EPICHURUS

Natação e cia.

Finkel de 1993, aquele dos recordes mundiais.

O Finkel de 1993 foi aquele dos Recordes Mundiais.

O torneio voltava ao Inter de Santos depois de três anos, mas desta vez a nossa natação já se encontrava em um patamar muito superior. Seria o primeiro Finkel depois da medalha de prata olímpica do Gustavo Borges em Barcelona, e no vídeo a seguir (1min11) Mauro Naves (Rede Globo) dá um bom panorama dessa nova era que a nossa natação experimentava: “a expectativa agora é de que os resultados conseguidos por nossos heróis façam bolha nas piscinas daqui”.

Medalha de prata olímpica, duas finais olímpicas em revezamentos, a Rede Globo dando uma força, eliminatória para o Mundial de Curta de Palma de Mallorca, piscina do Inter de Santos: a expectativa pelo Finkel de 1993 era muito grande. Mauro Naves estava certíssimo, e a bolha se propagou por aqui.

Logo na primeira prova do programa Paula Aguiar inaugurou a tabela de recordes com o sulamericano de 100m Livre 57:22.  Já tínhamos oito meninas abaixo de 59:50, o que era impensável alguns anos antes. Por exemplo, a oitava colocada em 1989 nessa mesma competição e piscina havia feito 1:01.16!

Na segunda prova o então maior nome da natação brasileira Gustavo Borges conseguiu o que ninguém mais duvidava e bateu o recorde mundial dos 100m Livre com 47:94, para empolgação da plateia e de todos os nadadores presentes. Pois é, Gustavo já tinha atingido tal nível que um recorde mundial já não surpreendia muita gente. Segundo fonte ultra-confiável, os recordes mundiais de curta começaram a ser oficiais em 1993, e o World Best antes do Gustavo era Michael Gross com 48:20. Além do recorde mundial, assistimos à confirmação do talento de Fernando Scherer (que em 1992 não conseguiu o índice olímpico por apenas 1 centésimo). A partir desse ano, Xuxa disputou as provas com Gustavo palmo a palmo, dando início à grande e saudável rivalidade que permeou e impulsionou a natação brasileira durante todos os anos 90.

Nesse Finkel, a exemplo do feminino, a evolução no masculino também foi espetacular. Uma análise dos tempos do ouro e bronze dos 100m Livre nos três primeiros Finkels no Inter de Santos mostra bem a evolução desta prova, comum a muitas outras também, homens e moças.

Ano

Ouro

Bronze

1989

Esmaga  50:67 51:09 Borges e Rebollal

1990

Borges   48:59 50:89 Luiz Osório

1993

Borges   47:94 WR 49:42 Tetê e JR

Enquanto isso, um dos atletas que pegou o bronze empatado somou os tempos dos quatro primeiros colocados e teve uma idéia…

2ª PROVA: 100 METROS LIVRE ABSOLUTO MASCULINO – 1ª ETAPA

1 Gustavo Borges       47.94

2  Fernando Scherer  49.36

3  JR de Souza           49.42

3  Teofilo Ferreira      49.42

5  Andre Teixeira       50.83

6  Carlos P. Lima F.   50.86

7  Leonardo Gomes  51.09

8    André Cordeiro   51.33

A competição continuou em excelente nível, com recordes sulamericanos de Rogério Romero (200 Costas), JR de Souza (100 Borbola), Celina Endo (100 e 200 Borbola), Ana Catarina Azevedo (100 Costas), André Teixeira (200 Borbola) e Oscar Godói (100 Peito), além da Paula Aguiar (100 Livre) e do WR do Gustavo nos 100 Livre e RS nos 200 Livre, todos pré-anunciados efusivamente de forma crescente pelo Mario Xavier (recorde de campeonato; brasileiro; sulamericano e – no caso do Gustavo – mundial).

Acompanhe no vídeo abaixo a reportagem da Globo com Léo Batista (1min20) sobre o terceiro dia de competições.

O pessoal do Epichurus obteve diferentes sensações da competição. O Esmaga, por exemplo, não se classificou para a Final A dos 50L por apenas dois centésimos (23:60). De tarde nadou bem melhor, e com o tempo que fez para vencer a final B (23:32) teria se classificado para a série A, e isso não causou nenhum prazer a quem já havia ganho dois Troféus Brasil nessa prova. Eu e o Munhoz também estávamos em fim de carreira e não nos aproximamos do pódium, embora tenhamos pego duas finais A cada um. Ser desclassificado na final dos 200 Peito não me causou nenhuma alegria, mas ao menos provocou boas risadas no LAM. Já o Lelo fez a melhor competição da sua vida até então, e com duas pratas quase (*) se classificou para o Mundial de Palma de Mallorca. O nado de peito do Brasil deu um salto de qualidade nesse Finkel, tornando o Brasil competitivo no 4×100 4 estilos pela primeira vez desde 1972.

(*) Lelo foi convocado posteriormente por causa de uma contusão do Oscar Godoi.

Confira aqui o resultado completo da competição (thanks to Julian Romero).

Competição terminada, mas o melhor ainda estava por vir. Como dizíamos, Teófilo Laborne Ferreira ficou olhando o resultado dos 100m Livre, somou o tempo dos 4 primeiros (3:16.14) e pensou: “poxa, se a gente melhorar um pouco e contando com a melhora da saída livre a gente pode bater o recorde mundial da Suécia (3:14.00)!”.

A estratégia era arriscada. O pedido tinha que ser feito com três dias de antecedência, então Tetê convenceu os outros três a fazerem a tentativa dois dias depois de acabada a competição. Xuxa tinha viagem marcada e tentou adiar a tentativa: “a gente pode bater no mundial”, mas Tetê retrucou “vamos aproveitar, vai que alguém se machuca até lá!”. Xuxa adiou a viagem e a tentativa foi marcada. Durante a competição o Mario Xavier anunciou a tentativa e pediu a todos que não deixassem de ir apoiar.

Olhando hoje vinte anos depois a tentativa parece uma sandice. Prorrogar uma competição por mais um período, chamar a TV e esperar que algumas pessoas se dignassem a ir torcer ao invés de voltar para casa (afinal quase ninguém morava em Santos). Tudo isso para tentar um recorde mundial quase impossível, pois dos tempos de 100 livre eles teriam que melhorar 2.14s. Tinha que dar tudo certo, e mesmo assim a maior chance era de não bater. Creio que apenas a empolgação com o recorde obtido pelo Gustavo e o clima de melhora que a nossa natação estava experimentando permitiu tamanha ousadia! Gustavo recorda:

Uma daquelas coisas de ‘acho que da pra fazer…’ O recorde do reveza era relativamente fraco pois não se nadava muito em 25 na época. Saida livre já melhora uns 7 décimos entao estávamos em cima. O Tetê nadava muito nos revezamentos e com a empolgação nós iríamos na pior das hipóteses ficar bem próximos!

Obviamente, o mais empolgado antes da tentativa era o Tetê. Ele conta:

Somei os tempos e percebi que se treinassemos muito as passagens poderíamos abaixar bastante esta diferença, aí o resto seria superação. Estratégia arriscada, porém deu certo. Na minha cabeça tinhamos que tentar de qualquer jeito, afinal não é todo dia que se tem uma oportunidade destas, não é mesmo?  Após ter o ok de todos fui ao Coaracy e infomei sobre o nosso plano. Ele ficou louco! fez todos os procedimentos burocráticos, tivemos que esperar 3 dias pois era necessário publicar um edital , caso alguma outra equipe quisesse também participar da tentativa isolada de quebra de recorde. Durante estes 3 dias definimos a ordem do reveza e ficamos treinando exaustivamente as passagens, chegadas e saídas. O pepino de fechar ficou para mim… já imaginou uma tentativa de recorde isolada, só a gente na piscina e toda a imprensa nacional acompanhando e no final a gente fica por alguns centésimos? Pressure!

E Tetê segue contando.

Me lembro também que no dia da tentativa o dia amanheceu chuvoso, muito feio… pensei: fudeu… não vai ter ninguém lá para nos apoiar debaixo de chuva, só os repórteres para pisar na nossa goela caso o feito não se concretizasse. Ao chegar no Internacional a surpresa…. piscina lotada! Tinha mais gente que no Finkel! Uma galera com capa de chuva! Porra, foi foda! Aí pensei: não podemos decepcionar, todo mundo também acredita que é possível…

Sim, piscina lotada. Eu e praticamente toda a comunidade da natação fomos assistir a tentativa, que deu até no Jornal Nacional. Por sorte a gravação estava no baú do JGM. Vejam o sensacional vídeo abaixo (2min02) com Cid Moreira.

Ou seja, pela primeira vez na história um revezamento brasileiro batia um recorde mundial! Tetê continua:

Vale destacar que a imprensa internacional não deu o menor crédito para nosso feito. Devem ter pensado que era maracutaia de brasileiro… onde já se viu Brasil recordista mundial de 4×100 livre?

Eles (os estrangeiros) não perdiam por esperar o Mundial de Palma de Mallorca, onde o Brasil seria desmascarado! (mas essa quem vai contar pra gente em um post futuro é a testemunha ocular Lelo.)

O JR também tem lembranças vivas do episódio, e uma das coisas que mais lhe marcou foi que era justamente a primeira viagem ao Brasil de sua então namorada americana (hoje esposa). “Eu fiquei meio constrangido de explicar para a Becky que a gente ia ter que ficar mais dois dias em Santos para tentar um difícil recorde mundial ao invés de iniciar nossas férias. Mas depois tudo deu certo e a viagem acabou sendo inesquecível!

Para finalizar, as últimas palavras do Tetê: “…não podíamos decepcionar, todo mundo acreditava ser  possível, então nadamos como nunca! Foi uma experiência única, sentimento inexplicável de recompensa e prazer que guardo comigo e me ajuda sempre a enfrentar situações adversas na minha vida.

E você, leitor, estava lá? Nadou esse Finkel? Teve o privilégio de ver os recordes? Comente!

Sobre rcordani

Palmeirense, geofísico, ex diretor da CBDA e nadador peba.

32 comentários em “Finkel de 1993, aquele dos recordes mundiais.

  1. Rodrigo M. Munhoz
    5 de dezembro de 2013

    Muito bom, Renato!
    Nasce mais um clássico do Epichurus 🙂 Não lembrava (será que eu sabia?) de ter sido o Tetê o mentor da idéia da tentativa de recorde! Show de depoimento. Consigo imaginar ele falando com aquele jeitão mineiro – expansivo dele.
    Da minha parte, só posso dizer que me espantei como foi bom o tempo dos meus 200 peito. Apesar do 5o apenas, fiquei contente. Um contentamento PEBA, claro!
    Abraços!

    • rcordani
      5 de dezembro de 2013

      Eu também não sabia. E pela minha lembrança, a tentativa era barbada. Só agora 20 anos depois quando somei os tempos é que vi que era uma tentativa super difícil, aí fui atrás dos 4 para perguntar o que eles se lembravam daquele dia.

      Quanto aos 200 peito, amarguei mais uma DQ, mas ao menos o LAM riu!

  2. Miyahara
    5 de dezembro de 2013

    sensacional! esse Finkel foi inesquecível mesmo!

    foi o Finkel das bexiguinhas?

    abçs

    • rcordani
      5 de dezembro de 2013

      Myha, na minha lembrança todas as competições em Santos desde 1989 eram “das bexiguinhas”, e se o Dezordo fosse do ECP você também acharia isso.

      Mas se você se refere a uma briga épica de bexiguinhas, acho que foi em 1995.

  3. Lelo Menezes
    5 de dezembro de 2013

    Excelente R. Esse campeonato me marcou muito porque o ano de 1993 foi extremamente atípico na minha carreira de nadador. O “vexame” na seletiva olímpica do ano anterior mudou completamente minha maneira de encarar a natação. De Julho de 1992 a Março de 1993 continuei treinando com afinco para o NCAA, mas sem a mesma determinação dos anos anteriores. Nadei bem o NCAA em Março e simplesmente “chutei o balde” logo em seguida. Abdiquei de treino dois períodos pro resto da carreira, fui pra balada todo santo dia, faltei em várias sessões de musculação, enfim, levei os meses de Março até o Finkel na maior gandaia. Inclusive no fim de semana anterior ao Finkel, fui com o Polaco, Carlão e Fralda para Ribeirão Preto numa balada monstro. Demos PT! Dormi uma noite no deck da piscina! Foi trash!

    Cheguei nesse Finkel com um único pensamento: Não dar vexame. Era patrocinado pelo Extra e precisava pelo menos pegar Final A nos 100 e 200 Peito. Confesso que estava meio receoso. Consegui convencer o William a não nadar os 400m Medley (Foi a primeira vez que abdiquei dessa prova em competições importantes) e de fato já comecei a competição nadando muito bem os 200m Peito. Nadei os 200m Medley também pra um excelente tempo. E ai me empolguei. O 1’02 nos 100m peito foi uma baita surpresa positiva.

    Minha teoria é que os 3 meses levado “nas coxas” na verdade me “curaram” de um over-training de anos. Ter pegado leve nesses 3 meses foi praticamente um polimento de luxo! Sem saber, acabei chegando pela 1a vez na vida num nível de descanso que os treinos intensos dos anos anteriores nunca permitiram. Esse Finkel de 1993 com certeza prolongou minha carreira por uns bons 2 anos. Meu próximo post inclusive será sobre o Finkel de 1995, o meu último em grande estilo.

    • rcordani
      5 de dezembro de 2013

      Sim, Lelo, é um clássico que aconteceu com muita gente (inclusive comigo conforme relato da saga).

      Polimento de luxo + diminuição de pressão + anos acumulados de treinos ultra-fortes e pimba! Um resultado surpreendente.

      E prometi um post seu sobre Palma de Mallorca, agora você não tem como fugir!

  4. Marina Cordani
    5 de dezembro de 2013

    Bonito, emocionante! A era romântica da natação brasileira!

    • rcordani
      5 de dezembro de 2013

      Hehe, acho que a “época romântica” é aquela em que a gente tinha 23 anos…

  5. Fernando Cunha Magalhães
    5 de dezembro de 2013

    Essa competição foi realmente sensacional!
    Tempos incríveis e super percepção de que nossa natação estava em grande evolução com o efeito “prata olímpica do Gustavo”.

    Uma lembrança forte vem do ônibus do Pinheiros na saída do hotel para as finais do 1o dia, dia dos 100m livre. Já sabíamos que a disputa pelo título seria ponto a ponto com o Minas e o Alberto quis frisar a atenção a todos os detalhes em uma preleção.

    Elevou a importância de cada disputa em cada colocação, fosse em finais B ou A, e a busca por vitórias e recordes: “a pontuação por recorde de campeonato é de x pontos, brasileiro y, sulamericano z e mundial (no mesmo tom de voz dos anúncios anteriores) n” – e finalizou pedindo o empenho de todos. Toda a equipe sabia que o Gustavo tinha grandes chances de quebrar o recorde de Gross naquele dia, mas ninguém ficava falando. Ele já havia vivido a tensão das finais olímpicas e certamente estava com uma forte pressão interna para alcançar o recorde, mas depois da preleção instalou-se um silêncio absoluto no ônibus… “cara, meu amigo pode bater o recorde mundial!!!!!” e eu vou assistir isso. A expectativa era muito bacana.

    O que me veio a mente naquela hora, em que faltava ainda um bom tempo para a prova, é que eu teria que dizer algo para diminuir a tensão e dar uma relaxada no Gustavo. Ele já morava nos EUA e havia alguns meses que não conversávamos, então, lembrei de ter visto ele participar de um jogo de biribol nos jogos de verão da Bandeirantes em que participaram outros atletas famosos de diversos esportes. “Gustavo!” – chamei, “cara, você bloqueou o Pampa!” – ele sorriu entusiasmado e perguntou “você viu?” – tinha visto e tinha achado sensacional. Se o Gustavo voltou com a prata, Pampa voltou com o ouro de Barcelona, junto com o time de vôlei e o Gustavo deu um bloqueio “daqueles”. Foi o que bastou para retomarmos um clima descontraído.

    Após o desembarque alguns foram para o Internacional, nós fomos para o Saldanha da Gama.

    A piscina estava lotada para o momento da prova Ele encantou o público com a sua natação e após a batida na placa ficamos na expectativa. Xavier teve ali um dos grandes momentos da sua carreira – anunciar um recorde mundial – e fez com o brilhantismo. O povo foi a loucura, colegas de equipe começaram a cantar “Pinheeeeeeeeiros, Pinheeeeeeeiros,…” e evidente que a pontuação foi importantíssima para a disputa, mas fiquei incomodado porque sentia que momento estava acima da rivalidade clubística, então puxei um grito diferente: “BRASIL, BRASIL, BRASIL…” e aí todos, independente do clube entraram no coro para celebrar o nosso grande campeão. Me emocionei muito.

    Detalhe engraçado é que lembro do Cheiroso feliz com sua 1a final absoluta nos 100m livre e chateado por não poder assistir a prova… tinha que nadar.

    Devo confessar que quando começou a circular o papo da tentativa do reveza, achei uma loucura.
    Pra mim a diferença era muito grande. Talvez ainda substimasse o absurdo talento do Xuxa. Ele deu mais mostras do caminho que trilharia até subir ao pódio olímpico e tornar-se o melhor nadador do mundo em 98, ao melhorar o 49s36 da prova para um parcial com saída livre abaixo de 48s. Impressionante!

    Não basta acreditar, mas é preciso! Eles acreditaram, meteram o peito, foram lá e fizeram, e até hoje tiro o meu chapéu para os amigos Gustavo, JR, Xuxa e Tetê!

    • rcordani
      5 de dezembro de 2013

      “Não basta acreditar, mas é preciso!” Boa frase.

      E o que você já sabia na época (loucura, a diferença era muito grande) eu só soube agora quando somei os tempos. Que bom que conseguiram!

  6. Rogério Romero
    5 de dezembro de 2013

    Como diria um graaaaande amigo meu e um dos protagonistas do episódio, sen sa cio nal (ou mais recentemente, esta vida é boa demais).

    Sim, o Minas estava disputando a competição, mas lembro de ter comentado na empolgação de ver um brasileiro bater recorde mundial que o Pinheiros já deveria ser consagrado campeão – ainda mais com o choro do Alberto (tenho certeza de que outros vão rechear de mais detalhes este momento).

    Incrível homenagem a este momento de duas décadas atrás, Cordani!

    Nadadores que pretendem estar na piscina olímpica do Rio em 2016, leiam e releiam, vejam os vídeos e imaginem a pressão. É perto disso que vocês vão encontrar, então preparem-se.

    Lelo, ficamos no aguardo do relato do primeiro mundial de curta. Deixe a parte do anti-magnético para o meu comentário.

    • rcordani
      6 de dezembro de 2013

      Boa Piu, mas o choro do Alberto foi em 1990 ou em 1993 (ou ambos)?

      E você também teve finalmente uma ótima competição no Inter, tirando a zica de 1989 e 1990, correto?

      • Rogério Aoki Romero (@rogeromero)
        7 de dezembro de 2013

        Agora você me deixou com dúvidas… Será que alguém pode confirmar se foram os dois momentos?

        E sim, não tenho boas recordações destes dois anos. 92 foi bom também em Londrina, mas não lembrava direito dos resultados. Acho que o sub-20 nos 400 medley foi o meu melhor.

      • rcordani
        8 de dezembro de 2013

        A dúvida é normal. Esses três Finkels (1989, 1990 e 1993) foram muito parecidos. Nos três a gente teve a sensação de que a competição foi sensacional, e como já faz mais de 20 anos misturá-los é natural.

        Eu mesmo achava ter sido DQ nos 200P em 1990 e 1995. Olhando nos resultados de 1993 descobri que fui DQ nesse também, agora não sei se me confundi ou se fui DQ nos três!

        Quanto ao choro do Alberto, o mais provável é ele ter chorado nos dois!

  7. Sidney N
    6 de dezembro de 2013

    Grande post, Renato! A narrativa ficou ainda mais interessante com os depoimentos dos protagonistas do revezamento.

    Certas “histórias de bastidores” dão um tom especial às conquistas, como neste caso em que houve um verdadeiro trabalho de equipe dentro e fora da piscina para tornar o feito possível. Espero que nossos atuais revezamentos consigam recuperar um pouco daquele espírito para 2016.

    Agora, como todos os leitores, também estou curioso para ouvir o relato do mundial de Palma de Mallorca!

    Abraços

    • rcordani
      6 de dezembro de 2013

      Exato Sidney “espírito de revezamento” taí uma boa esperança para esse ciclo olímpico!

  8. Masca
    6 de dezembro de 2013

    Eu estava lá em início de carreira com prancheta e cronometro. Fico contente em lembrar esta grande fase da natação brasileira. Parabéns a todos.

    • rcordani
      6 de dezembro de 2013

      Obrigado Masca, bons tempos aqueles para nós!

  9. Daniel Takata
    6 de dezembro de 2013

    Espetacular post como de costume! Fico honrado com a menção à “fonte ultra-confiável.” Em 1993, eu, no alto dos meus 11 anos de idade e longe de saber sequer o que era Finkel, lembro de assistir na Bandeirantes que o Gustavo havia batido o recorde dos 100m e que o revezamento iria tentar a marca. Lembro-me claramente pensando: “só porque o Gustavo bateu o recorde dos 100m, tão achando que ele vai carregar o time nas costas no revezamento, que absurdo…” Ou seja, sem querer, sem fazer ideia do recorde e dos outros atletas, pensei o que a maioria pensou. Só faltou avisar os atletas! Me recordo da minha surpresa ao tomar conhecimento do recorde!

    Em tempo: as parciais do revezamento foram Gustavo 48s19, Xuxa 47s95, JR 49s37 e Teófilo 48s46. O fiel da balança foi mesmo o Xuxa, melhorando quase um segundo e meio da prova individual. Essa performance deve ter feito ele se encher de confiança para o Mundial de Palma de Mallorca, onde venceu os 100m. E por falar nisso, a parcial do Gustavo nesse Mundial no revezamento merece uma atenção especial no post dedicado a essa competição. Fico no aguardo!

    • rcordani
      6 de dezembro de 2013

      Valeu Takata. A gente procurou os parciais mas não achamos,não tinha nem aqui, grato por informar!

      Sim, o post sobre Palma de Mallorca promete

      • Daniel Takata
        6 de dezembro de 2013

        Realmente não foi fácil encontrar, tive que buscar na revista Swimming World da época!

  10. Teofilo Laborne
    6 de dezembro de 2013

    Cordani e demais amigos,
    Parabéns pelo post, ficou SENASACIONAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Esta história obviamente tem um significado muito especial para minha vida e este dia especificamente ( o da quebra do recorde), quando eu morrer e for passar aquele filminho de tudo que fizemos por aqui, esta parte vai ser um highlight em slow motion.
    Este post para mim foi um presente de final de ano, 2013 está sendo o ano mais desafiador da minha vida e estas lembranças com certeza me impulsionam e resignificam os valores que realmente importam: FÉ, PERSEVERANÇA, TRABALHO, AMIZADE. Temos que acreditar e correr atrás dos nossos sonhos, sejam eles quais forem…
    Cordani, agradeço à você, aos meus ‘irmãos” do revezamento ( nossa amizade vale mais do que qualquer
    recorde), e a todos os meus grandes amigos que são o bem mais valioso que a natação me proporcionou.
    Obrigado!!!!!
    Essa vida é boa demais!!!!!!!!!!

    • rcordani
      6 de dezembro de 2013

      Tetê, eu é que agradeço pelas suas respostas (que são a alma do post) e aos quatro atletas pela própria tentativa, que inspirou a todos.

      Grande abraço!

  11. Oscar Godoi
    7 de dezembro de 2013

    Que competicao, para mim marcado por um grande fim de semana, e que em menos de 24hrs estaria em uma cama de hospital com uma grande possibilidade de nunca mais poder nadar, pois na noite de domingo logo apos vencer os 100, 200 peito e ajudar o pimheiros a ganhar os 4×100 im, tive um ascidente de carro onde quebrei meu femur em mais de 12 pedacos e fragmentos. Nao assisti ao recorde mais foi bem legal ver por aqui, tambem nao tenho estas provas de 93 em video bem legal ver aquele finalzinho. Grande abraco a todos.

    • rcordani
      8 de dezembro de 2013

      Putz, eu sabia do acidente, mas não sabia ter ele sido no mesmo dia do RS de 100 peito! Que coisa!

      De qualquer forma, hoje sabemos que você se recuperou completamente, que digam os RB de longa que você bateu e também os Ironman que fez! Abraços

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  16. Alberto Silva
    7 de julho de 2018

    Muito boa a materia assim como as lembranças desse dia histórico. Só faltou uma coisa: As parciais de cada nadador???
    Abs
    Alberto Silva

    • rcordani
      7 de julho de 2018

      Alberto, o Takata colocou aí em cima nos comentários:

      “As parciais do revezamento foram Gustavo 48s19, Xuxa 47s95, JR 49s37 e Teófilo 48s46. O fiel da balança foi mesmo o Xuxa, melhorando quase um segundo e meio da prova individual. “

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