EPICHURUS

Natação e cia.

Julio de Lamare 1987 – Como é que se ganha do Michelena?

O homem voltou do PAN de Indianápolis como um mito e eu iria defender meu título na prova dos 200m livre contra ele. O que fazer?

JD87 pelo fotógrafo Mesbla

Bem, nos 200m livre, pouca esperança. Na verdade nenhuma. Desde o ano anterior em que vencêramos nossas categorias com os mesmos 1m55s, ele havia melhorado para 1m51s71 e minha melhor marca havia sido 1m58s30. Já nos 100m livre, acreditava na vitória e segui para o Rio mirando o recorde do campeonato de Jorge Fernandes, 52s85.

4 dias antes

Domingo, 13 de dezembro de 1987, fim de tarde tranquilo na casa da Família Magalhães. Conversando com meu pai decidimos instalar as luzes de Natal no pinheiro europeu que ele plantou e eu joguei uma pá de terra uns 12 ou 13 anos antes e que segue até hoje embelezando a fachada da Rua Fagundes Varela, 71, no Jardim Social em Curitiba.

A estratégia era apoiar a escada na copa da árvore e subir cuidadosamente, pois os galhos não eram muito rígidos. Nas mãos, uma pedra amarrada num sisal. A outra extremidade do sisal amarrada no fio elétrico que tinha as lâmpadas coloridas. Tudo correu bem até eu chegar no degrau da escada donde faria o lançamento. Lancei! Infelizmente abaixo do galho almejado.

Resolvemos que eu puxaria a corda para uma nova tentativa. Foi justamente nesse momento que a pressão que eu e a escada exercíamos tornou-se maior que a resistência dos galhos e eu despenquei de costas de cerca de 2m de altura, por sorte, sobre a grama.

Chequei os movimentos das pernas e dos braços, tudo OK. O corpo doía e não tive pressa de levantar. Observei vários pontos das mãos lanhados, queimados pelo atrito com o sisal e pensei: que vacilo (na verdade, que cag…da)!

O pai ficou preocupadíssimo, mas sem nenhuma fratura, tudo ficou bem. Ou quase tudo, constatei no dia seguinte em que cada braçada as mãos ardiam por conta da pressão da água contra os machucados. Nadando de manhã e de tarde, a cicatrização regredia e fui para a competição com aquilo me incomodando.

O amigo leitor vai pensar: “mas o que é que esse cara foi fazer em cima daquela escada?!?!” – realmente não sei, mas estava lá.

Pinheiro

O pinheiro cresceu um bocado nesses últimos 29 anos, mas já era bem alto.

Antevéspera: o dia do embarque

Pela manhã fui até o Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná fazer a prova final da disciplina de Química Geral I, ministrada pelo professor Ubajara Índio do Brasil Von Lisigen.

Foi a única final que peguei das 7 disciplinas do primeiro ano. Tive 10 dias para estudar, mas estava obcecado pela natação e não estudei. Um dos erros que cometi por passar do ponto, sair do equilíbrio, e que não recomendo para ninguém. Reprovei – única disciplina durante a faculdade toda – e carregar essa dependência atrapalhou bastante.

 

A equipe do Clube Curitibano

A nossa ascensão seguia muito forte! Nosso comportamento tornou-se exemplo, nossos resultados inspiravam os mais jovens e surgia uma geração de ouro na categoria infantil, formada por Guilherme Sabóia, Dilermando Almeida Neto, Gilberto Passos Lima e liderada pelo fenômeno Leonardo Ribas Gomes, o Cheiroso. Eles venceram os dois revezamentos no campeonato brasileiro, Troféu Maurício Bekenn.

Cheiroso, foi o melhor índice técnico da competição quebrando os recordes dos 100m costas com 1m03s10 aos 13 anos de idade e 55s97 nos 100m livre, tempo idêntico ao que eu tinha feito dois anos antes como recorde estadual para juvenis B (o leitor leigo não perceberá de primeira, mas posso afirmar que em condições normais, demora gerações para um atleta de ponta de 13 anos, chegar ao tempo de um atleta de ponta entre 16 e 18 anos, por isso, não é nenhum exagero afirmar que Cheiroso era, de fato, um fenômeno).

Entre os juvenis, uma equipe bastante grande contando com o apoio cada vez maior do Clube Curitibano. Dessa vez mandaram até um massagista junto com nossa delegação.

JD87 Pio massagista

Pio Aparecido Santana massageia LAM ao lado da piscina de soltura.

A competição

Muitos participantes. As eliminatórias duravam mais de 4 horas. Minha prova de 50m livre, por exemplo, tinha 15 séries. Constatei orgulhoso que estava na raia 4 da última.

A competição teve um nível técnico extraordinário entre os juvenis A – 14 e 15 anos. Sendo que o maior destaque foram as disputas entre Maurício Cunha X Eduardo Piccinini nas provas de borboleta. Piccinini venceu as duas: nos 200m, 2m07s66 x 2m07s67 e nos 100m, 57s44 x 57s46 – dois ouros em 3 centésimos com tempos muito abaixo dos recordes das provas.

Carlos Becker Neto foi o principal destaque do Curitibano na competição. Levou o ouro nos 100m, 200m, 400m e 1500m com suas melhores marcas pessoais. Minucioso, Becker levou uma corda de nylon e entregou para a cronometrista antes dos 1500m. Orientou a garota a prender a placa que sinaliza o número de voltas na corda e colocá-la dentro da água, para que não precisasse virar a cabeça para conferir a metragem após as viradas. Levou o ouro nadando na raia 1. Foi bonito de ver.

Outro destaque entre os juvenis A foi João F. L. Almeida, que arrebentou o recorde dos 200m peito de Felipe Michelena com 2m26s43 – ele nadava com a recuperação da braçada por fora da água. Ganhou em nossa equipe o apelido de Louva-Deus e teve passagem meteórica pelos pódios de campeonatos brasileiros.

O Epicuro Rodrigo Munhoz levou 4 pratas nas provas de peito e medley.

Entre os Juvenis B, Eduardo De Poli que tivera um ano bem ruim, voltou a brilhar, com o foco aguçado no índice olímpico para Seoul. Levou o ouro com grande vantagem e quebrou os recordes dos 100m e 200m borboleta, com 56s65 e 2m04s95. Sendo que nos 200m, com a grata surpresa ter ao seu lado com a prata, Tico-Mico, o nosso Cezar Antunes, que melhorou vários segundos, marcou 2m08s99 e superou o fortíssimo Roberto Fiuza Neto.

Ficamos eufóricos com Tico-Mico e corremos para o lado da escada de saída da piscina para recebê-lo, peguei-o no colo e começamos a pular, ele ria e pedia que eu parasse pois ainda tinha os 100m livre naquele dia.

Nas provas de peito, eu estava convicto no favoritismo do LAM – Luiz Alfredo Mäder – para os 100m e os 200m. A dedicação e o crescimento nos treinos ao longo do ano havia sido incrível e os testes do Mazza haviam reforçado o otimismo. A história dos 200m já foi detalhadamente contada pelo Epicuro Cordani – no post A saga dos 200m peito – parte 1 – prova da sua vida, em que levou o ouro e o LAM ficou com o bronze.

Vejam abaixo os cartões que entreguei ao meu amigão antes da competição.

Nas provas de costas, com a ausência de Henrique Americano de Freitas, Rogério Romero reinou absoluto, com recordes nos 100m e 200m.

Castor, Marcelo Grangeiro e Emanuel Nascimento

Os três trouxeram uma novidade em termos de campeonatos brasileiros de verão. Não estavam polidos, nem raspados. Descansaram dois ou três dias e vieram para competição. Estavam focados no Troféu Brasil de janeiro em Curitiba. Castor já estava garantido em Seoul, mas Grangeiro e Manu visavam o índice olímpico.

Nessa ordem, fizeram o pódio dos 200m livre, com 5 polidos e raspados na sequencia da final. Eu fiquei em 4º com 1m57s61 e o Edu em 6º.

JD87 pódio200m livre

Manu em 3o, FCM em 4o, Renato Pinho em 5o, Edu em 6o

Grangeiro nadou os 1500m para 15m56s, ganhou do Castor e deixou uma convicção em toda a comunidade aquática que faria o índice em 88. Porém, raspado e polido, não voltou a repetir essa performance.

100m livre

Caí tranquilo na eliminatória, só para vencer a série e garantir a vaga na final. E logo de saída, tomei um susto. José Carlos Souza Júnior, atleta do Pinheiros que treinava nos EUA, primeiro ano na categoria e dois anos mais jovem do que eu, passou na minha frente, forcei para alcançar mas não teve jeito. Ele chegou em 53s8 – classificou na raia 4 e eu marquei 54s10 – classifiquei com o terceiro tempo para a final.

Eu tinha essa coisa de ficar constrangido com essas surpresas. Pensando em ganhar do Michelena e perco pro Souza JR?!?! Bem… na final a história poderia  ser diferente. Sono da tarde, metabolismo em horário mais favorável, etapa mais curta, tempo mais fresco. Caí na raia 3 com mente vencedora, pensando no ouro e no recorde, passei um pouco na frente e saí muito forte da virada. Comecei a abrir distância e minha percepção é de que cheguei a abrir meio corpo, após os 75m, o colapso fisiológico, muito ácido lático acumulado, pernas e braços travaram, perdi eficiência de nado e vi JR se aproximando, lancei a última braçada ainda na frente e quando olhei o placar não acreditei: 53s35 x 53s42. Perdi o ouro por 7 centésimos! Não superei os meus 53s26 que havia feito no Finkel, não quebrei a barreira dos 53s e nem o recorde do ídolo Jorge. Foi sofrido! Engraçado a mudança de parâmetro: um ano antes, a mesma prata, na mesma prova, tinha tido um gosto delicioso. Agora ele era amargo.

JD87 chegada 100m livre

Chegada dos 100m livre: eu na raia 3, JR na 4

JD87 pódio 100m livre

Paraninfo: Ricardo Moura. JR em 1o, eu em 2o, Castor em 3o, Manu, Helio Magalhaes e Alvaro Pires. Edu e Jinkings não foram a premiação.

50m livre

Novamente lado a lado com JR. Dessa vez ele esteve na frente na maior parte do tempo, cheguei crescendo e fiz uma chegada perfeita, mas não o suficiente. Nova prata, agora com 2 centésimos de diferença.

JD87 pódio 50m livre

JR 1o, Eu em 2o, Jinkings em 3o, Paulo Brother em 4o, Castor em 5o, Manu em 6o, Jay Deacon não compareceu e Artur Imagawa em 8o.

JD87 resultado 50m livre

Nossos revezas

A lembrança mais carinhosa que tenho dessa competição vem dos revezamentos. No ano anterior havíamos ficado em 4º lugar nos três revezamentos. O Renato Ramalho e o Christian Carvalho haviam mudado de categoria, e o Gustavão Pinto mudado para Campinas e parado de nadar. Do juvenil A, além do Tico-Mico, havia subido o Luciano Cabrine e recebêramos o reforço do Ismail Sabedotti, transferido do Guarani de Ponta Grossa.

Durante todo o ano conversamos sobre estratégias para chegar ao pódio. Escolhemos a tática kamikase, eu abriria o 4x100m e o 4x200m para deixar a equipe na frente ou pelo menos na disputa e os meninos cairiam na empolgação na sequencia.

No 4x200m abri batida de mão atrás do Grangeiro. Cabrine, Tico-Mico e Ismail passaram voando, sofreram muito mas seguraram a onda, melhoraram seus tempos e chegamos em 3º. Festa da turma do Curitibano. A equipe do Flamengo foi desclassificada e herdamos a prata.

JD87 pódio 4x200

Ouro para o Pinheiros: Helio Magalhães, JR, Rogerio Yoshimoto e Bucs. Prata para o Curitibano: Eu, Ismail, Cabrine e Cezar. Bronze para o Paulistano: Grangeiro, Dalton Uehara e (ajuda aí, Cordani)

No 4x100m livre, ainda no banco de controle o Castor chegou e perguntou quem iria abrir. Falei que era eu, e ele saiu falando alto: “acho que o Curitibano vai abrir na frente”. Não deu outra, corrigi o ajuste fino em relação aos 100m livre, dosei melhor o parcial e abri com o melhor tempo da minha vida, 53s07, que seria suficiente para o ouro na prova. Ao meu lado, o Edu também nadou bem melhor: 53s49. Mesma sequência, Cabrine, Tico-Mico e Ismail. Bronze! Mais festa entre os amigos.

JD87 Abertura 4x100livre

O placar registra o 53s07 e o Cabrine segue liderando na raia 1.

JD87 pódio 4x100livre

Paraninfo Coaracy Nunes. Ouro para o Flamengo: Vreco, Manu e Jinkings – Castor estava no banco de controle para os 1500m. Prata para o Pinheiros: Hélio Magalhães, JR de Souza, Maurício Santos e Rogerio Yoshimoto. Bronze para o Curitibano.

No 4x100m medley, sai Cabrine, entra LAM. Ismail mandou 1m03s no costas, LAM e Tico-Mico, foram recuperando terreno, e eu nadei muito na fechada. Passei por duas equipes e cheguei na cola do Moró, que fechou pelo Clube do Golfinho. Chegamos em 4º. Saí da água e o Roger Pedroso, também atleta do Golfinho, vinha da direção da arquibancada: “cara, acho que o Smaga fez 51s” – na verdade o placar acusou 52s32, foi um tempaço. Nos cumprimentamos, celebramos a ótima prova e saímos em direção a piscina de soltura…

JD87 transição 4x100medley

Transição do 4x100m medley. Raia 2 saindo o cara do Minas que eu passei na volta, na 3 – aguardo a chegada do Tico Mico, na 4 – JR já parado e Helio Magalhães na água, na 5 – Manu chega para a saída de Castor, na 7 – Edu na borda e Moró na água.

JD87 Abertura 4x100medley

Ouro para o Flamengo – Perricone, Paulo Costa, Manu e Castor. Prata para o Golfinho – Romero, Chico Grocoscke, Edu De Poli e Rogerio Morozowski. Bronze para o Curitibano – Ismail, LAM, Cezar e eu.

Esse é meu 51º post e pela primeira vez decidi deixar o texto inacabado. Vou pedir para o meu amigo Ismail Sabedotti concluir a sequência dos fatos ali nos comentários.

As performances dos revezamentos foram um alento e retornei a Curitiba com os ânimos revigorados para os treinamentos para o Troféu Brasil.

Foi uma satisfação dividir com os amigos leitores do Epichurus as lembranças dessa competição marcante. Samuca, é com você!

Forte abraço a todos,

Fernando Magalhães

JD87 4x200 CC

Ismail Sabedotti, eu, Luciano Cabrine e Cezar Antunes. Esse post é uma homenagem ao querido amigo Luciano Cabrine, falecido em 2 de janeiro de 1995 em um acidente de automóvel.

Diario do nadador JD87

Sobre Fernando Cunha Magalhães

Foi bi-campeão dos 50m livre no Troféu Brasil (87 e 89). Recordista brasileiro absoluto dos 100m livre e recordista sulamericano absoluto dos 4x100m livre. Competiu pelo Clube Curitibano (78 a 90) e pelo Pinheiros/SP (91 a 95). Defendeu o Brasil em duas Copas Latinas. Foi recordista sulamericano master. É conselheiro do Clube Curitibano.

49 comentários em “Julio de Lamare 1987 – Como é que se ganha do Michelena?

  1. rcordani
    7 de março de 2016

    Maravilha Esmaga, obrigado por essas imagens que refrescam imagens de quase 30 anos atrás. Já falei tudo o que tinha sobre esse JD no meu post que você deu o link, e também no filme dos 200P que também postei e que conta com uma desfeita imperdoável do Munhoz (veja aqui).

    O 4×200 do Paulistano continha além do Dalton e Grangeiro (que você bem notou), o Paulo Torres e ele, ele mesmo, Luís Eduardo Prado de Pinho, o Salsa, ali atrás. Eu nem sabia que o Paulinho tinha medalha de JD, estou sabendo agora!

    E esse 4×100 medley teve além do Pinheiros mais uma DQ, pois saímos do oitavo para o sexto lugar com Edmundinho, eu, André Nosé e Arara.

    Quanto aos 200 borbola JUV B, prometo uma surpresa na quinta feira, e se possível posto também os resultados completos desse JD (estou em viagem e sem acesso às minhas fontes agora).

    • rcordani
      7 de março de 2016

      Esqueci de comentar, nessa foto do 4×100 4 estilos tem nada menos do que quatro nadadores que iriam às olimpíadas de Seul menos de um ano depois desse JD (*), isso mostra a força dessa competição na época.

      (*) Romero, de Poli, Manu, Castor. JR não está nessa foto (ECP foi DQ) e também foi olímpico 4 anos depois.

      • Fernando Cunha Magalhães
        7 de março de 2016

        Enquanto preparava o post, imaginei que você fosse fazer esse comentário. Dentre as inúmeras fotos, essa foi a escolhida por esse aspecto. Piu e Edu em primeiríssimo plano é sensacional!

    • Fernando Cunha Magalhães
      7 de março de 2016

      Desconfiei que fosse o Salsa mas não quis arriscar os 40% de chance de erro. Fico contente que seja ELE!

      Não creio que você tenha uma foto do pódio do 200m borbola… seria sensacional!

      A postagem dos resultados será providencial pois nessa época já não prestava mais atenção em todas as provas, veja que passamos sem nenhuma citação do feminino.

  2. Rodrigo M. Munhoz
    7 de março de 2016

    Boa Esmaga!!! Lembro bem dessa competição. Milagre! Boas lembranças, apesar de uma certa “decepção” : apesar de ter melhorado bem os tempos, não ganhei nenhuma(novamente). As pratas foram boas, mas senti que o ouro, apesar de próximo no tempo em alguns casos – lembro do Cunha me passando nos metros finais do 200medley – estava novamente muito distante… Surpresas e falhas, normal. E assim foi.
    Abraços!

    • Fernando Cunha Magalhães
      7 de março de 2016

      Que bom Munhoz!
      Assim você sente um pouco como é poder desfrutar dessas doces lembranças.
      Mauricio Cunha estava impossível… duro pra você segurar.

      • rcordani
        8 de março de 2016

        Na minha lembrança não houve ultrapassagem de Cunha sobre o Munhoz. Munhoz estava atrás e veio buscando, mas não logrou êxito, metendo 2:12.99 (se não me engano, vamos ver se tem nos resultados lá em casa).

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de março de 2016

        Boa!

  3. Rogério Aoki Romero
    7 de março de 2016

    Muito legal Smaga! Tenho ótimas lembranças desta competição, com minhas primeiras vitórias nos 100 e 200 costas. Nesta, perdi uma aposta com a Miquim por mero centésimo (2:08.51 x 2:08.50 200 livre).
    Abraço!

    • Fernando Cunha Magalhães
      7 de março de 2016

      Alô Piu!
      Moró lembrou bem no comentário do Facebook sobre a tentativa de recorde na abertura do 4x100m medley. Acho que você bateu na prova e rebateu no reveza. Sem os resultados em mãos arrisco 58s45 e 58s29. Confere?

      • Rogério Aiki Romero
        8 de março de 2016

        Vi o comentário dele. Nem lembrava desta tentativa. Ainda não havia quebrado a barreira dos 59s. Acho que na prova foi algo em torno dos 59.76. Não recordo o tempo do rev.

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de março de 2016

        Acho que em termos de tempo, você ainda está em Porto Alegre, foi lá que a Miquim fez 2m08s50.
        Vamos aguardar os resultados do Cordani.

  4. Coach Alex Pussieldi
    7 de março de 2016

    PQP, que texto sensacional, que boas memórias e parabéns por manter todo este acervo. História é uma coisa que dignifica e faz tanta falta neste país. Ganhei a semana!

    • Fernando Cunha Magalhães
      7 de março de 2016

      Olha só, quem ganhou a semana fui eu!
      Primeiro comentário do Coach em meu 51o post.
      Obrigado pela leitura e comentário, e parabéns pelo obstinado trabalho para o crescimento desse esporte que tanto amamos!

  5. Leonardo Ribas Gomes
    7 de março de 2016

    Magalhaessx, parabéns pelo excelente texto! Infelizmente ainda era infantil e não participei dessa competição. Obrigado pela menção, ainda que eu mesmo não me considere nenhum fenômeno. hehe Abração!

    • Fernando Cunha Magalhães
      7 de março de 2016

      Cheiro, querido, quem sabe um dia você perceba!

  6. Guilherme Saboia
    7 de março de 2016

    Maga, realmente o ano havia sido incrível e termina-lo com o recorde brasileiro no revezamento 4×100 Livre, deixava-nos ansiosos por fazer parte da equipe de monstros do Juvenil/Absoluto do Curitibano! Boas recordações!!!
    Vale o registro: Vendo a foto do seu 4 lugar nos 200m deu para notar que já estava avançado em seu tempo, lançando a moda dos “bonezudos”! Kkkk

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de março de 2016

      Boa Sabará! Muito bom ler isso que você escreveu. Forte abraço!

  7. Alvaro Pires Vreco
    7 de março de 2016

    Fala Maga, bacana o post. Tenho boas lembrancas desta competicao apesar de ter pego final apenas nos 100L. Se nao me engano nos 50L fiquei em 9o ou 10o, para minha decepcao pq no carioca eu tinha baixado dos 25′ e o 3o neste JD fez 24’7. Achei bom p o 1o ano de Juv B. Colocou as fotos de todos os revezas menos o 4X100L onde Fla e Pinheiros travaram uma batalha pela vitoria e pelo recorde da competicao. Para minha felicidade a vitoria e o recorde vieram p o nosso lado. Pena q a foto do placar da abertura do revez esteja ilegivel. Se nao me engano fiz 54’5 pela terceira vez na mesma competicao. Me trouxe memorias da abertura deste revez. Eu estava concentrado somente no Helio Magalhaes e me lembro de ter ficado impressionado c a distancia q nos 2 estavamos tomando de vc e do De Poli. Cheguei a pensar q estava piorando meu tempo em relacao a prova e fiquei aliviado qdo constatei na chegada q fiz o mesmo tempo. Na verdade vc e ele eh q fizeram uma abertura excepcional. Pra fechar, a natacao paranaense realmente estava vivendo um otimo momento ! gr ab

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de março de 2016

      Vreco,
      havia salvo a foto mas na hora de montar o post, acabei esquecendo.
      Injustiça corrigida, está lá para você conferir e se orgulhar.
      Tentarei mais um zoom na foto do placar… com poucas esperanças já que meus conhecimentos de edição restringem-se às ampliações no Picasa.

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de março de 2016

        Infelizmente não deu certo…

      • Alvaro Pires Vreco
        8 de março de 2016

        Valeu Maga, sensacional de qq forma !

  8. Luiz Alfredo Mäder
    7 de março de 2016

    Maga, eu tinha esquecido desta história do pinheiro, mas lendo me lembrei perfeitamente do pensamento “putz, que caghad…”
    Só vi seu What´s hoje, creio q fiz 1’08″87 ou 1’08″78, mas a foto do pódio que tem este tempo anotado está inacessível neste momento pois eu tbém tive meu “putz que caghad…” a um mês atrás
    😉

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de março de 2016

      Que será que aconteceu, né, LAM.
      1m07s79 no Finkel e isso aí no JD… que merda!

      • rcordani
        8 de março de 2016

        Eu fiz 1:08.56 e fiquei em quinto, portanto LAM está equivocado. Creio ele ter feito 1:07 alto (a conferir).

      • Fernando Cunha Magalhães
        8 de março de 2016

        Vamos aguardar os resultados.

      • rcordani
        11 de março de 2016

        Putz, não é que o LAM estava certo? Mota em primeiro, Vicente em segundo, Benasayag em terceiro, Paulo Costa em quarto e eu em quinto. Eu esqueci que eu ganhei do LAM nessa! Aí faz sentido o tal 1:08.8.

  9. renato
    7 de março de 2016

    A máquina do tempo existe! Estas memorias e a forma com que são escritas…nos levam a viajar no tempo! Parabéns maga!

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de março de 2016

      Obrigado amigo. É muito bom revivê-las. Abraços!

  10. Mucio vaz junior
    7 de março de 2016

    Olá meu ídolo e amigo lembro vagamente de algumas citações e também nomes acima. Uma vez te mandei uma msg e foi surpreendentemente respondido por você e o admirei ainda mais, nunca nadei tão bem quanto você e sempre o admirei, mas nadamos juntos no chile em 1989. Bonitas recordações.

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de março de 2016

      Olá Mucio,
      obrigado por mais esse comentário.
      Fico contente que você siga lendo nossos posts.
      Quanto a competição no Chile, há um equívoco.
      Infelizmente, embora esteja nos meus planos, ainda não tive a oportunidade de pisar em solo chileno.

  11. Luiz Alfredo Mäder
    7 de março de 2016

    Pio ficou no quarto com o Tico Mico e eu, vendo a foto hoje lembrei que fomos jantar no La Mole do Botafogo e lá ele deu uma demonstração daquela famosa dança dos kossakos.
    Muitos anos mais tarde encontrei com ele em uma missa na Igreja dos Capuchinhos, surpreendente, era o coroinha.

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de março de 2016

      Lembro-me do Pio kossakando… figuraça!
      Encontrei-o duas ou três vezes na rua, e também na missa.
      Acabo de encontrá-lo no Facebook e enviar o post para ele.
      Vamos ver se deixa um comentário por aqui.

  12. Ismail Samuca
    8 de março de 2016

    Aí vai o fim Maga,

    ..fim de provas, emoções ainda à flor da pele e por pouco não fechávamos o pacote completo de subir ao pódio nos três revezamentos. Para mim, que havia chegado ao cube Curitibano no inicio daquela temporada e tinha como objetivo inicial fazer parte e tentar medalhar em algum dos revezamentos, os resultados e tempos obtidos nos dias anteriores já me confortavam. Enquanto Magalhães, LAM e Cezinha se dirigiam para piscina de soltura, parei para conversar com o Cabrine, que como de costume, enaltecia nosso desempenho . Não demorou muito e de longe ouvimos nosso colega do Clube do Golfinho, Roger Pedroso, se dirigindo a nós com as seguintes palavras: “” Seus rabudos, estão com sorte mesmo, a equipe do Pinheiros foi desclassificada”. Apesar de tentar me conter um pouco mais com a comemoração de uma desclassificação ( o que não fiz quando herdamos a prata nos 4 x 200 m) corri para piscina de soltura e já eufórico chamei os três na borda relatando: Boato correndo que o Pinheiros foi desclassificado. Ali na beira da piscina, ficamos juntos, aguardando algo oficial. Alguns minutos de ansiedade e logo o microfone anunciava a desclassificação da equipe do Pinheiros , nos abraçamos e comemoramos muito, a sina dos quartos lugares que assisti das arquibancadas no ano anterior havia acabado. Por fim, saí daquela competição com lembranças e valores que me acompanham até hoje, não exclusivamente pelos resultados, mas muito mais pela constatação de que fui presenteado pela oportunidade de fazer parte daquela equipe.

  13. Fernando Cunha Magalhães
    8 de março de 2016

    ESPETACULAR!!!!
    Obrigado Samuca, existem momentos marcantes, e nesse, embora cercado de amigos queridos, a lembrança mais forte vem da sua energia.
    Espero que essa tal de nuvem garanta que nossos herdeiros saibam disso.
    Abração!

  14. dado borell
    8 de março de 2016

    SENSACIONAL!!!!!

    • Fernando Cunha Magalhães
      8 de março de 2016

      Valeu Dadão!

  15. Lelo Menezes
    8 de março de 2016

    Excelente memória, como sempre! Eu trago boas recordações desse JD. Fiquei afastado da natação de Maio de 1987 a Setembro de 1987. Quebrei a perna em vários lugares e passei por uma cirurgia para a colocação de 2 pinos de platina no tornozelo e confesso que passei muito medo de não voltar a nadar no mesmo nível de antes do acidente.

    Cheguei nesse JD com muita expectativa de nadar num bom nível. O meu 2.29.99 nos 200m peito não apenas foi meu melhor tempo, como também minha primeira final de JD no Juvenil B (meu 1o ano), mas mais importante que isso, me deu plena confiança que eu estava de volta… No ano seguinte eu levaria o ouro nos 200m Peito!

    Quanto ao Castor que era exatamente da minha idade, foi na minha opinião o maior nadador “juvenil” do Brasil na minha geração. No Absoluto ele tinha competição. No Juvenil ele era imbatível! Praticamente um mito!

    Alias, outro dia recebi atualizado a tabela de recordes da ASU (Arizona State University) e ele (nadamos junto na ASU) ainda tem o recorde dos 500 jardas mais de 20 anos depois… Impressionante!

    Quanto ao Grangeiro, a não obtenção do índice olímpico que ele tinha convicção que alcançaria foi um baque psicológico tão forte que acabou com sua carreira. Uma pena porque o cara tinha apenas 17 anos. Incrível como naquela época não tínhamos um acompanhamento psicológico decente. Grangeiro era tão talentoso que com 21, se tivesse mantido o foco, era quase certo que estaria em Barcelona!

    • Cristiano Michelena
      14 de março de 2016

      🙂

  16. Emiliano Vialle
    8 de março de 2016

    Sensacionais fotos e lembranças. Assisti a estas façanhas ainda como “infantil B” e via a todos como uns monstros. Revendo agora era um bando de guris que nadavam como monstros!!

  17. Pingback: Os resultados do JD-1987 (e um show do Edu) | Epichurus

  18. Cristiano Michelena
    14 de março de 2016

    Gostei do título. A resposta é fácil!

    • Fernando Cunha Magalhães
      18 de março de 2016

      Boa Castorzinho… como sempre, cheio de humildade!

      • Cristiano Michelena
        18 de março de 2016

        By the way…
        Ontem rolou um cerveja com JR aqui em London. Mundo pequeno esse!

      • Fernando Cunha Magalhães
        18 de março de 2016

        Privilégio maravilhoso!
        Abraço aos dois.

  19. JR deSouza
    18 de março de 2016

    Muito legal. Obrigado pelas memorias. Forte abraco. JR

    • Fernando Cunha Magalhães
      18 de março de 2016

      Salve JR,
      não tem essa competição naqueles VHSs resgatados no acervo da família?

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