1979 – o caminho até o meu 1º campeonato brasileiro
Crianças tem grande capacidade de desenvolvimento. O amadurecimento psicomotor associado a estímulos adequados e crescentes, muitas vezes resultam em rápida evolução.
Conforme atingimos a adolescência e posteriormente a fase adulta é preciso fazer cada vez mais para continuar evoluindo. As melhoras, quando ocorrem, são bem mais gradativas. Porém, vez ou outra, testemunhamos prodígios melhorando suas marcas competição após competição e quando parece improvável que a melhora possa continuar naquele ritmo, ele surpreende a tudo e a todos e vai além.
Acredito que o melhor exemplo que temos na história da nossa natação seja o ídolo Ricardo Prado, que melhorou “que nem criança” até tornar-se campeão e recordista mundial (recomendo que vejam a impressionante evolução no post de Renato Cordani).
Guardadas as colossais diferenças e devidas proporções, foi isso que experimentei ao ingressar na equipe do professor Jaime Pacheco em 1979. Considerando ainda, que no caso, eu era de fato uma criança, de 9 anos.
Regional Sul
Após minha competição de estreantes relatada no post “Nas raias do Sr. Barão”, nadava 5 vezes por semana em sessões curtas. A frequência e metragem melhoraram minha técnica e capacidade cardiovascular e menos de dois meses depois de estrear, já participava da minha primeira competição da 1ª divisão.
Foi na piscina curta do Clube do Golfinho. Lembro que na cabeceira oposta aos blocos de partida havia um tapume que escondia as obras da construção da piscina olímpica.
A única prova que lembro foi o 100m livre. A categoria era Infantil A e eu havia nadado para 1m20s na competição anterior. Naquele dia o resultado foi o seguinte:
1º |
Eduardo De Poli |
1m09s |
2º |
Carlos Eduardo “Nego” Garcia |
1m11s |
3º |
Christian Carvalho |
1m13s |
4º |
Fernando Magalhães |
1m15s |
5º |
Manoel “Kike” Borell |
1m15s |
Christian e eu do Curitibano, os demais do Golfinho. Lembro-me do Jaime contentíssimo com meu tempo, a surpreendente vitória sobre o Kike e também de ouvir atentamente os comentários do Christian na arquibancada após a prova: “você logo estará no pódio porque o Nego, eu e o Kike já vamos passar de categoria” – explico – naquela época a referência para mudar de categoria era a data de aniversário e não a idade em 31 de dezembro, critério que foi implantado no início da década de 80.
O Nego e o Kike pararam de nadar logo. O Christian não parou até hoje e ainda virou um técnico e educador de excelência. E o Edu transformou-se num atleta extraordinário, um craque, campeão brasileiro em todas as categorias e atleta olímpico.
De Poli quebrou o recorde estadual nesta prova.
Clube Náutico Mogiano
Nessa época eram frequentes os amistosos e a viagem daquele ano foi para Mogi das Cruzes. Fiquei hospedado na casa da família Wada. Os irmãos Frederico e Dalton nadavam muito e provaram isso no final do mesmo ano. Fredi foi campeão brasileiro nos 100m peito e Dalton ganhou a medalha de bronze nos 200m medley.
Da viagem voltei com uma lembrança muito bacana – ganhei de presente uma camiseta de malha de piquet amarela, escrito MOGIANO em letras curvas azuis no meio do peito.
Piscina longa
O Regional Sul do 2º semestre foi disputado no Clube Curitibano. Foi minha primeira competição em piscina longa. Alcancei o índice para nadar o 100m livre no campeonato brasileiro. O índice na prova dos 100m costas ficou para o estadual.
Aqui abro parênteses para contar como, desde cedo, percebi que precisamos nos acostumar a definir prioridades e a tomar decisões. A equipe de natação montara um time para participar do campeonato interno de futebol de salão do Clube Curitibano: o Coringão (não lembro que alguém fosse corintiano, mas foi o jogo de camisa que os pais encontraram e uma forma de agregar coxas e atleticanos no mesmo time). Eu era banco e o técnico, Alberto Carazzai, pai de um colega, nem cogitava escalar-me para as duras partidas contra o Dillos. Entrei alguns minutos contra o Tubarão e havia a promessa de começar jogando contra o Zicão. O jogo foi marcado para o mesmo dia dos 100m costas. Abri mão, fiquei no banco e a tarde fiz o índice.
E pé: eu, Ricardo Magalhães, Jorge Belich, Ricardo Trunci*, Sérgio Belich* e Christian Carvalho
Agachados: Beto Lopes*, Gerson Sunye, Mário Carazzai e Maurício Santoro.
* personagens de “Nas raias do Sr. Barão”
Maurício Bekenn no Clube do Golfinho
No mesmo dia em que completei 10 anos, estreei em campeonatos brasileiros. Fiz 1m12s em 100m livre completando uma evolução de 8 segundos em 9 meses e justificando o título do post. Não foi suficiente para ir a final.
Duas surpresas nessa prova: Eduardo De Poli fez 1m07s75, ganhou, bateu o recorde e levou o melhor índice técnico da competição (ele ainda venceu o 100m borboleta e ficou em 3º no 100m costas); e, descobri que não apenas os mais velhos iam fazendo aniversário, passando de categoria e deixando espaço para meu crescimento, mas mais novos surgiam com potencial para dar bastante trabalho. João Ricardo Borell, o Dado, que havia aparecido nas competições no 2º semestre, ganhou de mim, fez 1m09s e chegou a final da prova.
Fora isso, algumas coisas me impressionaram. Mais de 500 atletas, técnicos e acompanhantes lotavam as arquibancadas. Foi a primeira vez que vi o uso do placar eletrônico – durante o congestionado aquecimento, colocaram uma cordinha há uns 60cm da placa impedindo que apoiássemos os pés nas paredes nas viradas. Como a piscina era funda e só havia um degrau de apoio junto à parede, quem parava antes da cordinha se agarrava na raia e alguns passavam pela corda para se apoiar no degrau. Na cabine de som, o locutor, acredito que o Sr. José da Silva Carvalho, pedia cuidado com as placas. Quando uns desatentos (ou provocadores) optavam em sair da piscina pela cabeceira, apoiando-se nas placas ele ia à loucura: “ATENÇÃO SRS. ATLETAS – SAÍDA PELA LATERAL!!!”. Nas etapas seguintes optaram em retirar as placas durante o aquecimento.
Também fiquei encantado com a vibração dos atletas da Gama Filho que além de nadar muito, tocavam instrumentos, cantavam e agitavam bandeiras como em arquibancadas de estádios de futebol.
E na piscina, o mais impressionante foi ver os infantis B nadando, especialmente Marcelo Vaccari que venceu os 100m borboleta com 1m05s e foi celebrado pela torcida da Gama Filho com gritos de “É Celestino! É Celestino!” e Frederico Moura da Recreativa de Ribeirão Preto, que com 12 anos completou o 100m livre abaixo de 1 minuto.
Agradeço a leitura e convido os leitores que participaram desse Maurício Bekenn a registrarem uma lembrança nos comentários.
E aqueles que não estiveram em Curitiba neste campeonato a contar uma prova em que melhoraram seu tempo “que nem criança”.
Forte abraço.
Fernando Magalhães
Esse também foi meu primeiro brasileiro, mas só nadei revezamento. Inclusive inventaram uma regra segundo a qual o cara que nadasse o 4×100 Livre não poderia nadar o 4×100 4 estilos. O Pancho decidiu levar 8 infantis A para pegarmos experiência. O 4x100L era o mais forte e foi priorizado (Rodrigo C. Barros, Carlos Dudorenko, Alexandre Steinberg e André Fernandes). O 4×100 4 estilos era o mais PEBA, com Conrado Heck de costas, Federico Bussola de peito, Renato Cordani de borbola e Luís Guilherme Pinho de crawl. Eu era o PEBA entre os pebas, meti 1:36. Ficamos em último ou penúltimo.
Desse brasileiro me lembro de mais algumas coisas legais:
Ficamos no hotel Araucária, o mais sensacional que eu havia ficado até então.
No terreno ao lado do Golfinho havia um monte de carneiros. Primeira vez que vi esse bicho ao vivo.
O Palmeiras de Telê meteu 4×1 no Flamengo no Maracanã, o motorista do ônibus me contou isso quando eu entrava no ônibus, provavelmente após a etapa de domingo. O Palmeiras perderia a semifinal para o Inter, mas Telê se gabaritou precisamente com esse jogo para ser o técnico da seleção em 1982.
O domínio da Gama Filho. Achávamos os cariocas extra-terrestres, inalcançáveis. Para amenizarmos o sofrimento, espalhávamos entre nós que os caras faziam musculação no Infantil A.
Grande abraço Esmaga, ficamos no aguardo dos seus outros posts!
Esse tal de Carlos Dudorenko não era PEBA?
Sim, PEBA, mas o Pancho estava certo: esse 4×100 L pegou experiência nesse MB de dez 1979 e já foi campeão paulista em junho de 1980.
Essa história me fez lembrar de muitas coisas desta viagem. Começou com a parada do ônibus na estrada. Enquanto alguns ainda estavam bebendo ou comendo algo naquele bar de beira de estrada, alguns de nós fomos brincar num parque de diversões abandonado. O Renato Cordani começou a brincar com alguém usando como balanço uma roda gigante caindo aos pedaços. De repente o movimento ficou mais brusco e uma barra toda enferrujada fez um arranhão enorme embaixo do braço dele.
Depois, na pré-estreia do meu primeiro brasileiro eu tive um febrão de 39ºC – uma faringite brava. Mesmo assim eu nadei, não rendendo o que podia, é claro. Finalmente tiveram as aventuras do André Fernandes. Após o aquecimento de uma final que não iríamos nadar, estávamos correndo perto das ovelhas que o Renato descreveu. Elas começaram a correr em direção à piscina (que não tinha nenhuma grade no lado oposto às balizas – a piscina estava recém inaugurada). Eu e o Carlos Dudorenko paramos de correr, mas o André continuou. A esta altura já estavam começando as finais e o rebanho de ovelhas passou correndo rente à borda, quase caindo na piscina. A arquibancada toda virou para ver a cena e testemunhar que quem estava “tocando” as ovelhas era o André. Um ou dois dias depois fomos passear no parque da cidade e resolvemos andar de pedalinho. O André mais uma vez conseguiu roubar a cena quando tentou ver de perto um ganso e caiu na água.
Realmente os outros brasileiros foram bem mais sérios que este…
Caro Cordani,
Interessante como as histórias vão ativando diferentes sinapses e resgatam as mais diferentes lembranças. Legal ver o mestre Telê relembrado a partir do meu post.
Sobre sua ida a CWB para mandar 1m36s de borboleta no reveza, devo elogiar a visão do Pancho e celebrar a disposição e capacidade de investimento da diretoria do Paineiras, porque isso, CERTAMENTE, fez diferença no atleta que você se tornou.
Também houve um momento assim na minha carreira que em breve contarei por aqui.
Abraços.
Boas histórias Ale.
Imagine a cara do André se um dos quadrupedes caísse na piscina?
Ia bater um arrependimento.
De qualquer forma, muito bacana lembrar do bucolismo do local àquela época.
Abraços
bicho lembra de um cara que caiu na piscina, “doidão”, de calça jeans e foi tirando a roupa logo antes das finais? viva o maga!!!
este comentário foi meu
Não lembro dessa Dadão.
O cara era do meio ou um transeunte que viu o portão aberto e empolgou-se com aquele piscinão?
Lembra quem tirou e como ele foi tirado?
Viva!
Gostei, Esmaga!
O post me remeteu aos meus tempos iniciais na Gama Filho… mas eu era PEBíssimo comparado com os astros da época Marcio Santos, M. Galvão, Ricardo F Secco e outros tantos. Foi em Bauru que eu senti o estilo “encaixar” e a piscina encurtar. Acho que melhorei 11 segundos de 100 peito em 1,5 ano, pegando a minha 1a medalha em Paulista em 1982.. Bons tempos!
Adiciono que gostei muito da parte da priorização. Nunca fiz outro esporte senão natação e nunca fiz aulas de música ou de instrumentos, devido a priorização (escola e natação)… sinto um pouco falta disso hoje em dia, mas provavelmente já foi uma lição importante.
Abrtz!
FERNANDO, parabéns! Recordar é viver, já disse alguém. Memória privilegiada a tua!
Ilustrar teus escritos com fotos da época…..não tem preço! Sucesso sempre! tia LÉO.
Oi tia Léo,
tem sido um prazer escrever, revirar as lembranças guardadas, ativar as memórias, registrar minhas histórias, ler e interagir com os comentários. Viva a tecnologia!
Um beijo grande e obrigado pela leitura e comentário.
Fer
Munhoz,
Sem dúvida, melhorar 11 segundos em 1,5 anos está dentríssimo do critério MELHORAR “que nem criança”… bons tempos nos dois sentidos.
Sobre a diversificação, tive o escotismo e tentei o violão, o professor era um seminarista. Minha mãe me confidenciou anos depois que após muitas aulas e pouca evolução foi “cobrar” o professor sobre minha evolução e ouviu a seguinte réplica: “Minha senhora, eu só dou as aulas, o DOM é Deus quem dá”.
Bacana o texto Esmaga. Vi algumas coisas interessantes em termos de resultados e no texto. Os tempos no petiz (era assim q chamavamos o infantil A) eram bastante parecidos entre meninos e meninas (o recorde de peito fem era melhor inclusive). Os atletas brasileiros faziam tempos entre os melhores do mundo na idade, o problema sempre foi a estrutura tecnica e de treinos no chamado alto rendimento e p mim nao melhorou muito nos dias de hj, apesar de apregoarem o contrario. Subindo um pouco a idade os nossos melhores resultados foram e sao feitos em treinamentos fora do Brasil. O esquema treino/estudo da gama era imbativel e continuaria sendo caso mantido. O q acontece aqui no Brasil eh q muitos priorizam os estudos e acabam parando cedo. Qtos excelentes nadadores em mirim, petiz, infantil nem chegaram ao senior ? Mais da metade eu diria. Muitos q foram ou sao excelentes nadadores comecaram um pouco mais tarde como o Pirulito, o Xuxa e outros. Ateh q ponto tb um treinamento muito forte cedo nao acarreta o encerramento precoce de uma carreira ? Os nadadores da Gama ficaram um pouco c esse rotulo. Musculacao desde pequenos acho q nao mas provavelmente treinavam mais do q os outros. Este eh um ponto a ser debatido c certeza.
Vi um amigo, Sergio Fernandes, vulgo Boca, batendo o recorde de peito no infantil, vou comentar c ele qdo o encontrar na 4a feira q vem. Esse eh um q foi estudar fora mais tarde. Hj eh um excelente medico.
Naquela epoca estouravamos (expressao usada p definr mudanca de categoria) na data de aniversario e nao na mudanca de ano. E aconteciam coisas engracadas. Quem fazia aniversario em dez torcia p o brasileiro ocorrer na data de aniv ou depois. Eu, q faco em outubro uma vez fiz aniversario 2 dias antes do carioca. Nadei uma competicao petiz 3 semanas antes p tentar o indice p o carioca,e fiz 1’07 e tirei 2o lugar (perdendo do Marcio Santos) conseguindo o indice. No carioca fiz o mesmo tempo mas p infantil era um tempo horrivel e foi uma decepcao p mim. Outra coisa foi q tb fiz 1’12’18 no mes do meu aniv de 10 anos mas seu merito eh muito maior pois eu jah era da equipe desde 6 anos (comecei a nadar c 3, o q naquela epoca era raro).
Bom eh isso meu caro Maga, gr ab
Boa Vreco.
Também fiquei feliz em encontrar o Boca por aqui.
Sou amigão da família Gurgel Fernandes. Comente com ele, já que enviei o link pra um hotmail que tenho dele e não houve resposta.
Quanto a exagerar no treino dos pequenos, realmente um erro. Muitos talentos pararam cedo demais por conta do trauma. E perdemos não só o talento, mas muitas vezes o individuo se afasta do esporte pela vida toda.
Essa tensão em relação ao agendamento da competição antes ou depois do aniversário fará parte do post do MB80.
Bons pontos.
Forte abraço.
O irmão do Frederico Wada não chamava Dalton? Eu nunca ouvi falar de Edilson Wada.
Sério?!?!
Será que o chip tá falhando?
Agora, certeza que foi bronze nos 200 MI no Inf B do MB79.
Pena só termos o 1o colocado na reportagem da Nado Livre.
Sobre melhorar que nem criança… Acho que esse é um dos motivos do problema da natação feminina no Brasil. Nós, mulheres, paramos de melhorar que nem criança bem antes dos homens. Nossa puberdade chega antes, quando ainda somos de verdade crianças, e, com ela, os seios e as gorduras. Viramos baleias! Sorte daquelas com puberdade tardia, ou seios pequenos devido a genética. Claro que isso acontece no resto do mundo também, mas acho que as Brasileiras não tem um emocional muito forte para aguentar, e nem para fazer um programa de musculação consistente logo após a puberdade. Ficar musculosa é muitas vezes ruim no Brasil, fofocas na escola, preconceitos na família, etc. Quando eu era técnica, e perguntava aos técnicos Americanos o quê fazer com as meninas que engordavam, pioravam, etc, eles diziam: musculação. Sem musculação, nada feito. Eu mesma melhorei que nem criança até os 17 anos, mas isso porque eu era peba, e resolvi nadar 400 medley, coisa que não nadava antes, então era fácil melhorar. Minhas melhores marcas de 100, 200, 400 e 800 livre na longa foram feitas ao final dos 14 anos. Um homem, por pior que treine, sempre vai melhorar depois disso. Simplesmente porque ele cresce, adquire uma força que vem sei lá de onde, e geralmente emagrece. Sei lá, talvez seja por isso que as brasileiras não tem tanto êxito lá fora. Veja a Fabíola Molina, uma das nossas poucas exceções: longilínea, seios pequenos, forte, e deve ter tido menarca tarde. Se tivermos sorte, ela vai ler esse post e poderá responder esse último fato.
Oi Marina,
Nos meninos vem da testosterona, tanto que tem uma fase que ganha quem já recebeu sua “injeção natural” e não quem tem a melhor técnica ou se dedica mais.
Quanto as meninas, as mudanças hormonais e do corpo são realmente enormes e deve ser bem difícil lidar com isso.
Incrível pensar que após tanta persistência e dedicação, seus melhores tempos sejam dos 14 anos de idade.
Esmaga , parabéns pelo texto , foi meu primeiro brasileiro também, e vale reparar que o “cara” deste brasileiro no infantil B era o Vaccari, hoje tecnico do Minas que nadava na Gama Filho e que ganhou os 100 borbo , com recorde, e tinha o melhor tempo dos 100 costas da eliminatoria e acabou como primeiro reserva , ele se atrapalhou com o som que saia de dentro da baliza e ficou no bloco … sorte minha que me classifiquei em oitavo, tirei oitavo e fiz minha primeira final de brasileiro.
Valeu Graczyk,
o 100m costas, Infantil B, era a prova em que o Curitibano tinha maiores esperanças de medalha com o saudoso Mário Fernando Romanó. Se não me engano ficou em 4o e nossa equipe saiu sem nenhum metal.
Quanto ao favorito que grudou no bloco, não seria outro?
Não que eu me lembre, mas clicando na última figura do post tem a relação dos vencedores de provas e o Vaccari aparece como campeão nos 100 Bo com 1.05.91 e nos 100 Co com 1.11.03.
Abraço.
Muito bom o post Esmaga. Me fez lembrar minha 1ª grande melhora. Em 1981 meu pai fez uma aposta comigo: se ficar entre os 8 no Paulista ganha o jogo Batalha Naval Eletrônica. O detalhe é que eu fazia 1’42 nos 100m peito e pra ficar entre os 8 eu precisava fazer 1’35. Chegado o Paulista, abaixei 7 segundo e fiz exatos 1’35 e fiquei em 8º. Meu pai não achou a Batalha Naval Eletrônica e pra compensar me deu o Telejogo e ali se iniciou a paixão por videogames que resulta hoje em destruir o Rodrigo Munhoz no Halo 4 com certa freqüência!
Lelo,
7 segundos em 100m é um super exemplo de melhorar “que nem criança”.
Bom relato.
Quanto ao Halo 4… Munhoz confirma a “frequesia”?
Lelo, você se refere ao paulista de inverno do Espéria?
Acho que sim Renato, embora minha memória não seja lá essas coisas. Procurei nas minhas pastas antigas de natação e nao achei nada sobre esse Paulista (acho que vc levou o ouro), mas achei o Ranking Brasileiro Infantil A de 1981 de piscina longa. Estou em 13º com 1’32″80
Pingback: Nitroglicerina nas águas do Paraná | Epichurus
Pingback: Retrospectiva de um ano de Epichurus | Epichurus
Pingback: Atento, curioso e fascinado | Epichurus
Pingback: Perder é uma merda… ou não. « Epichurus
Esmaga , não ficamos juntos nesta casa em Mogi das Cruzes ? Eu me lembro de uma sobremesa maravilhosas , acho que era uma torta de Morango com Requeijão/creme , veja que é a unica coisa que eu lembro desta viagem , memória de criança é seletiva , devo ter ido mal nesta competição ! kkkkk….
Ficamos sim, Beto.
Lembro bem da família, da camiseta de presente, mas não lembro da sobremesa.
Abraços!