda feira.
Rico em detalhes e opiniões sobre o futuro, Getúlio vislumbrou nesse texto sobre o TB o comecinho da era profissional, que é exatamente o que temos hoje, quase 30 anos depois.
Sem mais delongas, segue o ótimo texto que ele escreveu em 1987.
Bom o artigo do Getúlio. Eu não sabia, ou não lembrava, que esse TB teve vários desfalques e pouco “foco” dos veteranos. Só não entendi o porque? Teve seletiva anterior para o Pan?
Esse TB não foi seletiva para nada, depois do fiasco brasileiro em Madrid.
Um ótimo texto! O Getulio era um Epichurista da época ? Interessante pra mim ver duas coisas: 1. Claramente um cara do meio aquatico que abraçou mudanças de maneira muito lucida e ainda cedo… 2. A conclusão do texto, esperançosa da participação das empresas no TB e natação – cias que agora esperavam retorno de imagem (e eventualmente vendas, claro) por seu investimento no esporte . Sabemos que deu no que deu… Kibon e Mesbla sairam do esporte e o governo, através de suas empresas estatais investiu mais pesado que nunca, subvertendo o modelo de certa forma… Hoje temos uma natação mais profissional, sim, mas outros retornos são esperados: Medalhas olimpicas, projeção do esporte de alto nivel, exposição positiva na imprensa, etc (nem vou entrar nesta seara agora)…
Depois do Rio 2016 acho que vamos ver outra mudança de modelo…
Sim, depois do Rio 16 a expectativa é de uma derrubada geral no dinheiro público. Não tenho os números, mas como você eu desconfio que o patrocínio privado seja quase desprezível em comparação…
Sempre bom ler artigos imparciais, e que relatam a situação que era a natação…
Tive o prazer de começar a nadar no Tijuca e tempos depois, participar da equipe principal junto com o Getúlio (Getulinho, como o chamava Julio Balthazar).
No início, os treinos eram numa piscina de 25m, 5 raias (as raias eram cordas de nylon com tubos de borracha em volta, e para não afundarem, a cada 1m de distancia tinha uma bola de isopor e/ou madeira). De um lado a piscina era rasa, e do outro profundidade de uns 5m.
Ninguém sabe (até mesmo porque nunca divulguei) mas o Getulio quando nadador, foi um exemplo e modelo que quiz seguir, devido à sua dedicação aos treinos, sua entrega nas competições, e sempre camarada, parceiro. E treinar junto, competir pela mesma equipe era um prazer.
E é com prazer e alegria que releio um excelente texto dele, e o vejo participando das travessias.
Belo depoimento, Jorge. Pelo pouco que conheço do Getúlio já tive essa mesma impressão!
Gostei muito do texto do Getúlio.
É a primeira vez que leio.
O comentário do Jorge também está ótimo!
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